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Questões sobre relação entre mito e filosofia
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No amor tudo é mistério: suas flechas e sua aljava, sua chama e sua infância eterna. Mas por que o amor é cego? Aconteceu que num certo dia o Amor e a Loucura brincavam juntos. Aquele ainda não era cego. Surgiu entre eles um desentendimento qualquer. Pretendeu então o Amor que se reunisse para tratar do assunto o conselho dos deuses. Mas a Loucura, impaciente, deu-lhe uma pancada tão violenta que lhe privou da visão. Vênus, mãe e mulher, pôs-se a clamar por vingança, aos gritos. Diante de Júpiter, de Nêmesis – a deusa da vingança – e de todos os juízos do inferno, Vênus exigiu que aquele crime fosse reparado. Seu filho não podia ficar cego. Depois de estudar detalhadamente o caso, a sentença do supremo tribunal celeste consistiu em declarar a loucura a servir de guia ao Amor. Fonte: LA FONTAINE, Jean de. O amor e a loucura. In: Os melhores contos de loucura. Flávio Moreira da Costa (Org.). Rio de Janeiro: Ediouro, 2007.
A fábula traz uma explicação oriunda dos deuses para uma realidade humana. Esse tipo de explicação classifica-se como
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crítica.Uma explicação crítica envolve uma análise que desafia ou questiona o funcionamento de estruturas, ideias ou práticas, com base em critérios racionais. Isso geralmente implica examinar as bases sobre as quais um conceito é aceito ou rejeitado pelas culturas. A fábula de La Fontaine não critica ou questiona diretamente o conceito de amor ou seu funcionamento na sociedade, mas sim narra uma história que dá uma explicação mitológica para o fenômeno do amor cego. Por isso, não é uma explicação crítica.
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estética.Uma explicação estética se relaciona com a arte e o belo. Ela está preocupada em provocar emoções e sensibilidades através de interpretações subjetivas, como a interpretação de obras de arte, música, literatura, e afins. A fábula de La Fontaine utiliza personagens e uma história que poderiam ser temas estéticos, mas o principal fato aqui é que ela tenta explicar um fenômeno social, não focando especificamente em uma análise ou sentimento ligado à beleza ou arte. Portanto, não é uma explicação estética.
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filosófica.As explicações filosóficas são aquelas que buscam entender a realidade através do discurso racional e fundamentado. A filosofia engloba questões de ética, existência, conhecimento e razão. A história de La Fontaine não fornece uma explicação sustentada em argumentação lógica ou racional. Apesar de a filosofia abordar a condição humana, aqui o fenômeno do 'amor cego' está sendo descrito através de uma narrativa mitológica, e não de análise filosófica. Então, não se trata de uma explicação filosófica.
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científica.Vamos começar entendendo o que seria uma explicação científica. As explicações científicas são baseadas em observações reais, experimentações e evidências empíricas. Elas têm o objetivo de descrever, explicar e prever fenômenos naturais através de teorias e leis. No caso da fábula de La Fontaine, a explicação fornecida para o amor ser cego envolve deuses e entidades mitológicas, o que não se encaixa em uma abordagem científica, pois não utiliza evidências concretas ou observações prováveis de serem experimentadas.
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mitológica.No contexto da questão apresentada, a explicação fornecida pela fábula de La Fontaine é baseada em uma narrativa de deuses e seres mitológicos, que é uma característica típica das narrativas mitológicas. Mitos servem para explicar fenômenos naturais ou culturais de uma forma que incorpora elementos sobrenaturais e mágicos, proporcionando uma compreensão simbólica do mundo. Desta forma, a explicação fornecida pelo conto sobre o motivo do amor ser cego se encaixa na categoria mitológica.
Dentre os legados da cultura grega para o Ocidente, destaca-se a ideia de que
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nosso pensamento também opera obedecendo a emoções e sentimentos alheios à razão, mas que nos ajudam a distinguir o verdadeiro do falso.Esta alternativa está incorreta. Embora os gregos reconhecessem a importância das emoções, eles enfatizavam a razão como o principal caminho para alcançar a verdade. A filosofia grega, especialmente na figura de Sócrates, Platão e Aristóteles, promovia o uso da razão como a melhor maneira de se entender o mundo e distinguir o verdadeiro do falso, apesar das influências emocionais.
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a natureza opera obedecendo a leis e princípios necessários e universais que podem ser plenamente conhecidos pelo nosso pensamento.Esta alternativa está correta. Os filósofos gregos, particularmente Aristóteles, acreditavam que a natureza seguia leis e princípios que podiam ser compreendidos pela razão humana. Esta visão racionalista influenciou o desenvolvimento das ciências ao longo dos séculos, estabelecendo a confiança na capacidade da razão para descobrir o funcionamento do mundo através da observação e do pensamento lógico.
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as práticas humanas, a ação moral, política, as técnicas e as artes dependem do destino, o que negaria a existência de uma vontade livre.Esta alternativa está incorreta. Os gregos, especialmente os filósofos, não acreditavam que as práticas humanas eram inteiramente determinadas pelo destino. Embora a noção de destino (ou "fatum") fosse presente na mitologia, filósofos como Aristóteles acreditavam que os seres humanos tinham vontade e racionalidade, podendo tomar decisões éticas e políticas de maneira autônoma.
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as ações humanas escapam ao controle da razão, uma vez que agimos obedecendo aos instintos como mostra hoje a psicanálise.Esta alternativa está incorreta. A ideia de que as ações humanas são inteiramente guiadas por instintos é mais relacionada à psicanálise moderna e não à filosofia grega. Os gregos, em grande parte, acreditavam no poder da razão para governar as ações humanas, mesmo que reconhecessem a influência das paixões e dos desejos.
Nesse sentido, pode-se afirmar que a filosofia
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é algo inerente ao ser humano desde sua origem e que, por meio da elaboração dos sentimentos, das percepções e dos anseios humanos, procura consolidar nossas crenças e opiniões.A segunda alternativa propõe que a filosofia é inerente ao ser humano desde sua origem, através dos sentimentos e percepções. Porém, essa ideia confunde a capacidade humana de pensar e sentir com o pensamento filosófico, que na verdade é caracterizado pelo questionamento racional e sistemático. Sentimentos e percepções não são filosofia em si; são mais alinhados à psicologia ou à antropologia. A filosofia analisa e questiona estas percepções de maneira crítica, mas não deriva diretamente deles.
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surge quando o ser humano começa a exigir provas e justificações racionais que validam ou invalidam suas crenças, seus valores e suas práticas, em detrimento da verdade revelada pela codificação mítica.A terceira alternativa está correta. Ela afirma que a filosofia surge quando se começa a exigir justificativas racionais para crenças e valores, superando as explicações míticas que não se baseiam em evidências ou razão. Esse movimento ocorreu de forma notável na Grécia Antiga, quando os primeiros filósofos começaram a buscar explicações racionais para fenômenos naturais e desafios éticos em vez de aceitá-los como dados através de tradições e mitos.
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existe desde que existe o ser humano, não havendo um local ou uma época específica para seu nascimento, o que nos autoriza a afirmar que mesmo a mentalidade mítica é também filosófica e exige o trabalho da razão.A primeira alternativa sugere que a filosofia existe desde sempre, ou seja, desde que o ser humano existe. No entanto, isso é incorreto. A filosofia, como forma de pensamento crítico e racional que questiona crenças e mitos, surgiu em um período específico da história, geralmente associado à Grécia Antiga. Antes disso, o pensamento humano era predominantemente mitológico, isto é, fundamentado em narrativas que não exigiam explicação racional. Portanto, a filosofia não estava presente desde a origem humana e a mentalidade mítica não é filosófica no sentido rigoroso da palavra.
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inicia sua investigação quando aceitamos os dogmas e as certezas cotidianas que nos são impostos pela tradição e pela sociedade, visando educar o ser humano como cidadão.A quarta alternativa sugere que a filosofia começa com a aceitação de dogmas, o que está incorreto. Na verdade, a filosofia caracteriza-se pelo questionamento de dogmas e verdades aceitas sem crítica. Ao procurar educar através do questionamento e da procura pela verdade, a filosofia desafia, em vez de aceitar passivamente, as normas e certezas impostas pela tradição e sociedade. O objetivo não é aceitar, mas entender criticamente.
A continuidade entre mito e filosofia, no entanto, não foi entendida univocamente. Alguns estudiosos, como Cornford e Jaeger, consideraram que as perguntas acerca da origem do mundo e das coisas haviam sido respondidas pelos mitos e pela filosofia nascente, dado que os primeiros filósofos haviam suprimido os aspectos antropomórficos e fantásticos dos mitos.
Ainda no século XX, Vernant, mesmo aceitando certa continuidade entre mito e filosofia, criticou seus predecessores, ao rejeitar a ideia de que a filosofia apenas afirmava, de outra maneira, o mesmo que o mito. Assim, a discussão sobre a especificidade da filosofia em relação ao mito foi retomada.
Considerando o breve histórico acima, concernente à relação entre o mito e a filosofia nascente, assinale a opção que expressa, de forma mais adequada, essa relação na Grécia Antiga.
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O mito fundamenta-se no rito, é infantil, pré-lógico e irracional, e a filosofia, também fundamentada no rito, corresponde ao surgimento da razão na Grécia Antiga.Esta alternativa também não é correta. Ela apresenta uma visão muito rígida e limitada, classificando o mito como "infantil, pré-lógico e irracional", ignorando a profundidade e a importância cultural dos mitos na Grécia Antiga. Além disso, a ideia de que a filosofia seria "fundamentada no rito" é imprecisa, pois a filosofia se desenvolve justamente a partir de uma crítica e superação dos ritos tradicionais através de uma abordagem racional.
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O mito descreve nascimentos sucessivos, incluída a origem do ser, e a filosofia descreve a origem do ser a partir do dilema insuperável entre caos e medida.Esta alternativa está incorreta porque apresenta uma definição de filosofia que pode não abranger de forma correta o desenvolvimento filosófico inicial na Grécia. A filosofia nascente não se resume ao dilema entre caos e medida; ela se preocupa com a totalidade da existência, estudando questões de ser através de observações, lógica e mesmo transcendendo narrativas míticas, sem necessariamente empregar uma terminologia de "dilema insuperável" como fundamental.
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O mito é a expressão mais acabada da religiosidade arcaica, e a filosofia corresponde ao advento da razão liberada da religiosidade.Esta alternativa não está correta. Ela sugere uma ruptura total entre o mito e a filosofia, indicando que a filosofia surge completamente desprovida de qualquer influência religiosa, o que não corresponde precisamente às análises de continuidade propostas por estudiosos como Cornford, Jaeger e Vernant. Embora a filosofia tenha racionalizado e redefinido muitos conceitos, substituir o mito apenas por lógica pura não dá conta da complexidade do processo histórico e cultural de transição das sociedades gregas.
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O mito é uma narrativa em que a origem do mundo é apresentada imaginativamente, e a filosofia caracteriza-se como explicação racional que retoma questões presentes no mito.Esta alternativa está correta porque ela une a ideia de que o mito e a filosofia compartilham algumas das mesmas preocupações, como a explicação da origem do mundo, mas diferem na forma como apresentam estas explicações. O mito usa uma narrativa imaginativa e simbólica, enquanto a filosofia busca uma explicação baseada na razão e em princípios lógicos. Essa visão está de acordo com a análise dos estudiosos mencionados, como Cornford e Jaeger, que perceberam uma continuidade na intenção de explicar e entender o mundo, embora a metodologia e a fundamentação tenham evoluído com a filosofia.
Com base nessa afirmativa, é correto afirmar:
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A economia grega estava baseada na industrialização, e isso facilitou a passagem do Mito ao Logos.Essa alternativa está incorreta. A industrialização é um processo que começou na Era Moderna, com a Revolução Industrial, muitos séculos após a Grécia antiga. Portanto, é anacrônico associar a industrialização à passagem do Mito ao Logos na Grécia antiga. Na verdade, a economia grega era agrária, marítima e comercial, o que significa que a industrialização não desempenhou qualquer papel nesse contexto histórico.
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A passagem do Mito ao Logos, na Grécia, foi responsabilidade dos tiranos de Siracusa.Essa alternativa está incorreta. Os tiranos de Siracusa são figuras específicas do Mediterrâneo Antigo e não estão diretamente ligados à passagem do Mito ao Logos na Grécia como um todo. Na realidade, o desenvolvimento do pensamento filosófico grego se deu em várias pólis de maneira diversificada, e não pode ser atribuído a ações específicas de líderes de uma cidade apenas.
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A atividade comercial e as constantes viagens oportunizaram a troca de informações/conhecimentos, a observação/assimilação dos modos de vida de outros povos, contribuindo, assim, de modo decisivo, para a construção da passagem do Mito ao Logos.Essa alternativa está correta. A Grécia antiga era uma região de intenso comércio e contato marítimo, o que facilitou a troca de ideias e conhecimento com outros povos. Esse intercâmbio cultural permitiu que os gregos tivessem contato com diferentes formas de pensar, o que contribuiu para a transição de um pensamento mítico, que usava narrativas simbólicas para explicar fenômenos, para um pensamento mais racional e baseado na lógica, que é o Logos.
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O povo grego antigo, nas viagens, se encontrava com outros povos com as mesmas preocupações e culturas, o que contribuiu para a passagem do Mito ao Logos.Essa alternativa está incorreta. Embora os gregos realmente tenham estabelecido contatos com outros povos, não é correto dizer que esses povos geralmente tinham as mesmas preocupações e culturas. Na verdade, as diferenças culturais e a observação de novos modos de vida estimulavam os gregos a refletirem sobre suas próprias crenças e sistemas de conhecimento, contribuindo para o desenvolvimento do Logos. A diversidade, e não a similaridade, é o que impulsionou esse processo.
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O modo de vida fechado do povo grego facilitou a passagem do Mito ao Logos.Essa alternativa está incorreta. O povo grego não era exatamente "fechado"; na verdade, a Grécia antiga era formada por várias pólis (cidades-estado), cada uma com características próprias, que frequentemente interagiam umas com as outras e com outras culturas por meio do comércio e das viagens. A troca cultural e de informações entre os gregos e outros povos foi crucial para o surgimento do pensamento racional e filosófico.
O texto refere-se à cultura grega antiga e menciona, entre outros aspectos,
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a prática da feitiçaria, estimulada especialmente nos períodos de seca ou de infertilidade da terra.A segunda alternativa está incorreta. Embora a prática de feitiçaria pudesse existir em certas culturas antigas, o texto não faz menção a isso em relação aos aedos e adivinhos. Ele fala sobre suas capacidades de 'vidência' e a maneira como percebiam o tempo, o que não é o mesmo que praticar feitiçaria. O foco do texto está mais relacionado ao conhecimento e à inspiração divina do que à magia como um mecanismo respondendo a crises como a seca ou infertilidade.
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o caráter monoteísta da sociedade, que impedia a difusão dos cultos aos deuses da tradição clássica.A primeira alternativa está incorreta. O texto fala sobre a cultura grega antiga e menciona a visão que algumas pessoas tinham sobre o tempo e o invisível. Contudo, os gregos não tinham uma sociedade monoteísta. Na verdade, eles eram conhecidos por seu politeísmo, adorando uma vasta gama de deuses como Zeus, Atena, Apolo, entre outros. Portanto, a ideia de uma sociedade monoteísta não se aplica aqui.
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o papel exercido pelos poetas, responsáveis pela transmissão oral das tradições, dos mitos e da memória.A alternativa correta é a terceira. O texto refere-se ao papel dos aedos, que eram poetas e cantores na Grécia antiga. Esses aedos tinham a função de transmitir oralmente a cultura, mitos e tradições do povo grego. Eles tinham uma posição significativa na sociedade grega como guardiões e narradores das histórias do passado, preservando a memória cultural do seu povo, o que se alinha com o que a alternativa descreve.
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a forma como a história era escrita e lida entre os povos da península balcânica.A quarta alternativa está incorreta. O texto não menciona especificamente a escrita da história ou a forma como esta era consumida. Ele foca na capacidade dos aedos e adivinhos de perceber tempos que escapam à visão humana comum, ligada ao passado e ao futuro. O texto está mais interessado nas conferências entre a percepção do tempo e as pessoas com 'vidência', mas a história como um estudo sistemático ou um registro escrito não é abordada.
Comparando-se mito e filosofia, é correto afirmar o seguinte:
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A autoridade do mito depende da confiança inspirada pelo narrador, ao passo que a autoridade da filosofia repousa na razão humana, sendo independente da pessoa do filósofo.Esta alternativa está correta. Os mitos dependem fortemente do narrador e da tradição que os acompanha, fazendo com que sua autoridade seja derivada da confiança e da cultura que lhes dão contexto. A filosofia, por outro lado, tem como base a autoridade da razão e do argumento lógico, o que significa que é independente de quem a produz, uma vez que um argumento filosófico será avaliado por sua coerência lógica, não pela confiança na figura do filósofo.
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Enquanto a função do mito é fornecer uma explicação parcial da realidade, limitando-se ao universo da cultura grega, a filosofia tem um caráter universal, buscando respostas para as inquietações de todos os homens.Esta opção também está incorreta. Os mitos não são limitados apenas à cultura grega – todas as culturas têm seus próprios mitos, e eles sempre foram uma forma universal de explicar fenômenos. Além disso, enquanto a filosofia realmente busca estabelecer respostas através de questionamentos universais, os mitos oferecem um tipo de compreensão que serve para explicar e dar sentido a aspectos específicos da realidade cultural e natural em todas as sociedades.
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Tanto o mito quanto a filosofia se ocupam da explicação de realidades passadas a partir da interação entre forças naturais personalizadas, criando um discurso que se aproxima do da história e se opõe ao da ciência.Esta alternativa está incorreta. O mito não se ocupa necessariamente da explicação de realidades passadas, mas sim de fornecer sentidos e explicações simbólicas para aspectos da vida e da natureza através de narrativas envolventes. Esses mitos frequentemente envolvem deuses e forças personificadas, mas não se destinam a ser versões alternativas da história. Por outro lado, a filosofia tem métodos e propósitos diferentes, baseando-se em argumentos racionais para explicar a realidade, não necessariamente referindo-se a entidades personalizadas.
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Mito e filosofia dedicam-se à busca pelas verdades absolutas e são, em essência, faces distintas do mesmo processo de conhecimento que culminou com o desenvolvimento do pensamento científico.Essa afirmação está incorreta porque tanto o mito quanto a filosofia não visam exatamente a busca por verdades absolutas. Os mitos são narrativas tradicionais que explicam o mundo através de histórias envolvendo deuses e heróis, sem necessariamente buscar a verdade universal. Já a filosofia busca compreensões racionais e sistemáticas da realidade, mas não necessariamente verdades absolutas, como o conhecemos pela ciência, que emprega métodos empíricos para chegar a conclusões. Além disso, a filosofia e a ciência se distinguem do mito principalmente por seu uso do raciocínio e da observação.
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A filosofia é a negação do mito, pois não aceita contradições ou fabulações, admitindo apenas explicações que possam ser comprovadas pela observação direta ou pela experiência.A afirmação é incorreta. A filosofia não é uma total negação do mito, nem tão restrita que só aceite explicações comprovadas por observação direta ou experiência, o que seria uma aproximação mais direta da ciência. A filosofia explora questões desde a lógica e a ética até a estética, algumas das quais não são passíveis de observação ou experimentação empírica, mas sim de argumentação racional e conceptual. Portanto, afirmar que a filosofia é meramente um contraponto ao mito é uma simplificação excessiva.
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