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Questões sobre o conceito de animal político
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Ao discorrer sobre a formação das primeiras Cidades, Aristóteles apresenta como fundamento a
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necessidade de sobrevivência diante dos perigos da natureza.Essa alternativa está incorreta. Aristóteles não baseia a formação das cidades na necessidade de sobrevivência diante de perigos. Para ele, embora a sobrevivência seja uma função importante das comunidades, a cidade (ou pólis) existe fundamentalmente para a vida boa, que vai além da mera sobrevivência.
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atração entre seres humanos de sexos opostos.Essa alternativa está incorreta. Embora Aristóteles reconheça a atração entre os sexos como parte do desenvolvimento das primeiras unidades familiares, ele vê a formação das cidades como um passo além das relações de parentesco diretas, enraizada na natureza social mais ampla dos seres humanos.
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identificação cultural entre pessoas que viviam em determinadas regiões.Essa alternativa está incorreta. Aristóteles não fundamenta a formação das cidades na identificação cultural entre as pessoas. Para ele, a formação das cidades está enraizada na própria natureza humana e na necessidade de viver em comunidade, mas não especificamente por causa de uma cultura compartilhada.
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possibilidade de produzir mais riquezas por meio do acúmulo de forças.Essa alternativa está incorreta. Aristóteles não vê a formação das cidades como um meio para a produção de riquezas. Enquanto a cooperação e a divisão do trabalho são benefícios da vida em comunidade, eles não são apresentados como as razões essenciais para a formação das cidades.
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inclinação natural do homem para a vida social.Correto! Aristóteles argumenta que o ser humano é um 'animal político' por natureza. Isso significa que os humanos têm uma inclinação natural para formar sociedades e viver em comunidades políticas, como as cidades. Ele vê isso como uma extensão da natureza humana e não apenas um meio para um fim utilitário.
Com base na citação acima, é correto afirmar que, para Aristóteles,
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a vida comum é o fundamento da vida individual e familiar e só ela pode ser autossuficiente.Essa afirmação está correta. Para Aristóteles, a vida comum na pólis é fundamental para a existência dos indivíduos e das famílias. Ele argumenta que a pólis é anterior ao indivíduo porque apenas dentro de uma comunidade organizada é que se pode alcançar a autossuficiência e o bem-estar coletivo, algo que os indivíduos, por si sós, não conseguem. A pólis é, portanto, essencial para a vida humana plena.
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embora seja um ser vivo político, o homem pode viver sozinho como os deuses e os bichos.Essa afirmação está incorreta. Embora Aristóteles reconheça que o homem é um ser político por natureza, ele acredita que fora da comunidade política, o homem não pode atingir a plenitude de seu potencial. Somente em um ambiente social e político adequado é que o ser humano pode viver uma vida boa e autossuficiente. Aqueles que vivem fora da comunidade, sem necessidade dela, são considerados por ele como "bestas" ou "deuses", indicando que estão fora do que ele considera a norma humana.
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a comunidade política tem como fim último impedir a autossuficiência dos indivíduos e das famílias.Essa afirmação está incorreta. Aristóteles não diz que a comunidade política tem como fim último impedir a autossuficiência dos indivíduos e das famílias. Pelo contrário, ele argumenta que a comunidade política trabalha para promover o bem comum e alcançar uma forma de autossuficiência que somente pode ser atingida dentro da pólis e não pelo indivíduo isoladamente.
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a satisfação dos interesses individuais e familiares constituem o fundamento e a finalidade da polis.Essa afirmação está incorreta. Aristóteles não considera que a satisfação dos interesses individuais e familiares seja o fundamento e a finalidade da polis. Pelo contrário, ele entende que a pólis, ou cidade-estado, é superior às partes que a compõem, ou seja, os indivíduos e as famílias. Para ele, a finalidade da pólis é promover o bem comum e a vida boa para todos.
Em Aristóteles, a primazia da Cidade, apresentada no excerto, reflete-se na ideia de ser humano como animal político. Nesse sentido, Aristóteles entende como sendo cidadãos
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homens e mulheres, detentores de riqueza suficiente para pagar os impostos necessários à manutenção da administração da coisa pública, o que inclui os que governam, os que legislam e os que administram a justiça.Esta alternativa está incorreta. Aristóteles não define cidadania com base na capacidade financeira de pagar impostos. A cidadania, para ele, está relacionada à participação ativa na vida política da cidade, o que envolve sobretudo uma função política direta, como participar da assembleia ou na administração da justiça.
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apenas os homens livres, residentes na Cidade, e colonos que habitam a região rural.Esta alternativa está incorreta. Aristóteles define cidadania como a capacidade de participar das atividades políticas e judiciais da polis. Portanto, não são apenas os homens livres e residentes ou colonos, mas sim os que têm um papel ativo na política que são considerados cidadãos.
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todos os que vivem em uma cidade, o que inclui homens e mulheres, escravos e livres, nativos e estrangeiros.Esta alternativa está incorreta. Embora todos esses grupos vivam na cidade, Aristóteles não considera todos cidadãos. Para ele, cidadãos são aqueles que participam diretamente das decisões políticas e não apenas aqueles que vivem na cidade, sejam escravos, estrangeiros ou mulheres.
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os que participam da administração da coisa pública, ou seja, que fazem parte das assembleias que legislam, governam e administram a justiça na cidade.Esta alternativa está correta. Para Aristóteles, cidadão é aquele que participa da administração e das decisões políticas da cidade, o que inclui os que fazem parte das assembleias e dos órgãos de governo e justiça. A cidadania, assim, envolve um papel ativo e direto na política da polis.
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todos os indivíduos nascidos na Cidade, homens e mulheres, aos quais se facultava o direito de escolher os seus governantes, legisladores e juízes.Esta alternativa está incorreta. Embora nascidos na cidade, Aristóteles não concede cidadania às mulheres ou a todos os homens. Ser cidadão implica participar da vida política, o que era restrito a uma parcela específica da população masculina na época de Aristóteles.
Para Aristóteles, no processo de conhecimento e de aplicabilidade da racionalidade, é de extrema importância a estrutura da linguagem, e não apenas as palavras, conforme Gallo (2013, p. 84). No entanto, toda construção linguística demanda, a priori, a palavra como condição de expressão e de manifestação. Nesse sentido, é INCORRETO afirmar:
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A palavra garante ao homem uma vida social, já que o faz ser político e sujeito pensante.Esta afirmação está correta. Aristóteles argumenta que a palavra não apenas permite a comunicação, mas também fundamenta a vida social e política do ser humano. Através da palavra, podemos discutir e refletir sobre a justiça, moralidade e outros aspectos essenciais para a vida em sociedade.
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Para Aristóteles, as palavras não necessitam de regras lógicas na constituição de um discurso, pois são meramente convencionais e relativas.Esta afirmação está incorreta. Aristóteles não considera que as palavras sejam apenas convencionais e relativas, sem a necessidade de regras lógicas. Pelo contrário, ele acredita que a linguagem tem uma estrutura lógica e é fundamental para o raciocínio discursivo. As palavras formam proposições, que são a base do pensamento lógico e do conhecimento.
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Pela palavra o homem compartilha a vida em comunidades.Esta afirmação está correta porque Aristóteles realmente acredita que a palavra, ou a linguagem, permite que o ser humano viva em comunidades e sociedades. Ele vê o ser humano como um 'animal político', o que implica a necessidade de comunicação para a convivência e organização social.
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A palavra diferencia o homem de outras espécies de animais.Esta é uma afirmação correta. Segundo Aristóteles, a palavra é um dos principais elementos que diferenciam os humanos dos outros animais. Enquanto outros animais apenas expressam sensações através de sons, os humanos usam a palavra para expressar conceitos mais complexos, como o bem e o mal, o justo e o injusto.
I. A política pretende subjugar a violência por meio do debate, do pacto, da busca de uma vontade comum mediante caminhos legais.
II. Quando uma comunidade se organiza para a consecução de fins coletivos, torna-se uma sociedade política. Tal organização denomina-se hoje Estado.
III. Com relação ao problema político-social, o conceito de política se deve à separação entre o público e o privado. IV. Há, no homem, o que se pode denominar um instinto social, como verdadeira tendência inscrita em sua natureza, que o inclina necessariamente ao convívio com o seu semelhante.
Estão CORRETOS
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I, II e IV.Essa é a alternativa correta. Aqui, os itens I, II e IV são indicados como corretos. O item I fala sobre a função da política em substituir a violência por caminhos legais e consensuais, e isso está de acordo com o pensamento político tradicional. O item II menciona a transformação de uma comunidade em uma sociedade política, ou Estado, quando organizada coletivamente, o que está correto. E o item IV reflete o pensamento aristotélico sobre o instinto social do homem. Portanto, todas essas afirmações são fundamentadas pelo texto e por teorias filosóficas, tornando esta escolha a correta.
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I, II, III e IV.Essa opção sugere que todos os itens estão corretos. No entanto, há um problema no item III. Embora a separação entre público e privado seja um aspecto da política, reduzi-la a essa diferença ignora outros elementos centrais, como a gestão do poder e a criação de leis. Os itens I, II e IV são de fato corretos e bem embasados, mas como o item III não capta totalmente o conceito de política, essa alternativa é incorreta.
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III e IV.Essa opção afirma que apenas os itens III e IV estão corretos. O item III sugere que o conceito de política é baseado na separação entre o público e o privado. Essa separação é frequentemente considerada uma característica central das discussões políticas, pois ajuda a definir o que é de interesse comum e o que é de interesse individual. Já o item IV fala sobre o "instinto social" do ser humano, uma ideia que poderia ser derivada do entendimento de Aristóteles de que seres humanos naturalmente se inclinam a viver em sociedade. No entanto, a afirmação de que a política só se define pela separação entre o público e o privado é limitada, pois a política envolve muitos outros aspectos, como interação social, poder e a organização do Estado. Assim, embora o item IV esteja correto, o item III está incompleto, tornando essa alternativa incorreta.
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II e IIIEsta opção afirma que apenas os itens II e III estão corretos. O item II está correto, pois descreve de maneira adequada a formação do Estado como uma sociedade política organizada. No entanto, o item III, ao reduzir a política à separação do público e privado, falha em capturar a complexidade da política. Como o item I, que discute a função da política na resolução de conflitos, é um componente central do problema político-social, a opção está incorreta por omitir esse aspecto.
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I, III e IV.Essa opção sugere que os itens I, III e IV estão corretos. O item I é uma afirmação correta: a política busca substituir a violência e a agressão pela negociação e o consenso por meio de leis e debates. O item IV também está correto, em linha com a visão aristotélica do ser humano. Porém, o item III, ao afirmar que política se refere apenas à separação entre público e privado, é um entendimento limitado e não abrange todo o escopo da política, o que torna esta alternativa incorreta.
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