Recursos para ensinar filosofia
Questões de filosofia ENEM 2015
Faça login ou crie uma conta para exportar questões
No trecho citado, Tomás de Aquino justifica a monarquia como o regime de governo capaz de
-
refrear os movimentos religiosos contestatórios.Essa alternativa está incorreta. Tomás de Aquino não fala especificamente sobre controlar ou refrear movimentos religiosos contestatórios no texto fornecido. O foco está mais sobre a necessidade de um dirigente para conduzir a sociedade rumo a um fim comum e bem direcionado, não necessariamente em reprimir movimentos religiosos.
-
reformar a religião por meio do retorno à tradição helenística.Essa alternativa está incorreta. Embora Tomás de Aquino valorize a tradição intelectual helenística, o texto em questão não está tratando da reforma da religião através de um retorno a essas tradições. O foco está na unidade e na direção da sociedade para um fim comum através de uma liderança forte.
-
dissociar a relação política entre os poderes temporal e espiritual.Essa alternativa está incorreta. Tomás de Aquino não menciona a separação dos poderes temporal e espiritual no texto. Na verdade, sua filosofia muitas vezes integrava aspectos espirituais e temporais, buscando harmonia entre eles para o benefício da sociedade. O trecho trata da necessidade de um líder para guiar a sociedade, não da dissociação de poder político e espiritual.
-
promover a atuação da sociedade civil na vida política.Essa alternativa está incorreta. O texto não menciona a promoção da atuação da sociedade civil na política. Tomás de Aquino está discutindo a necessidade de um dirigente, ou líder, para guiar a sociedade ao seu propósito final, mas não faz menção a intensificar a participação política individual ou coletiva da sociedade civil.
-
unir a sociedade tendo em vista a realização do bem comum.Essa é a alternativa correta. No trecho, Tomás de Aquino está argumentando que, assim como um navio precisa de um piloto para atingir seu destino, a sociedade precisa de um líder (no contexto, um monarca) para alcançar o bem comum. Ele fala sobre a importância de uma direção unificada, que pode ser proporcionada por uma autoridade singular, a fim de se atingir esse fim. Isso justifica seu apoio à monarquia como um meio de unir adequadamente a sociedade.
Na década de 1960, a proposição de Simone de Beauvoir contribuiu para estruturar um movimento social que teve como marca o(a)
-
pressão do Poder Legislativo para impedir a dupla jornada de trabalho.Esta alternativa está incorreta. Embora a crítica de Beauvoir sobre como a sociedade define o papel feminino possa ser usada para discutir problemas como a dupla jornada de trabalho das mulheres, sua frase não está associada a movimentos específicos para impedir esse fenômeno por meio de pressão legislativa. As mudanças referentes à dupla jornada são complexas e demandam mais do que apenas reflexões teóricas como as de Beauvoir.
-
organização de protestos púbicos para garantir a igualdade de gênero.Esta é a alternativa correta. A frase de Beauvoir foi importante para o movimento feminista, que na década de 1960 ganhou força organizando protestos e movimentos para garantir a igualdade de gênero. A ideia de que ser mulher é uma construção cultural e não meramente biológica ou econômica desafiou concepções tradicionais e inspirou lutas por igualdade de direitos entre homens e mulheres.
-
ação do Poder Judiciário para criminalizar a violência sexual.Esta alternativa está incorreta. Beauvoir discute em sua obra a construção social do gênero e os impactos que isso tem na vida das mulheres, mas a proposição dela não está diretamente ligada a ações do Poder Judiciário para criminalizar a violência sexual. A crítica principal de Beauvoir é como a sociedade define e trata as mulheres, não diretamente sobre questões judiciais ou criminais como a violência sexual, ainda que seja uma consequência das questões de desigualdade de gênero.
-
oposição de grupos religiosos para impedir os casamento homoafetivos.Esta alternativa está incorreta. A frase de Simone de Beauvoir está inserida no contexto da luta por direitos e igualdade de gênero e não está diretamente relacionada com a questão dos casamentos homoafetivos. Na década de 1960, o foco da frase de Beauvoir estava mais centrado na discussão sobre os papéis de gênero e a opressão das mulheres, não nas questões dos direitos civis dos casais homoafetivos.
-
estabelecimento de políticas governamentais para promover ações afirmativas.Esta alternativa está incorreta. A contribuição de Beauvoir está mais alinhada a movimentos de base e ativismo do que a políticas governamentais. Na década de 1960, o movimento feminista em grande parte pressionava por mudanças sociais e culturais, e só posteriormente houve mais foco em políticas governamentais e ações afirmativas como parte das estratégias para alcançar a igualdade de gênero.
Para Hobbes, antes da constituição da sociedade civil, quando dois homens desejavam o mesmo objeto, eles
-
recorriam aos clérigos.Também está incorreta. No estado de natureza hobbesiano, não há instituições ou figuras religiosas organizadas como os clérigos para servir de mediadores ou guias. A ideia central de Hobbes é a ausência de qualquer tipo de estrutura social ou institucional que pudesse intervir em disputas entre indivíduos.
-
entravam em conflito.Essa é a alternativa correta. Segundo Hobbes, no estado de natureza, os homens entravam em conflito quando desejavam o mesmo objeto. Isso porque, na ausência de uma autoridade comum que pudesse resolver disputas, os indivíduos precisavam lutar por recursos e segurança. Hobbes descreve esse estado de natureza como uma situação de constante competição e desconfiança entre as pessoas.
-
exerciam a solidariedade.Essa alternativa está incorreta. Hobbes argumenta que, no estado de natureza, prevalece a desconfiança e a competição, não a solidariedade. Sem um governo ou contrato social, a tendência dos indivíduos é agir com base em seus próprios interesses para garantir sua sobrevivência, o que leva ao conflito e não à cooperação.
-
consultavam os anciãos.Essa alternativa está incorreta. Os anciãos ou qualquer outro tipo de conselho não existiam na ideia de estado de natureza que Hobbes descreve. Este é um estado anterior à ordem social organizada e, portanto, não há papéis sociais estabelecidos como os de conselheiros ou sábios.
-
apelavam aos governantes.Essa alternativa está incorreta. Antes da constituição da sociedade civil, no estado de natureza segundo Hobbes, não existiam governantes para apelar. Hobbes descreve o estado de natureza como uma condição de guerra de todos contra todos, onde não há autoridade estabelecida para mediar conflitos.
Hume estabelece um vínculo entre pensamento e impressão ao considerar que
-
as ideias fracas resultam de experiências sensoriais determinadas pelo acaso.Essa alternativa está incorreta. Embora Hume fale sobre a origem das ideias a partir das experiências sensoriais, ele não afirma que as ideias fracas resultam de experiências determinadas pelo acaso. Hume destaca que todas as ideias, sejam fortes ou fracas, derivam de impressões sensoriais, mas ele não atribui a fraqueza das ideias ao acaso.
-
o espírito é capaz de classificar os dados da percepção sensível.Essa alternativa está incorreta. Hume não sugere que o espírito classifica ativamente os dados da percepção sensível. Ele acredita que as ideias vêm das impressões que recebemos, mas não menciona um processo de classificação dessas percepções como um papel primordial do espírito. Seu enfoque é mais sobre a origem das ideias nos sentidos do que sobre a operação da mente sobre essas ideias.
-
os sentimentos ordenam como os pensamentos devem ser processados na memória.Essa alternativa está incorreta. Hume não sugere que os sentimentos ordenam os pensamentos na memória. Para Hume, os sentimentos e as ideias são diferentes, e ele não atribui um papel organizador aos sentimentos em relação aos pensamentos. Existe uma distinção no modo como percebemos diferentes tipos de ideias, mas isso não se relaciona com uma organização feita por sentimentos.
-
as ideias têm como fonte específica o sentimento cujos dados são colhidos na empiria.Esta alternativa está incorreta. Na filosofia de Hume, as ideias não têm como fonte específica os sentimentos. Embora os sentimentos possam influenciar ideias, Hume distingue sentimentos de impressões sensoriais, que são a verdadeira fonte das ideias. As ideias originam-se de impressões sensoriais diretas, enquanto os sentimentos são mais uma resposta emocional ligada a essas impressões e ideias.
-
os conteúdos das ideias no intelecto têm origem na sensação.Esta é a alternativa correta. Hume defende que todas as ideias são cópias enfraquecidas de impressões, que são recebidas pelos nossos sentidos. Ele fala sobre duas espécies de percepções da mente: impressões, que são percepções vívidas quando experimentamos algo, e ideias, que são reflexões dessas impressões. Assim, as ideias têm origem nas impressões, ou seja, na sensação.
O que, de acordo com Nietzsche, caracteriza o surgimento da filosofia entre os gregos?
-
A tentativa de justificar, a partir de elementos empíricos, o que existe no real.Esta alternativa não está correta. Embora a proposta de Tales se relacione com observações empíricas, Nietzsche está se referindo à busca filosófica de um princípio racional subjacente ao real, não à mera justificação empírica. A questão de Nietzsche ressalta o caráter intelectual e filosófico dessa busca, e não apenas uma tentativa de justificar empiricamente o que existe no real.
-
O desejo de explicar, usando metáforas, a origem dos seres e das coisas.Esta alternativa não está correta. Nietzsche enfatiza a busca por uma causa primeira racional, enquanto a expressão "usar metáforas" sugere uma abordagem menos racional ou científica, o que não está alinhado com a busca filosófica descrita no texto, que fala de propor uma explicação direta sem recurso a imagens ou fabulações.
-
A necessidade de buscar, de forma racional, a causa primeira das coisas existentes.Essa alternativa está correta. Nietzsche argumenta que o surgimento da filosofia entre os gregos se caracteriza pela busca racional pela causa primeira, ou origem, de todas as coisas. Esse é exatamente o caso quando fala sobre a água como princípio inicial para Tales, que tenta encontrar uma explicação racional para a origem do cosmos.
-
O impulso para transformar, mediante justificativas, os elementos sensíveis em verdades racionais.Essa alternativa está incorreta. Nietzsche destaca que a filosofia grega buscava uma justificativa racional para a origem das coisas e não apenas transformar elementos sensíveis em verdades racionais. A proposição sobre a água de Tales de Mileto não visa transformar elementos sensíveis em verdades, mas sim identificar um princípio unificador e racional para o cosmos.
-
A ambição de expor, de maneira metódica, as diferenças entre as coisas.Esta alternativa está incorreta. Nietzsche fala sobre a unidade das coisas ao referir-se à proposição de Tales, "Tudo é um", sugerindo que a filosofia grega estava mais preocupada em buscar a unidade e a origem comum das coisas, em vez de separar e destacar as diferenças entre elas.
O sofista Trasímaco, personagem imortalizado no diálogo A República, de Platão, sustentava que a correlação entre justiça e ética é resultado de
-
determinações biológicas impregnadas na natureza humana.A segunda alternativa é incorreta. Trasímaco não baseava sua visão sobre a justiça em determinações biológicas ou instintos naturais. Sua posição era mais cética em relação à moralidade, argumentando que as noções de certo e errado eram construídas socialmente, não biologicamente. Não há menção a uma disposição natural ou biológica para a justiça em sua perspectiva.
-
verdades objetivas com fundamento anterior aos interesses sociais.A terceira alternativa está incorreta. Trasímaco não sustentava que a justiça se baseasse em verdades objetivas independentes dos interesses sociais. De acordo com ele, a justiça não é uma verdade universal ou objetiva que transcende as circunstâncias sociais, mas é uma criação humana, dependente dos interesses de grupos poderosos. Portanto, não se trata de algo absoluto ou independente.
-
sentimentos experimentados diante de determinadas atitudes humanas.A quinta alternativa é incorreta. A perspectiva de Trasímaco não se baseia em sentimentos pessoais diante de atitudes humanas, mas em uma análise crítica sobre como as normas de justiça são criadas como forma de exercer poder e controle social. Ele foca nos interesses e convenções dos poderosos, ao invés de pensar sobre justiça em termos de sentimentos ou reações individuais.
-
convenções sociais resultantes de interesses humanos contingentes.A quarta alternativa é correta. Trasímaco sustentava que a justiça é resultado de convenções sociais originadas de interesses humanos contingentes. Ele via a justiça como uma ferramenta de controle estabelecida pelos mais poderosos para manter a ordem e beneficiar a si mesmos, em vez de uma verdade universal ou algo inerentemente bom. É uma visão crítica que sugere que regras de justiça são maleáveis e determinadas por aqueles que têm o poder para ditar o que é justo.
-
mandamentos divinos inquestionáveis legados das tradições antigas.A primeira alternativa está incorreta. Trasímaco, como um sofista, não estava preocupado com mandamentos divinos ou tradições antigas como fundamento da justiça. Ele acreditava que as regras de justiça eram invenções humanas e não derivadas de alguma verdade divina ou tradição sagrada. O pensamento de Trasímaco revela ceticismo quanto à ideia de que a moralidade ou justiça tenham uma origem divina.
A situação imaginária proposta pelo autor explicita o desafio cultual do(a)
-
prática da diplomacia.Essa opção fala sobre a diplomacia, que é a prática de negociação e manejo das relações entre países. No entanto, a questão não traz um cenário que envolva diplomacia entre países ou negociações internacionais. Ela está mais focada na percepção cultural e em como reagimos a diferentes culturas. Portanto, essa alternativa não é a correta.
-
universalização do progresso.A questão não aborda a ideia de progresso universal de forma direta ou indireta, não está falando sobre desenvolvimento econômico, social ou científico como algo que deve ser espalhado ou aplicado igualmente entre todas as nações. Logo, esta alternativa não é a correta.
-
expansão da democracia.Essa alternativa sugere uma reflexão sobre a democracia e sua disseminação, mas a questão não fala sobre o sistema político ou a sua expansão para outras partes do mundo. O foco do texto está em entender percepções e julgamentos entre diferentes culturas, não em expandir ou implantar um regime político como a democracia.
-
conquista da autodeterminação.A conquista da autodeterminação geralmente se refere ao direito de um povo ou nação decidir seu próprio destino político. Entretanto, a citação do texto e o exemplo de Zizek se focam mais em como vemos e entendemos as ações e discursos de pessoas de diferentes culturas, e não o aspecto político da autodeterminação de uma nação ou grupo. Portanto, essa alternativa não está correta.
-
exercício da alteridade.A resposta correta é o exercício da alteridade. Alteridade significa reconhecer e respeitar a diferença do outro e a existência de diferentes perspectivas. Na situação proposta por Zizek, ele destaca como as reações culturais podem ser diferentes dependendo do contexto cultural. A menina americana é vista de uma maneira, enquanto se uma menina árabe dissesse a mesma coisa, nossa reação poderia ser outra. Isso ilustra a dificuldade de se colocar no lugar do outro, que é justamente o desafio da alteridade.
Na configuração política da democracia grega, em especial a ateniense, a ágora tinha por função
-
reunir os exércitos para decidir em assembleias fechadas os rumos a serem tomados em caso de guerra.Essa alternativa está incorreta. Embora questões militares pudessem ser debatidas na ágora, esta não era usada especificamente para reunir exércitos ou decidir exclusivamente questões de guerra em assembleias fechadas. Pelo contrário, as deliberações eram abertas e envolviam toda a comunidade de cidadãos, não somente questões militares.
-
congregar a comunidade para eleger representantes com direito a pronunciar-se em assembleias.Essa alternativa está incorreta. Na democracia ateniense, não havia a eleição de representantes para tomar decisões em nome dos cidadãos. A democracia era direta, e os próprios cidadãos participavam das assembleias e tomavam decisões. Portanto, a ágora não funcionava como um espaço para eleger representantes, mas sim para debate e decisão coletiva.
-
constituir o lugar onde o corpo de cidadãos se reunia para deliberar sobre as questões da comunidade.Essa alternativa está correta. A ágora era o espaço público central onde os cidadãos atenienses se reuniam para deliberar e decidir sobre os assuntos da cidade. Era um espaço de debate e deliberação, onde a democracia direta era exercida com a participação dos cidadãos.
-
permitir aos homens livres o acesso às decisões do Estado expostas por seus magistrados.Essa alternativa está incorreta. Embora a ágora fosse um espaço em que os cidadãos tinham acesso às discussões políticas, ela não era apenas para ouvir as decisões dos magistrados. Na verdade, a ágora era o coração da vida política e social da cidade, onde os próprios cidadãos podiam participar ativamente das deliberações, revelando a natureza direta da democracia ateniense.
-
agregar os cidadãos em torno de reis que governavam em prol da cidade.Essa alternativa está incorreta. Na democracia ateniense, não havia reis. A cidade-estado de Atenas funcionava sob um sistema de democracia direta, onde os cidadãos tinham uma participação ativa nas decisões políticas, sem a intermediação de monarcas. Portanto, a ágora não era um local de agregação em torno de reis.
Conteúdo exclusivo para usuário
Esse conteúdo é exclusivo para usuários cadastrados. Crie uma conta ou faça login abaixo para ter acesso a ele.