TEXTO I
Pensemos um pouco sobre arte como uma forma de o homem marcar sua presença, criando objetos (quadros, filmes, músicas, esculturas, vídeos etc.) que oferecem uma interpretação do mundo tanto quanto uma frase. Só que, em vez de dizer que as coisas são assim, ele mostra, por meio de sua criação, que as coisas podem ser assim. TEXTO II
[O termo "estética"] foi usado pela primeira vez em forma latina como título de dois volumes, Aesthetica, de Alexander Baumgarten (1714-1762). O novo uso adotado por Baumgarten fazia parte de uma ênfase na atividade sensorial subjetiva e na criatividade humana especializada na arte, que se tornou dominante nesses campos e herdou a palavra-título da obra.
O termo "estética" dá nome ao campo filosófico que discute arte e literatura, uma abordagem que pressupõe a expressão artística como
manifestação de um artista consagrado pela sua capacidade de copiar a realidade.
essência verdadeira do ser humano no tempo presente.
conjunto de objetos sem finalidades pré-definidas, mas que são representações do belo.
representação simbólica de um sentido possível atribuído à realidade.
retrato fiel da realidade traduzida pelo artista para o público.
Uma das teses defendidas por Platão é a de que, quando uma pessoa se identifica com coisas boas, alcança o belo; e foi a partir desse pensamento platônico que, na Idade Média, surgiu a ideia de estudar a estética separadamente das outras duas áreas da filosofia a que estava atrelada: a lógica e a ética, surgindo, assim, a filosofia do belo. Disponível em: https://abstracta.pro.br/estetica/. Acesso em: 10 jun. 2020.
No passado, o significado de estética era um pouco diferente do que se tem hoje, ela indicava
uma ideia imposta pela razão com relação às emoções.
uma visão empirista em contrapartida à visão idealista de Platão.
a conduta e as relações humanas no mundo inteligível.
a sapiência do mundo pela aparência racional.
a compreensão do mundo pelo seu aspecto sensível.
Podemos dizer que, no contexto da chamada “modernidade”, em seu conceito filosófico, a ciência passa a gozar de grande prestígio como forma de conhecimento rigoroso. Vários estudiosos de epistemologia afirmaram que, nesse período, as diferentes formas de conhecimento passaram a almejar a condição de ciência. Por volta de 1750, Baumgarten falou de uma “ciência da arte e do belo”. Tal definição tornou-se clássica para designar uma das formas de expressão do saber construído pela humanidade. Escolha abaixo a alternativa que corresponde à forma de conhecimento referida por Baumgarten.
Estética
Física.
Literatura.
Matemática.
Filosofia.
Com base na charge e nos conhecimentos sobre Estética, considere as afirmativas a seguir.
I. A noção de estética formulada por Baumgarten afirma que o belo e a verdade se equiparam; a charge de Henfil pode ser pensada em analogia de modo que a água é a lógica do pensamento racional e científico e a pessoa, a lógica da imaginação.
II. Baumgarten retoma, com o conceito de estética, a assertiva aristotélica de que a arte é poiesis; a charge de Henfil parece representar essa ideia, a do ser humano que valoriza o conhecer em detrimento da expressão.
III. Baumgarten adotou a palavra “estética” para significar a “ciência do belo” ou investigação sobre os motivos do ato artístico com o objetivo de definir o conceito de belo absoluto.
IV. Baumgarten apresenta a tentativa sistemática abrangente de idear uma lógica da imaginação distinta da lógica do pensamento racional e científico.
Assinale a alternativa correta.
Somente as afirmativas I, II e III são corretas.
Somente as afirmativas I e IV são corretas.
Somente as afirmativas I e II são corretas.
Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.
Somente as afirmativas III e IV são corretas.
Kant definiu a Estética como sendo ciência. E completando, Alexander Baumgarten a definiu como sendo a teoria do belo e das suas manifestações através da arte. Como ciência e teoria do belo, a Estética pretende alcançar um tipo específico de conhecimento que é aquele captado
pelos sentidos.
pela alma.
pela emoção.
pela razão.
pela lógica.
Uma obra de arte pode denominar-se revolucionária se, em virtude da transformação estética, representar, no destino exemplar dos indivíduos, a predominante ausência de liberdade, rompendo assim com a realidade social mistificada e petrificada e abrindo os horizontes da libertação. Esta tese implica que a literatura não é revolucionária por ser escrita para a classe trabalhadora ou para a “revolução”. O potencial político da arte baseia-se apenas na sua própria dimensão estética. A sua relação com a práxis (ação política) é inexoravelmente indireta e frustrante. Quanto mais imediatamente política for a obra de arte, mais reduzidos são seus objetivos de transcendência e mudança. Nesse sentido, pode haver mais potencial subversivo na poesia de Baudelaire e Rimbaud que nas peças didáticas de Brecht. (Herbert Marcuse. A dimensão estética, s/d.)
Segundo o filósofo, a dimensão estética da obra de arte caracteriza-se por
contemplar as aspirações políticas das populações economicamente excluídas.
subordinar-se aos imperativos políticos e materiais de transformação da sociedade.
estabelecer uma relação de independência frente à conjuntura política imediata.
comprometer-se com as necessidades de entretenimento dos consumidores culturais.
apresentar conteúdos ideológicos de caráter conservador da ordem burguesa.
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