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Questões sobre filosofia da mente
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Considere o argumento do conhecimento de Frank Jackson e o argumento de Thomas Nagel sobre como é ser um morcego. Como esses argumentos se relacionam com a visão fisicalista da mente?
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Ambos os argumentos desafiam a visão fisicalista, argumentando que há aspectos da experiência subjetiva (qualia) que não podem ser explicados apenas em termos físicos. Jackson sugere que o conhecimento experiencial é diferente do conhecimento factual e não pode ser obtido apenas com uma compreensão fisicalista. Nagel argumenta que é impossível para nós entendermos completamente a experiência subjetiva de um morcego apenas através de uma perspectiva objetiva.Esta alternativa está correta. Os argumentos de Jackson e Nagel são conhecidos por desafiar a perspectiva fisicalista da mente, que sustenta que todos os fenômenos mentais podem ser explicados em termos de processos físicos. Frank Jackson, por meio de seu experimento mental com Mary, argumenta que existem aspectos da experiência, como as qualia, que não podem ser completamente compreendidos apenas por conhecimento factual. Mesmo que Mary saiba tudo sobre as cores em termos físicos, ela aprende algo novo ao ver a cor vermelha pela primeira vez. De forma semelhante, Thomas Nagel, em seu artigo 'What is it like to be a bat?', sustenta que há algo sobre a experiência subjetiva de ser um morcego que é inacessível a uma descrição objetiva. Assim, ambos os argumentos criticam a visão fisicalista por não conseguir capturar a totalidade da experiência subjetiva.
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Ambos os argumentos concordam com a visão fisicalista de que a mente é completamente redutível a processos físicos. Jackson sugere que todo o conhecimento é fisicamente baseado, enquanto Nagel argumenta que a experiência subjetiva de um morcego pode ser explicada em termos de processos neurofisiológicos.Esta alternativa está incorreta. Diferente do que se afirma, tanto Jackson quanto Nagel levantam críticas à visão fisicalista. O argumento de Jackson sugere que o conhecimento completo de aspectos físicos não é suficiente para abarcar toda a experiência, o que vai contra a total redutibilidade pretendida pelo fisicalismo. Da mesma forma, Nagel argumenta que a consciência tem um aspecto subjetivo que não pode ser capturado por uma perspectiva puramente objetiva, contrariando a premissa de que tudo que existe pode ser explicado pela ciência física.
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Os argumentos de Jackson e Nagel são neutros em relação à visão fisicalista. Jackson argumenta que há um tipo de conhecimento que não pode ser explicado em termos físicos, mas não nega a existência de processos físicos na mente. Nagel argumenta que não podemos entender a experiência subjetiva de um morcego, mas não rejeita a ideia de que a mente pode ser fisicamente baseada.Esta alternativa está parcialmente correta, mas é enganosa se considerada como uma interpretação fiel ao posicionamento geral dos argumentos. Embora Jackson e Nagel não neguem que a mente tem processos fisicamente baseados, os dois são bem conhecidos por apresentarem dificuldades para o fisicalismo explicar a totalidade da experiência consciente. Jackson fala do limite do conhecimento científico em conhecer qualia, uma peculiaridade da experiência, enquanto Nagel mostra que não podemos, do ponto de vista objetivo, conhecer a perspectiva subjetiva de outra espécie. Por isso, embora suas críticas não sejam uma total rejeição à base física da mente, são nuances importantes a serem consideradas.
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Os argumentos de Jackson e Nagel apoiam a visão fisicalista da mente. Jackson argumenta que o conhecimento experiencial e o conhecimento factual são a mesma coisa, enquanto Nagel argumenta que podemos compreender completamente a experiência subjetiva de um morcego através de uma perspectiva objetiva.Esta alternativa está incorreta. Tanto Jackson quanto Nagel oferecem argumentos que são críticos ao fisicalismo. A ideia de que Jackson argumenta que conhecimento experiencial e factual são a mesma coisa é o oposto do que ele realmente argumenta, que é a existência de alguma forma de conhecimento que não pode ser capturada por uma descrição física. Similarmente, Nagel diz que não podemos obter um entendimento completo da experiência de um morcego somente pela perspectiva objetiva. Não há suporte nos textos deles para a visão fisicalista ser defendida dessa forma.
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Os argumentos de Jackson e Nagel desafiam a visão fisicalista, argumentando que a mente é uma entidade separada do corpo e não pode ser reduzida a processos físicos. Jackson usa o argumento do conhecimento para mostrar que há aspectos da experiência humana que não podem ser explicados em termos físicos, enquanto Nagel usa o argumento do morcego para mostrar que a consciência não é fisicamente baseada.Esta alternativa está incorreta. Apesar de enfatizarem limites no fisicalismo, nem Jackson nem Nagel defendem explicitamente que a mente é uma entidade separada do corpo. Os dois propõem que o fisicalismo falha em explicar completamente as experiências subjetivas, mas não negam que a mente tenha uma base física. Jackson foca em uma falha explicativa dentro do fisicalismo, e Nagel destaca a dificuldade de um ponto de vista objetivo capturar a totalidade da experiência subjetiva, mas não fazem uma cisão cartesiana entre mente e corpo.
Considere as teorias do dualismo de substâncias e do dualismo de propriedades na filosofia da mente. Qual das seguintes declarações melhor representa a diferença entre essas duas teorias?
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O dualismo de substâncias considera a mente como um conjunto de propriedades ou aspectos distintos que surgem de substâncias físicas, como o cérebro. Já o dualismo de propriedades argumenta que a mente e o corpo são tipos distintos de substâncias.Esta afirmação está incorreta. Na verdade, inverte as definições das duas teorias. O dualismo de substâncias não trata a mente como um conjunto de propriedades que emergem de substâncias físicas; esse é um conceito mais relacionado ao emergentismo ou monismo de propriedades. O dualismo de propriedades, por outro lado, não sugere que a mente e o corpo sejam tipos distintos de substâncias, mas sim que há propriedades distintas que emergem da mesma substância.
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O dualismo de substâncias e o dualismo de propriedades são na verdade a mesma teoria, apenas com nomes diferentes.Está incorreta. O dualismo de substâncias e o dualismo de propriedades são teorias distintas. O dualismo de substâncias, como proposto por filósofos como Descartes, argumenta que a mente e o corpo são substâncias separadas enquanto o dualismo de propriedades vê a mente e o corpo como uma única substância com propriedades diferentes. Portanto, afirmar que são a mesma teoria com nomes diferentes demonstra uma compreensão errônea das distinções conceituais entre as duas.
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Ambas as teorias, dualismo de substâncias e dualismo de propriedades, sustentam que a mente e o corpo são tipos completamente distintos de substâncias que interagem de alguma forma.Essa explicação está incorreta para distinguir entre dualismo de substâncias e dualismo de propriedades. No dualismo de substâncias, a mente é vista como uma entidade totalmente independente do corpo físico, constituindo uma substância distinta. Isso é exemplificado pelo dualismo cartesiano. Por outro lado, o dualismo de propriedades não afirma que a mente é uma substância separada; em vez disso, afirma que existem propriedades mentais e físicas distintas que residem em uma única substância (como o cérebro físico). Portanto, a afirmação de que ambas as teorias percebem a mente e o corpo como substâncias completamente distintas está incorreta para a definição de dualismo de propriedades.
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O dualismo de substâncias sustenta que existem duas categorias fundamentais de coisas no universo: físicas e mentais. Por outro lado, o dualismo de propriedades sustenta que existem dois tipos de propriedades: físicas e mentais, mas a mente não é uma substância separada do corpo.Esta explicação está correta. O dualismo de substâncias defende que existem dois tipos fundamentais de substâncias: as substâncias mentais e as físicas. Cada uma existe de maneira independente, como proposto por Descartes. Já o dualismo de propriedades argumenta que, embora existam propriedades físicas e mentais distintas, estas são formas diferentes de organizar a mesma substância física, não requerendo uma substância separada para a mente. Assim, a mente não é considerada como separada do corpo, apenas como possuidora de propriedades especiais que não podem ser reduzidas às propriedades físicas.
Qual é o significado do termo "qualia" e por que ele é relevante nas discussões sobre a consciência e a mente?
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"Qualia" é um termo que se refere às propriedades físicas do cérebro, como a densidade e a estrutura dos neurônios. Ele é relevante nas discussões sobre a consciência e a mente porque é a base física para a existência da consciência.Essa alternativa está incorreta porque "qualia" não diz respeito às propriedades físicas do cérebro. Qualia são, na verdade, as qualidades subjetivas da experiência consciente, como sentir o calor de uma chama ou a doçura de um morango. Embora a base física do cérebro possa influenciar como experimentamos qualia, o termo não se refere às propriedades físicas em si.
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"Qualia" é um termo que se refere à habilidade de um ser humano de ter memórias e lembrar de eventos passados. Ele é relevante nas discussões sobre a consciência e a mente porque a memória é um componente essencial da consciência.Essa alternativa está incorreta. Embora a memória seja importante para a consciência, "qualia" não se refere à habilidade de lembrar eventos passados. "Qualia" diz respeito às qualidades da experiência consciente que são subjetivas, como a vivência do som de uma sinfonia ou a amargura de um café. Assim, qualia são mais sobre os aspectos qualitativos presentes da consciência do que sobre a memória.
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"Qualia" é um termo que se refere à capacidade de um ser humano de realizar tarefas cognitivas complexas, como resolver quebra-cabeças ou tomar decisões. Ele é relevante nas discussões sobre a consciência e a mente porque demonstra a complexidade e a capacidade da mente humana.Essa alternativa está incorreta. "Qualia" não trata da capacidade de uma pessoa realizar tarefas cognitivas complexas. Em vez disso, se refere às qualidades da experiência consciente que são subjetivas. Isto é, mesmo que realizar tarefas complexas dependa da consciência, "qualia" se concentra na experiência interna de aspectos como cores, sons, gostos, etc.
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"Qualia" é um termo que se refere à quantidade de informações que um ser humano pode processar ao mesmo tempo. Ele é relevante nas discussões sobre a consciência e a mente porque determina a capacidade de um indivíduo de estar consciente do seu ambiente.Essa alternativa está incorreta. "Qualia" não se refere à quantidade de informações que uma pessoa consegue processar. Em vez disso, os "qualia" são sobre a qualidade da experiência subjetiva, como perceber a cor vermelha ou sentir a dor de uma picada. Assim, eles não estão diretamente relacionados à capacidade de processar informações, mas sim a como vivenciamos essas informações de forma consciente.
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"Qualia" é um termo que se refere aos estados subjetivos da experiência, como a forma como uma determinada cor parece para uma pessoa, ou o sabor de um alimento. Ele é relevante nas discussões sobre a consciência e a mente porque é uma das maneiras pelas quais a experiência subjetiva é diferenciada da descrição objetiva do mundo.Essa alternativa está correta. "Qualia" são, de fato, os estados subjetivos da experiência, como a percepção da cor ou o sabor de um alimento. Eles são altamente relevantes nas discussões sobre a consciência e a mente, porque abordam a natureza da experiência subjetiva, que é algo que simples descrições objetivas do mundo não conseguem capturar completamente.
Como Descartes, como um dualista, vê a interação entre a mente e o corpo?
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Para Descartes, a mente e o corpo interagem através de um terceiro elemento chamado "éter", que age como um mediador entre os dois.Essa alternativa está incorreta. Descartes não menciona um "éter" como mediador entre a mente e o corpo. Em vez disso, ele propôs que a glândula pineal, uma pequena estrutura no cérebro, seria o local de interação entre mente e corpo. O conceito de éter não faz parte da teoria cartesiana.
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Segundo Descartes, a mente influencia o corpo, mas o corpo não tem a capacidade de influenciar a mente. Ou seja, a interação é unidirecional.Essa explicação está incorreta. Descartes reconhecia a possibilidade de interação entre a mente e o corpo em ambos os sentidos. Afinal, as sensações do corpo podem influenciar a mente (como a dor, por exemplo), e a mente pode influenciar o corpo (como decidir mover uma parte do corpo). Portanto, a interação é bidirecional, e não unidirecional como sugere a alternativa.
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Para Descartes, a mente e o corpo são dois aspectos da mesma substância, portanto, eles não interagem, mas são expressões da mesma entidade.Esta alternativa está incorreta. Descartes não via mente e corpo como dois aspectos da mesma substância. Essa visão é mais próxima do monismo de Spinoza do que do dualismo de Descartes. Para Descartes, mente e corpo são substâncias distintas que interagem, e não são expressões de uma única entidade.
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Descartes acreditava que a mente e o corpo são completamente separados e não têm qualquer tipo de interação. Segundo ele, o corpo poderia existir sem a mente e vice-versa.Essa afirmação está incorreta. Descartes é conhecido pelo seu dualismo, que realmente trata a mente e o corpo como substâncias distintas, porém ele também acreditava que há uma interação entre elas. A ideia de que corpo e mente não têm qualquer interação não condiz com o que ele propôs. Descartes acreditava que essa interação é parte essencial de como experimentamos o mundo.
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Descartes, sendo um dualista, postulou que a mente e o corpo são duas substâncias diferentes, mas interagem entre si. Ele acreditava que essa interação ocorria na glândula pineal no cérebro.Esta alternativa está correta. Descartes realmente postulou que a mente e o corpo são substâncias diferentes – a res cogitans (coisa que pensa, ou mente) e a res extensa (coisa extensa, ou corpo). Ele sustentou que eles interagem, com a glândula pineal sendo o ponto de comunicação entre os dois. Esse é um ponto-chave do dualismo cartesiano.
Qual a conclusão de Searle, um crítico do funcionalismo, com seu argumento do Quarto Chinês?
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Searle conclui que, embora um computador possa simular o comportamento inteligente seguindo regras para manipular símbolos, ele não adquire a verdadeira compreensão ou consciência, como acontece com a mente humana.Esta é a alternativa correta. No experimento mental do Quarto Chinês, Searle argumenta que mesmo um sistema que segue perfeitamente um conjunto de regras para manipular símbolos (como um computador pode fazer) não alcança a compreensão verdadeira. A ideia é que, embora um computador possa simular o comportamento inteligente, ele não teria a compreensão ou consciência que a mente humana possui.
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Searle conclui que a inteligência artificial, ao seguir um conjunto de regras, pode efetivamente aprender e compreender uma língua estrangeira, assim como a mente humana faz.Esta alternativa está incorreta. No argumento do Quarto Chinês, John Searle não conclui que a inteligência artificial pode alcançar compreensão ou aprendizado como a mente humana. Pelo contrário, ele argumenta que um sistema pode seguir regras e manipular símbolos sem nenhuma compreensão genuína do que eles significam, o que refuta a ideia de que seguir um conjunto de regras leva a uma compreensão real.
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Searle conclui que, com o aperfeiçoamento das técnicas de programação, a inteligência artificial será capaz de alcançar a verdadeira compreensão e consciência, semelhante à mente humana.Esta alternativa está incorreta. Searle não acredita que, mesmo com avanços em técnicas de programação, a inteligência artificial possa atingir compreensão e consciência verdadeiras similares às de um ser humano. Ele argumenta que sem compreensão genuína, a IA não pode ser considerada consciente como uma mente humana.
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A conclusão de Searle é que a inteligência artificial, mesmo capaz de passar no Teste de Turing, não é capaz de experienciar qualia, tornando-a fundamentalmente diferente da mente humana.Esta alternativa está parcialmente correta, mas não é a principal conclusão de Searle no Quarto Chinês. Enquanto a ideia de 'qualia' (experiências subjetivas) distingue a mente humana da IA, o foco de Searle é mostrar que simular comportamentos não leva à compreensão verdadeira. O Quarto Chinês se concentra na diferença entre manipulação de símbolos e compreensão real.
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Searle defende que a inteligência artificial, utilizando um manual de regras para responder perguntas em chinês, demonstra a capacidade de ter uma verdadeira compreensão e consciência, assim como a mente humana.Esta alternativa está incorreta. Searle não acredita que a capacidade de seguir um manual de regras seja equivalente à verdadeira compreensão ou consciência. Na sua visão, apenas seguir regras para manipular símbolos não resulta em uma compreensão genuína, o que diferencia a mente humana da inteligência artificial.
O que é o dualismo mente-corpo e como ele tenta explicar a relação entre a mente e o corpo?
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O dualismo mente-corpo é a teoria de que a mente e o corpo são apenas produtos da nossa imaginação e não possuem existência real. Ele vê a relação entre a mente e o corpo como irrelevante, pois ambos são considerados não existentes.Essa alternativa está incorreta. O dualismo não afirma que a mente e o corpo são produtos da imaginação. O dualismo é uma teoria metafísica que aceita a realidade e distinção entre a mente (imaterial) e o corpo (material), não que ambos são irreais.
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O dualismo mente-corpo é a crença de que a mente e o corpo são a mesma coisa e não podem existir independentemente um do outro. Ele tenta explicar a relação entre a mente e o corpo como uma unidade inseparável.Essa alternativa está incorreta. O dualismo mente-corpo, como defendido por filósofos como René Descartes, propõe que a mente e o corpo são distintos, não que sejam a mesma coisa. A ideia principal do dualismo é que a mente (ou alma) é uma substância separada do corpo físico e que ambos, apesar de interagirem, têm naturezas fundamentais diferentes.
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O dualismo mente-corpo é a ideia de que a mente é apenas uma ilusão criada pelo cérebro, e que o corpo é a única realidade tangível. Ele vê a mente e o corpo como entidades diferentes, mas considera a mente derivado do corpo.Essa alternativa está incorreta. O dualismo não sustenta que a mente seja apenas uma ilusão ou mero produto do cérebro. Essa perspectiva está mais alinhada com o materialismo ou o fisicalismo, que veem a mente como resultante de processos físicos do cérebro e do corpo.
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O dualismo mente-corpo é a crença de que a mente e o corpo são duas entidades separadas que podem existir independentemente. Este conceito tenta explicar a relação entre a mente e o corpo como uma interação contínua, onde um influencia o outro.Esta alternativa está correta. No dualismo, especialmente o dualismo cartesiano, a mente e o corpo são vistos como entidades separadas. A mente (ou alma) é imaterial, enquanto o corpo é material. Apesar de serem separados, eles interagem um com o outro, e essa interação é central para o entendimento dualista da natureza humana.
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O dualismo mente-corpo é a ideia de que a mente e o corpo não existem, e que a realidade é apenas uma construção social. Ele não tenta explicar a relação entre a mente e o corpo, pois nega a existência de ambos.Essa alternativa está incorreta. O dualismo não nega a existência da mente ou do corpo. Pelo contrário, o dualismo aceita a existência de ambos, mas como entidades distintas. A ideia de que a realidade é uma construção social está mais relacionada com teorias filosóficas como o construtivismo social, e não com o dualismo mente-corpo.
Qual é o argumento do conhecimento de Frank Jackson?
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Para Jackson, o conhecimento é puramente uma construção social, variando conforme a cultura e a sociedade em que estamos inseridos.Esta alternativa está incorreta. Frank Jackson não argumenta que o conhecimento é uma construção social. Sua famosa argumentação sobre o conhecimento lida com a natureza da experiência consciente e questiona se toda a experiência pode ser explicada em termos puramente físicos, não abordando a ideia do conhecimento como construção social neste contexto.
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Jackson defende que o conhecimento é inerentemente falho e, portanto, nunca podemos ter certeza de nossas percepções ou compreensões.Esta alternativa está incorreta. Jackson não faz uma argumentação sobre o conhecimento ser inerentemente falho ou sobre a incerteza de nossas percepções, no estilo do ceticismo filosófico. Seu argumento se concentra em mostrar que existem componentes da experiência consciente, como o qualia, que não são capturados apenas por uma descrição física completa. A falibilidade do conhecimento não é o problema que Jackson está abordando, mas sim a natureza incompleta de uma explicação puramente fisicalista da consciência.
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Jackson sugere que, mesmo que saibamos tudo sobre os aspectos físicos de uma experiência, como o espectro de luz vermelha, isso não nos dá o conhecimento completo da experiência de ver vermelho.Esta alternativa está correta. O argumento de Frank Jackson, conhecido como o argumento do conhecimento ou o experimento mental de "Mary no quarto preto", envolve a ideia de que Mary, uma cientista que sabe tudo sobre física e sobre o espectro de luz, nunca viu a cor vermelha. Quando ela finalmente vê o vermelho pela primeira vez, adquire um novo tipo de conhecimento que não pode ser obtido apenas com as informações físicas que ela tinha. Assim, Jackson argumenta contra o fisicalismo, a ideia de que tudo pode ser explicado em termos físicos, mostrando que existem aspectos da experiência, como o qualia, que não são capturados pelo conhecimento físico.
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Jackson argumenta que o conhecimento é limitado pela linguagem e, portanto, nunca podemos verdadeiramente compreender experiências além das nossas.Esta alternativa não está correta. Frank Jackson não argumenta que o conhecimento é limitado pela linguagem. O argumento de Jackson, especialmente conhecido como o argumento de "Mary no quarto preto", trata de questionar se a compreensão completa de um fenômeno pode ser alcançada apenas com explicações físicas. Ele explora a ideia de que mesmo uma explicação completa em termos físicos pode não capturar a experiência subjetiva. O foco não é sobre as limitações da linguagem, mas sobre as limitações das explicações físicas para abarcar a totalidade da experiência consciente.
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O argumento de Jackson é que todo conhecimento é essencialmente subjetivo e que a experiência direta é a única forma de adquirir conhecimento real.Esta alternativa está incorreta. Jackson não argumenta que todo conhecimento é essencialmente subjetivo ou que a experiência direta é a única forma de adquirir conhecimento real. O argumento de "Mary no quarto preto" visa mostrar que existe um aspecto do conhecimento que não é capturado pela descrição física, mas isso não significa que todo conhecimento é subjetivo ou obtido somente através da experiência direta. Jackson está abordando as limitações de uma compreensão puramente física da mente, mas ele não adota uma posição que nega a objetividade do conhecimento em geral.
Como Frank Jackson utiliza o conceito de qualia para argumentar contra o fisicalismo?
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Jackson usa o conceito de qualia para argumentar que, mesmo que alguém saiba tudo sobre a física de uma sensação, essa pessoa não saberá como é a experiência subjetiva de tê-la, a menos que ela tenha tido essa experiência. Assim, o fisicalismo é incompleto porque deixa de fora certos aspectos da experiência humana.Essa é a alternativa correta. Frank Jackson utiliza o famoso experimento mental da "Mary na Sala Preta" para demonstrar que, mesmo que alguém saiba absolutamente tudo sobre os aspectos físicos de uma experiência de cor, por exemplo, essa pessoa ainda aprenderá algo novo ao vivenciar a cor diretamente. Isso sugere que as qualias, ou qualidades subjetivas das experiências, não podem ser totalmente explicadas por um conhecimento físico completo, indicando uma lacuna na teoria fisicalista.
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Jackson usa o conceito de qualia para argumentar que o fisicalismo é errado porque não pode explicar por que diferentes pessoas têm diferentes qualias para a mesma experiência.Essa alternativa está incorreta. Embora a ideia de diferentes qualias para a mesma experiência possa ser interessante, ela não é o foco central da argumentação de Frank Jackson contra o fisicalismo. Jackson não está preocupado com as diferenças de qualia entre indivíduos, mas sim em como o conhecimento físico completo sobre uma experiência não garante o conhecimento de como é experimentar essa sensação subjetivamente.
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Jackson usa o conceito de qualia para argumentar que as experiências subjetivas (qualia) podem existir independentemente de qualquer base física, sugerindo que a visão fisicalista é limitada e insuficiente para explicar todas as dimensões da experiência humana.Essa alternativa está incorreta. Embora Jackson sugira que o fisicalismo esteja incompleto, ele não afirma que as experiências subjetivas podem existir completamente independentes de uma base física. Seu argumento evidencia que há algo a mais do que o conhecimento físico nas experiências, mas não afirma que estas são completamente separadas do físico.
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Jackson usa o conceito de qualia para argumentar que o fisicalismo é incapaz de explicar como as experiências subjetivas (qualia) podem resultar de processos puramente físicos, sugerindo que existe uma entidade não-física, a mente, que deve ser reconhecida.Essa alternativa está parcialmente correta, mas não captura totalmente a ideia de Jackson. Jackson usa os qualia para argumentar que o fisicalismo é incompleto, mas ele faz isso ao mostrar que mesmo o conhecimento físico completo não proporciona um entendimento das experiências subjetivas. Ele não propõe diretamente a existência de uma entidade não-física. Em vez disso, exemplifica que as qualidades das experiências, como as percebidas por Mary na Sala Preta, são algo além do físico.
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Jackson usa o conceito de qualia para argumentar que as experiências subjetivas (qualia) não têm uma base física, portanto, o fisicalismo, que postula que tudo é físico, deve estar errado.Essa alternativa está incorreta. Jackson não argumenta que as experiências subjetivas não têm uma base física de forma absoluta, mas sim que saber todas as informações físicas não é o suficiente para conhecer as experiências subjetivas. O argumento é menos sobre a ausência de uma base física e mais sobre a insuficiência do conhecimento físico para capturar a totalidade da experiência.
Com base nos argumentos apresentados por Thomas Nagel e Frank Jackson a favor do dualismo de propriedades, qual das seguintes afirmações é correta?
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Nagel, com seu argumento "Como é ser um morcego?", e Jackson, com seu "Argumento do conhecimento", defendem que há aspectos da experiência consciente que não podem ser capturados ou explicados por processos físicos.Esta afirmação está correta. Tanto Thomas Nagel quanto Frank Jackson são conhecidos por argumentos que desafiam a visão de que a consciência pode ser completamente explicada pelo físico. Nagel, com seu famoso ensaio 'Como é ser um morcego?', argumenta que há aspectos qualitativos na experiência de consciência que não podem ser totalmente compreendidos por uma descrição objetiva em termos físicos. Jackson, por sua vez, com seu 'Argumento do conhecimento', ilustra que mesmo que alguém saiba todos os fatos físicos sobre uma experiência, ainda pode faltar algo - como Mary, a cientista que conhece todas as cores mas nunca viu a cor vermelha.
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Os argumentos de Nagel e Jackson defendem que as experiências mentais, como emoções e sensações, são causas diretas de processos físicos no cérebro.A afirmação está incorreta. Os argumentos de Nagel e Jackson não são centrados na ideia de que experiências mentais são causas diretas de processos físicos no cérebro. Em vez disso, seus argumentos se concentram na ideia de que há aspectos das experiências mentais que não podem ser reduzidos ou completamente explicados por processos físicos. Eles estão preocupados com a qualidade subjetiva e o conhecimento que podem não ser alcançáveis por descrições físicas.
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Thomas Nagel e Frank Jackson acreditam que todas as experiências conscientes podem ser completamente explicadas por processos físicos.A afirmação está incorreta. Thomas Nagel e Frank Jackson, de fato, argumentam contra a ideia de que todas as experiências conscientes podem ser completamente explicadas por processos físicos. Nagel, em particular, utiliza o argumento ‘Como é ser um morcego?’ para ressaltar que existem aspectos subjetivos da experiência que não podem ser reduzidos a explicações físicas, enquanto Jackson desenvolve o 'Argumento do conhecimento' para apontar que existem fatos sobre a experiência consciente que vão além das explicações físicas.
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Nagel e Jackson negam a existência de propriedades mentais, afirmando que todas as experiências são inerentemente físicas.Esta afirmação está incorreta. Tanto Nagel quanto Jackson, em seus principais argumentos, defendem a existência de propriedades mentais que não podem ser totalmente explicadas em termos físicos. Eles não negam a existência de propriedades mentais; ao contrário, desafiam a ideia de que essas propriedades podem ser totalmente capturadas pelos processos físicos do cérebro.
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