Questões sobre relativismo moral
“O uso de animais em rituais religiosos volta ao debate no Rio Grande do Sul e causa polêmica na Assembleia Legislativa. A terça-feira (24/03/2015) foi marcada por atividades contra e a favor do projeto da deputada estadual Regina Becker (PDT) que tramita no Legislativo e proíbe o sacrifício de animais pelas religiões afro-brasileiras. Em 2003, a prática foi barrada com a aprovação do Código Estadual de Proteção aos Animais pela Assembleia. Entretanto, um ano depois, o parlamento sofreu pressão das instituições dos Povos de Terreiro e voltou atrás, liberando a utilização dos animais.
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O problema sobre o direito de uma pessoa decidir quando e como deve morrer é, sem dúvida, um tema muito controvertido. Leia o texto a seguir que apresenta as diferenças culturais sobre este tema tão polêmico.
Lidar com o fenômeno morte nunca foi algo tão simples para algumas civilizações. Por exemplo, os antigos egípcios se preparavam para a morte ornando seus túmulos como templo para a vida eterna, pois sabiam que a vida se prolongava com o afastamento da alma do corpo.
O povo mexicano, nos dias de hoje, mantém em suas tradições o culto com festas aos seus antepassados no dia dos mortos. É próprio da tradição cristã crer que a vida terrena é passageira e a morte, o caminho para uma outra vida, vida eterna em graça de Deus, muito embora seja típico o choro por seus mortos. E assim, cada povo tem sua forma muito específica de lidar com esse fenômeno morte.
Noutro registro, pode-se pensar também no exemplo de como, fim do século XX, o médico Jack Kevorkian (1928- 2011) torna-se mundialmente conhecido como Dr. Morte ao desenvolver uma máquina para a prática de “suicídio assistido” cujo objetivo era abreviar o sofrimento dos doentes terminais: o próprio paciente aciona um mecanismo que injeta em seu corpo substâncias letais. Mais de 130 pacientes morreram por esse procedimento, denominado eutanásia. Fonte: Gallo. Silvio. Filosofia: experiência do pensamento. São Paulo: Editora Scipione. 2014 (adaptado).