Recursos para ensinar filosofia
Questões de filosofia ENEM 2019
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A centralização econômica, o protecionismo e
a expansão ultramarina engrandeceram o Estado,
embora beneficiassem a burguesia incipiente. ANDERSON, P. In: DEYON, P. O mercantilismo. Lisboa: Gradiva,1989 (adaptado). TEXTO II
As interferências da legislação e das práticas
exclusivistas restringem a operação benéfica da lei
natural na esfera das relações econômicas. SMITH, A. A riqueza das Nações. São Paulo: Abril Cultural, 1983 (adaptado).
Entre os séculos XVI e XIX, diferentes concepções sobre as relações entre Estado e economia foram formuladas. Tais concepções, associadas a cada um dos textos, confrontam-se, respectivamente, na oposição entre as práticas de
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eliminação das tarifas alfandegárias — incentivo ao livre-cambismo.Incorreto. A eliminação de tarifas alfandegárias pode ser um conceito associado ao livre-cambismo, mas isso não está explicitamente ligado ao texto de Anderson sobre centralização econômica e mercantilismo (apesar de tarifas serem usadas no mercantilismo). Smith, de fato, defendia o livre-cambismo ao criticar as interferências estatais no mercado, porém o contexto do mercantilismo no primeiro texto não se foca diretamente na questão das tarifas alfandegárias como elemento principal da discussão.
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formação do sistema metropolitano — crítica à livre navegação.Incorreto. A formação do sistema metropolitano durante o mercantilismo referia-se à exploração colonial e à dependência econômica das colônias. Contudo, a crítica de Smith não era especificamente voltada à livre navegação (embora ele favorecesse a liberdade comercial), mas sim à intervenção estatal nos mercados. Portanto, a oposição não se estrutura claramente com base nestes termos.
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defesa dos monopólios régios — apoio à livre concorrência.Correto. No primeiro texto, que refere-se ao mercantilismo, nota-se a defesa dos monopólios régios, pois essa era uma prática comum durante o período mercantilista, quando o Estado controlava a economia através de monopólios, tarifas e regulamentos. Já o segundo texto, de Smith, aborda a noção de que tais práticas são interferências negativas na economia, defendendo o princípio da livre concorrência, que se alinha à sua ideia de "mão invisível" guiando o mercado, sem a intervenção do Estado.
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abandono da acumulação metalista — estímulo ao livre-comércio.Incorreto. O mercantilismo é caracteristicamente associado à acumulação de metais preciosos, e não ao seu abandono. A crítica de Adam Smith está direcionada ao controle e intervenção governamental, promovendo o livre-comércio como uma solução para tais intervenções, mas não diretamente ao conceito do metalismo. Assim, essa associação não reflete precisamente os pensamentos apresentados nos dois textos.
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valorização do pacto colonial — combate à livre-iniciativa.Incorreto. O texto de Anderson aponta para o mercantilismo, que naturalmente se relaciona com o pacto colonial, quando as colônias existem principalmente para o benefício econômico da metrópole. Entretanto, no texto de Smith, a crítica recai sobre a intervenção estatal em geral, defendendo a livre-iniciativa, portanto, ele não combate a livre-iniciativa, mas apoia-a. Com isso, o segundo texto não se opõe à prática do pacto colonial por meio do combate à livre-iniciativa.
Nesse texto, o filósofo cristão Agostinho de Hipona sustenta que a punição divina tem como fundamento o(a)
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distanciamento das práticas de sacrifício.Essa alternativa sugere que a punição divina vem do distanciamento das práticas de sacrifícios, que eram comuns em muitas tradições religiosas antigas. No entanto, Agostinho não menciona sacrifícios rituais na discussão sobre o livre-arbítrio. O foco está na ideia de usar a vontade livre corretamente, então essa opção está incorreta.
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afastamento das ações de desapego.Nesta alternativa, a punição divina seria resultante do afastamento de ações de desapego, que podem estar associadas a virtudes como a humildade e a renúncia. No entanto, Agostinho não discute essas práticas em termos de vontade livre. Seu foco é sobre a liberdade de escolha para fazer o certo ou não, então esta opção está incorreta.
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violação dos preceitos do Velho Testamento.Nesta opção, a ideia central é de que as punições divinas seriam motivadas pela transgressão de tradições e normas religiosas anteriores à Era Cristã, como as do Velho Testamento. Porém, o texto de Agostinho não menciona especificamente o Velho Testamento como o fundamento para a punição. Em vez disso, ele foca na ideia do uso correto da vontade livre, independentemente de escrituras específicas, portanto essa opção está incorreta.
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desvio da postura celibatária.A opção sugere que a falta de adesão ao celibato, uma prática de abstenção sexual geralmente associada ao clero, seria a causa para as punições. Agostinho não cita práticas celibatárias como estando no cerne do exercício da vontade livre e da punição divina. Desta forma, a opção não reflete o argumento central do texto e está incorreta.
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insuficiência da autonomia moral.Ao falar sobre a insuficiência da autonomia moral, Agostinho está se referindo à ideia de que o livre-arbítrio deve ser utilizado para fazer o bem e agir corretamente. A punição divina surge quando o indivíduo, com sua autonomia moral, escolhe mal, ou seja, peca. Então, a opção correta reflete a visão de Agostinho de que a vontade livre foi dada para fazer o bem, e punir o mau uso reflete essa expectativa divina sobre o uso da autodeterminação. Esta resposta está correta.
A partir da análise da autora, no encontro das temporalidades históricas, evidencia-se uma crítica à naturalização do(a)
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ideário nacional, que legitima as desigualdades sociaisA opção está incorreta. Arendt não está lidando com um "ideário nacional" em seu trecho. A problemática central do texto é a desumanização e aceitação de atos inumanos como normais dentro da sociedade totalitária, e não a légitimação de desigualdades sociais em um contexto nacionalista.
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segregação humana, que fundamenta os projetos biopolíticos.Essa é a opção correta. Arendt critica a "irrealidade dos detentos" nos campos de concentração, indicando uma perda total do valor humano, onde vidas são tratadas como descartáveis. As "formas de campos de concentração" mencionadas no texto são um exemplo de "segregação humana" extrema que se funda em projetos biopolíticos, onde certas vidas são consideradas não dignas de serem vividas e, portanto, passíveis de extermínio.
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enquadramento cultural, que favorece os comportamentos punitivos.Esta opção está incorreta porque, embora punição e tratamento desumano sejam temas no texto de Arendt, seu foco está na "irrealidade" e desumanização promovidas por sistemas totalitários, não no "enquadramento cultural" que poderia favorecer comportamentos punitivos. Arendt está mais preocupada com a quebra total de normas éticas e humanitárias do que com normas culturais específicas que favorecem punições.
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cosmologia religiosa, que sustenta as tradições hierárquicas.A opção está incorreta, pois não é a cosmologia religiosa nem as tradições hierárquicas que Arendt está criticando diretamente no trecho citado. Ela menciona uma "atmosfera de loucura e irrealidade" em relação ao funcionamento dos campos de concentração, o que sugere uma perda de contato com a realidade cotidiana e ética, mas não está associando isso a cosmologias religiosas tradicionais que sustentam hierarquias.
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alienação ideológica, que justifica as ações individuais.A opção está incorreta porque, embora Arendt discuta ideias de alienação, a descrição dada aqui é mais relacionada à alienação de crenças ou ideologias nacionais, enquanto Arendt está discutindo a esfera coletiva e institucional.
Associado ao contexto migratório contemporâneo, o conceito de hospitalidade proposto pelo autor impõe a necessidade de
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verificação da proveniência.Esta alternativa está incorreta. "Verificação da proveniência" implica a imposição de condições antes da hospitalidade ser concedida, que é exatamente o contrário do que Derrida propõe. Segundo ele, a verdadeira hospitalidade requer acolher o outro sem condições, o que significa não priorizar a verificação de onde alguém vem antes de decidir se será aceito ou não.
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cristalização da biografia.Esta alternativa está incorreta. "Cristalização da biografia" sugeriria fixar ou endurecer a identidade de alguém, enquanto Derrida defende um acolhimento que não se prende a identidades fixas. Ele propõe a abertura e a aceitação contínua da singularidade do outro, não a limitação de sua identidade a uma história ou biografia congelada.
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supressão da comunicação.Esta alternativa está incorreta. A "supressão da comunicação" não é parte do conceito de hospitalidade proposto por Derrida. Pelo contrário, a comunicação é fundamental, mas deve ser feita de maneira a respeitar o outro e sem que as perguntas sobre identidade sirvam de controle ou limitação. A questão não é suprimir, mas transformar a comunicação em um diálogo respeitoso e genuíno.
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incorporação da alteridade.Esta alternativa está correta porque Derrida, ao definir o conceito de hospitalidade, enfatiza a importância de acolher o outro sem preconceitos ou condições prévias. A "incorporação da alteridade" refere-se a aceitar e respeitar o outro em sua diferença, sem tentar assimilá-lo ou anulá-lo. No contexto migratório, isso significa abrir espaço para que os migrantes sejam recebidos e reconhecidos em sua identidade única, sem serem forçados a se conformarem a padrões preconcebidos.
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anulação da diferença.Esta alternativa está incorreta. Derrida não fala sobre "anulação da diferença" como parte da hospitalidade. Pelo contrário, ele sugere o reconhecimento e respeito pela alteridade, ou seja, pelas diferenças. A anulação da diferença significaria apagar o que torna o outro único e é oposto à aceitação genuína das diversas identidades que os migrantes trazem consigo.
A relação entre ser humano e natureza ressaltada no texto refletia a permanência da seguinte corrente filosófica:
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Materialismo dialético.O materialismo dialético é uma abordagem filosófica associada ao marxismo, que propõe que a realidade social e histórica surge do conflito entre forças materiais, mais especificamente, as relações de produção. Esse conceito fala sobre a mudança histórica e social por meio de contradições e conflitos internos na sociedade. Como o texto discute a visão dos recursos naturais e o papel da América do Sul dentro de uma perspectiva já estabelecida e não de transformação social, não é adequado associar o materialismo dialético ao texto.
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Racionalismo cartesiano.O racionalismo cartesiano, originado de Descartes, enfatiza a razão como o principal caminho para o conhecimento. Descartes acreditava que a realidade podia ser compreendida basicamente pela análise lógica e racional. No texto em questão, a compreensão sobre as riquezas naturais e a função da América do Sul como provedora de recursos parece ser baseada numa lógica de exploração e aproveitamento sistemático das riquezas, o que se alinha com uma visão racionalista de operar e entender o mundo. Por causa dessa ênfase, é razoável associar o texto com o racionalismo cartesiano.
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Existencialismo fenomenológico.O existencialismo fenomenológico é uma corrente filosófica que enfatiza a experiência subjetiva e a liberdade individual. Ele busca entender como percebemos o nosso mundo e qual é o significado da existência a partir da perspectiva do sujeito. No entanto, o texto mencionado discute uma visão objetiva sobre o papel da América do Sul como provedora de recursos naturais, o que não está relacionado à abordagem subjetiva e individualista do existencialismo fenomenológico. Portanto, associá-lo a essa corrente filosófica não faz sentido nesse contexto.
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Pluralismo epistemológico.O pluralismo epistemológico refere-se à ideia de que existem múltiplas maneiras de conhecimento ou saber, e que nenhuma delas é necessariamente superior às outras. Embora essa ideia seja interessante, o texto parece destacar uma visão bastante singular e objetiva sobre a exploração dos recursos naturais da América do Sul, em vez de promover ou discutir múltiplas abordagens epistemológicas. Portanto, não é correto ligar o texto ao pluralismo epistemológico.
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Relativismo cognitivo.O relativismo cognitivo é a ideia de que nosso conhecimento e crenças são sempre relativos ao contexto cultural ou histórico em que se encontram. No entanto, o texto apresenta uma visão bem clara e objetiva sobre a relação entre o ser humano e a natureza na América do Sul, sem entrar na discussão sobre a variabilidade do conhecimento ou interpretações de diferentes culturas. Assim, não faz sentido relacionar o texto ao relativismo cognitivo.
Considero apropriado deter-me algum tempo na contemplação deste Deus todo perfeito, ponderar totalmente à vontade seus maravilhosos atributos, considerar, admirar e adorar a incomparável beleza dessa imensa luz. DESCARTES, R. Meditações. São Paulo: Abril Cultural, 1980. TEXTO II
Qual será a forma mais razoável de entender como é o mundo? Existirá alguma boa razão para acreditar que o mundo foi criado por uma divindade todo-poderosa? Não podemos dizer que a crença em Deus é “apenas” uma questão de fé. RACHELS, J. Problemas da filosofia. Lisboa: Gradiva, 2009.
Os textos abordam um questionamento da construção da modernidade que defende um modelo:
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focado na legitimação contratualista.A alternativa que menciona a legitimação contratualista está incorreta porque o contratualismo é uma teoria política sobre o surgimento do estado a partir de um contrato social. Os textos em questão não tratam sobre sistemas políticos nem sobre a formação de sociedades humanas, mas sim sobre a relação entre razão e crença.
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centrado na razão humana.Esta é a alternativa correta. A modernidade se caracteriza pela valorização da razão como forma de entender o mundo. Os textos refletem sobre a existência de Deus e a compreensão do mundo através do questionamento racional, uma característica central do pensamento moderno. O uso da razão para ponderar sobre a fé e a realidade mostra essa ênfase na racionalidade.
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fundamentado na ordenação imanentista.Esta alternativa está incorreta pois 'ordenamento imanentista' se refere à visão onde todas as forças e inteligências que regem o universo são ditadas por leis internas ao próprio universo, sem elementos transcendentes, como deuses. Os textos mencionam discussões teológicas e filosóficas sobre a razão e a divindade, o que não se alinha completamente com a ideia imanentista.
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baseado na explicação mitológica.Os textos não defendem uma explicação mitológica. A mitologia se baseia em narrativas tradicionais que explicam o mundo através de fatos sobrenaturais e seres divinos. Na modernidade, um dos pilares é justamente a busca por explicações racionais e científicas, como nos textos que questionam e refletem sobre a existência de Deus de uma perspectiva filosófica.
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configurado na percepção etnocêntrica.Esta alternativa não está correta porque o etnocentrismo é uma visão que julga outras culturas a partir dos critérios da própria cultura, e não é o foco dos textos apresentados. Os textos tratam mais sobre a relação entre a crença em Deus e a razão humana, algo mais universal do que específico de uma cultura.
O texto aponta que a subjetivação se efetiva numa dimensão:
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essencial, fundamentada em parâmetros substancialistas.Está incorreta, porque Foucault desconstrói a ideia de uma essência fixa ou universal do sujeito. Ele argumenta que o conceito de subjetividade é fluido e determinado por práticas sociais e contextos históricos, ao invés de ser fundamentado em parámetro substancialistas e essenciais. A subjetivação é vista como integrada a práticas sociais e culturais específicas e em constante mudança, contrastando com a ideia de essência imutável.
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contingencial, processada em interações sociais.Esta é a alternativa correta. Foucault defende que o sujeito é formado através de práticas e interações sociais, ideais que se processam de maneira situada e afetada pela contingência histórica e cultural. Ele propõe que a subjetivação não é definida por qualquer essência transcendental, mas sim pelas práticas de poder, sujeição e liberação que variam de contexto para contexto. Assim, as interações sociais e seu contexto são cruciais no entendimento foucaultiano da formação do sujeito.
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racional, baseada em pressupostos lógicos.Foucault não caracteriza a subjetivação estritamente dentro de uma estrutura racional baseada em pressupostos lógicos, o que torna esta alternativa incorreta. A sua análise envolve fundamentalmente práticas sociais, culturais e históricas, evidenciando como diferentes forças e discursos moldam a identidade e subjetividade dos indivíduos. Logo, ele enquadra mais a questão em termos de uma multiplicidade de práticas do que em termos de racionalidade lógica.
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transcendental, efetivada em princípios religiosos.Esta alternativa está incorreta. A transcendência está relacionada a algo que vai além da experiência humana corrente ou do mundo físico. No contexto do texto de Foucault, ele fala sobre a constituição do sujeito a partir de práticas de sujeição e liberação, enraizadas em regras e estilos culturais, o que indica um processo mais imanente e contingente do que transcendental. Além disso, Foucault geralmente não emprega conceitos transcendentes como parte de sua análise da subjetivação, preferindo focar em práticas sociais e históricas.
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legal, pautada em preceitos jurídicos.Esta alternativa também está incorreta. Embora os preceitos jurídicos possam influenciar as práticas sociais e a subjetivação, Foucault não aponta para uma dimensão legal como o eixo principal da constituição do sujeito. Ele foca mais nas práticas cotidianas e nos processos sociais que desempenham um papel na formação da identidade e subjetividade, ao invés de apenas restrições ou estruturas legais.
Duas coisas enchem o ânimo de admiração e veneração sempre crescentes: o céu estrelado sobre mim e a lei moral em mim. KANT, I. Crítica da razão prática. Lisboa: Edições 70, s/d (adaptado). TEXTO II
Duas coisas admiro: a dura lei cobrindo-me e o estrelado céu dentro de mim. FONTELA, O. Kant (relido). In: Poesia completa. São Paulo: Hedra, 2015.
A releitura realizada pela poeta inverte as seguintes ideias centrais do pensamento kantiano:
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Aprioridade do juízo e importância da natureza.Essa alternativa está incorreta porque a aprioridade do juízo e a importância da natureza não são o foco da inversão feita por Fontela. Kant fala sobre juízos a priori em seu trabalho sobre a Crítica da Razão Pura, mas aqui estamos discutindo a Crítica da Razão Prática, que trata mais das questões éticas e de moralidade que os aspectos epistemológicos.
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Interioridade da norma e fenomenalidade do mundo.A opção está correta porque se refere exatamente à inversão feita pela poeta. No texto original de Kant, ele coloca o "céu estrelado" como algo externo, representando o mundo fenomenal, ou seja, aquilo que experimentamos. A "lei moral" é algo interno, dentro de nós, representando a interioridade da norma. O poema de Fontela inverte essas ideias, colocando o "céu estrelado" dentro de si e a "dura lei" como algo que a cobre, invertendo os lugares da fenomenalidade do mundo e da interioridade da norma.
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Possibilidade da liberdade e obrigação da ação.Esta opção está incorreta porque não é isso que está sendo invertido nos textos. A possibilidade da liberdade e a obrigação da ação se referem, em Kant, à capacidade do indivíduo de agir de acordo com o dever, independentemente de suas inclinações. Fontela não está lidando diretamente com essas noções de liberdade e obrigação, mas sim com a localização da lei moral e do céu estrelado.
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Prescindibilidade do empírico e autoridade da razão.Esta alternativa está incorreta porque Kant, quando aborda a questão da moralidade, fala sobre a autoridade da razão sem necessariamente prescindir do empírico. Nos textos fornecidos, o foco está na inversão entre a fenomenalidade do mundo e a interioridade da norma, e não na prescindibilidade do empírico.
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Necessidade da boa vontade e crítica da metafísica.Esta alternativa está incorreta porque não aborda o cerne da questão entre os textos apresentados, que é a inversão entre os conceitos de interioridade e fenomenalidade. A necessidade da boa vontade e a crítica da metafísica não são tema dos textos destacados, embora sejam conceitos kantianos importantes.
O texto aponta uma inovação na teoria política na época moderna expressa na distinção entre:
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objetividade e subjetividade do conhecimento.Esta alternativa está incorreta. Maquiavel não está discutindo objetividade e subjetividade do conhecimento, mas sim as diferenças entre moralidade pessoal e as demandas práticas da política. Ele argumenta que, para um líder político, a ação deve ser guiada pela eficácia e consequências para o bem comum, em vez de seguir estritamente normas morais pessoais.
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ilegalidade e legitimidade do governante.Esta alternativa está incorreta. O texto de Maquiavel não trata da questão da ilegalidade ou legitimidade do governante. Ele discute a distinção entre as escolhas pessoais e as decisões políticas de um líder, especialmente no que diz respeito a agir de acordo com a moralidade pessoal versus a necessidade de tomar decisões pragmáticas para o bem do Estado.
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nulidade e preservabilidade da liberdade.Esta alternativa está incorreta. Maquiavel não está preocupado em discutir a nulidade ou preservação da liberdade individual neste contexto. Sua preocupação é com as decisões pragmáticas que devem ser tomadas por um líder para garantir a estabilidade e o sucesso de um Estado. A questão abordada não gira em torno da liberdade, mas sim da diferença entre as ações morais individuais e as ações políticas necessárias.
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idealidade e efetividade da moral.Esta alternativa está correta. Maquiavel faz uma distinção importante entre os ideais morais de uma pessoa comum e a efetividade prática que um governante deve buscar. Enquanto uma pessoa comum pode decidir agir moralmente, mesmo prejudicando a si mesma, um governante precisa considerar as consequências práticas de suas ações sobre o bem comum. Isso significa que a efetividade da ação política pode demandar ações que não condizem com a moralidade ideal, como mentir, se isso for em benefício do Estado.
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verificabilidade e possibilidade da verdade.Esta alternativa está incorreta. A questão não trata de verificabilidade ou possibilidade da verdade em termos lógicos ou epistemológicos. Em vez disso, Maquiavel está mais focado na diferença entre agir moralmente em um nível pessoal e a necessidade prática de um governante agir para o bem coletivo, o que pode incluir ações que não são moralmente ideais.
Em contraponto a uma interpretação idealizada, o texto aponta para a seguinte dimensão fundamental da ciência moderna:
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Negação da observação.Esta alternativa está incorreta. A negação da observação não é uma característica do método científico. Pelo contrário, a ciência valoriza profundamente a observação como uma das bases para coletar dados e formular hipóteses. No texto, a observação de Newton da maçã caindo desempenhou um papel essencial na formulação da hipótese sobre a gravidade.
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Proposição de hipóteses.Essa é a resposta correta. O texto fala sobre como Newton, ao observar a queda da maçã, formulou uma hipótese: a existência de uma força, que depois viria a ser conhecida como gravidade, que faz com que as coisas caiam em direção à Terra. A capacidade de propor hipóteses para explicar fenômenos observados é uma parte crucial do método científico. Sem criar uma hipótese, os cientistas não teriam um ponto de partida para investigações e experimentos subsequentes.
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Falsificação de teses.Essa alternativa está incorreta. A falsificação de teses refere-se à possibilidade de testarmos uma hipótese ou teoria a ponto de podermos rejeitá-la caso as previsões não se confirmem. No texto, não há menção sobre Newton estar testando ou tentando refutar uma hipótese pré-existente. Ele está formulando uma nova hipótese, não falsificando uma já criada.
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Universalização de conclusões.Esta alternativa está incorreta. A universalização de conclusões refere-se à ideia de que as conclusões de uma pesquisa científica podem ser aplicadas de forma ampla e generalizada. No entanto, o texto trata do momento inicial de formulação de uma hipótese, não de concluir algo já universalizado. Portanto, essa dimensão específica do processo científico não é o que o texto destaca.
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Contemplação da natureza.Essa alternativa está incorreta. Embora a contemplação da natureza seja parte do processo científico, no sentido de motivar perguntas e observações, não é isso que está em destaque no texto sobre Newton. O foco aqui é na formulação de uma hipótese baseada em uma observação e questionamento específico, e não simplesmente em contemplar passivamente a natureza.
O sentido geral e fundamental do Direito, conforme foi destacado, refere-se à
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aplicação de códigos legais.Esta alternativa está incorreta. A aplicação de códigos legais é um aspecto prático do direito, mas a questão enfatiza o sentido geral e fundamental do direito como um meio de regular a convivência humana, indo além da mera aplicação de leis específicas. A definição dada por Abbagnano foca no papel do direito em definir comportamentos para a coexistência pacífica entre seres humanos.
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legitimação de decisões políticas.Esta alternativa está incorreta. Embora o direito possa ser ligado à legitimação de decisões políticas, a questão destaca a ideia de que o direito é essencialmente sobre a técnica para a coexistência humana, focando-se nas regras que permitem regular o comportamento intersubjetivo ou de convivência entre pessoas. A legitimação política aborda um aspecto mais institucional e não diretamente sobre a convivência cotidiana das pessoas.
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representação da autoridade constituída.Esta alternativa está incorreta. A representação da autoridade constituída é um aspecto da aplicação do direito, mas não é o seu sentido fundamental. O texto sugere que o direito tem um papel mais básico de regular as relações entre as pessoas para garantir a coexistência pacífica, algo que vai além de apenas representar a autoridade.
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regulação do convívio social.Esta alternativa está correta. A definição apresentada no texto deixa claro que o sentido fundamental do direito é regular o comportamento intersubjetivo, ou seja, as interações entre as pessoas, para torná-las pacíficas e ordenadas. O direito serve como um conjunto de regras para garantir que a convivência social ocorra de forma harmoniosa.
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mediação de conflitos econômicos.Esta alternativa está incorreta. Embora o direito possa atuar na mediação de conflitos econômicos, isso é uma parte específica de suas funções. O sentido geral do direito, segundo o texto, é mais amplo e foca na regulação da convivência humana como um todo, e não apenas em aspectos econômicos.
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