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Questões sobre diálogo entre Sócrates e Laques

Em sua segunda tentativa de definir coragem, Laques afirma:

"Se tivesse de referir-me à coragem presente a todas essas situações, diria que é uma espécie de perseverança da alma."

O que ele quer dizer com isso?
Que a coragem está relacionada apenas à persistência em atividades físicas, como lutar em batalhas, e não tem relação com a força mental ou emocional.
Que a coragem é a capacidade de manter a determinação e a resiliência diante de adversidades, desafios ou situações perigosas, independentemente do contexto.
Que a coragem é uma qualidade que só pode ser desenvolvida através de repetidas experiências de enfrentamento de situações desafiadoras, sem considerar o papel das características individuais.
Laques entende a coragem como um aspecto que envolve apenas o enfrentamento de medos pessoais e não como uma virtude aplicável a situações mais amplas, como batalhas ou dilemas éticos.

Na discussão com Laques sobre a coragem, Sócrates afirma:

"Ou então, pense no caso de um médico. O filho ou qualquer enfermo com pneumonia pede que lhe dê de beber ou de comer coisas que não deve. Mas o médico não se deixa dobrar diante da insistência, mas persiste na recusa: coragem é isso?"

O que Sócrates pretende mostrar por meio desse questionamento?
Que a coragem é uma característica exclusiva dos médicos, já que eles precisam enfrentar adversidades e tomar decisões importantes.
Que a coragem é uma virtude que só pode ser desenvolvida ao longo do tempo e da experiência, como no caso do médico que adquire conhecimento ao longo de sua carreira.
Que a coragem é uma qualidade inerente a todos os seres humanos, e o exemplo do médico é apenas uma situação em que a coragem se manifesta.
Que nem toda perseverança pode ser considerada coragem, pois em alguns casos, como o do médico, a persistência se dá em função de conhecimento e responsabilidade, e não necessariamente de coragem.
Que apenas profissionais, como médicos, possuem coragem, pois são capazes de tomar decisões difíceis em situações de pressão.

Em sua primeira tentativa de definir coragem, Laques afirma:

"Como sabes, homem de coragem é o que se decide a não abandonar o seu posto no campo de batalha, a fazer face ao inimigo e a não fugir."

Qual o problema apontado por Sócrates em relação à essa definição?
A definição de Laques só inclui a coragem demonstrada em situações de confronto direto com o inimigo no campo de batalha, mas a coragem pode se manifestar em diferentes contextos e situações.
A definição de Laques é inadequada porque a coragem não é uma virtude importante na sociedade grega.
A definição de Laques está incorreta porque a coragem não envolve enfrentar o inimigo, mas sim aceitar a derrota.
A definição de Laques é muito ampla e não permite distinguir a coragem de outras virtudes.
A definição de Laques sugere que a coragem está presente apenas nos soldados e não nos cidadãos comuns.
Em que contexto surge o diálogo entre Sócrates e Laques sobre a coragem?
O diálogo ocorre durante uma sessão de treinamento militar, em que Sócrates e Laques discutem a importância da coragem em combate.
Laques e Sócrates discutem a coragem durante um julgamento em que o conceito é usado como critério para determinar a inocência de um acusado.
Laques e Sócrates discutem a coragem durante um jantar casual entre amigos, onde o assunto surge de forma espontânea.
A conversa acontece no contexto de uma discussão entre Sócrates, Laques, Nícias, Lísias e Melesias, que buscam a melhor forma de educar seus filhos para que se tornem cidadãos corajosos e virtuosos.
Ao final do diálogo, Sócrates e Laques chegam a uma definição conclusiva de coragem?
Sim, eles concordam que coragem é a disposição de enfrentar desafios e perigos.
Não, o diálogo termina sem qualquer progresso na definição de coragem.
Não, o diálogo revela as dificuldades em definir a coragem e a necessidade de uma definição mais precisa.
Sim, eles concordam que coragem é a persistência unida à razão.