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Questões sobre conceito de propriedade privada de Locke
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Quais são os três componentes principais de um silogismo?
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Tese, antítese e síntese.Esta alternativa está incorreta no contexto de silogismos. Tese, antítese e síntese são conceitos mais adequados para descrever o método dialético, que é uma forma de argumentação usada por filósofos como Hegel. Não é a estrutura de um silogismo.
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Premissa maior, premissa menor e conclusão.Correto! Um silogismo é composto por duas premissas que levam a uma conclusão. A premissa maior contém a ideia geral, a premissa menor traz uma ideia mais específica, e a conclusão é a dedução lógica que decorre dessas premissas. É o clássico modelo que Aristóteles usou para explicar deduções lógicas.
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Hipótese, experimento e conclusão.Essa opção está incorreta para descrever os componentes de um silogismo. Um silogismo é uma forma de raciocínio dedutivo que não envolve necessariamente a realização de experimentos para testar hipóteses. Hipótese, experimento e conclusão são etapas mais associadas ao método científico.
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Sujeito, predicado e objeto.Essa opção está incorreta para designar um silogismo. Sujeito, predicado e objeto são mais adequados para descrever as partes de uma frase na gramática. Um silogismo, por outro lado, lida com conceitos lógicos e não gramaticais.
Por que Locke acredita que deve haver uma forma de nos apropriarmos dos recursos naturais?
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Porque, do contrário, jamais poderíamos usá-los em nosso benefício.Essa opção está correta. Para John Locke, a apropriação dos recursos naturais é uma condição necessária para que possamos utilizá-los. Ele argumenta que, na sua condição natural, os recursos estão disponíveis para todos, mas precisam ser trabalhados e transformados para que possam ser efetivamente aproveitados. Este ato de transformar e trabalhar um recurso é a forma como nos apropriamos dele, tornando-o útil.
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Porque a apropriação dos recursos naturais é um direito inalienável.Essa alternativa está incorreta. Enquanto Locke defende o direito à propriedade dos recursos, ele não fala em um "direito inalienável" no sentido absoluto. Para Locke, a propriedade está condicionada ao trabalho, ou seja, aquilo que a pessoa mistura o seu trabalho passa a ser sua propriedade. Não é um direito absoluto sem condições.
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Porque a apropriação dos recursos naturais é essencial para a formação de uma sociedade organizada.Essa alternativa é enganosa. Locke não necessariamente diz que a apropriação dos recursos é fundamental para a formação de uma sociedade organizada. Embora a propriedade privada tenha um papel importante na sua filosofia política, sua principal preocupação é como o trabalho justifica a posse da propriedade e não como isso afeta a organização da sociedade.
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Porque a apropriação dos recursos naturais garante a igualdade de oportunidades.Essa opção está incorreta. Locke não afirma que a apropriação dos recursos naturais garante igualdade de oportunidades. Na verdade, ele reconhece que a propriedade privada pode levar a desigualdades. Sua justificativa da propriedade tem mais a ver com a noção de mistura do trabalho pessoal com os bens, menos com igualdade de oportunidades.
“Embora a terra e todas as criaturas inferiores sejam comuns a todos os homens, cada homem tem uma propriedade em sua própria pessoa. A esta ninguém tem direito algum além dele mesmo. O trabalho de seu corpo e a obra de suas mãos, pode-se dizer, são propriamente dele. Qualquer coisa que ele então retire do estado com que a natureza o proveu e deixou, mistura-a ele com o seu trabalho e junta-lhe algo que é seu, transformando-a em sua propriedade. Sendo por ele retirada do estado comum em que a natureza a deixou, a ele agregou, com esse trabalho, algo que a exclui do direito comum dos demais homens.” (John Locke. Dois Tratados sobre o governo. II, §27) O trecho acima trata de um tema fundamental para o pensamento liberal: o que vem a ser a propriedade.
De acordo com Locke, a propriedade é
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uma instituição avessa à natureza humana.Classificar a propriedade como uma instituição avessa à natureza humana não está alinhado com o pensamento lockeano. Para Locke, a propriedade segue as normas do estado de natureza, onde as pessoas usam suas capacidades e trabalho para transformar o mundo ao seu redor, estabelecendo propriedades individuais. Portanto, não é avessa à nossa natureza, mas sim uma extensão dela por meio do trabalho.
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um direito coletivo que se sobrepõe ao indivíduo.Dizer que a propriedade é um direito coletivo que se sobrepõe ao indivíduo contradiz diretamente o que Locke defende. Na visão dele, a propriedade é essencialmente um direito individual adquirido por meio do trabalho. Locke argumenta que cada pessoa tem direito ao produto de seu próprio esforço e que isso exclui o direito comum, portanto, se sobrepõe ao coletivo nesse sentido.
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algo que deve ser superado em benefício da humanidade.Locke não defende que a propriedade deva ser superada em benefício da humanidade. Na verdade, ele vê a propriedade como um direito natural que decorre do trabalho individual, e considera essencial para a liberdade e o desenvolvimento do indivíduo. A ideia de superação da propriedade em prol do coletivo está mais alinhada com teorias como o comunismo, e não com o pensamento liberal de Locke.
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aquilo que pertence ao homem a partir de seu trabalho.Correto. De acordo com Locke, a propriedade é o que uma pessoa adquire quando mistura seu trabalho com os recursos naturais. Isso quer dizer que, ao trabalhar sobre algo que está em estado natural, o indivíduo adiciona a esse objeto algo de si mesmo - seu trabalho - e, assim, o transforma em sua propriedade. Esta ideia está claramente expressa no trecho citado, onde ele discute a propriedade como extensão do trabalho do indivíduo.
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fonte de desigualdade social.A afirmação de que a propriedade é fonte de desigualdade social não está correta se considerarmos o contexto do pensamento de Locke. Para Locke, a propriedade surge do esforço individual e do trabalho. Embora, na prática, diferentes capacidades de trabalho possam levar à desigualdade, o foco de Locke é mais sobre a justificação moral da propriedade individual a partir do trabalho, e não sobre as consequências sociais dessa distribuição de propriedade.
Leia o enunciado abaixo:
[...] esforçar-me-ei por mostrar de que maneira os homens podem vir a ter uma propriedade em diversas partes daquilo que Deus deu em comum à humanidade, e isso sem nenhum pacto expresso por parte de todos os membros da comunidade. LOCKE, J. Dois tratados sobre o governo. Tradução de Julio Fisher. São Paulo: Martins Fontes, 2005. p. 406.– grifo do autor.
[...] esforçar-me-ei por mostrar de que maneira os homens podem vir a ter uma propriedade em diversas partes daquilo que Deus deu em comum à humanidade, e isso sem nenhum pacto expresso por parte de todos os membros da comunidade. LOCKE, J. Dois tratados sobre o governo. Tradução de Julio Fisher. São Paulo: Martins Fontes, 2005. p. 406.– grifo do autor.
Assinale a alternativa que apresenta o fundamento natural da propriedade privada segundo Locke.
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O fundamento da propriedade privada consiste essencialmente na propriedade de si mesmo; cada pessoa tem como direito inalienável a propriedade de si mesma.Essa alternativa está correta. Segundo John Locke, o fundamento natural da propriedade privada está na ideia de que todos os indivíduos têm propriedade sobre o próprio corpo e, por extensão, sobre os frutos de seu trabalho. Locke defende que quando uma pessoa mistura seu trabalho com algo da natureza, que é dado por Deus a todos em comum, este algo torna-se sua propriedade. Isso porque o trabalho é uma extensão do conceito de propriedade de si mesmo.
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O fundamento da propriedade privada é o poder estatal que, em última instância, é o verdadeiro proprietário, e que no uso de seu poder redistribui o bem público.Essa alternativa está incorreta. O fundamento da propriedade privada em Locke não é o poder estatal. Embora o governo tenha o papel de garantir e proteger a propriedade, Locke argumenta que a propriedade privada surge inicialmente do trabalho do indivíduo sobre a natureza. O estado, na filosofia de Locke, deve servir para proteger os direitos naturais, incluindo o direito à propriedade, e não para distribuí-la.
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A propriedade privada surgiu com o pacto de consentimento em que alguns abdicam da posse do que é comum, dando-o como bem de um indivíduo pelo seu mérito.Essa alternativa está incorreta. Locke não fundamenta a propriedade privada em um pacto de consentimento coletivo. Ele argumenta que, inicialmente, a propriedade privada surge do trabalho individual sobre os recursos comuns, sem a necessidade de uma aprovação coletiva. O consentimento social se torna relevante em uma etapa posterior, com o estabelecimento do governo e das leis, mas não no surgimento inicial da propriedade.
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A propriedade privada é antes de tudo uma dadiva divina que alguns obtêm e outros não, por isso não resulta do trabalho do indivíduo e sim da bondade de Deus.Essa alternativa está incorreta. Locke não defende que a propriedade privada é uma dádiva divina dada a alguns e não a outros. Ele argumenta que todos têm igual direito sobre os recursos da natureza, mas a propriedade privada surge quando um indivíduo emprega seu trabalho pessoal sobre esses recursos. É o trabalho que torna as coisas propriedade privada, não um favoritismo divino.
Segundo John Locke, como podemos nos apropriar legitimamente de algo que é um bem comum?
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Através do trabalho.Correto! John Locke argumenta em seu "Segundo Tratado sobre o Governo" que a propriedade privada pode surgir da apropriação de bens comuns através do trabalho. Segundo Locke, quando alguém mistura seu trabalho com a natureza, algo antes comum passa a ser uma extensão da pessoa, adquirindo um caráter privado. Isso é uma parte central da sua teoria da propriedade.
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Através de negociações e trocas.Incorreto. Embora negociações e trocas sejam importantes na economia de mercado, do ponto de vista de Locke, a apropriação original de bens comuns não se dá através dessas práticas. A apropriação legítima inicial, segundo Locke, está enraizada no trabalho pessoal e na transformação da natureza.
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Através de herança familiar.Incorreto. Locke não propõe que a apropriação legítima de bens comuns se dá através da herança familiar. Embora a herança possa transferir propriedades já adquiridas, não explica como algo que era comum se torna propriedade privada em primeiro lugar. Locke detalha essa transição inicial através do trabalho.
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Através da força e poder.Incorreto. Locke rejeitaria a ideia de que a apropriação legítima ocorre através da força ou do poder. Ele acreditava que a legitimidade não vem da força bruta, mas sim do uso do trabalho. A propriedade ganha através da força entraria em conflito com o seu conceito de direito natural e justiça.
De acordo com Locke, qual é a relação entre a propriedade do próprio corpo e a propriedade privada?
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A propriedade do próprio corpo é um bem comum, assim como a propriedade privada.Incorreta. Locke não fala da propriedade do próprio corpo como um bem comum; ele argumenta que isso é uma propriedade inerente e natural de cada indivíduo. Por outro lado, ele vê os recursos naturais como inicialmente pertencentes a todos (ou seja, comuns) até que alguém trabalhe neles e os torne propriedade privada. Assim, as ideias de propriedade do corpo e propriedade privada, para Locke, não são análogas à categoria de bem comum.
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A propriedade do próprio corpo é a base para justificar o direito à propriedade privada.Correta. John Locke, em sua teoria política, argumenta que cada indivíduo tem propriedade sobre seu próprio corpo. A partir desse princípio, ele desenvolve a ideia de que o trabalho de uma pessoa, que é uma extensão do uso do seu corpo, pode levar à aquisição de propriedade privada. Então, quando alguém mistura seu trabalho com recursos naturais, esse trabalho legitima a posse desses recursos como propriedade privada. Assim, a propriedade do próprio corpo serve como base crucial para justificar a propriedade privada.
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A propriedade do próprio corpo é um direito alienável, assim como a propriedade privada.Incorreta. Embora Locke discuta a alienação dos direitos sobre bens adquiridos, a propriedade do próprio corpo é considerada inalienável em sua teoria. Para Locke, o corpo de uma pessoa é uma posse natural que não pode ser legitimamente transferida ou vendida da mesma forma que propriedades materiais podem ser negociadas. Portanto, é improvável que esse direito seja tratado como alienável.
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A propriedade do próprio corpo é irrelevante para a discussão da propriedade privada.Incorreta. Ao contrário do que esta alternativa sugere, Locke considera a propriedade do próprio corpo extremamente importante para discutir a propriedade privada. A ideia central da teoria de Locke é que o trabalho individual, que tem a origem no controle que alguém exerce sobre seu próprio corpo, leva à posse legítima de bens.
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