Questões sobre Hans Jonas
Questão 1
Na cultura grega e em algumas correntes filosóficas, existe a crença de que cada homem, ao nascer, já traz o seu destino marcado, e regido por uma lei prévia de causa-efeito. Se aceitarmos esse determinismo, estaremos negando, em parte, a essência do homem. Por quê?
Porque impediria o homem de exercer outro dos seus constitutivos essenciais que é a sociabilidade.
Porque suprimiria, em cada indivíduo humano, todas as condições que garantem seu direito de ir e vir.
Porque tal determinismo nega a existência da liberdade – um dos constitutivos essenciais da natureza humana.
Porque tal condição tornaria o homem escravo dos ditames das religiões, costumes e heranças.
Porque tornaria o homem escravo das leis coercitivas do Direto positivo, mesmo sem causa.
Questão 2
Em seu livro, Técnica, Medicina e Ética, o filósofo Hans Jonas faz uma análise das existentes relações entre a ciência, a técnica, a ética e a natureza. Na avaliação do filósofo, a ciência e a técnica modernas desenvolveram-se de tal maneira independente que acabaram se distanciando do fenômeno da vida e de certa reflexão crítica sobre o seu próprio atuar. Hans Jonas indica ainda que esse distanciamento que opõe, de um lado a ciência e a técnica, e de outro o fenômeno da vida, legaria um problema que teria de ser enfrentado pela filosofia contemporânea e, nesse caso, pela ética.
Com base nos seus conhecimentos sobre o tema, assinale a alternativa CORRETA.
Segundo considera Hans Jonas, os perigos da técnica moderna são muito preocupantes uma vez que são capazes de causar danos permanentes à vida futura, o que leva o filósofo a afirmar que a ética da responsabilidade deveria servir para impedir e restringir toda forma de pesquisa científica e de avanço tecnológico.
Para Hans Jonas, o avanço da ciência e da técnica é a única maneira de se garantir a continuidade da vida e da natureza, de tal modo que é preciso confiar todo nosso futuro aos progressos técnicos e científicos para que esses consigam preservar da melhor maneira a vida futura.
Muito embora a técnica moderna seja capaz de causar danos à natureza, Hans Jonas afirma que a ética deve ser responsável por indicar os melhores caminhos para a ação humana, mas nunca poderá apresentar nenhuma forma de restrição à atividade científica.
A proposta de uma ética da responsabilidade é formulada tendo por base a necessidade de se restringir as ações e os avanços da ciência e da técnica modernas com base em um princípio de preservação da vida futura, sendo que tanto a ciência quanto a técnica não devem progredir sem antes refletir sobre os danos que poderiam ser causados à vida.
Conforme afirma Hans Jonas, em decorrência do maior controle e domínio da ciência e da técnica sobre a natureza, é preciso que a ética sirva como um ponto de reflexão crítica sobre quais os rumos futuros que serão tomados com relação à manutenção da vida, de tal modo que a ética tenha de ser científica para realizar tal reflexão.
Questão 3
“Começaremos por dizer algo para esclarecer os conceitos: “responsabilidade” não é o mesmo que “obrigação” em geral, mas um caso especial dela. A obrigação pode subjazer a uma conduta mesma, a responsabilidade vai mais além dela, tem uma referência externa”. No livro Técnica, Medicina e Ética: sobre a prática do Princípio Responsabilidade, o filósofo Hans Jonas analisa quais são os limites do desenvolvimento científico e de que modo os próprios cientistas devem se comportar com relação à autocensura da pesquisa.
De acordo com os seus conhecimentos sobre o tema e baseando-se no livro mencionado, é CORRETO afirmar que
segundo Hans Jonas, uma vez que a natureza não tem valores éticos em si mesma, não é exigível que os cientistas tenham um posicionamento crítico e ético, dado que o desenvolvimento das ciências depende mais de uma relação com a natureza do que com os campos filosóficos.
para Hans Jonas, a pesquisa científica, por lidar com um poder técnico capaz de produzir o aniquilamento da vida, tem não só uma obrigação, no sentido interno de seu trabalho, mas uma responsabilidade, no sentido externo, com os limites de seu desenvolvimento e com os alcances práticos que ela pode obter.
conforme aponta Hans Jonas, não se pode esperar que os cientistas tenham uma tomada de consciência sobre suas responsabilidades, de tal modo que é necessário que existam leis que restrinjam os avanços científicos com vistas a frear a destruição do meio ambiente.
o pesquisador científico, na perspectiva de Hans Jonas, não pode ser submetido a nenhum tipo de análise ética em sua pesquisa, uma vez que o único elemento importante para o trabalho científico é determinado pela própria ciência.
a técnica moderna e os cientistas precisam encontrar um ponto de equilíbrio em que a responsabilidade ética seja apresentada como um importante valor para definir os limites da ciência; nesse sentido, os cientistas precisarão abandonar a objetividade da ciência em prol de uma análise mais subjetiva com vistas a obter esse fundamento ético.
Questão 4
Ao analisar os valores éticos que serão importantes para o futuro no livro Técnica, Medicina e Ética, o filósofo Hans Jonas estabelece a necessidade de se perceber a relevância da responsabilidade com relação à técnica: “Com a aparição de uma possível tarefa para a responsabilidade e a mais ampla pergunta, implícita nela, de até que ponto podemos nos permitir amanhã a permissiva sociedade de hoje, passamos de mores à moralia, do costume à moralidade e suas obrigações, e nos aproximamos ao mesmo tempo das exigências mais concretas do futuro tecnológico”.
Com base no texto apontado e de acordo com os seus conhecimentos sobre o tema, assinale a alternativa CORRETA.
Conforme posiciona-se Hans Jonas, a ética da responsabilidade, que visa estabelecer uma nova relação entre os valores éticos e os limites do uso da técnica moderna, não pode influenciar, no entanto, a liberdade humana, uma vez que é a própria liberdade que torna possível toda forma de consideração ética.
Para Hans Jonas, muito embora o desenvolvimento da técnica possa ser uma ameaça para a vida, não se pode deixar com que o temor anule os progressos científicos, de modo que é necessário manter uma perspectiva positiva com relação aos avanços da técnica.
A técnica moderna, segundo Hans Jonas, é baseada no avanço científico e na produção de inovações que visam melhorar a vida humana; neste sentido, cabe ao homem usufruir da natureza ao máximo para obter as mais vantajosas condições de vida para os próprios seres humanos.
Segundo considera Hans Jonas, a ética da responsabilidade afirma que é preciso estipular um controle restritivo de todas as formas de utilização de tecnologia, de modo que a diminuição dos avanços tecnológicos produza, por consequência, a proteção do meio ambiente.
Em decorrência dos avanços da técnica e da permissividade da sociedade atual, que consome os recursos naturais de forma desenfreada, o sentimento de temor produz, para Hans Jonas, a necessidade de se atentar para o princípio de responsabilidade como um importante valor ético a ser considerado para o futuro.
Questão 5
Hans Jonas, na obra O Princípio Responsabilidade, afirma que “sob o signo da tecnologia, a ética tem a ver com ações de um alcance causal que carece de precedentes (…); tudo isso coloca a responsabilidade no centro da ética)”
(JONAS, 1995, p.16-17).
A esse respeito, podemos considerar que Jonas compreende o “princípio responsabilidade” como um princípio
relativista, porque considera cada indivíduo responsável apenas pela sua própria conduta.
hipotético, que é válido exclusivamente para pensarmos as ações humanas.
que não é voltado exclusivamente para a ética humana, mas que baliza a conduta humana sobre a natureza em geral.
ético, voltado exclusivamente para a conduta humana presente.
responsável apenas pelas gerações atuais, desinteressado pela vida futura da humanidade e da natureza.
Questão 6
Hans Jonas, na obra “O Princípio Responsabilidade”, formulou um novo e característico imperativo categórico, relacionado a um novo tipo de ação humana: “Age de tal forma que os efeitos de tua ação sejam compatíveis com a permanência de uma vida humana autêntica sobre a terra”
(JONAS, 2006, p. 48).
A este respeito, assinale a alternativa CORRETA.
O importante é viver o presente sem se importar com o futuro da humanidade.
Podemos deduzir que Hans Jonas propõe que o importante é o bem do indivíduo e não a coletividade futura.
A ação de cada indivíduo não influencia na coletividade.
O imperativo proposto por Hans Jonas é de ordem racional, para um agir coletivo como um bem público e não individual.
Podemos deduzir que não é importante a permanência da vida humana sobre a terra.
Questão 7
Leia o fragmento a seguir:
“O imperativo categórico de Kant dizia: ‘Aja de modo que tu também possas querer que tua máxima se torne lei geral’. Aqui, o ‘que tu possas’ invocado é aquele da razão e de sua concordância consigo mesma: a partir da suposição da existência de uma sociedade de atores humanos (seres racionais em ação), a ação deve existir de modo que possa ser concebida, sem contradição, como exercício geral da comunidade. Chame-se atenção aqui para o fato de que a reflexão básica da moral não é propriamente moral, mas lógica: o ‘poder’ ou ‘não poder’ querer expressa autocompatibilidade ou incompatibilidade, e não aprovação moral ou desa-provação. Mas não existe nenhuma contradição em si na ideia de que a humanidade cesse de existir, e des-sa forma também nenhuma contradição em si na ideia de que a felicidade das gerações presentes e seguin-tes possa ser paga com a infelicidade ou mesmo com a não-existência de gerações pósteras – tampouco, afinal, com a ideia contrária, de que a existência e a felicidade das gerações futuras seja paga com a infelici-dade e mesmo com a eliminação parcial da presente. O sacrifício do futuro em prol do presente não é logi-camente mais refutável do que o sacrifício do presente a favor do futuro”.
“O imperativo categórico de Kant dizia: ‘Aja de modo que tu também possas querer que tua máxima se torne lei geral’. Aqui, o ‘que tu possas’ invocado é aquele da razão e de sua concordância consigo mesma: a partir da suposição da existência de uma sociedade de atores humanos (seres racionais em ação), a ação deve existir de modo que possa ser concebida, sem contradição, como exercício geral da comunidade. Chame-se atenção aqui para o fato de que a reflexão básica da moral não é propriamente moral, mas lógica: o ‘poder’ ou ‘não poder’ querer expressa autocompatibilidade ou incompatibilidade, e não aprovação moral ou desa-provação. Mas não existe nenhuma contradição em si na ideia de que a humanidade cesse de existir, e des-sa forma também nenhuma contradição em si na ideia de que a felicidade das gerações presentes e seguin-tes possa ser paga com a infelicidade ou mesmo com a não-existência de gerações pósteras – tampouco, afinal, com a ideia contrária, de que a existência e a felicidade das gerações futuras seja paga com a infelici-dade e mesmo com a eliminação parcial da presente. O sacrifício do futuro em prol do presente não é logi-camente mais refutável do que o sacrifício do presente a favor do futuro”.
(JONAS, Hans. O Princípio Responsabilidade: ensaio de uma ética para a civilização tecnológica. Rio de Janeiro: Contraponto, 2006, p. 47).
Considerando esta passagem, é CORRETO afirmar que Hans Jonas:
preserva o imperativo categórico de Kant, pois o imperativo da responsabilidade assume a caracte-rística de universalidade de forma hipotética, não prática.
preserva o imperativo categórico de Kant, pois a ética deve tratar exclusivamente de seres humanos.
preserva o imperativo categórico de Kant, uma vez que o imperativo da responsabilidade é voltado apenas para o momento.
modifica o imperativo categórico de Kant porque, segundo Kant, a ética trata exclusivamente da civi-lização tecnológica.
modifica o imperativo categórico de Kant, considerando que podemos arriscar a nossa própria vida para proteger a humanidade futura.
Questão 8
Leia o trecho abaixo sobre o pensamento de Hans Jonas e assinale a alternativa correlata quanto ao seu sentido e implicações.
“A marca distintiva do ser humano, de ser o único capaz de ter responsabilidade, significa igualmente que ele deve tê-la pelos seus semelhantes, eles próprios, potenciais sujeitos de responsabilidade, e que realmente ele sempre a tem, de um jeito ou de outro: a faculdade para tal é a condição suficiente para a sua efetividade. Ser responsável efetivamente por alguém ou por qualquer coisa em certas circunstâncias (mesmo que não assuma e nem reconheça tal responsabilidade) é tão inseparável da existência do homem quanto o fato de que ele seja genericamente capaz de responsabilidade da mesma maneira que lhe é inalienável a sua natureza falante, característica fundamental para a sua definição, caso deseje empreender essa duvidosa tarefa”
“A marca distintiva do ser humano, de ser o único capaz de ter responsabilidade, significa igualmente que ele deve tê-la pelos seus semelhantes, eles próprios, potenciais sujeitos de responsabilidade, e que realmente ele sempre a tem, de um jeito ou de outro: a faculdade para tal é a condição suficiente para a sua efetividade. Ser responsável efetivamente por alguém ou por qualquer coisa em certas circunstâncias (mesmo que não assuma e nem reconheça tal responsabilidade) é tão inseparável da existência do homem quanto o fato de que ele seja genericamente capaz de responsabilidade da mesma maneira que lhe é inalienável a sua natureza falante, característica fundamental para a sua definição, caso deseje empreender essa duvidosa tarefa”
(JONAS, 2006, p. 175-176).
Entende-se que a Heurística do Medo não é um medo paralisante e nem um medo patológico, mas sim, um medo que desperta para o pensar e para o agir.
Nota-se que não devemos ver a destruição física da humanidade como sendo algo mais catastrófico. Se chegamos a esse ponto é porque houve uma morte essencial, uma grande desconstrução e crise do ser com o meio.
Entende-se que a Heurística do Medo não é um medo paralisante e nem um medo patológico, mas sim, um medo que desperta para o pensar e para o agir.
Compreende-se que Hans Jonas nega as premissas da ética tradicional e busca uma ponderação sobre o significado das mudanças sociais e econômicas para a nossa condição moral.
Fica claro que o imperativo de Kant é um caso extremo da ética da intenção, obedecendo à ação individual, válido no plano individual.
Percebe-se que existe um Dever implícito de forma muito concreta no Ser, com obrigações objetivas sob a responsabilidade externa, como, por exemplo, a Responsabilidade Paterna.
Questão 9
Leia o texto a seguir.
A civilização tecnológica é definitivamente paradoxal e pensá-la como tal implica estar atento ao duplo sentido imposto pela questão: em primeiro lugar, entender que, efetivamente, as “maravilhas” proporcionadas pela técnica são tanto deslumbrantes como úteis à vida civilizada atual; em segundo, considerar que este deslumbramento, fruto da inteligência humana e impulsionado pela economia de mercado, tem um preço a ser contabilizado, ou seja, o excesso de sucesso da civilização da técnica é problemático, pois nos expõe a riscos imponderáveis, o que levou Hans Jonas a eleger a “heurística do temor” como o sentimento fundador da responsabilidade e essa com força capaz de moldar um imperativo ético para este novo tempo.
A civilização tecnológica é definitivamente paradoxal e pensá-la como tal implica estar atento ao duplo sentido imposto pela questão: em primeiro lugar, entender que, efetivamente, as “maravilhas” proporcionadas pela técnica são tanto deslumbrantes como úteis à vida civilizada atual; em segundo, considerar que este deslumbramento, fruto da inteligência humana e impulsionado pela economia de mercado, tem um preço a ser contabilizado, ou seja, o excesso de sucesso da civilização da técnica é problemático, pois nos expõe a riscos imponderáveis, o que levou Hans Jonas a eleger a “heurística do temor” como o sentimento fundador da responsabilidade e essa com força capaz de moldar um imperativo ético para este novo tempo.
(FONSÊCA, F. O. Hans Jonas: a tecnologia na senda da responsabilidade ética. In: SANTOS, R; OLIVEIRA, J; ZANCANARO, L. Ética para a civilização tecnológica: em diálogos com Hans Jonas. São Paulo: Centro Universitário São Camilo, 2011. p.250.)
Com base no texto e nos conhecimentos acerca de Hans Jonas, assinale a alternativa correta.
A ciência e a tecnologia contemporâneas podem ameaçar a sobrevivência da vida humana em caso de descontrole; neste sentido a responsabilidade como paradigma ético pode reeducar a civilização tecnológica, aconselhando seu agir.
O projeto técnico da modernidade assenta-se na ideia de que a técnica é fraca diante da necessidade, isso significa que o ciclo da natureza é imodificável pelos seres humanos, sendo as normas construídas sob a égide da natureza.
A base teórica da ética da responsabilidade é o utopismo desenvolvido pelo marxismo, que evoca a fé no homem do futuro em detrimento do atual, para poder com ele concretizar o projeto utópico através da revolução.
A ética da responsabilidade, para superar as contradições da civilização da tecnologia, move-se a partir do sentimento de esperança da ética da perfectibilidade de Ernst Bloch, bem como da ética racional despreocupada com a aplicabilidade.
A ética tradicional e a técnica moderna, que se relacionam com a ideia de progresso e com o ideal de dominação da natureza de Francis Bacon, servem de fundamentação filosófica e epistemológica à ética de responsabilidade.
Questão 10
Na obra O princípio responsabilidade, Hans Jonas propõe um ensaio de uma ética para a civilização tecnológica. Entre as principais teses defendidas pelo autor destacam-se:
I. Todas as éticas até hoje partilharam de alguns pressupostos em comum, tais como: a natureza humana e extra-humana eram consideradas imodificáveis pelo agir; todas as éticas foram essencialmente antropocêntricas; e a responsabilidade da ação humana limitava-se ao tempo presente.
II. Enquanto no passado a natureza humana e extrahumana eram invioláveis pela capacidade do poder tecnológico, a técnica moderna coloca em perigo a autenticidade da vida futura.
III. Ninguém pode ser responsabilizado pelos efeitos involuntários posteriores de um ato bem intencionado.
IV. A natureza deve, sobretudo, ser protegida porque, sem ela, o homem não poderá assegurar a sua sobrevivência.
V. O homem, com o poder da técnica moderna, passou a figurar como um objeto da própria técnica, perdendo sua autonomia, ou seja, o homo faber passou a dominar o homo sapiens.
I. Todas as éticas até hoje partilharam de alguns pressupostos em comum, tais como: a natureza humana e extra-humana eram consideradas imodificáveis pelo agir; todas as éticas foram essencialmente antropocêntricas; e a responsabilidade da ação humana limitava-se ao tempo presente.
II. Enquanto no passado a natureza humana e extrahumana eram invioláveis pela capacidade do poder tecnológico, a técnica moderna coloca em perigo a autenticidade da vida futura.
III. Ninguém pode ser responsabilizado pelos efeitos involuntários posteriores de um ato bem intencionado.
IV. A natureza deve, sobretudo, ser protegida porque, sem ela, o homem não poderá assegurar a sua sobrevivência.
V. O homem, com o poder da técnica moderna, passou a figurar como um objeto da própria técnica, perdendo sua autonomia, ou seja, o homo faber passou a dominar o homo sapiens.
Estão corretas APENAS as assertivas:
III, IV e V.
I, II e III.
I, II e IV.
I, II e V.
I, III e V.
Questão 11
No dia 20 de junho de 2012, a estudante Brittany Trilford, neozelandesa de 17 anos, fez um apelo aos chefes de Estado e governo que se reuniram na Rio+20. Dizia ela: “Estamos todos conscientes de que o relógio está batendo e o tempo passando rapidamente. Vocês têm 72 horas para decidir o futuro de suas crianças, minhas crianças e netos. E eu dou a partida no relógio agora…tic tac, tic tac…”
Fonte: http://imguol.com/2012/06/20/20jun2012. Acesso em 24 de junho de 2012.
Considere a declaração da estudante e o pensamento dos filósofos abaixo indicados. Marque, em seguida, a alternativa CORRETA.
Ao se preocupar com a passagem do tempo a estudante faz lembrar Rousseau. Segundo este filósofo, a bondade do homem se deteriora com o tempo.
A estudante se reconhece capaz de transformar a vida das futuras gerações, o que equivale à afirmação de Sócrates de que a sabedoria está no reconhecimento da ignorância.
O apelo feito pela estudante se aproxima da ideia do filósofo Hans Jonas, que, em sua obra O princípio responsabilidade: ensaio de uma ética para a civilização tecnológica defende uma ação ética que sempre deve levar em consideração as futuras gerações.
Não existe nenhuma relação entre o apelo da estudante e as teorias filosóficas dos autores indicados, pois sistemas filosóficos em nada têm a ver com o meio ambiente e responsabilidade sobre ele.
Da afirmação de Brittany Trilford infere-se que o que está sendo feito para modificar a realidade ambiental é suficiente para garantir o futuro sustentável das próximas gerações.