O dilema do trem é uma situação hipotética que apresenta um conflito moral entre escolher entre duas opções negativas, ambas com consequências fatais. No cenário clássico, um trem está desgovernado em alta velocidade em uma via, e se continuar seu curso, atropelará e matará cinco pessoas presas em seu caminho. O indivíduo que observa essa situação tem como única opção de desviar o trem para outra via, onde há apenas uma pessoa presa, mas isso ainda resultará na morte dessa única pessoa.
Suponha que o individuo nessa situação siga as ideias de Kant sobre o que é certo ou errado. Como ele poderia raciocinar para chegar a uma decisão?
Ele deveria considerar que, ao usar a vida de uma pessoa para salvar outras cinco sem o seu consentimento, estaria violando sua capacidade de escolha, sua dignidade enquanto ser humano.
Ele deveria considerar a quantidade de sofrimento gerado por cada uma das possíveis ações, já que o ideia da ética é produzir menos sofrimento.
Ele deveria pensar que salvar cinco vidas é moralmente superior do que salvar apenas uma, já que haverá menos sofrimento nesse caso.
Ele deveria considerar as leis do local em que vive, já que para agir corretamente de um ponto de vista moral é necessário respeitar as leis.
Ele deveria considerar a máxima de que é sempre errado matar inocentes, conforme a ideia de Kant de que as leis devem ser universais.
Selecione a alternativa abaixo que explica corretamente a diferença entre agir por dever e por inclinação.
Agir por dever implica em seguir uma lei ou princípio moral que se considera válido, enquanto agir por inclinação é agir contra essas leis ou princípios.
Agir por dever é uma ação racional e consciente que visa o bem-estar coletivo, enquanto agir por inclinação é mais uma ação emocional e impulsiva que busca satisfazer um desejo pessoal.
Agir por dever é uma ação que se faz pensando nas consequências ou nos resultados coletivos, enquanto agir por inclinação está mais relacionado ao resultado ou benefício pessoal que se espera alcançar.
Agir por dever significa realizar uma ação porque se acredita que é o correto a ser feito, independentemente dos desejos ou inclinações pessoais. Agir por inclinação, por outro lado, significa agir em conformidade com os próprios desejos e preferências.
Texto I
Isso é liberdade, porque agir moralmente é agir de acordo com o que realmente somos, agentes morais/racionais. A lei da moralidade é ditada pela própria natureza da razão. Ser um agente racional é agir por razões. Por sua própria natureza, as razões são de aplicação geral. Uma coisa não pode ser uma razão para mim agora sem ser uma razão para todos os agentes numa situação relevantemente semelhante. Assim, o agente de fato racional age com base em princípios, razões que são entendidas como gerais em sua aplicação. É isso que Kant quer dizer por agir de acordo com a lei.
Texto II
Na medida em que argumenta que nossos juízos morais são enunciados baseados no que sentimos sobre o agente e/ou seu caráter, Hume tem sido interpretado como alguém que apresenta uma teoria subjetivista, sendo considerado a fonte clássica do pensamento não cognitivista em moral.
De acordo com os textos, qual a diferença entre a forma de Hume e Kant compreenderem os juízos morais?
Para Kant, a moralidade é baseada nas leis de um determinado local, que devem ser aplicadas com igualdade para todos os cidadãos, já Hume acredita que a aplicação das leis é influenciada pelos sentimentos.
De acordo com Kant, os juízos morais são enunciados baseados na razão, enquanto Hume defende que são baseados nos sentimentos do agente.
Segundo Kant, agir de acordo com a lei é respeitar as leis do lugar em que vivemos, já Hume afirma que agir de acordo com a lei é agir "baseados no que sentimos".
De acordo com Kant, a moral é subjetiva porque "agir moralmente é agir de acordo com o que realmente somos", já Hume discorda disso ao afirmar que "nossos juízos morais são enunciados baseados no que sentimentos".
Havia uma mulher chamada Ana que estava passeando no parque quando viu um homem caindo no lago e gritando por ajuda. Ana rapidamente pulou na água e conseguiu salvar o homem, mas ele havia engolido muita água e estava inconsciente.
Quando a ambulância chegou, o paramédico perguntou o que havia acontecido. Ana sabia que o homem era um criminoso perigoso procurado pela polícia, mas ela também sabia que se contasse a verdade sobre como o homem havia caído no lago, ele seria preso e não receberia o tratamento médico adequado.
Então, Ana decidiu mentir e disse que o homem havia se desequilibrado enquanto caminhava perto do lago. Embora ela soubesse que estava sendo desonesta, Ana acreditava que salvar a vida do homem era mais importante do que a verdade.
Suponha que Ana esteja estudando a ética kantiana e gostaria de saber o que Kant pensaria de sua ação. Qual raciocínio ela deveria seguir, usando a fórmula universal do imperativo categórico, para avaliar se sua ação foi correta?
Ela deveria se perguntar se sua ação estava baseada em um sentimento de dever e obrigação de salvar a vida de alguém.
Ela deveria se perguntar quais eram seus próprios desejos e necessidades naquele momento, considerando também as consequências de sua ação.
Ela deveria avaliar sua ação baseada em suas próprias preferências e gostos, levando em consideração os valores universais de justiça e respeito pelas outras pessoas.
Ela deveria se perguntar se a sua ação seria aceitável se fosse transformada em uma lei universal aplicável a todas as pessoas em todas as situações.
Um menino, a pedido de sua mãe, foi de manhã à padaria para comprar pães de queijo. Como estivesse em dificuldades financeiras, o comerciante cobrou-lhe trinta centavos a mais pela mercadoria, considerando que este dinheiro por certo não faria falta a uma criança da aparência tão saudável.
De acordo com Kant, porque a ação acima viola a fórmula da lei universal do imperativo categórico?
Porque o comerciante certamente não gostaria que essa ação se tornasse uma regra a ser seguida por todas as pessoas.
Porque o menino não deveria ter comprado pão de queijo, já que esse alimento não é saudável.
Porque o comerciante não deveria ter cobrado um preço diferente para a mesma mercadoria com base na aparência do comprador.
Porque o menino não deveria ter ido à padaria sozinho, pois isso pode ser perigoso
Porque a mãe do menino não deveria ter pedido que ele comprasse algo que não poderiam pagar
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