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Questões de filosofia ENEM 2020
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De acordo com o texto, a arte mencionada é importante para os povos que a cultivam por colaborar para o(a)
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rejeição de práticas exógenas.A quinta alternativa afirma que a arte contribuiu para a rejeição de práticas exógenas. O texto não menciona nada sobre rejeitar práticas externas ou sobre qualquer tipo de exclusão cultural. Ele enfatiza o papel da arte na transmissão e ensino dentro da própria cultura. Logo, essa alternativa também está incorreta.
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ruptura da disciplina hierárquica.A terceira alternativa sugere que a arte proporciona a ruptura da disciplina hierárquica. O texto, entretanto, não menciona qualquer mudança ou ruptura em estruturas hierárquicas devido à arte; o foco é na transmissão de conhecimento. Assim, essa alternativa está incorreta.
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transmissão dos saberes acumulados.A segunda alternativa afirma que a arte pré-histórica é importante pela transmissão dos saberes acumulados. O texto ratifica essa ideia ao destacar que a arte serve como um 'gigantesco livro' para os San, sendo usada para explicar e transmitir sua visão de mundo para as futuras gerações. Portanto, essa alternativa está correta.
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expansão da propriedade individual.A primeira alternativa sugere que a arte pré-histórica africana foi importante para a expansão da propriedade individual. No entanto, o texto destaca a função da arte enquanto meio de educação e transmissão de conhecimento, e não fala sobre propriedade ou aspectos econômicos relacionados a isso. Portanto, essa alternativa não está correta.
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surgimento dos laços familiares.A quarta alternativa propõe que a arte foi essencial para o surgimento dos laços familiares. Embora laços sociais possam ser reforçados através da arte, o texto não aborda especificamente como a arte contribui para o surgimento de laços familiares. Portanto, essa alternativa não está correta no contexto do texto fornecido.
O texto confere visibilidade a uma doutrina filosófica contemporânea conhecida como:
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Falibilismo, que rejeita mecanismos mentais para sustentar uma crença inequívoca.A alternativa está incorreta. O falibilismo é a ideia de que humanos não possuem certeza absoluta sobre nada, e qualquer sistema de crenças pode estar aberto a revisão à luz de novas evidências. Embora discuta temas relacionados à dúvida e à certeza, o falibilismo, como conceito filosófico, lida mais com a questão da confiabilidade e revisibilidade do conhecimento humano, e não com o cenário hipotético de que toda realidade seja uma alucinação ou sonho.
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Solipsismo, que reconhece limitações cognitivas para compreender uma experiência compartilhada.Apesar de o gabarito dado ser referente a essa alternativa, ela está tecnicamente incorreta no contexto do texto. O texto fala sobre uma situação em que tudo o que consideramos o mundo externo fosse apenas uma ilusão ou sonho do qual não podemos despertar. Isso está mais alinhado com o conceito de solipsismo, que é a ideia filosófica de que apenas a própria mente e suas experiências são certas e tudo mais pode ser uma ilusão. No entanto, o texto também menciona que, nesse cenário, não seria igual a um sonho ou alucinação comum porque não haveria um mundo real para acordar. Essa nuance não é bem capturada por essa alternativa, afirmando que o solipsismo reconheceria limitações cognitivas, o que não é inteiramente preciso dentro do cenário descrito pelo texto.
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Personalismo, que vincula a realidade circundante aos domínio do pessoal.Esta alternativa também está incorreta. O personalismo é uma filosofia que enfatiza a importância da pessoa e da personalidade na definição da realidade. Não é exatamente sobre a ideia de que o mundo todo seria uma criação da mente de alguém ou um sonho. O texto explora mais a possibilidade de tudo ser uma ilusão ou alucinação total, não vinculando a realidade ao domínio do pessoal de forma semelhante ao personalismo.
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Falsificacionismo, que estabelece ciclos de problemas para refutar uma conjectura.Esta alternativa está incorreta. O falsificacionismo é uma teoria da ciência proposta por Karl Popper que sugere que as teorias científicas não podem ser provadas verdadeiras, mas apenas falsas. Popper argumenta que o progresso científico se dá por tentativas de refutação, não por verificação. O texto proposto não está lidando com a obsessão por ciclos de prova e refutação ou com conjecturas científicas, mas sim com uma questão mais metafísica sobre a natureza da realidade e a percepção.
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Idealismo, que nega a existência de objetos independentemente do trabalho cognoscente.Essa alternativa está incorreta para descrever o texto apresentado. O idealismo é uma doutrina filosófica que sugere que a realidade é, de alguma maneira, dependente da mente. Existem várias formas de idealismo, como o idealismo transcendental de Kant ou o idealismo subjetivo de Berkeley, que argumenta que os objetos só existem enquanto são percebidos. No entanto, o texto em questão descreve uma situação em que tudo poderia ser uma alucinação ou sonho, mas não trata diretamente da questão se objetos existem ou não independentemente da mente. Além disso, o texto não discute que a percepção dos objetos depende do trabalho cognoscente, como o idealismo geralmente propõe.
O texto descreve a experiência do personagem de Tolstoi diante de um aspecto incontornável de nossas vidas. Esse aspecto foi um tema centra na tradição filosófica
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utilitarista, no sentido da racionalidade das ações.O utilitarismo, defendido por filósofos como Jeremy Bentham e John Stuart Mill, não se concentra diretamente na questão da morte em si, mas na avaliação das ações com base em seu resultado em termos de felicidade e utilidade para o maior número de pessoas. A narrativa de Tolstoi na obra "A morte de Ivan Ilitch" reflete mais sobre a experiência pessoal da mortalidade do que sobre uma análise de ações segundo o princípio utilitarista da maximização do bem-estar.
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pós-modernista, na discussão da fluidez das relações.A filosofia pós-modernista é conhecida por questionar as narrativas totalizantes, a objetividade e a verdade universal, abordando mais a ideia da fluidez das relações sociais e culturais. Embora possa abordar a questão da morte ao desconstruí-la como uma narrativa única, a preocupação filosófica mais centrada na experiência pessoal e subjetiva inevitavelmente é uma característica mais presente no existencialismo do que no pós-modernismo. A experiência de Ivan Ilitch reflete uma angústia existencial que está mais alinhada aos temas explorados pela tradição existencialista.
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existencialista, na questão do reconhecimento de si.A escola filosófica existencialista, como vista em pensadores como Jean-Paul Sartre e Martin Heidegger, centra-se profundamente nas questões da existência, liberdade e mortalidade. A morte, em especial, é um elemento central no existencialismo, principalmente na obra de Heidegger "Ser e Tempo", onde ele descreve a morte como uma parte fundamental da experiência humana que traz autenticidade à vida. Tolstoi, ao descrever o terror e o reconhecimento da morte por Ivan Ilitch, reflete essa mesma preocupação existencialista sobre a inevitabilidade da morte e a percepção de si mesmo diante dela.
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marxista, no contexto do materialismo histórico.A filosofia marxista é centrada no materialismo histórico e na análise das relações sociais e produtivas. Ela foca em entender a história pela luta de classes e as condições materiais da sociedade. Embora a morte seja um fenômeno humano universal, a experiência individual da morte, como refletido em Tolstoi, não é um foco central dos estudos marxistas. Marx estava mais preocupado com as estruturas sociais e econômicas e como elas afetam a vida coletiva do que com a abordagem filosófica da morte como uma experiência humana pessoal e existencial.
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logicista, no propósito de entendimento dos fatos.O logicismo esteve mais associado à tentativa de formalizar o raciocínio matemático e lógico, procurando compreender os fundamentos da matemática e o seu significado dentro da lógica. Bertrand Russell é um exemplo de pensador associado ao logicismo. No entanto, esse movimento filosófico não trata diretamente de questões existenciais como o terror da morte, que é mais associado às preocupações humanistas e existenciais do que às lógicas.
O processo de ressignificação do trabalho nas sociedades modernas teve início a partir do surgimento de uma nova mentalidade, influenciada pela
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participação das mulheres em movimentos sociais, defendendo o direito ao trabalho.Embora a participação das mulheres em movimentos sociais seja um fator importante para entender as mudanças sociais, nesta questão específica sobre a ressignificação do trabalho nas sociedades modernas, essa alternativa não captura a principal mudança ideológica que influenciou a visão moderna sobre o trabalho. A questão está mais interessada em mudanças conceituais profundas sobre a própria natureza do trabalho, que foram menos diretamente influenciadas pelas pautas femininas, e mais por questões religiosas e econômicas observadas em outras alternativas.
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força do sindicalismo, que emergiu no esteio do anarquismo reivindicando direitos trabalhistas.O sindicalismo, especialmente em sua relação com o anarquismo, desempenhou um papel crucial na luta por melhores condições e direitos dos trabalhadores. Apesar disso, ele representa mais uma força de resistência e negociação contra o capitalismo industrializado, não uma reformulação ideológica ou cultural sobre o valor do trabalho em si, que é o que a questão procura destacar.
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reforma higienista, que combateu o caráter excessivo e insalubre do trabalho fabril.O movimento higienista focou na melhoria das condições de trabalho, lidando diretamente com problemas de saúde e segurança no ambiente fabril. No entanto, esse argumento está mais relacionado à regulamentação das condições de trabalho do que à mudança de perspectiva sobre o seu significado e valor na vida moderna. A questão é sobre a transformação da ética e da mentalidade relativa ao trabalho, que é melhor ilustrada pela alternativa correta.
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Reforma Protestante, que expressou a importância das atividades laborais no mundo secularizado.Correto! A Reforma Protestante, especialmente através das ideias de figuras como Martinho Lutero e João Calvino, reconfigurou a visão sobre o trabalho. A ética protestante trouxe a ideia de que o trabalho tinha um importante valor intrínseco e era uma forma de serviço a Deus. Essa abordagem teve um grande impacto na mentalidade moderna em direção à ética do trabalho, legitimando-o como um fim por si mesmo e essencial para a vida ética e produtiva na sociedade secularizada.
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visão do catolicismo, que, desde a Idade Média, defendia a dignidade do trabalho e do lucro.A visão católica tradicional valorizou o trabalho, mas com uma abordagem mais contemplativa e espiritual, focando na dignidade do trabalho como meio de criar uma vida moralmente correta e proveitosa. O impulso para o lucro não era necessariamente celebrado da maneira que a pergunta sugere, especialmente comparado à intensa reinterpretação do trabalho promovida pela ética protestante, que melhor se alinha à procura pela ressignificação do trabalho nas sociedades modernas.
No contexto do pensamento político, a ideia apresentada mostra-se consoante o(a)
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ideal republicano de governo.Esta alternativa está incorreta. O ideal republicano de governo está mais focado em conceitos como a cidadania ativa, a virtude cívica e a participação dos cidadãos na vida pública. A ênfase é em evitar a concentração de poder e em proteger a liberdade e o bem comum, muitas vezes através de mecanismos que garantem a responsabilização dos governantes e a participação do povo. Embora o ideal republicano possa envolver a aceitação de regras de convivência, a descrição dada na questão está mais diretamente relacionada ao contratualismo moderno do que ao republicanismo.
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corrente tripartite dos poderes.Esta alternativa está incorreta. A corrente tripartite dos poderes, ou a separação dos poderes, é uma teoria do governo que divide o poder do estado em três ramos distintos: legislativo, executivo e judiciário. Essa ideia é mais associada ao pensamento de Montesquieu e tem como objetivo evitar a tirania e garantir a liberdade política. Embora a separação dos poderes seja uma característica importante de muitas democracias modernas, ela não se relaciona diretamente com a ideia de cooperação social justa tal como descrito na questão. A questão aborda mais o fundamento normativo de como as regras são aceitas na sociedade, que está mais alinhado ao contratualismo.
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legitimidade do absolutismo monárquico.Esta alternativa está incorreta. O absolutismo monárquico é uma forma de governo na qual o monarca detém poder absoluto e não está sujeito a restrições constitucionais ou legais. Essa forma de governança é frequentemente baseada na crença no direito divino dos reis, ou seja, que o poder do rei é ordenado por Deus, o que contrasta fortemente com a ideia de cooperação social justa onde as regras são aceitas por todos os participantes como apropriadas. A descrição dada na questão sobre a justiça como equidade e aceitação mútua dos termos de cooperação está em forte oposição aos princípios do absolutismo monárquico.
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posicionamento crítico do socialismo.Esta alternativa está incorreta. O socialismo, em geral, critica as injustiças inerentes aos sistemas capitalistas e busca reorganizar a estrutura econômica e social para promover uma distribuição mais equitativa de recursos. Embora algumas formas de socialismo se concentrem na cooperação como um meio para alcançar igualdade, o foco principal do socialismo crítico está na estrutura econômica, o que é diferente do contratualismo que se concentra na legitimidade e aceitação mútua das regras sociais.
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entendimento do contratualismo moderno.Esta alternativa está correta. O contratualismo moderno é uma teoria política que propõe que a legitimidade da autoridade política deriva de um contrato social. Segundo essa visão, indivíduos racionais aceitam regras e normas em sociedade como parte de um acordo mutuamente benéfico. A descrição da sociedade como um sistema de cooperação social, onde as regras são aceitas por todos aqueles que cooperam, está alinhada com a ideia de que as normas sociais emergem do consenso coletivo, um fundamento central da teoria contratualista. Autores como Thomas Hobbes, John Locke e Jean-Jacques Rousseau são importantes representantes dessa tradição, apesar de suas diferentes abordagens e conclusões sobre a natureza do contrato social.
O novo gênero de escrita aludido no texto é o(a)
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carta, que comunica informações para um conhecido.A carta, como meio de comunicação, normalmente é direcionada a um destinatário específico e tem a intenção de informar ou conversar com outra pessoa. Montaigne não estava escrevendo cartas para alguém específico em suas obras mais famosas, mas sim explorando suas próprias ideias e pensamentos. Assim, essa alternativa está incorreta.
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confissão, que relata experiências de transformação.A confissão é um gênero literário que geralmente envolve um relato pessoal e autobiográfico, onde o autor compartilha suas experiências e sentimentos mais profundos, frequentemente relacionados à religião ou moralidade. Embora Montaigne explore assuntos pessoais, ele não está necessariamente fazendo uma "confissão" como um Santo Agostinho fez em suas "Confissões". Portanto, essa não é o gênero correto.
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meditação, que propõe preparações para o conhecimento.Meditação é uma prática ou gênero literário em que o autor reflete profundamente sobre um assunto particular em busca de compreensão ou iluminação. Embora semelhante, Montaigne não estava propondo uma meditação no sentido tradicional. Seu trabalho era mais sobre explorar suas próprias ideias e experiências, de maneira mais livre, sem o objetivo específico de preparação para um conhecimento superior.
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ensaio, que expõe concepções subjetivas de um tema.Essa alternativa está correta. Montaigne é conhecido por criar o gênero "ensaio" em suas obras, onde ele explora subjetivamente diversos temas a partir de sua própria perspectiva pessoal. Os ensaios de Montaigne são conhecidos por sua reflexão introspectiva e confessional, incorporando incertezas e correções no próprio texto, um estilo que passou a ser amplamente adotado na literatura.
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diálogo, que discute assuntos com diferentes interlocutores.A opção que fala sobre o diálogo está incorreta. O diálogo é um gênero literário clássico, especialmente na filosofia grega, onde Platão, por exemplo, usava essa forma para explorar ideias através de conversas entre personagens. Montaigne, no entanto, não estava criando diálogos, mas sim um gênero onde expressava suas ideias e reflexões pessoais, muitas vezes de forma introspectiva e subjetiva.
Acreditamos e proclamamos que: toda criança tem direito fundamental à educação e deve ser dada a oportunidade de atingir e manter o nível adequado de aprendizagem; toda criança possui características, interesses, habilidades e necessidades de aprendizagem que são únicas; sistemas educacionais deveriam ser designados e programas educacionais deveriam ser implementados no sentido de se levar em conta a vasta diversidade de tais características e necessidades. Disponível em: http://portal.mec.gov.br Acesso em: 4 out. 2015.
Como signatário da Declaração citada, o Brasil comprometeu-se com a elaboração de políticas públicas educacionais que contemplem a
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contenção dos gastos.Essa alternativa está incorreta porque a contenção dos gastos não é um objetivo da Declaração de Salamanca. Pelo contrário, a declaração sugere a implementação de sistemas educacionais inclusivos que podem exigir mais investimento para acomodar as necessidades diversas de todos os estudantes. O foco é na inclusão, não na redução de despesas.
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pluralidade dos sujeitos.Essa é a alternativa correta. A Declaração de Salamanca destaca a importância de adaptar o sistema educacional para atender à variedade de características e necessidades de cada criança, o que se traduz em reconhecer a pluralidade dos sujeitos. Isso significa criar ambientes de aprendizagem onde todas as diferenças são respeitadas e valorizadas, promovendo uma educação inclusiva.
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valorização da meritocracia.Essa alternativa está incorreta porque a Declaração de Salamanca não defende a valorização da meritocracia. A meritocracia muitas vezes ignora as diferentes condições de partida dos alunos e, portanto, pode não levar em conta as necessidades específicas e os desafios enfrentados por cada criança. A declaração se foca em garantir que todas as crianças tenham oportunidades de aprender e de prosperar, respeitando suas diferenças individuais.
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criação de privilégios.Essa alternativa está incorreta, pois a criação de privilégios vai contra o princípio de igualdade e inclusão proposto pela Declaração de Salamanca. A declaração visa promover oportunidades iguais para todos, respeitando a diversidade e as necessidades únicas de cada criança, em vez de estabelecer privilégios para alguns.
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padronização do currículo.Essa alternativa está incorreta. A Declaração de Salamanca enfatiza a necessidade de sistemas educacionais que respeitem a diversidade das características e necessidades individuais de cada criança. A padronização do currículo não se alinha com essa ideia, pois se refere a um currículo homogêneo que pode desconsiderar as diferenças entre os alunos e, portanto, não atende ao compromisso de inclusão e diversidade abordado pela Declaração.
Os meus pensamento são todos sensações.
Penso com os olhos e com os ouvidos
E com as mãos e os pés
E com o nariz e a boca. PESSOA, F. O guardados de rebanhos - IX. In: GOLHOZ, M. A. (Org.). Obras poéticas. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1999 (fragmento). TEXTO II
Tudo aquilo que sei do mundo, mesmo por ciência, eu sei a partir de uma visão minha ou de uma experiência do mundo sem a qual os símbolos da ciência não poderiam dizer nada.
MERLEAU-PONTY, M. Fenomenologia da percepção. São Paulo: Martins Fontes, 1999 (adaptado).
Os textos mostram-se alinhados a um entendimento acerca da ideia de conhecimento, numa perspectiva que ampara a
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valorização do corpo na apreensão da realidade.Esta alternativa está correta. A valorização do corpo na apreensão da realidade é a perspectiva que mais se alinha aos textos apresentados. O texto de Pessoa fala sobre pensar com os sentidos, e Merleau-Ponty destaca a percepção e experiência como base para o conhecimento. Isso indica uma valorização do corpo e da experiência sensorial na construção do conhecimento, em vez de uma primazia da razão ou lógica.
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anterioridade da razão no domínio cognitivo.Esta alternativa está incorreta. A anterioridade da razão no domínio cognitivo é uma definição tipicamente racionalista, que valoriza a razão como primária e fundamental na aquisição de conhecimento. Textos de Merleau-Ponty e do heterônimo de Pessoa (Alberto Caeiro) valorizam a percepção sensorial e a experiência do mundo como fundamentais para o conhecimento, não a razão como anterior ou superior.
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possibilidade de contemplação de verdades atemporais.Essa alternativa está incorreta. A possibilidade de contemplação de verdades atemporais sugere que certas verdades são universais e independem de contexto. No entanto, os textos enfatizam o papel da experiência e a percepção subjetiva na construção do conhecimento, o que está em desacordo com a ideia de que há verdades imutáveis e abstratas conhecíveis sem contexto ou experiência sensorial específica.
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verificabilidade de proposições no campo da lógica.Essa alternativa está incorreta. Verificabilidade de proposições no campo da lógica refere-se à capacidade de se determinar se uma afirmação é verdadeira ou falsa através de métodos lógicos e empíricos, o que está relacionado a uma concepção mais racionalista e analítica do conhecimento. Nos textos citados, o foco não é na lógica ou na razão, mas sim na experiência sensorial e concreta como base do conhecimento.
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confirmação da existência de saberes inatos.Esta alternativa está incorreta. A confirmação da existência de saberes inatos remete a ideias de que certas verdades ou conhecimentos são inerentes ao ser humano, sem a necessidade de experiência externa. Este não é o foco dos textos, que sugerem que o conhecimento é obtido através das experiências sensoriais e subjetivas. Portanto, não sustentam a ideia de saberes inatos, mas sim da construção do conhecimento a partir da percepção sensorial.
No fragmento, Aristóteles promove uma reflexão que associa dois elementos essenciais à discussão sobre a vida em comunidade, a saber:
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Ética e política, pois conduzem à eudaimonia.Essa opção está correta. Aristóteles associa a vida em comunidade com a busca por um bem maior, algo diretamente relacionado à ética e à política. Em sua filosofia, a política é a ciência que visa o bem supremo em uma cidade-estado, e a ética é o estudo do que é bom para o indivíduo. Quando combinados, eles conduzem à eudaimonia, ou felicidade plena e realização humana, que é o objetivo final da vida humana e da organização da vida comunitária para Aristóteles.
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Geração e corrupção, pois abarcam o campo da physis.Essa opção está incorreta. Geração e corrupção são conceitos que Aristóteles aborda dentro do campo da physis (ou natureza), referindo-se ao processo natural de mudança, crescimento, e desaparecimento das coisas. No contexto do texto citado, Aristóteles está se referindo mais a como a comunidade política organiza-se em busca do bem comum, e a discussão está concentrada na ética e política, não nos processos naturais de geração e corrupção.
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Metafísica e ontologia, pois tratam da filosofia primeira.Essa opção está incorreta porque Aristóteles não está tratando de temas referentes à metafísica ou ontologia no trecho em questão. A metafísica lida com a realidade além do mundo físico e busca compreender a natureza do ser, algo que não é o foco da discussão nesse momento. Aqui, ele está mais concentrado nas ações humanas e na organização comunitária para o bem comum, elementos diretamente ligados à ética e política.
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Democracia e sociedade, pois se referem a relações sociais.A opção que menciona democracia e sociedade está incorreta. Aristóteles está discutindo a vida em comunidade e sobre o bem comum, mas não está diretamente associando isso à democracia. Embora a democracia seja uma forma de organização política na sociedade, Aristóteles frequentemente expressava-se com críticas em relação a formas puras de governo como democracia. No contexto do excerto, ele está mais preocupado com a finalidade e o bem que a comunidade, em sua forma mais perfeita, busca, que é um conceito mais amplo do que a democracia em si.
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Retórica e linguagem, pois cuidam dos discursos na ágora.A menção à retórica e linguagem está incorreta neste contexto. A retórica, em Aristóteles, refere-se à arte de persuadir, importante na política e na vida pública grega. No entanto, o trecho em questão está focado na finalidade das comunidades e no bem maior, não nos métodos de discurso ou persuasão na ágora. A ênfase está no aspecto ético e político, não lingüístico ou retórico.
Os representantes do povo francês, reunidos em Assembleia Nacional, tendo em vista que a ignorância, o esquecimento ou o desprezo dos direitos do homem são as únicas causas dos males públicos e da corrupção dos Governos, resolveram declarar solenemente os direitos naturais, inalienáveis e sagrados do homem, a fim de que esta declaração, sempre presente em todos os membros do corpo social, lhes lembre permanentemente seus direitos e seus deveres; a fim de que os atos do Poder Legislativo e do Poder Executivo, podendo ser a qualquer momento comparados com a finalidade de toda a instituição política, sejam por isso mais respeitados; a fim de que as reivindicações dos cidadãos, doravante fundadas em princípios simples e incontestáveis, se dirijam sempre à conservação da Constituição e à felicidade geral. Disponível em: www.direitoshumanosusp.com.br Acesso em: 7 jun. 2018 (adaptado).
Esse documento, elaborado no contexto da Revolução Francesa, reflete uma profunda mudança social ao estabelecer a
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paridade do tratamento jurídico.A opção que menciona a "paridade do tratamento jurídico" está correta. A Declaração de Direitos do Homem e do Cidadão de 1789 é um documento fundamental da Revolução Francesa que proclama os direitos universais do ser humano, independentemente de classe ou status social. Ele estabelece que todos os cidadãos são iguais perante a lei e têm os mesmos direitos civis, eliminando distinções legais baseadas em critérios anteriores da sociedade de ordens. Isso representou uma mudança significativa, trazendo a ideia de igualdade jurídica, que antes não era aplicada devido às diferenças entre nobreza, clero e o terceiro estado.
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supressão do poder constituinte.A "supressão do poder constituinte" não faz sentido em relação à Declaração de Direitos do Homem e do Cidadão de 1789. Na verdade, a Revolução Francesa foi um movimento que buscou estabelecer uma nova constituição, rompendo com o antigo regime absolutista. A Assembleia Nacional Constituinte, responsável pelo documento, buscava justamente definir e resguardar os novos direitos e estruturas de poder em uma Constituição.
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falência da sociedade burguesa.A "falência da sociedade burguesa" está incorreta. Pelo contrário, a Revolução Francesa e documentos como a Declaração de Direitos do Homem e do Cidadão marcaram um fortalecimento do poder burguês, ao abolir privilégios da nobreza e clero e ao estabelecer princípios de igualdade jurídica e direitos civis que beneficiaram amplamente a burguesia. O documento foi crucial na transição de uma sociedade feudal para um sistema de Estado moderno e burguês.
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manutenção das terras comunais.A ideia de "manutenção das terras comunais" não é um ponto tratado na Declaração de 1789 e, portanto, está incorreta. O documento não se concentra em aspectos econômicos específicos ou a manutenção de práticas agrícolas, mas na afirmação de direitos universais e igualdade perante a lei. Na época, muitas das terras comunais estavam, de fato, sendo repartidas como parte de outras transformações econômicas e sociais impulsionadas pela Revolução.
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abolição dos partidos políticos.A "abolição dos partidos políticos" não é uma proposição que a Declaração de Direitos do Homem e do Cidadão aborda. O documento concentra-se nos direitos fundamentais e na igualdade perante a lei e não menciona a existência ou abolição de partidos políticos. De fato, a ideia de partidos políticos como os entendemos hoje só se desenvolveria plenamente mais tarde.
Naquele contexto, a emergência do sistema de governo mencionado no excerto promoveu o(a)
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participação no exercício do poder.Esta é a alternativa correta. A democracia ateniense do século V a.C. era justamente caracterizada pela participação direta dos cidadãos no processo de tomada de decisões políticas. Essa participação no exercício do poder é a essência da democracia direta, onde os cidadãos podiam votar e influenciar diretamente as eleições de suas cidades.
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campanha pela revitalização das oligarquias.Esta alternativa está incorreta. Ao contrário, o surgimento da democracia direta em Atenas foi uma oposição às oligarquias, que concentravam poder nas mãos de poucos. O ideal democrático era expandir a participação e o poder aos cidadãos, não revitalizar as oligarquias.
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competição para a escolha de representantes.Esta alternativa está incorreta. A democracia ateniense era uma democracia direta, ou seja, as decisões eram tomadas diretamente pelos cidadãos, em assembleias. Portanto, não havia competição para a escolha de representantes, como ocorre em democracias representativas modernas.
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estabelecimento de mandatos temporários.Esta alternativa está parcialmente correta, pois, em Atenas, os cargos públicos eram ocupados por um tempo determinado e, muitas vezes, selecionados por sorteio para impedir o acúmulo de poder. Contudo, essa característica é secundária em relação à característica fundamental que é a participação direta dos cidadãos no governo.
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declínio da sociedade civil organizada.Esta alternativa está incorreta. Na democracia ateniense, a emergência do sistema de democracia direta não provocou o declínio da sociedade civil organizada. Na verdade, a participação direta dos cidadãos nas decisões políticas é um sinal de uma sociedade civil ativa e envolvida.
Segundo o autor, qual é a origem do conhecimento humano?
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A vivência dos fenômenos do mundo.Esta é a alternativa correta. Na visão de Hume, a origem do conhecimento humano é a vivência dos fenômenos do mundo, ou seja, a experiência. Ele acredita que todas as ideias derivam das impressões, que são nossas experiências diretas e sensíveis. Esse é o cerne do seu empirismo, que coloca a experiência sensorial no centro da aquisição de conhecimento.
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O estudo das tradições filosóficas.Incorreta. Embora o estudo de tradições filosóficas possa enriquecer nosso entendimento, Hume não vê isso como a origem do conhecimento. Ele distingue entre "relações de ideias" (verdades necessárias conhecidas por raciocínio) e "questões de fato" (conhecimento do mundo empírico), sendo o último derivado da experiência direta do mundo, e não de tradições ou estudos filosóficos.
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A potência inata da mente.Incorreta. Hume é conhecido por criticar a ideia de conhecimento inato — ou seja, conhecimentos e ideias que já estariam presentes na mente no nascimento. Para ele, o conhecimento vem principalmente da experiência sensorial. Ele acreditava que sem a experiência empírica, a mente não poderia formar ideias ou compreender causas e efeitos no mundo.
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A revelação da inspiração divina.Incorreta. Hume, um empirista, não apoia a ideia de que o conhecimento verdadeiro vem da inspiração divina ou revelação. Ele argumenta que nosso conhecimento do mundo é baseado na experiência sensorial e na observação, não em insights divinos ou espirituais.
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O desenvolvimento do raciocínio abstrato.Essa alternativa está incorreta. Segundo Hume, o conhecimento humano não se origina meramente do raciocínio abstrato. Embora o raciocínio seja uma capacidade importante da mente humana, Hume argumenta que ele não é suficiente para formar conhecimento sobre o mundo. Ele enfatiza a experiência como a principal fonte de conhecimento, não a abstração ou dedução a priori.
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