Ao mesmo tempo, graças às amplas possibilidades que tive de observar a classe média, vossa adversária, rapidamente concluí que vós tendes razão, inteira razão, em não esperar dele qualquer ajuda. Seus interesses são diametralmente opostos aos vossos, mesmo que ela procure incessantemente afirmar o contrário e vos queira persuadir que sente a maior simpatia por vossa sorte. Mas seus atos desmentem suas palavras.
ENGELS, F. A situação da classe trabalhadora na Inglaterra. São Paulo: Boitempo, 2010.
No texto, o autor apresenta delineamentos éticos que correspondem ao (s).
domínios do fetichismo da mercadoria.
paradigmas do processo indagativo.
conceito de luta de classes.
alicerce da ideia de mais-valia.
fundamentos do método científico.
Leia o texto a seguir.
Homem livre e escravo, patrício e plebeu, senhor feudal e servo, mestre de corporação e companheiro, em resumo, opressores e oprimidos em constante oposição, têm vivido numa guerra ininterrupta, ora franca, ora disfarçada; uma guerra que terminou sempre ou por uma transformação revolucionária da sociedade inteira, ou pela destruição das duas classes em conflito. (MARX, K.; ENGELS, F. Manifesto comunista. São Paulo: Boitempo Editorial, 2005. p.40.)
Considerando o texto e a filosofia política de Marx e Engels sobre a História, assinale a alternativa correta.
A História é a expressão de uma relação conflituosa entre opressores e oprimidos de uma mesma classe.
A História é movida pela luta de classes, cujo fim é a destruição das classes em geral.
A História é movida pela luta entre classes antagônicas, na qual os detentores das forças produtivas oprimem os detentores dos meios de produção.
O motor da História é a luta de classes, na qual os opressores desempenham o papel da classe revolucionária por excelência.
A História confirma a harmonia entre opressores e oprimidos, sendo ela a confirmação de uma ideia absoluta.
A sociedade moderna burguesa, surgida das ruínas da sociedade feudal, não aboliu os antagonismos de classe, apenas estabeleceu novas classes, novas formas de opressão, novas formas de luta, em lugar das velhas. No entanto, a nossa época, a da burguesia, possui uma característica: simplificou os antagonismos de classes. A sociedade global divide-se cada vez mais em dois campos hostis, em duas grandes classes que se defrontam: a burguesia e o proletariado. MARX, K.; ENGELS, F. O Manifesto do Partido Comunista – Jorge Zahar, 2006.
A passagem clássica do pensamento sociológico aponta o surgimento das classes sociais: burguesia e operariado. A partir da análise desse trecho, é possível considerar que
a existência do antagonismo de classes indica que se deve adotar uma perspectiva funcionalista e compreensiva para se interpretar os posicionamentos das diferentes classes sociais.
os antagonismos de classe seguem sendo os mesmos das épocas antigas, porém na época moderna há uma afinidade maior de interesses entre as classes sociais.
a passagem mostra que a luta de classes se tornaria um aspecto residual nas análises das dinâmicas sociais.
o trecho enfatiza a importância da luta de classes na análise das dinâmicas sociais da sociedade moderna.
houve um avanço histórico em relação às épocas passadas, pois a simplificação dos antagonismos de classe reduziu os conflitos entre diferentes classes sociais na época moderna.
A sociedade burguesa moderna, que brotou das ruínas da sociedade feudal, não aboliu os antagonismos de classes. Não fez senão substituir velhas classes, velhas condições de opressão, velhas formas de luta por outras novas. Entretanto, a nossa época, a época da burguesia, caracteriza-se por ter simplificado os antagonismos de classes. MARX, K.; ENGELS, F. O manifesto comunista. São Paulo: Paz e Terra, 1998.
Na perspectiva dos autores, os antagonismos entre as classes sociais no capitalismo decorrem da separação entre aqueles que detêm os meios de produção e aqueles que
controlam a propriedade da terra
exercem a atividade comercial.
monopolizam o mercado financeiro.
vendem a força de trabalho
possuem os títulos de nobreza.
A Escola Marxista tem na teoria do conflito um dos seus fundamentos mais importantes em termos sociológicos.
Tal teoria, pela óptica marxista, defende que
todas as relações sociais estão desvinculadas da esfera econômica, sendo os conflitos políticos o alicerce da vida em sociedade.
os conflitos nascem das contradições, sendo estas resultantes do acesso desigual aos meios de produção.
os conflitos sociais são culturais, sendo expressões do embate entre a tradição e a inovação.
os conflitos sociais são observados apenas nas sociedades anteriores à Revolução Industrial.
as sociedades mais avançadas são aquelas que melhor se adaptaram ao longo do processo histórico, sendo as menos aptas extintas.
Uma das importantes preocupações sociológicas é a questão a respeito dos fatores que tornam possível a existência e a evolução das sociedades. A ideia de “conflito” assume uma posição contraditória, por este ser considerado ora como “motor das transformações”, ora como fator que “deixa a sociedade estagnada” e impede a evolução.
Em relação às consequências do conflito para sociedade, é CORRETO afirmar:
Durkheim acredita que a forma como os indivíduos se organizam socialmente para produzir determina a sua visão de mundo. Ou seja, ele acredita que não é a consciência dos homens que determina a realidade, mas, ao contrário, é a realidade social e principalmente seus conflitos que determina a consciência coletiva.
Durkheim diz que os conflitos entre trabalhadores e empresários demonstram a falta de organização ou a anomia parcial da sociedade moderna, que deve ser corrigida com uma revolução do proletariado, que restaure o consenso social.
Para Karl Marx, o regime capitalista é capaz de produzir cada vez mais. A despeito desse aumento das riquezas, a miséria continua sendo a sorte da maioria. Essa contradição irá gerar conflitos que, mais cedo ou mais tarde, desencadearão um processo de reforma da sociedade que a reorganizará com critérios científicos.
O marxismo exclui a possibilidade de haver um paralelismo entre o desenvolvimento das forças produtivas, a transformação das relações de produção, a intensificação da luta de classes e dos conflitos que marcam a marcha para a revolução.
Para Karl Marx, a supressão das contradições de classe deve levar logicamente ao desaparecimento do Estado, pois este é um dos subprodutos ou a expressão dos conflitos sociais.
De acordo com a teoria de Marx, a desigualdade social se explica
pela distribuição da riqueza de acordo com o esforço de cada um no desempenho de seu trabalho.
pela apropriação das condições de trabalho pelos homens mais capazes em contextos históricos, marcados pela igualdade de oportunidades.
pela divisão da sociedade em classes sociais, decorrente da separação entre proprietários e não proprietários dos meios de produção.
pelas diferenças de inteligência e habilidades inatas dos indivíduos, determinadas biologicamente.
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