O dilema do trem é uma situação hipotética que apresenta um conflito moral entre escolher entre duas opções negativas, ambas com consequências fatais. No cenário clássico, um trem está desgovernado em alta velocidade em uma via, e se continuar seu curso, atropelará e matará cinco pessoas presas em seu caminho. O indivíduo que observa essa situação tem como única opção de desviar o trem para outra via, onde há apenas uma pessoa presa, mas isso ainda resultará na morte dessa única pessoa.
De acordo com a ética kantiana, qual a decisão moralmente correta a ser tomada?
Deve-se escolher desviar o trem, já que isso maximiza o bem-estar do maior número de pessoas envolvidas na situação.
Deve-se escolher desviar o trem, porque agir de acordo com as consequências esperadas é a única maneira de determinar a ação moralmente correta.
Deve-se escolher não desviar o trem, já que a decisão de sacrificar uma pessoa faz com que o agente possa ser considerado um assassino.
Deve-se escolher não desviar o trem, porque a decisão de matar uma pessoa para salvar outras cinco não passaria no teste de universalização da fórmula da lei universal do imperativo categórico.
Deve-se escolher não desviar o trem, pois a decisão de matar uma pessoa para salvar outras cinco viola a fórmula do fim em si do imperativo categórico.
"O imperativo categórico é, portanto só um único, que é este: Age apenas segundo uma máxima tal que possas ao mesmo tempo querer que ela se torne lei universal."
Segundo essa formulação do imperativo categórico por Kant, uma ação é considerada ética quando:
Quando a ação é permitida por um sistema jurídico ou por uma autoridade religiosa.
Quando a ação é útil para o alcance de um determinado fim, como a felicidade ou o bem-estar.
Quando a ação é aprovada pela sociedade em que o agente está inserido.
Quando a ação está de acordo com os desejos do agente moral.
Quando a ação é universalizável, ou seja, quando poderia se tornar uma lei que todas as pessoas devem seguir.
Um menino, a pedido de sua mãe, foi de manhã à padaria para comprar pães de queijo. Como estivesse em dificuldades financeiras, o comerciante cobrou-lhe trinta centavos a mais pela mercadoria, considerando que este dinheiro por certo não faria falta a uma criança da aparência tão saudável.
De acordo com Kant, porque a ação acima viola a fórmula da lei universal do imperativo categórico?
Porque o comerciante certamente não gostaria que essa ação se tornasse uma regra a ser seguida por todas as pessoas.
Porque o menino não deveria ter ido à padaria sozinho, pois isso pode ser perigoso
Porque a mãe do menino não deveria ter pedido que ele comprasse algo que não poderiam pagar
Porque o menino não deveria ter comprado pão de queijo, já que esse alimento não é saudável.
Porque o comerciante não deveria ter cobrado um preço diferente para a mesma mercadoria com base na aparência do comprador.
O dilema do trem é uma situação hipotética que apresenta um conflito moral entre escolher entre duas opções negativas, ambas com consequências fatais. No cenário clássico, um trem está desgovernado em alta velocidade em uma via, e se continuar seu curso, atropelará e matará cinco pessoas presas em seu caminho. O indivíduo que observa essa situação tem como única opção de desviar o trem para outra via, onde há apenas uma pessoa presa, mas isso ainda resultará na morte dessa única pessoa.
Suponha que o individuo nessa situação siga as ideias de Kant sobre o que é certo ou errado. Como ele poderia raciocinar para chegar a uma decisão?
Ele deveria pensar que salvar cinco vidas é moralmente superior do que salvar apenas uma, já que haverá menos sofrimento nesse caso.
Ele deveria considerar a quantidade de sofrimento gerado por cada uma das possíveis ações, já que o ideia da ética é produzir menos sofrimento.
Ele deveria considerar as leis do local em que vive, já que para agir corretamente de um ponto de vista moral é necessário respeitar as leis.
Ele deveria considerar a máxima de que é sempre errado matar inocentes, conforme a ideia de Kant de que as leis devem ser universais.
Ele deveria considerar que, ao usar a vida de uma pessoa para salvar outras cinco sem o seu consentimento, estaria violando sua capacidade de escolha, sua dignidade enquanto ser humano.
Havia uma mulher chamada Ana que estava passeando no parque quando viu um homem caindo no lago e gritando por ajuda. Ana rapidamente pulou na água e conseguiu salvar o homem, mas ele havia engolido muita água e estava inconsciente.
Quando a ambulância chegou, o paramédico perguntou o que havia acontecido. Ana sabia que o homem era um criminoso perigoso procurado pela polícia, mas ela também sabia que se contasse a verdade sobre como o homem havia caído no lago, ele seria preso e não receberia o tratamento médico adequado.
Então, Ana decidiu mentir e disse que o homem havia se desequilibrado enquanto caminhava perto do lago. Embora ela soubesse que estava sendo desonesta, Ana acreditava que salvar a vida do homem era mais importante do que a verdade.
Suponha que Ana esteja estudando a ética kantiana e gostaria de saber o que Kant pensaria de sua ação. Qual raciocínio ela deveria seguir, usando a fórmula universal do imperativo categórico, para avaliar se sua ação foi correta?
Ela deveria se perguntar quais eram seus próprios desejos e necessidades naquele momento, considerando também as consequências de sua ação.
Ela deveria avaliar sua ação baseada em suas próprias preferências e gostos, levando em consideração os valores universais de justiça e respeito pelas outras pessoas.
Ela deveria se perguntar se a sua ação seria aceitável se fosse transformada em uma lei universal aplicável a todas as pessoas em todas as situações.
Ela deveria se perguntar se sua ação estava baseada em um sentimento de dever e obrigação de salvar a vida de alguém.
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