Alguns dos desejos são naturais e necessários; outros, naturais e não necessários; outros, nem naturais nem necessários, mas nascidos de vã opinião. Os desejos que não nos trazem dor se não satisfeitos não são necessários, mas o seu impulso pode ser facilmente desfeito, quando é difícil obter sua satisfação ou parecem geradores de dano. EPICURO DE SAMOS. “Doutrinas principais”. In: SANSON, V. F. Textos de filosofia. Rio de Janeiro: Eduff, 1974.
No fragmento da obra filosófica de Epicuro, o homem tem como fim
valorizar os deveres e as obrigações sociais.
defender a indiferença e a impossibilidade de se atingir o saber.
alcançar o prazer moderado e a felicidade.
aceitar o sofrimento e o rigorismo da vida com resignação.
A quem não basta pouco, nada basta. EPICURO. os pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1985.
Remanescente do período helenístico, a máxima apresentada valoriza a seguinte virtude:
esperança, tida como confiança no porvir.
coragem, definida como fortitude na dificuldade.
justiça, interpretada como retidão de caráter
prudência, caracterizada pelo correto uso da razão.
temperança, marcada pelo domínio da vontade.
O prazer é o princípio e fim da vida feliz. Como o prazer é o primeiro e inato bem, é por este motivo que não escolhemos qualquer prazer. Antes, pomos de lado muitos prazeres quando, como resultado deles, sofremos maiores pesares; e, igualmente, preferimos muitas dores aos prazeres quando, depois de longamente havermos suportado as dores, desfrutamos de prazeres maiores. Convém, então, valorizar todas as coisas de acordo com a medida e o critério dos benefícios e dos prejuízos. EPICURO. Antologia de textos. São Paulo: Abril Cultural, 1973 (adaptado).
Segundo o texto, o filósofo helenístico considera que a felicidade é obtida por meio
da desvalorização da razão.
do recebimento de honrarias.
da aquisição de riquezas.
do acúmulo de poder.
da moderação dos desejos.
É preciso dar-se conta de que dentre nossos desejos uns são naturais, os outros vãos, e que dentre os primeiros há os que são necessários e outros que são somente naturais. Dentre os necessários, há os que o são para a felicidade, outros para a tranquilidade contínua do corpo, outros, enfim, para a própria vida. Uma teoria não errônea desses desejos sabe, com efeito, reportar toda preferência e toda aversão à saúde do corpo e à tranquilidade da alma, posto que aí reside a própria perfeição da vida feliz. Porque todos os nossos atos visam afastar de nós o sofrimento e o medo [...] (Epicuro, Doutrinas e máximas. In: VV.AA. Os filósofos através dos textos. São Paulo, Paulus, 1997, p. 43)
De acordo com o filósofo hedonista Epicuro (341-270 a.C) para garantir uma vida feliz e ter uma boa saúde é necessário cultivar o hábito de...
... rejeitar a maneira simples e pouco custosa de viver.
... buscar o prazer nos exercícios espirituais e na mortificação do corpo.
... conquistar tudo o que se deseja e viver sem contrariedades.
... gozar todos os prazeres em todas as circunstâncias.
... evitar as perturbações da alma, cultivar amizades e preservar a liberdade.
Para Epicuro (341 – 270 a.C), a morte nada significa porque ela não existe para os vivos, e os mortos não estão mais aqui para explicá-la. De fato, quando pensamos em nossa própria morte, podemos nos imaginar mortos, mas não sabemos o que é a experiência do morrer.
Epicuro lamenta que
as pessoas aceitem a morte como seu destino final.
a maioria das pessoas fuja da morte como se fosse o maior dos males.
as pessoas amem a morte e a desejem.
as pessoas encarem a morte com coragem.
“Antes de mais, nada provém do nada, pois que então tudo nasceria sem necessidade de sementes. E, se se dissolvesse no nada tudo o que desaparece, todas as coisas seriam destruídas, anulando-se as partes nas quais se decompunham. E também é certo que o todo foi sempre tal como é agora e será sempre assim, pois nada existe nele que possa mudar-se.” Fonte: EPICURO. Antologia de Textos (Coleção Os Pensadores). São Paulo: Abril Cultural, 1973, p. 23.
Segundo o texto, é CORRETO destacar a seguinte tese de Epicuro:
a completa recriação do mundo e a modificação de seus componentes.
a presença de uma base para a existência eterna e invariável no mundo.
a efemeridade e o aspecto passageiro das coisas no mundo.
a falta de algo para sustentar a realidade e sua eterna mudança.
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