Questões de filosofia ENEM 2016 2° aplicação
Aristóteles considera a ética como pertencente ao campo do saber prático. Nesse sentido, ela difere-se dos outros saberes porque é caracterizada como
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a conduta definida pela capacidade racional de escolha.
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técnica que tem como resultado a produção de boas ações.
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conhecimento das coisas importantes para a vida do homem.
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capacidade de escolher de acordo com padrões científicos.
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política estabelecida de acordo com padrões democráticos de deliberação.
De acordo com o texto, a construção de uma sociedade democrática fundamenta-se em:
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A norma estabelecida pela disciplina social.
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A ausência de constrangimentos de ordem pública.
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A pertença dos indivíduos à mesma categoria.
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A debilitação das esperanças na condição humana.
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A garantia da segurança das pessoas e valores sociais.
A ética da responsabilidade protagonizada pelo filósofo alemão Hans Jonas e reivindicada no texto é expressa pela máxima:
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"A tua ação possa produzir a máxima felicidade para a maioria das pessoas."
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"O teu agir almeje alcançar determinados fins que possam justificar os meios."
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"O efeito de tuas ações não destrua a possibilidade futura da vida das novas gerações."
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"A tua ação possa valer como norma para todos os homens."
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"A norma aceita por todos advenha da ação comunicativa e do discurso."
Até aqui expus a natureza do homem (cujo orgulho e outras paixões o obrigaram a submeter-se ao governo), juntamente com o grande poder do seu governante, o qual comparei com o Leviatã, tirando essa comparação dos dois últimos versículos do capítulo 41 de Jó, onde Deus, após ter estabelecido o grande poder do Leviatã, lhe chamou Rei dos Soberbos. Não há nada na Terra, disse ele, que se lhe possa comparar. HOBBES, T. O Leviatã. São Paulo: Martins Fontes, 2003.
TEXTO II
Eu asseguro, tranquilamente, que o governo civil é a solução adequada para as inconveniências do estado de natureza, que devem certamente ser grandes quando os homens podem ser juízes em causa própria, pois é fácil imaginar que um homem tão injusto a ponto de lesar o irmão dificilmente será justo para condenar a si mesmo pela mesma ofensa.
LOCKE, J. Segundo tratado sobre o governo civil . Petrópolis: Vozes, 1994.
Thomas Hobbes e John Locke, importantes teóricos contratualistas, discutiram aspectos ligados à natureza humana e ao Estado. Thomas Hobbes, diferentemente de John Locke, entende o estado de natureza como um(a)
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capricho típico da menoridade, que deve ser eliminado pela exigência moral, para que o homem possa constituir o Estado civil.
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estado de felicidade, saúde e liberdade que é destruído pela civilização, que perturba as relações sociais e violenta a humanidade.
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situação em que os homens nascem como detentores de livre-arbítrio, mas são feridos em sua livre decisão pelo pecado original.
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organização pré-social e pré-política em que o homem nasce com os direitos naturais: vida, liberdade, igualdade e propriedade.
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condição de guerra de todos contra todos, miséria universal, insegurança e medo da morte violenta.
HUME, D. Investigação acerca do entendimento humano. São Paulo: Abril Cultural, 1995.
O problema descrito no texto tem como consequência a
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universalidade do conjunto das proposições de observação.
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normatividade das teorias científicas que se valem da experiência.
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inviabilidade de se considerar a experiência na construção da ciência.
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dificuldade de se fundamentar as leis científicas bases empíricas.
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correspondência entre afirmações singulares e afirmações universais.
De acordo com Locke, até a mais precária coletividade depende de uma noção de justiça, pois tal noção
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contribui com a manutenção da ordem e do equilíbrio social.
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determina o que é certo ou errado num contexto de interesses conflitantes.
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identifica indivíduos despreparados para a vida em comum.
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estabelece um conjunto de regras para a formação da sociedade.
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representa os interesses da coletividade, expressos pela vontade da maioria
A forma de organização interna da indústria citada gera a seguinte consequência para a mão de obra nela inserida:
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Ampliação da jornada diária.
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Melhoria da qualidade do trabalho.
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Instabilidade nos cargos ocupados.
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Desconhecimento das etapas produtivas.
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Eficiência na prevenção de acidentes.
Cidadão
Tá vendo aquele edifício, moço?
Ajudei a levantar
Foi um tempo de aflição
Eram quatro condução
Duas pra ir, duas pra voltar
Hoje depois dele pronto
Olho pra cima e fico tonto
Mas me vem um cidadão
E me diz desconfiado
“Tu tá aí admirado
Ou tá querendo roubar?”
Meu domingo tá perdido
Vou pra casa entristecido
Dá vontade de beber
E pra aumentar meu tédio
Eu nem posso olhar pro prédio
Que eu ajudei a fazer." BARBOSA, L. In: ZÉ RAMALHO. 20 Super Sucessos. Rio de Janeiro: Sony Music, 1999 (fragmento). TEXTO II
O trabalhador fica mais pobre à medida que produz mais riqueza e sua produção cresce em força e extensão. O trabalhador torna-se uma mercadoria ainda mais barata à medida que cria mais bens. Esse fato simplesmente subentende que o objeto produzido pelo trabalho, o seu produto, agora se lhe opõe como um ser estranho, como uma força independente do produtor. MARX, K. Manuscritos econômicos-filosóficos (Primeiro manuscrito). São Paulo: Boitempo Editorial, 2004 (adaptado).
Com base nos textos, a relação entre trabalho e modo de produção capitalista é
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instaurada a partir do fortalecimento da luta de classes e da criação da economia solidária.
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baseada na desvalorização do trabalho especializado e no aumento da demanda social por novos postos de emprego.
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estruturada na distribuição equânime de renda e no declínio do capitalismo industrial e tecnocrata.
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fundada no crescimento proporcional entre o número de trabalhadores e o aumento da produção de bens e serviços.
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derivada do aumento da riqueza e da ampliação da exploração do trabalhador.
No trecho da obra O banquete, Platão explicita, por meio de uma alegoria, o
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ideal inteligível como transcendência desejada.
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amor como falta constituinte do ser humano.
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autoconhecimento como caminho da verdade.
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prazer perene como fundamento da felicidade.
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bem supremo como fim do homem.
ÉDIPO — Foi ela quem te entregou a criança?
O SERVIDOR — Foi ela, Senhor.
ÉDIPO — Com que intenção?
O SERVIDOR — Para que eu a matasse.
ÉDIPO — Uma mãe! Mulher desgraçada!
O SERVIDOR — Ela tinha medo de um oráculo dos deuses.
ÉDIPO — O que ele anunciava?
O SERVIDOR — Que essa criança um dia mataria seu pai.
ÉDIPO — Mas por que tu a entregaste a este homem?
O SERVIDOR — Tive piedade dela, mestre. Acreditei que ele a levaria ao país de onde vinha. Ele te salvou a vida, mas para os piores males! Se és realmente aquele de quem ele fala, saibas que nasceste marcado pela infelicidade.
ÉDIPO — Oh! Ai de mim! Então no final tudo seria verdade! Ah! Luz do dia, que eu te veja aqui pela última vez, já que hoje me revelo o filho de quem não devia nascer, o esposo de quem não devia ser, o assassino de quem não deveria matar! SÓFOCLES. Édipo Rei. Porto Alegre: L&PM, 2011.
O trecho da obra de Sófocles, que expressa o núcleo da tragédia grega, revela o(a)
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busca pela explicação racional sobre os fatos até então desconhecidos.
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impossibilidade de o homem fugir do destino predeterminado pelos deuses.
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legalismo estatal ao punir com a prisão perpétua o crime de parricídio.
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caráter antropomórfico dos deuses na medida em que imitavam os homens.
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condenação eterna dos homens pela prática injustificada do incesto
Uma vez que a neutralidade é inalcançável na atividade mencionada, é tarefa do profissional envolvido
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defender os direitos das minorias.
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explicitar as escolhas realizadas.
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criticar as ideias dominantes.
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respeitar os interesses sociais.
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satisfazer os financiadores de pesquisas.
A legislação e os atos normativos descritos estão ancorados na seguinte concepção:
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Garantia da liberdade de expressão.
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Implantação da ética comercial.
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Enfraquecimento dos direitos do consumidor.
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Promoção da sustentabilidade ambiental.
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Manutenção da livre concorrência.
Em Antes de partir, uma cuidadora especializada em doentes terminais fala do que eles mais se arrependem na hora de morrer. “Não deveria ter trabalhado tanto”, diz um dos pacientes. "Desejaria ter ficado em contato com meus amigos”, lembra outro. “Desejaria ter coragem de expressar meus sentimentos.” “Não deveria ter levado a vida baseando-me no que esperavam de mim”, diz um terceiro. Há cem anos ou cinquenta, quem sabe, sem dúvida seriam outros os arrependimentos terminais. “Gostaria de ter sido mais útil à minha pátria.” “Deveria ter sido mais obediente a Deus.” “Gostaria de ter deixado mais patrimônio aos meus descendentes.” COELHO, M. Folha de São Paulo, 2 jan. 2013.
O texto compara hipoteticamente dois padrões morais que divergem por se basearem respectivamente em
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realização profissional e culto à personalidade.
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tranquilidade espiritual e costumes liberais.
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satisfação pessoal e valores tradicionais.
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engajamento político e princípios nacionalistas.
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relativismo cultural e postura ecumênica.
No texto é apresentada uma lógica que constitui uma característica central do seguinte sistema socioeconômico:
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Comunitarismo.
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Socialismo.
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Anarquismo.
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Capitalismo.
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Feudalismo.