Enquanto o pensamento de Santo Agostinho representa o desenvolvimento de uma filosofia cristã inspirada em Platão, o pensamento de São Tomás reabilita a filosofia de Aristóteles - até então vista sob suspeita pela Igreja -, mostrando ser possível desenvolver uma leitura de Aristóteles compatível com a doutrina cristã. O aristotelismo de São Tomás abriu caminho para o estudo da obra aristotélica e para a legitimação do interesse pelas ciências naturais, um dos principais motivos do interesse por Aristóteles nesse período. MARCONDES, D. Textos Básicos de filosofia. Rio de Janeiro: Zahar, 2005.
A Igreja Católica por muito tempo impediu a divulgação da obra de Aristóteles pelo fato de a obra aristotélica
declarar a inexistência de Deus, colocando em dúvida toda a moral religiosa.
criticar a Igreja Católica, instigando a criação de outras instituições religiosas.
valorizar a investigação científica, contrariando certos dogmas religiosos.
evocar pensamentos de religiões orientais, minando a expansão do cristianismo.
contribuir para o desenvolvimento de sentimentos antirreligiosos, seguindo sua teoria política.
Os ricos adquiriram uma obrigação relativamente à coisa pública, uma vez que devem sua existência ao ato de submissão à sua proteção e zelo, o que necessitam para viver; o Estado então fundamenta o seu direito de contribuição do que é deles nessa obrigação, visando a manutenção de seus concidadãos. Isso pode ser realizado pela imposição de um imposto sobre a propriedade ou a atividade comercial dos cidadãos, ou pelo estabelecimento de fundos e de uso dos juros obtidos a partir deles, não para suprir as necessidades do Estado (uma vez que este é rico), mas para suprir as necessidades do povo. KANT.I A metafísica dos costumes. Bauru: Edipro, 2003.
Segundo esse texto de Kant, o Estado:
delega aos cidadãos o dever de suprir as necessidades do Estado, por causa do seu elevado custo de manutenção.
está autorizado a cobrar impostos dos cidadãos ricos para suprir as necessidades dos cidadãos pobres.
deve sustentar todas as pessoas que vivem sob seu poder, a fim de que a distribuição seja paritária.
dispõe de poucos recursos e, por esse motivo, é obrigado a cobrar impostos idênticos dos seus membros.
tem a incumbência de proteger os ricos das imposições pecuniárias dos pobres, pois os ricos pagam mais tributos.
Quando refletimos sobre a questão da justiça, algumas associações são feitas quase intuitivamente, tais como a de equilíbrio entre as partes, princípio de igualdade, distribuição equitativa, mas logo as dificuldades se mostram. Isso porque a nossa sociedade, sendo bastante diversificada, apresenta uma heterogeneidade tanto em termos das diversas culturas que coexistem em um mundo interligado como em relação aos modos de vida e aos valores que surgem no interior de uma mesma sociedade. CHEDIAK. K. A pluralidade como ideia reguladora: a noção de justiça a partir da filosofia de Lyotard. Trans/FornvAção. n. 1. 2001 (adaptado).
A relação entre justiça e pluralidade, apresentada pela autora, está indicada em:
O papel da justiça refere-se à manutenção de princípios fixos e incondicionais em função da diversidade cultural e de valores.
O pressuposto da justiça é fomentar o critério de igualdade a fim de que esse valor torne-se absoluto em todas as sociedades.
A diversidade cultural e de valores toma a justiça mais complexa e distante de um parâmetro geral orientador.
O aspecto fundamental da justiça é o exercido de dominação e controle, evitando a desintegração de uma sociedade diversificada.
A complexidade da sociedade limita o exercido da justiça e a impede de atuar a favor da diversidade cultural.
Estamos, pois, de acordo quando, ao ver algum objeto, dizemos: "Este objeto que estou vendo agora tem tendência para assemelhar-se a um outro ser, mas, por ter defeitos, não consegue ser tal como o ser em questão, e lhe é, pelo contrário, inferior". Assim, para podermos fazer estas reflexões, é necessário que antes tenhamos tido ocasião de conhecer esse ser de que se aproxima o dito objeto, ainda que imperfeitamente. PLATÃO. Fédon. São Paulo: Abril Cultural, 1972.
Na epistemologia platônica, conhecer um determinado objeto implica
identificar outro exemplar idêntico ao observado.
estabelecer semelhanças entre o que é observado em momentos distintos.
comparar o objeto observado com uma descrição detalhada dele.
descrever corretamente as características do objeto observado.
fazer correspondência entre o objeto observado e seu ser.
Todas as coisas são diferenciações de uma mesma coisa e são a mesma coisa. E isto é evidente. Porque se as coisas que são agora neste mundo - terra, água, ar e fogo e as outras coisas que se manifestam neste mundo -, se alguma destas coisas fosse diferente de qualquer outra, diferente em sua natureza própria e se não permanecesse a mesma coisa em muitas mudanças e diferenciações, então não poderiam as coisas, de nenhuma maneira, misturar-se umas às outras, nem fazer bem ou mal umas às outras, nem a planta poderia brotar da terra, nem um animal ou qualquer outra coisa vir à existência, se todas as coisas não fossem compostas de modo a serem as mesmas. Todas as coisas nascem, através de diferenciações, de uma mesma coisa, ora em uma forma, ora em outra, retomando sempre a mesma coisa. DIÓGENES. In: BORNHEIM, G. A. Os filósofos pré-socráticos. São Paulo: Cultrix, 1967.
O texto descreve argumentos dos primeiros pensadores, denominados pré-socráticos. Para eles, a principal preocupação filosófica era de ordem
ética, desenvolvendo uma filosofia dos valores virtuosos que tem a felicidade como o bem maior.
política, discutindo as formas de organização da pólis ao estabelecer as regras da democracia.
estética, procurando investigar a aparência dos entes sensíveis.
hermenêutica, construindo uma explicação unívoca da realidade.
cosmológica, propondo uma explicação racional do mundo fundamentada nos elementos da natureza.
A figura do inquilino ao qual a personagem da tirinha se refere é o (a):
consciência da obrigação moral.
temor de possível castigo.
costume imposto aos filhos por coação.
constrangimento por olhares de reprovação.
pessoa habitante da mesma casa.
A teoria da democracia participativa é construída em torno da afirmação central de que os indivíduos e suas instituições não podem ser considerados isoladamente. A existência de instituições representativas em nível nacional não basta para a democracia; pois o máximo de participação de todas as pessoas, a socialização ou "treinamento social" precisa ocorrer em outras esferas, de modo que as atitudes e as qualidades psicológicas necessárias possam se desenvolver. Esse desenvolvimento ocorre por meio do próprio processo de participação. A principal função da participação na teoria democrática participativa é, portanto, educativa. PATEMAN,C. Participação e teoria democrática Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1992.
Nessa teoria, a associação entre participação e educação tem como fundamento a
legitimidade do processo legislativo.
ascensão das camadas populares.
ampliação da cidadania ativa.
eficiência da gestão pública.
organização do sistema partidário.
A tirinha compara dois veículos de comunicação, atribuindo destaque à
autonomia do internauta na busca de informações.
credibilidade das fontes na esfera computacional.
confiança do telespectador nas notícias veiculadas.
interatividade dos programas de entretenimento abertos.
a resistência do campo virtual à adulteração de dados.
De alcance nacional, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) representa a incorporação à vida política de parcela importante da população, tradicionalmente excluída pela força do latifúndio. Milhares de trabalhadores rurais se organizaram e pressionaram o governo em busca de terra para cultivar e de financiamento de safras. Seus métodos - a invasão de terras públicas ou não cultivadas - tangenciam a ilegalidade, mas, tendo em vista a opressão secular de que foram vítimas e a extrema lentidão dos governos em resolver o problema agrário, podem ser considerados legítimos. CARVALHO. J. M. Cidadania no Brasil: o longo caminho. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira. 2006 (adaptado).
Argumenta-se que as reivindicações apresentadas por movimentos sociais, como o descrito no texto, têm como objetivo contribuir para o processo de
democratização do sistema.
inovação institucional.
estatização da propriedade.
renovação parlamentar.
organização partidária.
O aparecimento da pólis, situado entre os séculos VIII e VII a.C., constitui, na história do pensamento grego, um acontecimento decisivo. Certamente, no plano intelectual como no domínio das instituições, a vida social e as relações entre os homens tomam uma forma nova, cuja originalidade foi plenamente sentida pelos gregos, manifestando-se no surgimento da filosofia. VERNANT. J.-P. As origens do pensamento grego Rio de Janeiro: Difel,2004 (adaptado).
Segundo Vernant, a filosofia na antiga Grécia foi resultado do(a)
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