Segundo fontes históricas, Hitler teria declarado a um jornalista em 1922:
“Assim que eu realmente estiver no poder, minha primeira e mais importante tarefa será a aniquilação dos judeus. Tão logo eu tenha o poder de fazer isso, eu terei forcas construídas em fileiras – na Marienplatz em Munique, por exemplo, tantas quantas o tráfego permitir. Então os judeus serão enforcados indiscriminadamente, e eles continuarão pendurados até federem; eles ficarão pendurados lá tanto tempo quanto os princípios da higiene permitirem. Assim que eles tiverem sido desamarrados, o próximo lote será enforcado, e assim por diante da mesma maneira, até que o último judeu em Munique tiver sido exterminado. Outras cidades farão o mesmo, precisamente dessa maneira, até que toda a Alemanha tenha sido completamente limpa de judeus”.
O texto acima possui um argumento? Se sim, qual sua premissa e conclusão?
A conclusão do argumento de Hitler é de que ele irá aniquilar os judeus assim que estiver no poder e a premissa é a construção de forcas para fazer isso.
A alternativa está incorreta porque confunde premissa e conclusão. Uma premissa deve ser uma afirmação que sustenta uma conclusão. A construção de forcas é uma etapa do processo descrito, não o fundamento lógico que leva à conclusão de aniquilar os judeus. O desejo de aniquilação é a ideia principal (a conclusão), e não o meio para realizá-la (a premissa).
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A conclusão do argumento de Hitler é “até que toda a Alemanha tenha sido completamente limpa de judeus” e a premissa é “terei forcas construídas em fileiras.”
A alternativa está incorreta porque também confunde premissa e conclusão. A premissa é o que daria suporte lógico à conclusão. "Terei forcas construídas em fileiras" é um meio para atingir a conclusão, e não uma premissa que dá suporte lógico direto à conclusão sobre a destruição de todos os judeus na Alemanha.
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A premissa do argumento de Hitler é o extermínio de Judeus e a conclusão é a construção de forcas.
A alternativa está incorreta porque não identifica corretamente a relação entre premissa e conclusão. No argumento, a declaração de construir forcas é uma parte do plano, mas não serve como uma premissa que leva necessariamente à conclusão do extermínio, que é a verdadeira intenção, ou seja, a conclusão presumida de suas ações.
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A afirmação de Hitler não possui nenhum argumento.
A alternativa está correta. A declaração de Hitler, apesar de chocante e clara em suas intenções, carece de estrutura argumentativa que uma análise lógica tradicional exigiria. Ele não fornece uma premissa que logicamente levaria à conclusão que ele deseja, mas sim descreve um plano ou intenção.
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Por esses dois meios, podemos conhecer a diferença que reside entre os homens e os animais: é uma coisa bem observável o fato de não existirem homens tão alucinados nem tão estúpidos - incluindo mesmo os doentes mentais -, que não sejam capazes de juntar algumas palavras e de compor com elas um discurso pelo qual tornem compreensíveis seus pensamentos. Por outro lado, também é observável que nenhum outro animal é tão perfeito e tão bem produzido, que pudesse ser semelhante ao homem. E isso não acontece porque lhes faltam órgãos, afinal, vemos que as pegas e os papagaios podem dizer palavras tanto quanto nós, mas não podem falar como nós falamos, ou seja, falar dando uma prova de que eles pensam o que dizem. Isso não mostra somente que os animais têm menos razão do que os homens, mas que eles não têm nada parecido com uma razão.
DESCARTES, R. Discurso do método, 5~ parte, § 11. Trad. Juvenal Savian Filho, a partir da edição Gallimard (Paris, 2009) p. 41
Qual é a conclusão do texto ao acima?
A conclusão do texto é que os animais não são capazes de falar porque lhe faltam os órgãos adequados.
Esta alternativa está incorreta porque Descartes explicitamente afirma que a diferença entre animais e humanos não se deve à falta de órgãos nos animais. Ele menciona que alguns animais, como papagaios, têm a capacidade de articular palavras, mas isso não implica que eles tenham a capacidade de raciocínio. A conclusão, portanto, não é sobre a presença ou ausência de órgãos, mas sobre a diferença fundamental na razão.
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A conclusão do texto é de que, assim como animais, doentes mentais não são capazes de pensar.
Para entender por que essa alternativa está incorreta, é importante perceber que Descartes não está dizendo que doentes mentais não são capazes de pensar. Embora ele mencione que mesmo aqueles com doenças mentais conseguem expressar pensamentos, a ênfase está na diferença qualitativa entre a capacidade de raciocínio humana e a dos animais. A conclusão do texto não é a de que doentes mentais não pensam, mas sim que a capacidade de pensar e articular pensamentos de forma racional é uma característica inerente aos seres humanos e não é encontrada nos animais.
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O texto defende que homens são diferentes de animais porque os primeiros são capazes de falar e os últimos não.
Essa alternativa é incorreta porque simplifica demais o argumento de Descartes. A diferença apontada não é apenas na capacidade de falar. O que Descartes destaca é a capacidade de articular pensamentos de forma lógica e racional através da linguagem, algo que, segundo ele, os animais não conseguem fazer. Os animais podem até imitar sons ou palavras, mas não conseguem expressar pensamentos racionais por meio da linguagem, o que é uma diferença marcante entre humanos e animais segundo o filósofo.
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A conclusão principal do texto é de que homens são capazes de falar e animais não.
Embora esta alternativa pareça próxima do texto, ela está incorreta. Descartes não está apenas dizendo que a capacidade de falar é o que diferencia humanos de animais. Falar é uma manifestação externa de algo mais profundo: a capacidade racional e pensante. Assim, o texto não conclui apenas sobre a habilidade de falar, mas sobre a habilidade de pensar de modo racional e complexo, que se expressa através da linguagem.
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O texto acima defende que homens, diferente dos animais, são capazes de pensar.
Esta é a alternativa correta porque Descartes conclui que a principal diferença entre seres humanos e animais é a capacidade de raciocinar e pensar. O texto argumenta que, embora animais possam imitar sons ou palavras, somente humanos são capazes de usar a linguagem para expressar e provar pensamentos racionais, o que implica que os homens têm uma capacidade de raciocínio e pensamento que os animais não possuem.
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Julgar se a vida vale ou não a pena ser vivida é responder à pergunta fundamental da filosofia.[…] Se eu me pergunto por que julgo que tal questão é mais premente que tal outra, respondo que é pelas ações a que ela se compromete.[…] Galileu, que sustentava uma verdade científica importante, abjurou dela com a maior tranquilidade assim que viu sua vida em perigo. Em certo sentido, fez bem. Essa verdade não valia o risco da fogueira.[…] Mas vejo, em contrapartida, que muitas pessoas morrem porque consideram que a vida não vale a pena ser vivida. Vejo outros que, paradoxalmente, deixam-se matar pelas ideias ou ilusões que lhes dão uma razão de viver […]. Julgo, então, que o sentido da vida é a mais premente das perguntas.
CAMUS, Albert. O mito de Sísifo. Rio de Janeiro: Record, 2014, p. 18.
Qual das seguintes opções melhor reflete as premissas e a conclusão do argumento de Camus no texto "O mito de Sísifo"?
Premissa: O sentido da vida é uma pergunta sem importância. Conclusão: Não devemos nos preocupar com o sentido da vida.
A afirmação de que o sentido da vida é uma pergunta sem importância está em contradição direta com o que Camus diz no texto. Ele considera o sentido da vida a pergunta mais premente e fundamental da filosofia. Logo, essa alternativa está incorreta, porque distorce a importância que Camus atribui ao sentido da vida.
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Premissa: As ilusões e ideias que dão uma razão de viver são importantes para algumas pessoas. Conclusão: Devemos encontrar uma razão para viver, independentemente do que seja.
Embora Camus reconheça que algumas pessoas buscam sentido em ilusões ou ideias, ele não chega a concluir que todos devem buscar uma razão para viver, independente de qual seja. Camus está mais interessado em explorar as implicações da busca pelo sentido da vida do que em ditar o que deve ser a razão de viver dos outros. Por isso, essa alternativa não reflete com precisão o argumento de Camus no texto.
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Premissa: Uma resposta para o sentido da vida muitas vezes determina se a pessoa continua ou deixa de viver. Conclusão: O sentido da vida é a pergunta mais importante da filosofia.
Esta alternativa está correta. Camus argumenta que a resposta ao sentido da vida pode determinar se uma pessoa escolhe viver ou morrer. Ele usa exemplos de pessoas que abrem mão de crenças ou que são levadas a morrer por certas ideias para enfatizar que o sentido da vida é a pergunta mais importante que podemos enfrentar. Esta premissa e conclusão se alinham com a mensagem central do texto de Camus, que é a importância essencial de enfrentarmos a questão do sentido da vida.
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Premissa: Algumas pessoas abrem mão de suas crenças ou verdades para salvar suas próprias vidas. Conclusão: O sentido da vida não é tão importante quanto a sobrevivência.
Embora seja verdade que Camus menciona pessoas que abrem mão de suas crenças para preservar suas vidas, ele o faz para destacar a importância que algumas pessoas atribuem à questão do sentido da vida. A conclusão de que o sentido da vida não é tão importante quanto a sobrevivência não reflete a posição de Camus. Para ele, é precisamente o questionamento sobre o valor da vida que é fundamental, o que torna essa alternativa incorreta.
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Ontem, em Roma, Adam Nordwell, o chefe índio da tribo Chippewa, protagonizou uma reviravolta interessante. Ao descer do avião, proveniente da Califórnia, vestido com todo o esplendor tribal, Nordwell anunciou, em nome do povo índio americano, que tomava posse da Itália “por direito de descoberta”, tal como Cristóvão Colombo fizera quando chegara à América. “Proclamo este o dia da descoberta da Itália.”, disse Nordwell. “Que direito tinha Colombo de descobrir a América quando esta já era habitada pelo seu povo há milhares de anos? O mesmo direito tenho eu agora de vir à Itália proclamar a descoberta do vosso país.
Qual das seguintes opções melhor reflete as premissas e a conclusão do argumento de Adam Nordwell, com base no texto acima?
Premissa: Adam Nordwell não tem o direito de proclamar a descoberta da Itália em nome da sua tribo ao descer do avião pois já é propriedade de seu povo. Conclusão: Cristóvão Colombo também não tinha o direito de proclamar a descoberta da América.
Esta alternativa está incorreta. Parece ser uma interpretação errada do contexto apresentado. Nordwell não argumenta sobre não ter o direito, ao contrário, ele usa o ato de Colombo para justificar seu próprio ato. Sua intenção é expor a contradição na lógica do direito de descoberta quando usada por Colombo.
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Premissa: A Itália é um país com forte tradição indígena. Conclusão: Adam Nordwell tem o direito de proclamar a descoberta da Itália em nome da sua tribo.
Esta alternativa está incorreta. A premissa apresentada não se relaciona com a tradição indígena da Itália, mas sim com o conceito de 'direito de descoberta'. Além disso, Nordwell não afirma que a tradição indígena da Itália justifica sua proclamação. Ele faz uma analogia histórica, não cultural.
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Premissa: Os índios americanos foram os primeiros habitantes das Américas. Conclusão: Adam Nordwell tem o mesmo direito que Cristóvão Colombo teve de descobrir a América e, portanto, pode proclamar a descoberta da Itália.
Esta alternativa está correta. A premissa destacada aqui — que os indígenas foram os primeiros habitantes e, portanto, possuiam um direito sobre as terras das Américas — se alinha ao argumento de Nordwell. Ele usa essa lógica para questionar o ‘direito’ de Colombo e reivindicar o mesmo para si na Itália, enfatizando a crítica ao direito europeu de descoberta.
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Premissa: Adam Nordwell é um líder tribal muito respeitado. Conclusão: Ele tem o direito de proclamar a descoberta da Itália em nome da sua tribo e as autoridades italianas deveriam aceitar essa reivindicação.
Esta alternativa está incorreta. O argumento de Nordwell não se baseia em seu status como líder respeitado, mas na contestação do princípio de descoberta. O respeito como líder tribal não é o foco do argumento, mas sim o questionamento histórico sobre quem tem o direito de tomar posse de terras já habitadas.
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