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Questões sobre conceito de conhecimento de Platão
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I → Que ele encontre outras pessoas que acreditem na vida extraterrestre.
II → Que ele disponha de boas evidências da existência de vida fora da terra.
III → Que a crença de que extraterrestres existem seja verdadeira.
IV→Que ele tenha certeza subjetiva acerca da existência de extraterrestres.
Está(ão) correta(s)
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I, II, III e IV.Esta alternativa sugere que todas as condições apresentadas são corretas, o que não está certo. Embora encontrar pessoas que compartilham a mesma crença (condição I) ou ter certeza subjetiva (condição IV) possam reforçar o sentimento pessoal de Antônio sobre o que ele acredita, isso não transforma a crença em conhecimento. O conhecimento requer mais do que consenso ou convicção pessoal—ele demanda verdade e justificação. Estas são representadas pelas condições II e III. Por isso, esta alternativa está incorreta.
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apenas I e IV.Apenas encontrar outras pessoas que acreditam no mesmo que Antônio (condição I) não transforma sua crença em conhecimento, da mesma forma que compartilhar uma mesma opinião em um grupo não a torna verdadeira ou baseada em evidências. Além disso, a certeza subjetiva (condição IV) não é um critério objetivo o suficiente para delinear conhecimento, porque ela poderia estar equivocada. Sem a verdade ou evidências substanciais, as opções I e IV não satisfazem os requisitos para transformar crença em conhecimento. Logo, esta alternativa está incorreta.
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apenas I, III e IV.Para que uma crença se transforme em conhecimento, é necessário que ela seja mais do que mera opinião. Precisamos de justificativa e da verdade. Apenas o fato de Antônio encontrar outras pessoas que compartilham da mesma crença (como na condição I) não é suficiente para validar essa crença como conhecimento. Além disso, mesmo que ele esteja totalmente confiante na sua crença (condição IV), a certeza subjetiva por si só não garante a verdade ou o conhecimento. Portanto, as opções I e IV não satisfazem os critérios tradicionais para transformar crença em conhecimento. Já a crença verdadeira (condição III) é necessária, mas precisa ser apoiada por boas evidências (condição II) para avançar de crença para conhecimento. Por isso, esta alternativa está incorreta.
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apenas II e III.Esta alternativa está correta porque, para que a crença de Antônio na existência de vida fora da Terra se torne conhecimento, duas condições são tradicionalmente necessárias: que a crença seja verdadeira (condição III) e que haja justificativa ou boas evidências para ela (condição II). A combinação de crença verdadeira com evidências sólidas é que constitui a chamada "crença verdadeira justificada", que é um modelo clássico de definição de conhecimento em filosofia.
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apenas II.Apenas dispor de boas evidências (condição II) é uma parte importante do caminho para transformar crença em conhecimento. No entanto, para que a crença de Antônio seja realmente considerada conhecimento, é necessário também que a crença seja verdadeira (condição III). Conhecimento é frequentemente entendido como crença verdadeira justificada. Portanto, esta alternativa está incorreta também por si só.
2 → Creio que Dom Pedro II foi o último imperador do Brasil.
Os conceitos epistêmicos presentes nas frases 1 e 2 estabelecem uma diferença quanto ao grau de
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convicção na verdade de um fato ou evento.Essa é a alternativa correta. A diferença principal entre "sei" e "creio" é o nível de convicção na afirmação. "Sei" implica um conhecimento substancial ou certeza sobre a verdade, enquanto "creio" envolve uma crença ou confiança que pode não ser definitiva ou absoluta. A primeira frase expressa certeza, enquanto a segunda expressa uma opinião ou suposição.
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validade de uma proposição no interior de um sistema de crenças.Essa opção também está incorreta. A validade de uma proposição dentro de um sistema de crenças aborda se ela é aceitável conforme as regras daquele sistema. Mas, no caso apresentado, a diferença é mais centrada no nível de certeza ou compromisso com a verdade da afirmação, não na sua validade formal ou lógica dentro de um sistema de crenças.
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coerência de proposições acerca de eventos históricos.Essa alternativa está incorreta. A coerência de proposições se refere à capacidade das frases de não conterem contradições entre si sobre eventos. A diferença principal entre "saber" e "crer" não é sobre coerência lógica, mas sim sobre o grau de certeza e confiança na afirmação.
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contribuição de partes da proposição para seu sentido.Essa opção está incorreta. Quando falamos sobre "contribuição de partes da proposição para seu sentido", estamos nos referindo à semântica, ou seja, ao significado de cada elemento dentro de uma sentença e como eles interagem para formar o sentido completo. No entanto, a distinção expressa pelas frases está mais relacionada a atitude epistêmica (saber versus crer) do que à análise semântica ou estrutura das proposições.
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vagueza das evidências para comprovação dos eventos ou fatos.Essa alternativa está incorreta. Vagueza das evidências está mais ligada à disponibilidade e clareza de informações para sustentar uma afirmação. Contudo, as frases lidam com o ato de saber ou crer, que não se limita à questão da quantidade ou clareza das evidências, mas sim ao nível de certeza e confiança que o indivíduo atribui ao fato em questão.
Admite-se usualmente que o traço que distingue o conhecimento da crença é a presença de boas razões. Assim, se alguém acredita que há extraterrestres ou descendentes deles vivendo entre os humanos, para que sua crença seja conhecimento, é preciso mostrar boas evidências. Se uma pessoa tem uma crença para a qual não dispõe de boas evidências, essa pessoa não detém conhecimento, mas apenas
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crença religiosa ou profissão de fé.Esta alternativa está incorreta. Crença religiosa ou profissão de fé está relacionada a compromissos espirituais ou valores religiosos, que geralmente são aceitos sem a necessidade de evidências empíricas por serem questões de fé pessoal. Embora a crença em extraterrestres possa, em algumas culturas, ter aspectos quase religiosos, sem evidência ela é melhor categorizada como uma opinião ou convicção subjetiva, em vez de uma expressão religiosa formal.
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princípio ou verdade moral.Esta alternativa está incorreta. Princípios ou verdades morais estão relacionados a valores éticos e normas sobre certo e errado, não à falta de evidências em uma crença. A consideração sobre extraterrestres não se alinha com aspectos morais, mas sim com afirmações sobre a realidade que requerem evidências para serem classificadas como conhecimento.
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opinião ou convicção subjetiva.Esta alternativa está correta. Quando não há boas evidências para sustentar uma crença, identificamos essa crença como uma opinião ou convicção subjetiva. A diferença entre conhecimento e crença meramente subjetiva ou opinião é justamente a justificativa com base em evidências, razão pela qual as opiniões são frequentemente baseadas em percepções pessoais, emoções ou intuições, não em provas objetivas. Nesse contexto, a crença em extraterrestres sem suporte evidencial potencializa-se como opinião ou convicção pessoal.
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sentimento ou princípio estético.Esta alternativa está incorreta. Sentimentos ou princípios estéticos estão relacionados a reações emocionais ou juízos de valor sobre a beleza e a arte, não sobre a veracidade de uma crença sem evidências. A questão dos extraterrestres é uma questão de fato, enquanto os sentimentos estéticos envolvem preferências subjetivas sobre o que se considera belo ou artisticamente significativo.
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falácia ou argumento inválido.Esta alternativa está incorreta. Aqui está-se confundindo o conceito de "falácia" ou "argumento inválido" com a falta de evidências. Falácias são erros de raciocínio em argumentos, enquanto um argumento inválido não segue as regras lógicas adequadas. Não ter boas evidências para uma crença não implica que ela é uma falácia ou que o raciocínio é inválido, apenas que a crença não se qualifica como conhecimento. Não ter evidência suficiente pode indicar um julgamento subjetivo, mas não necessariamente um erro lógico através de falácias ou invalidez do argumento.
De acordo com Platão, o que é conhecimento?
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Uma crença verdadeira e justificada.Essa alternativa está correta. Platão formulou a ideia de que o conhecimento é uma crença verdadeira e justificada. Isso significa que, para realmente sabermos de algo, não basta apenas que seja verdade ou que acreditemos nisso. É preciso também que haja uma justificativa que suporte essa crença. Em outras palavras, é necessário ter um bom motivo ou evidência que conecte a crença à verdade para que ela seja considerada conhecimento.
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Uma opinião.Esta alternativa está incorreta. Platão faz uma distinção clara entre opinião e conhecimento. Para ele, uma opinião pode ser certa ou errada, mas não precisa ser fundamentada em justificação sólida, enquanto o conhecimento exige justificativa e verdade. Opiniões são crenças subjetivas que não necessariamente condizem com a realidade ou são justificadas.
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Uma revelação divina.Esta alternativa está incorreta. Para Platão, o conhecimento não vem de revelações divinas. Embora a inspiração divina pudesse ser considerada uma forma de adquirir certas verdades, Platão enfatiza a importância da razão e da justificativa para se alcançar o conhecimento. Conhecimento, para ele, deve ser algo que pode ser explicado através do raciocínio e não apenas aceito como uma questão de fé ou revelação divina.
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Uma crença verdadeira.Esta é uma alternativa incorreta. Apenas uma crença verdadeira não é suficiente para ser considerada conhecimento segundo Platão. Falta a justificativa, que é crucial em sua definição de conhecimento. Sem justificativa para apoiar a crença verdadeira, ela não pode ser considerada conhecimento.
A partir da pesquisa e dos conhecimentos sobre o conceito platônico de conhecimento, é correto afirmar que
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prevalece entre os brasileiros a exigência de justificação para que uma pessoa possa ter conhecimento.Esta alternativa está incorreta. Platão defende que o conhecimento deve ser justificado, verdadeiro e acreditado, mas a questão apresentada fala de pessoas que acreditaram em fake news. Ou seja, o que ocorre é justamente o oposto da exigência de justificação: as pessoas acreditaram em algo falso sem a devida verificação ou justificativa racional. Isso não se alinha com a visão platônica, que enfatiza a importância da justificativa para alcançar o conhecimento verdadeiro.
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ocorre a prevalência de uma concepção de conhecimento baseado na revelação divina.Esta alternativa está incorreta. Platão não associa o conhecimento à revelação divina, mas sim à razão e à busca pela verdade através da dialética e da reflexão filosófica. Em suas obras, Platão faz uma distinção clara entre opinião (doxa) e conhecimento (episteme), sendo que o verdadeiro conhecimento é justificado, verdadeiro e acreditado. Portanto, não há uma prevalência de concepção de conhecimento baseado em revelação divina segundo o conceito platônico de conhecimento apresentado na questão.
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existe um predomínio do conhecimento proveniente da internet.Esta alternativa está incorreta. A questão não especifica a fonte do conhecimento predominante, mas sim trata do fenômeno de acreditar em notícias falsas, que pode ou não ter relação direta com a internet. Além disso, o conceito platônico de conhecimento não está associado diretamente ao meio pelo qual a informação é recebida, mas sim à forma como se assegura que ela seja justificada e verdadeira. O predomínio da informação proveniente da internet não é uma questão filosófica, mas tecnológica ou sociológica.
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em certa medida, a adoção de uma concepção de conhecimento em que a crença predomina, mesmo na ausência de verdade e justificação.Esta alternativa está correta. Segundo Platão, o conhecimento verdadeiro deve ser composto de crença verdadeira e justificada. No caso das fake news, as pessoas acreditaram em algo que não era verdade e, portanto, faltou um componente essencial do conhecimento: a verdade ou a justificação. Assim, o que se observa é uma crença sem a devida justificação ou verdade, o que vai de encontro à concepção platônica de conhecimento.
Do ponto de vista do conceito tradicional do conhecimento, é possível dizer que:
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O conceito de pós-verdade é uma negação da ideia de conhecimento proposta por Platão.Correta! O conceito de pós-verdade desafia a ideia de conhecimento proposta por Platão, que valorizava a busca por verdades universais e objetivas. Platão defendia que o conhecimento verdadeiro se baseia em ideias ou formas que são objetivas e independem de crenças pessoais ou emoções. A pós-verdade, ao priorizar crenças pessoais e emoções sobre fatos objetivos, nega essa visão tradicional de conhecimento.
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Apelos à emoção são formas válidas de justificar uma crença, pois levam ao conhecimento.Incorreta. Embora apelos à emoção possam ser persuasivos e influenciar opiniões e crenças, eles não fornecem justificativas objetivas para essas crenças. No sentido tradicional do conhecimento, justificativas devem apoiar-se em evidências objetivas, não em emoções, para transformar uma crença em conhecimento.
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O conhecimento tem menos valor do que uma crença.Incorreta. No conceito tradicional de conhecimento, ele é geralmente considerado mais valioso do que meras crenças, porque conhecimento envolve justificação e verdade. Dessa forma, uma crença sem justificativa objetiva suficiente não atinge o status de conhecimento. O valor do conhecimento está justamente na sua capacidade de ser justificado e verdadeiro.
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São os “fatos objetivos” que permitem afirmar se uma pessoa tem ou não conhecimento.Correta! No conceito tradicional de conhecimento, que remonta a filósofos como Platão, o conhecimento é tradicionalmente visto como 'crença verdadeira justificada'. Isso significa que, para se ter conhecimento, é preciso acreditar em algo, esse algo precisa ser verdade, e é preciso haver justificativas para essa crença. Portanto, são os 'fatos objetivos' que cumprem a função de justificativa e verificam a verdade da nossa crença, permitindo afirmar se realmente a temos como conhecimento.
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As crenças pessoais definem o que é ou não conhecimento.Incorreta. As crenças pessoais, desvinculadas de justificativas factuais ou objetivas, não são suficientes para definir o que é conhecimento no sentido filosófico tradicional. O conceito de conhecimento, historicamente, fundamenta-se na tríade crença verdadeira justificada, onde as justificativas objetivas (como fatos e evidências) são fundamentais para transformar uma crença em conhecimento.
Se definirmos conhecimento como “crença verdadeira”, a qual objeção essa definição está sujeita?
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Uma pessoa que possua uma crença verdadeira ainda assim pode não saber aquilo que acredita.Correto. A objeção aqui apontada é que simplesmente ter uma crença verdadeira não é suficiente para chamar de conhecimento, devido à questão da justificação. Por exemplo, se alguém tem uma crença verdadeira por acidente ou sorte, isso geralmente não é visto como verdadeiro conhecimento. Esse é o famoso problema levantado por Edmund Gettier, mostrando que é necessário mais do que apenas uma crença verdadeira para que algo seja conhecimento – precisa também de uma justificativa adequada.
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Existem crenças que são falsas, como a de que unicórnios existem.Essa alternativa está mais focada em confundir crenças em geral com 'crença verdadeira'. A definição de conhecimento como 'crença verdadeira' é justamente para distinguir aquelas crenças que são verdadeiras das que são falsas. Então, o fato de existirem crenças falsas, como em unicórnios, é exterior a essa definição, já que tais crenças não seriam consideradas conhecimento.
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Existem formas de conhecimento que não envolvem crenças, como quando sei que 2 + 2 = 4.Essa objeção está incorreta. Mesmo quando sabemos que 2 + 2 = 4, isso ainda envolve uma crença. É uma crença que temos e que aceitamos como verdadeira com base em provas ou compreensão lógica. A definição de conhecimento como 'crença verdadeira' implica que o conhecimento sempre envolve alguma forma de crença ou aceitação de uma proposição como verdadeira.
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Existe conhecimento falso, não apenas verdadeiro.Incorreto. Conhecimento é geralmente entendido como verdadeiro dentro da epistemologia tradicional. A ideia de 'conhecimento falso' parece contra-intuitiva porque conhecimento implica, pelo menos na teoria tradicional, uma crença que é justificada e verdadeira. Se é falso, não é conhecimento.
Assinale a alternativa INCORRETA.
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Não, porque a crença depende apenas do indivíduo. Já o conhecimento exige que a crença seja verdadeira, o que não depende do indivíduo.Esta resposta está correta. A crença é uma atitude pessoal em relação a uma proposição — nós simplesmente acreditamos em algo sem a necessidade de justificação externa ou prova de sua verdade. Em contrapartida, para que a crença se torne conhecimento, ela precisa ser não apenas verdadeira, mas também justificada por evidências ou razões que vão além da mera convicção pessoal.
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Sim, porque se acreditamos em algo, isso será um conhecimento para nós. Se acredito que Deus existe, então tenho conhecimento disso.Esta é a afirmação incorreta e a resposta correta para a pergunta. A afirmação confunde crença com conhecimento. Acreditar em algo não significa automaticamente que se tem conhecimento sobre isso. O conhecimento requer que a crença não só seja verdadeira, mas também seja justificada de maneira adequada. Assim, acreditar em algo sem justificação e verificação não constitui conhecimento.
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Não, porque as pessoas podem acreditar em algo, mesmo sem saber nada realmente sobre aquilo.Esta afirmação está correta. É possível que as pessoas acreditem fortemente em algo sem ter um conhecimento fundamentado sobre o assunto. Por exemplo, alguém pode acreditar que um remédio específico cura todas as doenças sem ter o conhecimento científico que comprove essa eficácia.
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Não, porque tem a ver com desejos e questões subjetivas, enquanto o conhecimento depende de como o mundo é.Esta afirmação está correta. Conhecimento e crença são conceitos diferentes. A crença é frequentemente influenciada por fatores subjetivos e pessoais, como desejos e emoções, enquanto o conhecimento é mais objetivo e está relacionado a como o mundo realmente é. Assim, algo que alguém acredita pode não refletir necessariamente o estado real do mundo, enquanto o conhecimento é geralmente visto como justificado e verdadeiro.
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