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O homem é um animal político

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Aristóteles, a julgar pelos seus escritos, estava extremamente interessado em conhecer a natureza do homem, o mais intratável dos assuntos. O papel do homem na sociedade e as motivações que o levam a agir de certas maneiras sob certas condições, despertavam grande fascínio no filósofo. De fato, suas duas grandes obras, como a Política, que se acredita terem sido escritas por volta de 350 a.C., e Ética a Nicômaco, escrita por volta de 340 a.C., incluem discussões prolongadas e bem fundamentadas sobre esse assunto.

Foi no início desses dois trabalhos, a Política, em que Aristóteles escreveu uma de suas citações mais conhecidas, que “o homem é por natureza um animal político”.

Logo no início da Política, Aristóteles afirma que a sociedade resulta naturalmente das necessidades humanas. Que a sociedade não é algo artificial, alheio à natureza humana, mas fruto dessa própria natureza.

Os seres humanos têm capacidade de falar, capacidade essa que pode ser usada para comunicar suas ideias sobre o que é certo e errado, assim como o justo e o injusto. A fala serve ao homem como arma para se proteger do que é justo ou injusto. Um homem naturalmente pertence à cidade porque é onde ele pode exercitar sua sociabilidade e pode debater com outros sobre justiça e injustiça.

Aristóteles afirma inclusive que “o homem é um animal político mais ainda que as abelhas ou que qualquer outro animal gregário.” Isso porque o homem é o único animal que possui linguagem. Os demais animais são capazes de expressar, prazer e dor e assim revelar quando algo os agrada ou desagrada. Porém, o homem foi equipado com algo mais avançado que os grunhidos animais: a linguagem. E através dessa, é capaz de manifestar o que é vantajoso e desvantajoso e, portanto, o justo e o injusto.

Referências

Aristóteles. A Política.