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Questões sobre ética kantiana
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O que é uma lei moral para Kant?
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Um comando que deve ser seguido por todos os seres racionais, independentemente de suas inclinações pessoais e das circunstâncias.Esta explicação está correta. Para Kant, a lei moral é um imperativo categórico, ou seja, é um princípio que deve ser seguido por todos os seres racionalmente, independentemente das suas inclinações ou circunstâncias pessoais. Essa lei é universal e não depende de sentimentos ou consequências, refletindo a ideia de dever puro.
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É uma regra moral que deve ser seguida apenas se levar à felicidade do agente e das pessoas que são afetadas pela ação.Esta opção está errada. A filosofia moral de Kant sugere que devemos agir de acordo pelo dever e moralidade, não visando à felicidade. O que é moral não é determinado pelos resultados, mas pelo respeito à lei moral, que deve ser cumprida sem considerar os desejos ou consequências positivas para o agente ou outros.
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Uma regra estabelecida pelo governo que deve ser seguida em qualquer situação, sob pena de ter alguma punição.Esta alternativa está incorreta. Leis criadas pelos governos são regras jurídicas e não necessariamente coincidem com leis da moralidade. Kant separa ações realizadas por dever moral de ações realizadas por coação ou medo de punição; a moralidade está ligada apenas ao compromisso racional de seguir o imperativo categórico.
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Um regra moral estabelecida pela sociedade que deve ser seguida em todas as circunstâncias, sob pena de ter alguma punição.Esta alternativa está incorreta. Embora a sociedade possa estabelecer normas morais que espera que seus membros sigam, para Kant, a moralidade não está sujeita a dispositivos externos, como a sociedade ou punições. A moralidade é uma questão de dever derivada da razão pura, não de sanções sociais.
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É uma regra imposto pela religião ou pelos costumes culturais, muitas vezes injusta e por isso não necessariamente deve ser seguida.Esta alternativa está incorreta. Kant diferia práticas sociais ou religiosas das leis morais. Para ele, uma lei moral está relacionada com o imperativo categórico, que é um mandato da razão, não necessariamente conectado a regras impostas por religiões ou costumes culturais, que podem variar e não serem universais ou justas.
Texto I
Isso é liberdade, porque agir moralmente é agir de acordo com o que realmente somos, agentes morais/racionais. A lei da moralidade é ditada pela própria natureza da razão. Ser um agente racional é agir por razões. Por sua própria natureza, as razões são de aplicação geral. Uma coisa não pode ser uma razão para mim agora sem ser uma razão para todos os agentes numa situação relevantemente semelhante. Assim, o agente de fato racional age com base em princípios, razões que são entendidas como gerais em sua aplicação. É isso que Kant quer dizer por agir de acordo com a lei.
Texto II
Na medida em que argumenta que nossos juízos morais são enunciados baseados no que sentimos sobre o agente e/ou seu caráter, Hume tem sido interpretado como alguém que apresenta uma teoria subjetivista, sendo considerado a fonte clássica do pensamento não cognitivista em moral.
Isso é liberdade, porque agir moralmente é agir de acordo com o que realmente somos, agentes morais/racionais. A lei da moralidade é ditada pela própria natureza da razão. Ser um agente racional é agir por razões. Por sua própria natureza, as razões são de aplicação geral. Uma coisa não pode ser uma razão para mim agora sem ser uma razão para todos os agentes numa situação relevantemente semelhante. Assim, o agente de fato racional age com base em princípios, razões que são entendidas como gerais em sua aplicação. É isso que Kant quer dizer por agir de acordo com a lei.
Texto II
Na medida em que argumenta que nossos juízos morais são enunciados baseados no que sentimos sobre o agente e/ou seu caráter, Hume tem sido interpretado como alguém que apresenta uma teoria subjetivista, sendo considerado a fonte clássica do pensamento não cognitivista em moral.
De acordo com os textos, qual a diferença entre a forma de Hume e Kant compreenderem os juízos morais?
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De acordo com Kant, a moral é subjetiva porque "agir moralmente é agir de acordo com o que realmente somos", já Hume discorda disso ao afirmar que "nossos juízos morais são enunciados baseados no que sentimentos".A afirmação "para Kant, a moral é subjetiva" está equivocada. Na verdade, Kant argumenta que a moral é objetiva e baseada na razão, e não em sentimentos ou questões subjetivas. Quando ele diz "agir moralmente é agir de acordo com o que realmente somos", ele se refere ao nosso aspecto racional, não a caprichos ou variações pessoais. Por outro lado, Hume de fato insiste na importância dos sentimentos, o que é uma diferença fundamental na abordagem dos dois filósofos, mas a descrição de Kant nesta alternativa é errônea.
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De acordo com Kant, os juízos morais são enunciados baseados na razão, enquanto Hume defende que são baseados nos sentimentos do agente.Esta alternativa está correta. Kant acredita que os juízos morais devem ser fundamentados na razão, que é universal e aplicável a todos. Ele fala sobre agir de acordo com leis racionais e universais. Já Hume propõe que nossos juízos morais são influenciados pelos sentimentos e emoções, o que os torna subjetivos em sua essência. Essa distinção é fundamental para entender a diferença na abordagem desses dois filósofos com relação à moralidade.
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Para Kant, a moralidade é baseada nas leis de um determinado local, que devem ser aplicadas com igualdade para todos os cidadãos, já Hume acredita que a aplicação das leis é influenciada pelos sentimentos.Esta alternativa está incorreta. Kant não baseia sua filosofia moral nas leis de determinado local, mas na razão universal, ou seja, em princípios que devem ser aplicáveis a todos, independentemente de circunstâncias locais. Portanto, a moralidade para Kant não se resume às leis de um lugar específico. Já em relação a Hume, embora ele destaque a influência dos sentimentos na moralidade, não significa que ele considere que as "leis" em si sejam influenciadas por sentimentos. A moralidade, para Hume, tem mais a ver com nossas respostas emocionais do que com leis externas.
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Segundo Kant, agir de acordo com a lei é respeitar as leis do lugar em que vivemos, já Hume afirma que agir de acordo com a lei é agir "baseados no que sentimos".A alternativa está incorreta. Assim como na alternativa A, há um erro ao afirmar que, para Kant, agir de acordo com a lei significa seguir as leis do lugar em que vivemos. Kant prega uma moral universal baseada na razão prática, que é independente de leis locais. Quanto a Hume, dizer que agir de acordo com a lei é baseado no que sentimos não se aplica; ele afirma que nossos julgamentos morais são baseados em sentimentos, mas não fala de leis em si neste sentido.
Um menino, a pedido de sua mãe, foi de manhã à padaria para comprar pães de queijo. Como estivesse em dificuldades financeiras, o comerciante cobrou-lhe trinta centavos a mais pela mercadoria, considerando que este dinheiro por certo não faria falta a uma criança da aparência tão saudável.
De acordo com Kant, porque a ação acima viola a fórmula da lei universal do imperativo categórico?
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Porque o menino não deveria ter ido à padaria sozinho, pois isso pode ser perigosoEsta alternativa também está incorreta. De acordo com Kant, o imperativo categórico se preocupa com a universalização das máximas de nossas ações, não com questões de segurança pessoal, como a de uma criança ir à padaria sozinha. Essa preocupação é importante, mas não está relacionada ao conceito de agir conforme uma máxima que possa ser desejada como lei universal.
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Porque a mãe do menino não deveria ter pedido que ele comprasse algo que não poderiam pagarEsta alternativa está incorreta segundo a filosofia de Kant. O imperativo categórico centra-se em ações que podem ser universalizadas. A mãe pedindo ao filho para comprar os pães de queijo não é o foco da análise kantiana aqui, pois o problema não se baseia em se a mãe e o filho poderiam ou não pagar pelo produto, mas sim na ação do comerciante que cobra extra injustamente. Portanto, esta ação da mãe não se relaciona com a fórmula da lei universal.
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Porque o menino não deveria ter comprado pão de queijo, já que esse alimento não é saudável.Esta alternativa está incorreta. Kant não está preocupado com a saúde do pão de queijo, mas sim com a universalidade moral das ações. O foco da fórmula da lei universal é a máxima da ação do comerciante, ou seja, se sua ação de cobrar mais poderia ser uma norma para todos. A questão da saúde do alimento é irrelevante para a discussão sobre o imperativo categórico.
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Porque o comerciante não deveria ter cobrado um preço diferente para a mesma mercadoria com base na aparência do comprador.Embora seja verdade que o comerciante agiu de uma forma moralmente questionável ao julgar pela aparência e ao alterar o preço, a explicação com base na fórmula da lei universal do imperativo categórico não é exatamente sobre o preço diferenciado, mas sobre a universalidade de tal ação. Kant não se foca se a ação foi justa em termos de preço, mas se a máxima por trás dela poderia ser universalizada. Portanto, a simples menção de cobrar um preço diferente não captura diretamente a violação da "lei universal" do imperativo categórico.
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Porque o comerciante certamente não gostaria que essa ação se tornasse uma regra a ser seguida por todas as pessoas.Esta alternativa está correta segundo a perspectiva kantiana. Immanuel Kant nos ensina que devemos agir de maneira que possamos desejar que a máxima de nossas ações se torne uma lei universal. Ou seja, se todos agissem como o comerciante e cobrassem um preço extra apenas porque o comprador parece capaz de pagar sem reclamar, o comércio se tornaria injusto e arbitrário. O comerciante, portanto, está violando a fórmula da lei universal porque, certamente, ele não gostaria de viver num mundo onde ele próprio poderia ser vítima de um tal tratamento injusto e discriminatório com base apenas na aparência. Assim, cobrar mais se baseando apenas na suposição sobre a capacidade financeira do cliente não poderia ser uma lei universal sem levar a consequências negativas.
O dilema do trem é uma situação hipotética que apresenta um conflito moral entre escolher entre duas opções negativas, ambas com consequências fatais. No cenário clássico, um trem está desgovernado em alta velocidade em uma via, e se continuar seu curso, atropelará e matará cinco pessoas presas em seu caminho. O indivíduo que observa essa situação tem como única opção de desviar o trem para outra via, onde há apenas uma pessoa presa, mas isso ainda resultará na morte dessa única pessoa.
Suponha que o individuo nessa situação siga as ideias de Kant sobre o que é certo ou errado. Como ele poderia raciocinar para chegar a uma decisão?
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Ele deveria considerar que, ao usar a vida de uma pessoa para salvar outras cinco sem o seu consentimento, estaria violando sua capacidade de escolha, sua dignidade enquanto ser humano.Esta é a alternativa correta no contexto do dilema sob a ótica kantiana. Kant valoriza a dignidade humana e o respeito à autonomia dos indivíduos. Tomar a decisão de sacrificar uma vida para salvar outras cinco estaria tratando a pessoa sacrificada meramente como um meio para um fim e não como um fim em si mesmo, violando assim a sua dignidade e autonomia.
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Ele deveria considerar a máxima de que é sempre errado matar inocentes, conforme a ideia de Kant de que as leis devem ser universais.Esta alternativa está correta. De acordo com Kant, os princípios morais devem ser seguidos universalmente, o que significa que devemos agir apenas conforme máximas que gostaríamos que se tornassem uma lei universal. Kant era conhecido por sua ética deontológica, que foca em deveres e não nas consequências das ações. Assim, mesmo que desviar o trem mate apenas uma pessoa ao invés de cinco, ainda seria considerado errado, pois estaria indo contra a máxima de não matar inocentes.
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Ele deveria considerar a quantidade de sofrimento gerado por cada uma das possíveis ações, já que o ideia da ética é produzir menos sofrimento.Esta alternativa está incorreta quando consideramos a filosofia de Kant. Kant não acredita que a quantidade de sofrimento ou bem-estar seja um critério válido para decidir o que é moralmente correto. Diferentemente do utilitarismo, que procura minimizar o sofrimento, a ética kantiana prioriza seguir princípios morais categóricos.
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Ele deveria considerar as leis do local em que vive, já que para agir corretamente de um ponto de vista moral é necessário respeitar as leis.Esta alternativa está incorreta no contexto da teoria kantiana. Embora Kant ache importante o respeito às leis, ele considera que a moralidade se baseia em princípios racionais universais e não na legislação local. Se as leis fossem injustas, segui-las cegamente não seria considerado moral. Portanto, o argumento principal para a decisão não deve ser pautado estritamente pelas leis locais.
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Ele deveria pensar que salvar cinco vidas é moralmente superior do que salvar apenas uma, já que haverá menos sofrimento nesse caso.Esta alternativa está incorreta dentro da perspectiva kantiana. A escolha de salvar cinco vidas em vez de uma poderia parecer moralmente superior do ponto de vista utilitarista, que foca nos resultados das ações, mas Kant não baseia suas decisões éticas na consequência das ações, e sim nas intenções e no respeito às leis morais universais.
Selecione a alternativa abaixo que explica corretamente a diferença entre agir por dever e por inclinação.
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Agir por dever é uma ação racional e consciente que visa o bem-estar coletivo, enquanto agir por inclinação é mais uma ação emocional e impulsiva que busca satisfazer um desejo pessoal.Esta alternativa está parcialmente correta mas carece de precisão. Enquanto a ação por dever é, de fato, racional e baseada em princípios, não é focada especificamente no bem-estar coletivo, mas sim em cumprir o que é moralmente correto. Agir por inclinação é mais impulsivo porque é direcionado por desejos pessoais. No entanto, a distinção essencial entre florentes é sobre a motivação de base: princípios ou desejos, e não se a ação é para o bem pessoal ou coletivo.
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Agir por dever implica em seguir uma lei ou princípio moral que se considera válido, enquanto agir por inclinação é agir contra essas leis ou princípios.Esta alternativa está incorreta. Agir por dever implica seguir um princípio moral, sim, mas agir por inclinação não significa necessariamente agir contra essas leis ou princípios. Uma pessoa pode seguir uma inclinação que, por coincidência, também está de acordo com um princípio moral, mas a diferença está na motivação. Por inclinação, a motivação vem da satisfação pessoal, enquanto por dever vem do cumprimento de um princípio moral.
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Agir por dever significa realizar uma ação porque se acredita que é o correto a ser feito, independentemente dos desejos ou inclinações pessoais. Agir por inclinação, por outro lado, significa agir em conformidade com os próprios desejos e preferências.Esta alternativa está correta. Kant, um filósofo extremamente importante para a ética, faz a distinção entre agir por dever e agir por inclinação. Para Kant, agir por dever significa que a ação é realizada porque a pessoa acredita que é moralmente correta, ou seja, é guiada pela razão e pelo princípio moral, sem influências de desejos ou interesses pessoais. Já agir por inclinação significa seguir os próprios desejos, ainda que a ação possa coincidir com a ação correta, ela é guiar alguma inclinação pessoal, como buscar prazer ou evitar dor. Assim, a moralidade de uma ação não é determinada pelo resultado ou pelos desejos, mas pela intenção de cumprir o dever.
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Agir por dever é uma ação que se faz pensando nas consequências ou nos resultados coletivos, enquanto agir por inclinação está mais relacionado ao resultado ou benefício pessoal que se espera alcançar.Esta alternativa está incorreta. Kantianamente, a diferença entre agir por dever e por inclinação não está relacionada com consequências ou resultados. Agir por dever é sobre fazer algo porque é moralmente correto por princípio, enquanto agir por inclinação é sobre seguir desejos. Kant afirma que o valor moral da ação está na intenção de cumprir o dever, não nas consequências que a ação poderá ter.
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