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Questões sobre o determinismo
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O determinismo é uma teoria segundo a qual
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As ações humanas estão determinadas pelas leis do país em que a pessoa vive.Esta expressão oferece uma interpretação incorreta do determinismo. Esta alternativa mistura a ideia de determinismo com um tipo de controle jurídico ou social. Embora as leis possam influenciar o comportamento humano, o determinismo é mais abrangente e se refere à ideia de que todas as ações, incluindo impulsos e decisões, são predeterminadas por condições anteriores, e não por uma única fonte como as leis de um país.
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As ações humanas são determinadas por causas anteriores.Esta afirmação está correta. O determinismo é a teoria segundo a qual todas as escolhas e ações humanas são determinadas por eventos anteriores e condições, ou seja, não há eventos que acontecem ao acaso. É a ideia de que tudo está interligado por uma cadeia de causa e efeito.
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Os seres humanos possuem responsabilidade.Esta afirmativa não está correta no contexto do determinismo. O determinismo levanta questões sobre a responsabilidade moral porque, se nossas ações são predeterminadas por forças e causas anteriores, a ideia tradicional de que somos responsáveis por nossas ações pode ser desafiada. No entanto, há abordagens do determinismo que tentam conciliar com alguma forma de responsabilidade, mas não é o ponto central da teoria.
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Por vezes os seres humanos não têm escolha porque são obrigados a obedecer.Esta afirmação é incorreta. O determinismo não se refere especificamente a situações em que os seres humanos não têm escolha devido a obrigações formais ou imposições. Na verdade, o determinismo é a ideia de que todas as ações e eventos, incluindo o comportamento humano, são resultado de causas anteriores, e não apenas de obrigações sociais ou legais imediatas.
O hormônio testosterona está ligado ao egoísmo, segundo uma pesquisa inglesa. Em testes feitos por cientistas da University College London, na Grã-Bretanha, mulheres que tomaram doses do hormônio masculino mostraram comportamento egocêntrico quando tinham de lidar com problemas em pares. Quando os pesquisadores ministraram placebo às voluntárias antes dos testes, elas cooperaram entre si. O estudo ajuda a explicar como os hormônios moldam o comportamento humano.
(Testosterona pode induzir comportamento egoísta. Veja, 01.02.2012.)
(Testosterona pode induzir comportamento egoísta. Veja, 01.02.2012.)
O estudo sobre testosterona menciona que o comportamento egoísta pode ser influenciado por fatores hormonais, apontando uma causa biológica para um comportamento humano. Como o determinismo filosófico se compara com esse tipo de "determinismo" biológico?
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O determinismo filosófico foca no papel dos fatores sociais na formação do comportamento humano, enquanto o biológico explica o comportamento com base em processos químicos.Esta afirmação está incorreta. O determinismo filosófico não se limita apenas a fatores sociais. Em vez disso, ele geralmente considera uma variedade de fatores que moldam o comportamento humano, incluindo físicos, sociais e mentais. O determinismo filosófico busca explicações mais amplas para como e por que os comportamentos acontecem. Assim, a ideia de que ele se concentra apenas nos fatores sociais está errada. O biológico, por sua vez, sim, enfatiza o papel dos processos biológicos, mas o determinismo filosófico não deve ser visto como um oposto centrado apenas no social.
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O determinismo biológico exclui a ideia de influências sociais e culturais, enquanto o determinismo filosófico atribui maior importância justamente a esses fatores.Esta opção está incorreta. O determinismo biológico se concentra em processos físicos e químicos mas não exclui completamente a influência de fatores sociais e culturais. Esses fatores podem interagir com os aspectos biológicos e ainda fazer parte da discussão sobre comportamento humano. O determinismo filosófico, por outro lado, expande essa visão para incluir múltiplas causas de comportamento, uma delas sendo as influências sociais e culturais. Ambos os determinismos podem reconhecer a complexidade de fatores que influenciam o comportamento, ainda que o biológico tenha um foco maior em processos internos.
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O determinismo filosófico sustenta que o comportamento humano é o resultado de uma cadeia complexa de eventos, já o biológico enfatiza processos químicos em sua explicação.Essa afirmação está correta porque o determinismo filosófico muitas vezes abrange uma rede mais ampla de causas que podem incluir fatores físicos, psicológicos, sociais e culturais. Ele explora como todos esses elementos se interconectam para formar a experiência humana. Por outro lado, o determinismo biológico foca especificamente nas explicações químicas e biológicas, como os hormônios, para entender o comportamento humano. Por exemplo, a pesquisa mencionada na pergunta ilustra essa diferença ao mostrar como um hormônio específico pode influenciar o comportamento de uma maneira concreta e medível.
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O determinismo filosófico afirma que todos os comportamentos humanos são imprevisíveis, enquanto o biológico tenta encontrar previsibilidade no comportamento.Essa alternativa é incorreta. O determinismo filosófico, de fato, afirma que os comportamentos humanos são previsíveis quando se conhece todas as causas que os geram, pois tudo que acontece tem uma razão de ser. É a perspectiva de que há uma cadeia de eventos predefinida. Por outro lado, o determinismo biológico busca identificar certezas dentro do comportamento a partir de evidências científicas e experimentos, mas não significa que o filosófico considere os comportamentos imprevisíveis.
Considere o diálogo abaixo:
Aristófanes — Penso que nossas ações são determinadas e não temos realmente escolha. Iremos fazer aquilo que for determinado por uma série de causas, biológicas, econômicas e sociais etc.
Xenófanes — Não tenho como concordar com essa afirmação. Há uma série de fatos que mostram que as pessoas são livres. Por exemplo, conheço pessoas que nasceram em famílias pobres e violentas, mas nem por isso seguiram o mesmo caminho.
Aristófanes — Penso que nossas ações são determinadas e não temos realmente escolha. Iremos fazer aquilo que for determinado por uma série de causas, biológicas, econômicas e sociais etc.
Xenófanes — Não tenho como concordar com essa afirmação. Há uma série de fatos que mostram que as pessoas são livres. Por exemplo, conheço pessoas que nasceram em famílias pobres e violentas, mas nem por isso seguiram o mesmo caminho.
Sem fugir daquilo que defende o determinismo, como Aristófanes poderia responder?
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Se uma pessoa acabou se tornando pacífica apesar de sua história, é porque era seu destino.Esta afirmação é mais fatalista do que determinista. O determinismo diz respeito a causas e efeitos, enquanto 'destino' sugere que há um caminho predefinido independente das causas. No determinismo, se uma pessoa se torna pacífica, há uma explicação causal para isso, que deve ser buscada nas influências que essa pessoa sofreu, não meramente no 'destino'.
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O determinismo não defende que as pessoas são determinadas pelo seu meio social totalmente, mas por um conjunto de causas de diferentes tipos.Essa alternativa está correta e reflete bem o cerne do determinismo, que afirma que as ações das pessoas são o resultado de uma complexa série de causas, que não são apenas sociais, mas também biológicas, psicológicas, entre outras. O determinismo não se restringe a apenas um fator, como o ambiente social, mas considera uma rede de causas interligadas que influenciam o comportamento de uma pessoa.
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É impossível que pessoas que nasceram em famílias violentas não sigam esse caminho, pois somos determinados pelo nosso passado.Essa afirmação está incorreta. O determinismo não necessariamente afirma que é impossível para uma pessoa de um ambiente adverso ter uma vida diferente. Em vez disso, ele sugere que, se tal mudança ocorrer, ela também deve ser explicada por um conjunto de causas. Determinismo não implica necessariamente fatalismo, onde o resultado é inevitável.
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A única forma de uma pessoa que cresceu em um ambiente violento não se tornar violenta é tendo uma série de genes a predispondo a comportamentos pacíficos.Esta alternativa está incorreta. O determinismo não exige que haja uma única causa (como genes para comportamentos pacíficos) que explique as ações de uma pessoa. Em vez disso, ele olha para uma multiplicidade de causas. Colocar a responsabilidade única nos genes é uma interpretação reducionista e não representa o pensamento determinista em sua totalidade.
Suponha que Jussara roubou um mercado. Ela é uma pessoa adulta, tem suas faculdades mentais em perfeito funcionamento e faz essa ação perfeitamente consciente, sem estar sob efeito de drogas ou qualquer fator que possa impedir que seja capaz de pensar sobre seus atos.
Um determinista defenderia que Jussara
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foi condenada a fazer isso pela situação precária de vida em que se encontrava, pois estava desempregada e sem outra opção.A primeira alternativa considera que Jussara foi "condenada" a roubar por suas condições de vida. Embora isso possa parecer uma visão determinista, é importante entender que o determinismo não necessariamente justificaria ações apenas por circunstâncias sociais ou econômicas. O determinismo se relaciona com a ideia de que todos os acontecimentos, incluindo ações humanas, são causados por eventos anteriores, mas isso não significa culpar apenas um fator isolado, como a situação econômica. Portanto, esta afirmação é uma interpretação simplificada do determinismo e pode ser considerada incorreta dentro da discussão filosófica sobre o tema.
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não poderia ter feito outra coisa, como roubar uma farmácia ou não roubar nada, caso as causas que a levaram a roubar o mercado se mantiverem as mesmas.Na quarta alternativa, se afirma que Jussara não poderia ter feito algo diferente, como roubar outro estabelecimento ou não roubar, se as causas fossem as mesmas. Esta é a essência do determinismo: sob as mesmas condições e influências, o resultado será sempre o mesmo. Não existem escolhas alternativas desde que todos os fatores determinantes não mudem. Portanto, essa alternativa está correta e reflete bem o pensamento determinista.
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não poderia ter feito outra coisa, mesmo que outras causas, como ganhar na loteria na semana anterior, tivessem impactado seu comportamento.A segunda alternativa sugere que mesmo algo completamente aleatório, como ganhar na loteria, não teria mudado o comportamento de Jussara. Essa visão está mais alinhada com o determinismo forte, onde todas as ações são resultado de uma cadeia de eventos causais inevitáveis, independentemente de fatores externos novos ou imprevisíveis. No entanto, essa visão também ignora que diferentes variáveis podem jogar um papel na decisão e simplifica a discussão filosófica. Mesmo assim, ainda mantém o cerne do determinismo ao afirmar que as ações são inevitavelmente determinadas, podendo ser considerado correto sob uma interpretação rígida do determinismo.
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poderia ter feito outra coisa, mesmo que as causas que motivaram seu comportamento inicial se mantivessem as mesmas.A terceira alternativa diz que Jussara poderia ter agido de forma diferente mesmo que todas as causas fossem as mesmas. Essa ideia contraria o princípio determinista, que sugere que as mesmas causas levarão sempre aos mesmos efeitos. Se Jussara pudesse agir diferente sob as mesmas condições, estaríamos lidando com o conceito de livre-arbítrio, que é oposto ao determinismo. Portanto, essa afirmação não está correta do ponto de vista determinista.
No século XIX, várias teorias deterministas ganharam destaque, influenciando áreas tão distintas quanto a literatura, a sociologia e a biologia. O determinismo biológico, por exemplo, afirmava que a raça e o gênero de uma pessoa determinavam sua personalidade e suas capacidades. Segundo essa perspectiva, uma mulher jamais seria capaz de exercer funções políticas, pois sua natureza a privaria das habilidades necessárias para tal. No entanto, essas teorias mostraram-se claramente equivocadas.
Considerando isso e o determinismo causal, tal como entendido no debate sobre livre-arbítrio, é correto afirmar que
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o determinismo na filosofia concorda com o determinismo biológico ao defender que a raça determina como o comportamento humano de forma significativa.Essa afirmativa está incorreta. O determinismo na filosofia não necessariamente concorda com o determinismo biológico que associa comportamentos humanos a aspectos raciais. Na verdade, muitas correntes do determinismo filosófico não endossam explicações reducionistas ligadas à raça ou à biologia.
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o determinismo na filosofia acredita que as únicas causas que determinam o comportamento humano são sociais e econômicas, tendo as causas biológicas papel secundário.A declaração está incorreta, pois o determinismo filosófico não especifica apenas causas sociais e econômicas. Ele considera o princípio de que eventos, incluindo ações humanas, são causados por condições prévias, mas sem restringir exclusivamente a alguns tipos de causas, como sociais e econômicas.
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na filosofia, o determinismo defende apenas que as ações humanas são determinadas por causas, mas deixa em aberto a questão de saber quais são essas causas.Esta alternativa está correta. Na filosofia, o determinismo sugere que ações e eventos são determinados por uma cadeia de causas e efeitos, mas não especifica exatamente quais causas devem ser. Isso deixa espaço para interpretação sobre quais fatores (biológicos, sociais, ideológicos, etc.) estão envolvidos.
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o determinismo na filosofia defende que todas as ações humanas são determinadas pela genética, e portanto ele é equivalente ao determinismo biológico do século XIX.Essa afirmação é incorreta. O determinismo filosófico não se limita a causas genéticas e não é diretamente equivalente ao determinismo biológico do século XIX. O determinismo filosófico é mais abrangente e não especifica que tipo de causas (biológicas ou de outra natureza) determinam o comportamento humano.
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o determinismo na filosofia afirma que a nacionalidade de uma pessoa determina completamente suas escolhas.Essa afirmação está incorreta. O determinismo na filosofia não afirma que características como nacionalidade são determinantes absolutos das escolhas de uma pessoa. O determinismo causal, que é uma visão mais ampla, sugere que tudo o que acontece, incluindo as ações humanas, tem causas prévias, mas isso não se restringe a fatores superficiais ou sociais como a nacionalidade.
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