A moralidade, Bentham exortava, não é uma questão de agradar a Deus, muito menos de fidelidade a regras abstratas. A moralidade é a tentativa de criar a maior quantidade de felicidade possível neste mundo. Ao decidir o que fazer, deveríamos, portanto, perguntar qual curso de conduta promoveria a maior quantidade de felicidade para todos aqueles que serão afetados. RACHELS, J. Os elementos da filosofia moral. Baruer-SP: Manole, 2006
Os parâmetros da ação indicados no texto estão em conformidade com uma
Fundamentação científica de viés positivista.
Inclinação de natureza passional.
Racionalidade de caráter pragmático.
Transgressão comportamental religiosa.
Convenção social de orientação normativa.
Fala-se muito nos dias de hoje em direitos do homem. Pois bem: foi no século XVIIl – em 1789, precisamente que uma Assembleia Constituinte produziu e proclamou em Paris a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão. Essa Declaração se impôs como necessária para um grupo de revolucionários, por ter sido preparada por uma mudança no plano das ideias e das mentalidades: o Iluminismo. FORTES, L.R.S. O Iluminismo e os reis filósofos. São Paulo: Brasiliense, 1981 (adaptado).
Correlacionando temporalidades históricas, o texto apresenta uma concepção de pensamento que tem como uma de suas bases a
Divulgação de costumes aristocráticos.
Socialização do conhecimento científico.
Universalização do princípio da igualdade civil.
Modernização da educação escolar
Atualização da disciplina moral cristã.
Uma sociedade é uma associação mais ou menos autossuficiente de pessoas que em suas relações mútuas reconhecem certas regras de conduta como obrigatórias e que, na maioria das vezes, agem de acordo com elas. Uma sociedade é bem ordenada não apenas quando está planejada para promover o bem de seus membros, mas quando é também efetivamente regulada por uma concepção pública de justiça. Isto é, trata-se de uma sociedade na qual todos aceitam, e sabem que os outros aceitam, o mesmo princípio de justiça. RAWLS, J. Uma teoria da justiça. São Paulo: Martins Fontes, 1997 (adaptado)
A visão expressa nesse texto do século XX remete a qual aspecto do pensamento moderno?
A dialética entre o indivíduo e governo autocrata do Idealismo.
A independência entre poder e moral no Racionalismo.
A convenção entre cidadãos e soberano do Absolutismo.
A contraposição entre bondade e condição selvagem do Naturalismo.
A relação entre liberdade e autonomia no Liberalismo.
Uma conversação de tal natureza transforma o ouvinte; o contato de Sócrates paralisa e embaraça; leva a refletir sobre si mesmo, a imprimir à atenção uma direção incomum: os temperamentais, como Alcibíades sabem que encontrarão junto dele todo o bem de que são capazes, mas fogem porque receiam essa influência poderosa, que os leva a se censurarem. Sobretudo a esses jovens, muitos quase crianças, que ele tenta imprimir sua orientação. BREHIER, E. História da filosofia. São Paulo: Mestre Jou, 1977.
O texto evidencia características do modo de vida socrático, que se baseava na
Sustentação do método dialético.
Valorização da argumentação retórica
Investigação dos fundamentos da natureza.
Contemplação da tradição mítica.
Relativização do saber verdadeiro.
A representação de Demócrito é semelhante à de Anaxágoras, na medida em que um infinitamente múltiplo é a origem, mas nele a determinação dos princípios fundamentais aparece de maneira tal que contém aquilo que para o que foi formado não é, absolutamente, o aspecto simples para si. Por exemplo, partículas de came e de ouro seriam princípios que, através de sua concentração, formam aquilo que aparece como figura. HEGEL, G. W. F. Crítica moderna. In: SOUZA, J. C. (Org.) Os pré-socráticos: vida e obra. São Paulo: Nova Cultural, 2000 (adaptado)
O texto faz uma apresentação crítica acerca do pensamento de Demócrito, segundo o qual o “princípio constitutivo das coisas” estava representado pelo(a)
Água, que expressa a causa material da origem do universo.
Devir, que simboliza o constante movimento dos objetos.
Número, que fundamenta a criação dos deuses.
Imobilidade, que sustenta a existência do ser atemporal.
Átomo, que explica o surgimento dos entes.
O conceito de democracia, no pensamento de Habermas, é construído a partir de uma dimensão procedimental, calcada no discurso e na deliberação. A legitimidade democrática exige que o processo de tomada de decisões políticas ocorra a partir de uma ampla discussão pública, para somente então decidir. Assim, o caráter deliberativo corresponde a um processo coletivo de ponderação e análise, permeado pelo discurso, que antecede a decisão. VITALE, D. Jürgen Habermas, modernidade e democracia deliberativa. Cadernos do CRH (UFBA), v. 19, 2006 (adaptado).
O conceito de democracia proposto por Jürgen Habermas pode favorecer processos de inclusão social. De acordo com o texto, é uma condição para que isso aconteça o(a)
Controle do poder político por cidadãos mais esclarecidos.
Eleição de lideranças políticas com mandatos temporários.
Participação direta periódica do cidadão.
Interlocução entre os poderes governamentais.
Debate livre e racional entre cidadãos e Estado.
Uma pessoa vê-se forçada pela necessidade a pedir dinheiro emprestado. Sabe muito bem que não poderá pagar, mas vê também que não lhe emprestarão nada se não prometer firmemente pagar em prazo determinado. Sente a tentação de fazer a promessa; mas tem ainda consciência bastante para perguntar a si mesma: não é proibido e contrário ao dever livrar-se de apuros desta maneira? Admitindo que se decida a fazê-lo, a sua máxima de ação seria: quando julgo estar em apuros de dinheiro, vou pedi-lo emprestado e prometo pagá-lo, embora saiba que tal nunca sucederá. KANT, l. Fundamentação da metafísica dos costumes. São Paulo. Abril Cultural, 1980.
De acordo com a moral kantiana, a “falsa promessa de pagamento” representada no texto
Garante que os efeitos das ações não destruam a possibilidade da vida futura na terra.
Permite que a ação individual produza a mais ampla felicidade para as pessoas envolvidas.
Materializa-se no entendimento de que os fins da ação humana podem justificar os meios.
Assegura que a ação seja aceita por todos a partir livre discussão participativa.
Opõe-se ao princípio de que toda ação do homem possa valer como norma universal.
Se, pois, para as coisas que fazemos existe um fim que desejamos por ele mesmo e tudo o mais é desejado no interesse desse fim; evidentemente tal fim será o bem, ou antes, o sumo bem. Mas não terá o conhecimento grande influência sobre essa vida? Se assim é esforcemo-nos por determinar, ainda que em linhas gerais apenas, o que seja ele e de qual das ciências ou faculdades constitui o objeto. Ninguém duvidará de que o seu estudo pertença à arte mais prestigiosa e que mais verdadeiramente se pode chamar a arte mestra. Ora, a política mostra ser dessa natureza, pois é ela que determina quais as ciências que devem ser estudadas num Estado, quais são as que cada cidadão deve aprender, e até que ponto; e vemos que até as faculdades tidas em maior apreço, como a estratégia, a economia e a retórica, estão sujeitas a ela. Ora, como a política utiliza as demais ciências e, por outro lado, legisla sobre o que devemos e o que não devemos fazer, a finalidade dessa ciência deve abranger as duas outras, de modo que essa finalidade será o bem humano. ARISTÓTELES, Ética a Nicômaco. In: Pensadores. São Paulo: Nova Cultural, 1991 (adaptado)
Para Aristóteles, a relação entre o sumo bem e a organização da pólis pressupõe que
A política é a ciência que precede todas as demais na organização da cidade.
A educação visa formar a consciência de cada pessoa para agir corretamente.
O sumo em é dado pela fé de que os deuses são os portadores da verdade.
O bem dos indivíduos consiste em cada um perseguir seus interesses.
A democracia protege as atividades políticas necessárias para o em comum.
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