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Infraestrutura, superestrutura e a formação do gosto: uma comparação entre sociedades diversas

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Karl Marx, um dos filósofos propôs uma teoria para explicar como a sociedade funciona e se transforma. Ele dividiu a sociedade em duas partes principais: a infraestrutura e a superestrutura.

A Infraestrutura é a base da sociedade e inclui o modo de produção, que se refere à maneira como a sociedade produz e distribui bens e serviços. Isso inclui a força de trabalho, as relações de trabalho e os meios de produção, como a tecnologia e a terra. Marx acreditava que a infraestrutura determina a organização de todo o resto da sociedade.

Já a Superestrutura, segundo Marx, é tudo aquilo que é construído sobre essa base (infraestrutura). Ela inclui a cultura, a arte, a política, a religião, o sistema legal e a filosofia, basicamente, as ideias e crenças que predominam na sociedade. Marx argumentava que a superestrutura serve para justificar e reforçar a infraestrutura existente. Ou seja, as ideias dominantes na sociedade (superestrutura) frequentemente apoiam e reforçam o sistema econômico existente (infraestrutura).

Vamos examinar dois exemplos de sociedades diferentes para ilustrar como a infraestrutura pode influenciar a formação do gosto:

Sociedade A é uma sociedade industrializada moderna com uma infraestrutura baseada na produção em massa e no consumo. A indústria cultural nesta sociedade é altamente desenvolvida e diversificada, com filmes, música, moda, e outros aspectos da cultura sendo produzidos em grande escala e amplamente distribuídos. Assim, o gosto das pessoas nesta sociedade pode ser fortemente influenciado por essas produções culturais massivas. Pense, por exemplo, em como a indústria cinematográfica pode influenciar o gosto das pessoas por determinados estilos de vida, roupas ou até mesmo padrões de beleza.

Sociedade B, por outro lado, é uma sociedade tradicional agrária com uma infraestrutura baseada na produção local e no comércio. A cultura nesta sociedade é fortemente influenciada por tradições locais e a interação face a face é uma fonte primária de troca cultural. Aqui, o gosto das pessoas pode ser formado mais por tradições locais, práticas e rituais do que por influências de massa. O gosto pela comida, por exemplo, pode ser mais influenciado pelos produtos disponíveis localmente e pelos costumes alimentares tradicionais.

Portanto, apesar do gosto parecer uma escolha pessoal, ele é fortemente influenciado pelo contexto socioeconômico no qual estamos inseridos. E, através da comparação entre a Sociedade A e a Sociedade B, podemos ver como diferentes infraestruturas levam a diferentes superestruturas, e por consequência, a diferentes processos de formação do gosto.