Questões sobre Pitágoras

A quebra do silêncio dos pitagóricos por Filolau, ao publicar um livro, ocorreu por qual motivo?

Os pitagóricos eventualmente abandonaram a filosofia de Pitágoras.

A afirmação de que os pitagóricos eventualmente abandonaram a filosofia de Pitágoras está incorreta. Os seguidores de Pitágoras eram bastante fieis aos seus ensinamentos e práticas, uma seita esotérica com forte coesão interna. O rompimento do silêncio não foi resultado de uma rejeição filosófica ao mestre, mas de outras circunstâncias.
Filolau se opunha às crenças e métodos de Pitágoras e queria expor o mestre.

A afirmação de que Filolau queria expor Pitágoras por oposição às suas crenças é incorreta. Filolau, na verdade, seguia os ensinamentos de Pitágoras. Sua publicação dos escritos não foi motivada por um desejo de criticar ou minar a filosofia pitagórica, mas sim por razões de ordem prática e pessoal.
Filolau se viu em dificuldades financeiras e acreditou que poderia ganhar dinheiro.

Esta está correta. Filolau, após a morte de Pitágoras, se encontrou em dificuldades financeiras. Ele decidiu publicar os ensinamentos pitagóricos em um livro na tentativa de obter fundos para sobreviver. Essa explicação é historicamente sustentada e alinha-se com o contexto da época.
Havia uma de divulgar o conhecimento pitagórico para um público mais amplo.

A ideia de que havia uma necessidade de divulgar o conhecimento pitagórico para um público mais amplo está incorreta como razão direta para a quebra do silêncio. Os ensinamentos pitagóricos eram mantidos em segredo e considerados só para os iniciados. Não havia, entre os pitagóricos da época, um desejo de popularizar ou democratizar esse conhecimento.

Como a ideia de reencarnação influenciava o objetivo da vida pitagórica?

Levava a uma desvalorização da vida, focando apenas no pós-morte.

Esta alternativa está incorreta. Embora a vida após a morte fosse uma preocupação dos pitagóricos, eles não desvalorizavam a vida terrena. Pelo contrário, eles acreditavam que a maneira como vivemos nossas vidas tinha impacto direto na condição da alma e no seu destino pós-morte. A vida era vista como uma oportunidade de melhoria e purificação, não algo a ser desconsiderado.
Enfatizava a importância do poder e status social, pois a alma retornaria em condições melhores.

Esta alternativa está incorreta. Embora a ideia de uma alma reencarnando possa parecer que encorajaria a busca por status social ou poder, isso não estava de acordo com a filosofia pitagórica. Para os pitagóricos, se concentrar em aspectos materiais como poder e status podia ser um obstáculo à purificação da alma, que era o verdadeiro objetivo de vida. Eles acreditavam mais na busca pela virtude e conhecimento como formas de purificar a alma.
Encorajava a busca pelo prazer material, já que a vida era vista como temporária.

Essa alternativa está incorreta. Os pitagóricos não acreditavam que a vida deveria ser dedicada ao prazer material. Na verdade, eles valorizavam a vida como uma oportunidade de disciplina espiritual e moral, buscando o aprimoramento da alma para se libertar do ciclo de reencarnações. O prazer material, portanto, não era o foco do objetivo de vida para os pitagóricos, já que esse tipo de prazer poderia desviar a alma de seu caminho de purificação.
Motivava a purificação da alma para alcançar a libertação do ciclo de reencarnações.

Esta alternativa está correta. Os pitagóricos acreditavam na reencarnação e, portanto, no ciclo de renascimentos. O objetivo da vida, segundo essa filosofia, era a purificação da alma para eventualmente se libertar desse ciclo de reencarnações. Esse processo de purificação envolvia seguir práticas éticas, ascéticas e o desenvolvimento da virtude, com a finalidade última de unir a alma ao divino.

O que a ausência de escritos próprios de Pitágoras sugere sobre sua maneira de transmitir conhecimento?

Preferia manter seus ensinamentos em segredo, acessíveis apenas a um pequeno grupo de escolhidos.

Correta. A ideia de que Pitágoras mantinha seus ensinamentos em segredo, acessíveis apenas a um grupo seleto, é consistente com o caráter místico e esotérico associado à sua escola. Ele liderava uma comunidade fechada que cultuava certos conhecimentos e práticas, o que condiz com a ideia de que o conhecimento era altamente controlado e distribuído apenas entre aqueles que fossem considerados dignos ou preparados para recebê-lo.
Não tinha habilidades de escrita, dependendo de seus seguidores para documentar suas ideias.

Incorreta. Argumentar que Pitágoras não tinha habilidades de escrita poderia ser um pouco extremo, considerando que ele viveu em um período onde a escrita já era usada na Grécia, especialmente para documentos filosóficos. Contudo, não há evidências de que a falta de habilidade de escrita foi uma questão para ele. O fato de ele não ter deixado escritos próprios é mais comumente ligado a questões de método de ensino ou de preservação de seus ensinamentos como algo esotérico.
Escrevia, mas seus escritos foram perdidos ao longo do tempo e não chegaram até nós.

Incorreta. Não há registros históricos concretos que indiquem que Pitágoras tivesse escrito seus pensamentos e que eles tivessem sido perdidos ao longo do tempo. A tradição geralmente aponta para a prática de transmissão oral e suas ideias sendo registradas por seus seguidores, em vez de um cenário onde ele mesmo escrevia e seus escritos desapareceram. Este aspecto ajuda a distinguir suas práticas e o funcionamento de sua escola.
Ele preferia a comunicação oral e a transmissão direta de conhecimento aos discípulos.

Correta. A ausência de escritos próprios de Pitágoras pode sugerir que ele dava preferência à comunicação oral. Na filosofia antiga, a transmissão direta e oral do conhecimento aos discípulos era uma prática comum, promovendo um tipo de aprendizado mais interativo e buscando garantir que o conhecimento fosse passado de maneira mais pessoal e, talvez, mais controlada. Esse método permitia que o mestre e o discípulo discutissem ideias em profundidade e nuances que poderiam se perder nas palavras escritas.

Qual é o significado mais preciso da palavra "filosofia" conforme usada por Pitágoras?

O amor ou amizade pela sabedoria.

Esta é a alternativa correta. Pitágoras é creditado por usar o termo 'filosofia' para descrever o 'amor pela sabedoria'. Ele via o filósofo como alguém que buscava o conhecimento por seu próprio bem, motivado por uma amizade ou amor pela aprendizagem e compreensão.
A habilidade de ensinar e transmitir conhecimento aos outros.

Esta alternativa está incorreta. Embora ensinar e transmitir conhecimento sejam atividades associadas à filosofia, não definem o significado de 'filosofia' segundo Pitágoras. Ele focou mais na busca pessoal pela sabedoria e no amor por essa busca do que nas habilidades de ensino.
O estudo sistemático da natureza e do universo.

Embora a filosofia possa envolver o estudo da natureza e do universo, esta alternativa não captura precisamente o significado que Pitágoras atribuiu à palavra 'filosofia'. Ele usava o termo para descrever uma postura de admiração e busca pelo conhecimento de maneira mais ampla, não se limitando a uma área específica.
A arte de argumentar e debater sobre assuntos complexos.

Esta alternativa está incorreta. A arte de argumentar e debater, muitas vezes associada à retórica ou à dialética, não representa o significado da palavra 'filosofia' conforme usada por Pitágoras. Os filósofos focam na busca pela verdade e compreensão, mais do que apenas no debate em si.

Como a escola fundada por Pitágoras diferia das outras escolas filosóficas de pensadores pré-socráticos?

Era estritamente focada em ensinamentos políticos e sociais.

Esta alternativa está incorreta. Embora ensinamentos políticos e sociais pudessem fazer parte dos estudos, a escola de Pitágoras não era estritamente focada nisso. O foco principal estava na matemática, na música e nos princípios éticos e espirituais que organizavam o mundo e a vida.
Enfatizava o ensino público e a distribuição de conhecimento para todos.

Esta alternativa está incorreta. Ao contrário de enfatizar o ensino público, os pitagóricos mantinham muitos de seus ensinamentos em segredo e tinham critérios rigorosos para a admissão na escola. Apenas os iniciados tinham acesso completo aos conhecimentos mais profundos da ordem.
Era mais focada no estudo da matemática do que na filosofia.

A alternativa está parcialmente correta. A escola pitagórica realmente dava um grande valor ao estudo da matemática, mas isso não significa que não se interessava pela filosofia. Para os pitagóricos, números e proporções eram fundamentais para entender a ordem do mundo. No entanto, a escola também se preocupava com questões filosóficas e espirituais, que eram integradas aos estudos matemáticos.
Funcionava como uma ordem religiosa e sociedade secreta.

Esta alternativa está correta. A escola pitagórica não era apenas um grupo de estudo filosófico ou matemático, mas sim uma comunidade que seguia um modo de vida específico. Os membros estavam envolvidos em práticas semelhantes às de uma ordem religiosa, incluindo rituais e códigos de conduta, e a escola tinha aspectos de uma sociedade secreta, com ensinamentos que não eram divulgados ao público.

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