Em sua obra A República, Platão descreve como seria a organização da cidade ideal, na qual não só uma classe usufruiria de uma felicidade superior, mas toda a cidade seria feliz. A justiça seria garantida pelo cumprimento das funções sociais que caberiam a cada cidadão, além do governo de reis-filósofos. Esses chefes de Estado deveriam realizar uma série de estudos para atingir a ciência, ou seja, o conhecimento das ideias, elevando-se até seu fundamento supremo: a ideia do Bem. Sem a ideia do Bem, o rei não seria justo nem seria responsável pela felicidade dos cidadãos. Para Platão, a certeza só pode advir de uma demonstração racional e, portanto, depois que se penetra na esfera do conhecimento inteligível. É tendo acesso ao plano inteligível que o homem teria acesso à ideia do Bem, que sustenta todas as outras.
Para Platão, os reis adequados para governar deveriam ser aqueles indivíduos que
proporcionassem bem-estar.
possuíssem virtudes superiores.
cumprissem funções legislativas.
acumulassem riquezas materiais.
valorizassem sensações físicas.
TEXTO I
Não obstante, o príncipe deve fazer-se temer de modo que, mesmo que não ganhe o amor dos súditos, pelo menos evite seu ódio.
TEXTO II
Nada havendo de maior sobre a terra, depois de Deus, que os príncipes soberanos, e sendo por Ele estabelecidos como seus representantes para governarem os outros homens, é necessário lembrar-se de sua qualidade, a fim de respeitar-lhes e reverenciar-lhes a majestade com toda a obediência, a fim de sentir e falar deles com toda a honra, pois quem despreza seu príncipe soberano despreza a Deus, de Quem ele é imagem na terra.
Ao comparar os textos, o aspecto comum entre a posição dos dois autores está na
submissão ao monarca.
crítica à realeza.
participação da população.
independência da religiosidade.
equidade dos cidadãos.
(Sócrates) — Nós estabelecemos que cada um deve ocupar-se de uma função na cidade, aquela para qual a sua natureza é mais adequada. (Sócrates) — Quando um homem for, de acordo com a sua natureza, um artífice ou negociante, e depois, exaltado pela sua riqueza ou qualquer atributo deste gênero, tentar passar para a classe dos guerreiros, um guerreiro para a dos chefes e guardiões, ou quando o mesmo homem tentar exercer estes cargos ao mesmo tempo, nesse caso, penso que também acharás que esta mudança e confusão serão a ruína da cidade.
(Sócrates) — Assim, é isso a injustiça. E agora digamos a inversa: se a classe dos negociantes, auxiliares e guardiões se ocupar das suas próprias tarefas, executando cada um deles o que lhe compete na cidade, não se verificaria o contrário do caso anterior, a existência da justiça na cidade?
Conforme o diálogo platônico, a justiça se verifica na cidade quando cada classe social
extrapola as obrigações de cidadania próprias de sua comunidade.
exerce simultaneamente a totalidade das tarefas sociais.
cumpre as funções específicas de sua estirpe.
questiona as tarefas adequadas à sua essência.
possui mobilidade e alternância nas diversas incumbências.
Atente para o seguinte excerto da teoria do governo, de Aristóteles, que é a base de sua teoria da justiça: “[N]ão são a mesma coisa o governo despótico e o governo político e [...] nem todas as formas de governo são as mesmas, como alguns dizem. Com efeito, uma das formas de governo exerce-se sobre homens naturalmente livres, a outra sobre escravos. O governo de uma casa (oíkos) é uma monarquia, já que um só governa toda a casa, enquanto o governo político é exercido pelos que são livres e iguais”. Aristóteles. A política (Edição Bilíngue), 1255b. Trad. port. e notas Antonio Carlos Amaral e Carlos de Carvalho Gomes. Lisboa: Vega, 1998 [Adaptado].
Sobre a teoria do governo de Aristóteles, exposta parcialmente acima, é correto afirmar que
o governo monárquico é a forma de governo político em que aquele que governa é senhor (despotés) dos cidadãos.
o governo político, exercido sobre outros homens, se baseia na igualdade entre governantes e governados.
o governo político é semelhante ao governo sobre a família (oikía), pois se exerce sobre pessoas iguais.
o governo despótico, de caráter doméstico, é o governo de um só homem sobre mulher, filhos e escravos.
É necessário ao príncipe ser tão prudente, que possa fugir aos vícios que lhe fariam perder o governo e acautelar-se, se possível, quanto aos que não oferecem tal perigo. Não conseguindo, entretanto, fazer isso, pode, sem atormentar-se, deixar que as coisas sigam o seu curso. Não se importe o príncipe, ainda, de incorrer na prática daqueles vícios sem os quais dificilmente pode salvar o Estado. Nas ações de todos os homens, especialmente os príncipes, contra os quais não há tribunal a que recorrer, os fins é que contam”. “Faça, pois, o príncipe tudo para alcançar e manter o poder; os meios de que se valer serão sempre julgados honrados e louvados por todos. (PRÍNCIPE. 2018).
A formação do Estado e do poder político sempre foi alvo de discussões e de diversas teorias, no decorrer da história da humanidade, sendo que o fragmento de texto indica concepções
liberais.
socialistas.
democráticas.
anarquistas.
absolutistas.
Leia o fragmento de texto a seguir.
“Dois vocábulos gregos são empregados para compor as palavras que designam esta forma de organização: arche – o que está à frente, o que tem comando - e kratos – o poder ou autoridade suprema. As palavras compostas com arche (arquia) designam a quantidade dos que estão no comando. As compostas com kratos (cracia) designam quem está no poder. Assim, do ponto de vista da arche, as formas possíveis são: monarquia ou governo de um só (monas), oligarquia ou governo de alguns (oligos), poliarquia ou governo de muitos (polos) e anarquia ou governo de ninguém (ana). Do ponto de vista do kratos, as formas são: autocracia (poder de uma pessoa reconhecida como rei), aristocracia (poder dos melhores), democracia (poder do povo).” CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. 5 ed. São Paulo: Ática, 1995. p. 383. (adaptado)
O fragmento de texto do enunciado trata sobre:
teorias teológico-políticas.
concepções filosóficas de liberdade.
regimes políticos.
o surgimento da filosofia.
ética e filosofia moral.
No período do Renascimento e do Iluminismo europeu (XVI–XVIII), ocorreu um processo de intensa produção do conhecimento científico, no qual pensadores apresentaram suas ideias por intermédio de obras que contribuíram para profundas transformações socioeconômicas.
Com base nos conhecimentos sobre esse período, relacione os autores, na primeira coluna, com suas respectivas obras, na segunda coluna.
(I) Adam Smith (II) John Locke (III) Montesquieu (IV) Rousseau (V) Voltaire
(A) O Espírito das Leis
(B) Ensaio Acerca do Entendimento Humano
(C) Contrato Social
(D) Cartas Filosóficas
(E) A Riqueza das Nações
Assinale a alternativa que contém a associação correta.
I-E, II-A, III-D, IV-C, V-B.
I-B, II-C, III-A, IV-D, V-E.
I-A, II-B, III-C, IV-D, V-E.
I-A, II-C, III-D, IV-E, V-B.
I-E, II-B, III-A, IV-C, V-D.
Nos estados teocráticos, o poder legítimo vem por meio da vontade
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