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Debates do filme Deus não está morto

- 7 min leitura

  1. Primeiro debate: a origem do universo
  2. Segundo debate: a origem da vida
  3. Resposta à crítica do debate anterior
  4. Debate sobre a origem da vida
  5. Terceiro debate: o problema do mal

Debates do filme Deus não está morto

Primeiro debate: a origem do universo

Josh Wheaton – Os ateus dizem que ninguém pode provar a existência de Deus, e eles estão certos. Mas eu digo que ninguém pode negar que Deus existe. Mas a única maneira de debater esta questão é olhar para a evidência disponível, e é isso que vamos fazer. Nós vamos colocar Deus em julgamento; com o professor Radisson como o advogado de acusação, eu como o advogado de defesa e vocês como o júri.

A maioria dos cosmologistas agora concordam que o universo começou há 13,7 bilhões de anos em um evento conhecido como o Big Bang. Então, vamos olhar para o físico teórico e ganhador do Prêmio Nobel Steven Weinberg do que o Big Bang teria parecido. E já que ele é um ateu, podemos ter certeza de que não há qualquer preconceito crente em sua descrição.

“No início, houve uma explosão, e em três minutos, 98% da matéria foi produzida. Tínhamos o universo ”

Por 2.500 anos, os cientistas concordaram com Aristóteles na ideia de um universo fixo, de que o universo sempre existiu sem um começo e sem um fim. A Bíblia discordava. Em 1920, O astrônomo belga Georges Lemaître, teísta, que também era…

Aluna 1 – O que é, o que é um teísta?

Josh Wheaton –  Teísta é quem acredita em Deus. Ele disse que o universo inteiro teria vindo à existência num trilionésimo de segundo, vindo do nada, num brilho inimaginavelmente intenso é como ele espera que o universo responderia se Deus estivesse verdadeiramente no comando.

Em outras palavras, a origem do universo descoberta exatamente como ele imaginou após ler o Gênesis, e por 2.500 anos a Bíblia estava certa e a ciência errada.

Sabe, no mundo real, nunca vemos coisas ganhando vida do nada, mas os ateus fazem exceção à essa regra. Isto é, o universo e tudo nele.

Aluna 2 – Mas no livro Deus, um delírio, Richard Dawkins diz

“Se você me disser que Deus criou o universo, terei o direito de perguntar quem criou Deus”.

Josh Wheaton –   A pergunta de Dawkins só faz sentido se falamos de um Deus criado. Não faz sentido em termos de um Deus não criado, que é o Deus em que os cristãos acreditam. Mesmo deixando Deus de fora, eu tenho o direito de questionar a pergunta do Sr. Dawkins:

“Se o universo criou você, quem criou o universo”?

Entendem? Tanto os ateus quanto os teístas devem responder à pergunta de como tudo começou.

O que espero que entendam de tudo isso é que… Você não precisa cometer suicídio intelectual para crer num criador por trás da criação. E de certa forma, ao não aceitar Deus, você estaria incrivelmente pressionado a encontrar uma explicação para como as coisas são.

Professor Radisson – Imagino que esteja satisfeito com a apresentação. Evitou cuidadosamente o fato de que Stephen Hawking, o cientista mais famoso do mundo que não é teísta, surgiu em favor da autoconcepção do universo.

Josh Wheaton –   Não evitei, eu só…

Professor Radisson – Você não sabia a respeito. Tudo bem, vejamos o que o Professor Hawking, professor lucasiano de Física em Cambridge, que ocupa a cadeira já ocupada por Isaac Newton, tem a dizer sobre a origem do universo. Abre aspas

“Porque existe uma lei como a da gravidade, o universo pode e vai se criar do nada. Criação espontânea é a razão de existir algo ao invés do nada. É a razão pela qual o universo existe, por que existimos. Não precisa invocar Deus para pôr o universo em movimento”.

Fecha aspas. Vocês podem nunca ter ouvido esse comentário, mas seus apontamentos permanecem. Como você responde?

Josh Wheaton –   Não sei.

Professor Radisson – Não sabe? Eu estouro o balão da sua argumentação com um só alfinete, e você não sabe?

Josh Wheaton –   Bem, gostaria de dizer que tenho a resposta perfeita, mas isso não abala minha fé.

Professor Radisson – Então a maior mente de toda a história diz que Deus não é necessário, mas um calouro diz, “Sim, Ele é”. Sabe, será uma escolha difícil.

Segundo debate: a origem da vida

Resposta à crítica do debate anterior

Josh Wheaton –   Como foi apontado pelo Professor Radisson Stephen Hawking é ateu. Também escreveu o livro O Grande Projeto   no qual ele diz o seguinte:

“Como há uma lei como a da gravidade, o universo pode e vai se criar do nada”.

E para ser honesto, eu não sabia refutar isto. Afinal, Hawking claramente é um gênio. Mas, Professor John Lennox, de Matemática e Filosofia, demonstrou que não há apenas um, mas três erros de lógica contidos nessa única sentença.

E isto se reduz a um raciocínio circular. Hawking está dizendo que o universo existe porque precisa existir, e como precisava existir, ele criou a si mesmo.

É assim. Se eu disser que posso provar que carne enlatada é a comida mais gostosa que já existiu porque na história, nenhuma teve gosto melhor, vocês olhariam para mim e diriam que não provei nada. E teriam razão. Tudo que fiz foi reafirmar o que foi dito.

Mas Hawking afirma que o universo se criou porque precisava se criar, e depois oferece isto como explicação para como e por que foi criado. Nós não reconhecemos imediatamente que ele está fazendo o mesmo. Mas está, instigando Lennox para o comentário seguinte,

“Bobagem continua sendo bobagem, mesmo a falada por cientistas”.

Mesmo que o público assuma que são afirmações da ciência.

Professor Radisson –  É o cúmulo da arrogância. Está dizendo que você, um calouro, sugere que Hawking esteja errado?

Josh Wheaton –   Não, o que estou dizendo é que John Lennox, um professor de Matemática e Filosofia, descobriu que o pensamento de Hawking está errado. Eu concordo com essa lógica.

Mas se você não suporta discordar do pensamento de Hawking, sugiro que recorra à página cinco do livro dele, na qual ele insiste que a filosofia está morta.

Se está tão seguro da infalibilidade de Hawking, e a filosofia está realmente morta, bem, então, não há necessidade para essa aula.

Debate sobre a origem da vida

Senhoras e senhores do júri, pelos últimos 150 anos os Darwinistas dizem que Deus não precisa existir para o homem existir e que a evolução substitui Deus, mas a evolução só diz o que acontece quando você já tem vida. Então, de onde esse ser vivo veio?

Darwin nunca abordou isso. Ele assumiu que um relâmpago numa poça estática cheia de químicas necessárias e bingo, um ser vivo.

Mas não é tão simples. Darwin alegou que o ancestral dos seres vivos é um único organismo simples que reproduziu e foi lentamente modificado com o tempo nas formas de vida que conhecemos hoje. E é por isso que após contemplar sua teoria, Darwin pronunciou sua famosa declaração,

“Natura non facit saltum” o que quer dizer, “A natureza da saltos” Como o famoso autor Lee Strobel apontou, se você imaginar os 3,8 bilhões de anos em que os cientistas dizem que a vida existe, como um dia, num espaço de apenas 90 segundos, a maioria dos animais apareceu de repente como são conhecidos hoje. Não vagarosa e gradualmente, como previu Darwin, mas em termos evolutivos, quase instantaneamente.

Portanto, “a natureza não salta” se torna “a natureza faz um pulo gigante”

Como os teístas explicam essa repentina explosão biológica? “Então Deus disse: Que a água pulule com criaturas vivas ‘e que os pássaros voem sobre a terra, através do céu’. Então Deus criou grandes criaturas marítimas e todos os seres com os quais a água pululava, segundo sua espécie. E Deus viu que era bom”.

Ou seja, a criação aconteceu porque Deus disse que deveria acontecer. E até o que parece, aos nossos olhos, ser um processo fortuito pôde ser divinamente controlado desde o início.

Terceiro debate: o problema do mal

Josh Wheaton –  Dizem que o mal é a arma mais poderosa dos ateus contra a fé cristã, e é mesmo. Afinal, a existência do mal requer a questão, “Se Deus é todo-bondoso e todo-poderoso, por que ele permite que o mal exista”? A resposta à essa pergunta é bem simples.

Livre-arbítrio.

Deus permite que o mal exista por causa do livre-arbítrio. Pelo ponto de vista cristão, Deus tolera o mal no mundo de forma temporária para que um dia aqueles que decidem amá-lo livremente residam com ele no céu, livres da influência do mal, mas com seu livre-arbítrio intacto.

Em outras palavras, a intenção de Deus com o mal é um dia destruí-lo

Professor Radisson –  Bem, que conveniente. “Um dia vou me livrar de todo o mal do mundo mas até lá, vocês só têm de lidar com guerras e holocaustos tsunamis, pobreza, fome e AIDS. Tenham uma boa vida”. Em seguida, ele discursará sobre morais absolutas.

Josh Wheaton –  Por que não? Professor Radisson, que claramente é ateu, não acredita em morais absolutas, mas seu programa central diz que fará um teste durante as provas finais. Aposto que se eu conseguir um “A” no exame trapaceando, ele vai começar a soar cristão, insistindo que é errado trapacear, que eu deveria saber.

Que fundamentação ele tem para isso?

Se minhas ações são calculadas para me ajudar a ser bem sucedido, por que eu não deveria realizá-las? Para os cristãos, o ponto fixo da moralidade, o que constitui o certo e o errado, é uma linha direta que leva diretamente a Deus. Então está dizendo que precisamos de Deus para sermos morais, que uma moral ateísta é impossível. Não, mas sem Deus, não há razão para ser moral.

Não há sequer um padrão do que é um comportamento moral. Para os cristãos, mentir, trapacear, roubar… No meu exemplo, roubar uma nota que não tirei é proibido. É uma forma de roubo. Mas se Deus não existir, como apontou Dostoyevsky:

“Se Deus não existir, então tudo é permissível”.

E não só permissível, mas sem sentido. Se o Professor Radisson estiver certo, tudo isto, todo esforço, todo debate, o que decidimos aqui não tem sentido. Nossas vidas e nossas mortes não têm mais consequência do que a do peixe dourado.