Questões sobre dualismo de Descartes

O dualismo cartesiano afirma a existência de duas substâncias, a res extensa (matéria, corpo) e a res cogitans (espírito, alma, mente).

Assinale a alternativa INCORRETA.

A res extensa possui extensão e é divisível.

O cérebro é considerado uma res cogitans.

O universo da matéria é regido pelas leis da física de forma determinista.

A mente não é a única capaz de ter estados conscientes, como pensamento, desejos, dúvidas.

O espírito está fora das leis da física e possui liberdade.

A questão fundamental da filosofia da mente é “qual a natureza da mente?” Uma das respostas a essa questão é conhecida como dualismo de mente-corpo. Descartes foi um dos defensores mais destacados dessa concepção.

De acordo com o filósofo,

mente e corpo são duas substâncias diferentes, mas interdependentes, já que uma não funciona ou existe sem a outra.

o corpo é capaz de existir mesmo com a morte da mente, como ocorre em casos nos quais as pessoas ficam em coma pelo resto de suas vidas.

a existência do corpo é mais certa do que a existência da mente, já que o corpo pode ser observado enquanto que podemos apenas supor com base em certos indícios a existência da mente.

a mente é capaz de existir mesmo depois da morte do corpo, caso em que o corpo morre e amente sobrevive.

Qual destas é uma crítica comum ao dualismo de substâncias de Descartes?

Sustenta que a mente é apenas um produto do cérebro.

Falha em explicar como a mente e o corpo interagem.

É incompatível com a nossa experiência cotidiana de unidade mente-corpo.

Depende de uma visão antiquada da física.

Segundo o argumento da dúvida de Descartes, por que a mente e o corpo não podem ser considerados idênticos?

Porque a mente não está sujeita às leis da física, mas o corpo está.

Porque a mente é uma substância espiritual, enquanto o corpo é uma substância física.

Porque a mente e o corpo são substâncias diferentes que interagem entre si.

Porque a mente e o corpo possuem propriedades idênticas, mas a mente não pode ser fisicamente localizada.

Porque a existência do corpo pode ser posta em dúvida, mas a existência da mente não.

Elisabeth da Bohemia foi uma filósofa que manteve uma longa correspondência com René Descartes entre 1643 e 1649. Numa de suas cartas, escreveu o seguinte:

"Rogo que me diga como a alma do homem (que não passa de uma substância pensante) pode determinar que os espíritos do corpo produzam ações voluntárias. Porque parece que cada determinação de movimento acontece a partir de um impulso da coisa movida, de acordo com a maneira pela qual ela é empurrada por aquilo que a move, ou então, depende da qualificação e da forma das superfícies do último. O contato é necessário para as duas primeiras condições, e a extensão para a terceira. Você exclui totalmente a extensão da sua noção de alma, e o contato parece-me incompatível com uma coisa imaterial. E por isso que peço a você uma definição de alma mais particular do que em sua Metafísica — isto é, uma definição da substância separada de sua ação, o pensamento."

De acordo com esse trecho da carta, podemos concluir que Elisabeth estava:

Questionando a possibilidade de interação entre uma substância imaterial e uma substância material.

Propondo uma alternativa ao dualismo, onde mente e corpo seriam a mesma substância.

Rejeitando a ideia de que a mente é uma substância pensante.

Totalmente de acordo com o dualismo substancial de Descartes.

Ignorando o papel de Deus na interação entre mente e corpo proposta por Descartes.