A arte pré-histórica africana foi incontestavelmente um veículo de mensagens pedagógicas e sociais. Os San, que constituem hoje um povo mais próximo da realidade das representações rupestres, afirmam que seus antepassado lhes explicaram sua visão do mundo a partir desse gigantesco livro que são as galerias. A educação dos povos que desconhecem a escrita está baseada sobretudo na imagem e no som, no audiovisual. KI-ZERBO, J. A arte pré-histórica africana. In: KI-ZERBO, J. (Org.) História geral da África. Brasília: Unesco, 2010.
De acordo com o texto, a arte mencionada é importante para os povos que a cultivam por colaborar para o(a)
transmissão dos saberes acumulados.
surgimento dos laços familiares.
expansão da propriedade individual.
ruptura da disciplina hierárquica.
rejeição de práticas exógenas.
Será que as coisas lhe pareceriam diferentes se, de fato, todas elas existissem apenas na sua mente - se tudo o que você julgasse ser o mundo externo real fosse apenas um sonho ou alucinação gigante, de que você jamais fosse despertar? Se assim fosse, então é claro que você nunca poderia despertar, como faz quando sonha, pois significaria que não há mundo "real" no qual despertar. Logo, não seria exatamente igual a um sonho ou alucinação normal. NAGEL, T. Uma breve introdução à filosofia. São Paulo: Martins Fontes, 2011.
O texto confere visibilidade a uma doutrina filosófica contemporânea conhecida como:
Falsificacionismo, que estabelece ciclos de problemas para refutar uma conjectura.
Falibilismo, que rejeita mecanismos mentais para sustentar uma crença inequívoca.
Idealismo, que nega a existência de objetos independentemente do trabalho cognoscente.
Personalismo, que vincula a realidade circundante aos domínio do pessoal.
Solipsismo, que reconhece limitações cognitivas para compreender uma experiência compartilhada.
Em A morte de Ivan Ilitch, Tolstoi descreve com detalhes repulsivos o terror de encarar a morte iminente. Ilitch adoece depois de um pequeno acidente e logo compreende que se encaminha para o fim de modo impossível de parar. "Nas profundezas de seu coração, ele sabia estar morrendo, mas em vez de se acostumar com a ideia, simplesmente não o fazia e não conseguia compreendê-la". KAZEZ, J. O peso das coisas: filosofia para o bem-viver. Rio de Janeiro: Tinta Negra, 2004.
O texto descreve a experiência do personagem de Tolstoi diante de um aspecto incontornável de nossas vidas. Esse aspecto foi um tema centra na tradição filosófica
existencialista, na questão do reconhecimento de si.
logicista, no propósito de entendimento dos fatos.
utilitarista, no sentido da racionalidade das ações.
pós-modernista, na discussão da fluidez das relações.
marxista, no contexto do materialismo histórico.
Desde o mundo antigo e sua filosofia, que o trabalho tem sido compreendido com expressão de vida e degradação, criação e infelicidade, atividade vital e escravidão, felicidade social e servidão. Trabalho e fadiga. Na Modernidade, sob o comando do mundo da mercadoria e do dinheiro, a prevalência do negócio (negar o ócio) veio sepultar o império do repouso, da folga e da preguiça, criando uma ética positiva do trabalho. ANTUNES, R. O século XX e a era da degradação do trabalho. In: SILVA, J. P. (Org). Por uma sociologia do século XX: São Paulo, Annablume, 2007 (adaptado).
O processo de ressignificação do trabalho nas sociedades modernas teve início a partir do surgimento de uma nova mentalidade, influenciada pela
força do sindicalismo, que emergiu no esteio do anarquismo reivindicando direitos trabalhistas.
participação das mulheres em movimentos sociais, defendendo o direito ao trabalho.
visão do catolicismo, que, desde a Idade Média, defendia a dignidade do trabalho e do lucro.
Reforma Protestante, que expressou a importância das atividades laborais no mundo secularizado.
reforma higienista, que combateu o caráter excessivo e insalubre do trabalho fabril.
A sociedade como um sistema justo de cooperação sociais consiste em uma das ideias familiares fundamentais, que dá estrutura e organização à justiça como equidade. A cooperação sociais guia-se por regras e procedimentos publicamente reconhecidos e aceitos por aqueles que cooperam como sendo apropriados para regular a sua conduta. Diz-se que a cooperação é justa porque seus termos são tais que todos os participantes podem razoavelmente aceitar, desde que todos os demais também o aceitem. FERES JR., J.; POGREBINSCHI, T. Teoria política contemporânea: uma introdução. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.
No contexto do pensamento político, a ideia apresentada mostra-se consoante o(a)
legitimidade do absolutismo monárquico.
posicionamento crítico do socialismo.
entendimento do contratualismo moderno.
corrente tripartite dos poderes.
ideal republicano de governo.
Montaigne deu o nome para um novo gênero literário; foi dos primeiros a instituir na literatura moderna um espaço privado, o espaço do "eu", do texto íntimo. Ele cria um novo processo de escrita filosófica, no qual hesitações, autocríticas, correções entram no próprio texto. COELHO, M. Montaigne. São Paulo: Publifolha, 2001 (adaptado).
O novo gênero de escrita aludido no texto é o(a)
meditação, que propõe preparações para o conhecimento.
carta, que comunica informações para um conhecido.
diálogo, que discute assuntos com diferentes interlocutores.
confissão, que relata experiências de transformação.
ensaio, que expõe concepções subjetivas de um tema.
Declaração de Salamanca - 1994
Acreditamos e proclamamos que: toda criança tem direito fundamental à educação e deve ser dada a oportunidade de atingir e manter o nível adequado de aprendizagem; toda criança possui características, interesses, habilidades e necessidades de aprendizagem que são únicas; sistemas educacionais deveriam ser designados e programas educacionais deveriam ser implementados no sentido de se levar em conta a vasta diversidade de tais características e necessidades. Disponível em: http://portal.mec.gov.br Acesso em: 4 out. 2015.
Como signatário da Declaração citada, o Brasil comprometeu-se com a elaboração de políticas públicas educacionais que contemplem a
criação de privilégios.
valorização da meritocracia.
contenção dos gastos.
padronização do currículo.
pluralidade dos sujeitos.
TEXTO I
Os meus pensamento são todos sensações.
Penso com os olhos e com os ouvidos
E com as mãos e os pés
E com o nariz e a boca. PESSOA, F. O guardados de rebanhos - IX. In: GOLHOZ, M. A. (Org.). Obras poéticas. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1999 (fragmento). TEXTO II
Tudo aquilo que sei do mundo, mesmo por ciência, eu sei a partir de uma visão minha ou de uma experiência do mundo sem a qual os símbolos da ciência não poderiam dizer nada.
MERLEAU-PONTY, M. Fenomenologia da percepção. São Paulo: Martins Fontes, 1999 (adaptado).
Os textos mostram-se alinhados a um entendimento acerca da ideia de conhecimento, numa perspectiva que ampara a
anterioridade da razão no domínio cognitivo.
valorização do corpo na apreensão da realidade.
verificabilidade de proposições no campo da lógica.
confirmação da existência de saberes inatos.
possibilidade de contemplação de verdades atemporais.
Vemos que toda cidade é uma espécie de comunidade, e toda comunidade se forma com vistas a algum bem, pois todas as ações de todos os homens são praticadas com vistas ao que lhe parece um bem; se todas as comunidades visam algum bem, é evidente que a mais importante de todas elas e que inclui todas as outras tem mais que todas este objetivo e visa ao mais importante de todos os bens. ARISTÓTELES Política. Brasília: UnB, 1988.
No fragmento, Aristóteles promove uma reflexão que associa dois elementos essenciais à discussão sobre a vida em comunidade, a saber:
Metafísica e ontologia, pois tratam da filosofia primeira.
Ética e política, pois conduzem à eudaimonia.
Retórica e linguagem, pois cuidam dos discursos na ágora.
Geração e corrupção, pois abarcam o campo da physis.
Democracia e sociedade, pois se referem a relações sociais.
Declaração de Direitos do Homem e do Cidadão - 1789
Os representantes do povo francês, reunidos em Assembleia Nacional, tendo em vista que a ignorância, o esquecimento ou o desprezo dos direitos do homem são as únicas causas dos males públicos e da corrupção dos Governos, resolveram declarar solenemente os direitos naturais, inalienáveis e sagrados do homem, a fim de que esta declaração, sempre presente em todos os membros do corpo social, lhes lembre permanentemente seus direitos e seus deveres; a fim de que os atos do Poder Legislativo e do Poder Executivo, podendo ser a qualquer momento comparados com a finalidade de toda a instituição política, sejam por isso mais respeitados; a fim de que as reivindicações dos cidadãos, doravante fundadas em princípios simples e incontestáveis, se dirijam sempre à conservação da Constituição e à felicidade geral. Disponível em: www.direitoshumanosusp.com.br Acesso em: 7 jun. 2018 (adaptado).
Esse documento, elaborado no contexto da Revolução Francesa, reflete uma profunda mudança social ao estabelecer a
paridade do tratamento jurídico.
abolição dos partidos políticos.
manutenção das terras comunais.
falência da sociedade burguesa.
supressão do poder constituinte.
Na Grécia, o conceito de povo abrange tão somente aqueles indivíduos considerados cidadãos. Assim é possível perceber que o conceito de povo era muito restritivo. Mesmo tendo isso em conta, a forma democrática vivenciada e experimentada pelos gregos atenienses nos século IV e V a.C. pode ser caracterizada, fundamentalmente, como direta. MANDUCO, A. Ciência política. São Paulo: Saraiva, 2011.
Naquele contexto, a emergência do sistema de governo mencionado no excerto promoveu o(a)
campanha pela revitalização das oligarquias.
estabelecimento de mandatos temporários.
declínio da sociedade civil organizada.
participação no exercício do poder.
competição para a escolha de representantes.
Adão, ainda que supuséssemos que suas faculdades racionais fossem inteiramente perfeitas desde o início, não poderia ter inferido da fluidez e transparência da água que ela o sufocaria, nem da luminosidade e calor do fogo que este poderia consumi-lo. Nenhum objeto jamais revela, pelas qualidade que aparecem aos sentidos, nem as causas que o produziram, nem os efeitos que dele provirão; e tampouco nossa razão é capaz de extrair, sem auxílio da experiência, qualquer conclusão referente à existência efetiva de coisas ou questões de fato. HUME, D. Uma investigação sobre o entendimento humano. São Paulo: Unesp, 2003.
Segundo o autor, qual é a origem do conhecimento humano?
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