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Questões sobre utilitarismo
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Assinale a alternativa que contenha apenas nomes de filósofos utilitaristas.
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Kant e Platão.Kant é conhecido por sua filosofia moral deontológica, ou kantianismo, que é bastante diferente do utilitarismo. Enquanto o utilitarismo é uma ética consequencialista (foca nos resultados das ações), o kantianismo foca no cumprimento do dever e no respeito a princípios morais universais. Platão, como já mencionado, é um filósofo clássico cuja filosofia não se relaciona com o utilitarismo. Em suma, nenhum dos dois é utilitarista.
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Platão e Stuart Mill.Platão, assim como Sócrates e Aristóteles, é um filósofo da Grécia Antiga, e suas ideias não estão relacionadas ao utilitarismo. John Stuart Mill, por outro lado, é um dos maiores expoentes do utilitarismo. Utilitarismo é uma doutrina ética que defende a maximização da felicidade ou utilidade geral, e Stuart Mill contribuiu significativamente para o desenvolvimento dessa teoria. Assim, enquanto Stuart Mill é utilitarista, Platão definitivamente não é.
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Stuart Mill e Bentham.Stuart Mill e Bentham são dois principais nomes no desenvolvimento do utilitarismo. Jeremy Bentham é frequentemente considerado o pai do utilitarismo moderno, suas ideias se baseavam na máxima "o maior bem para o maior número". John Stuart Mill aprimorou as ideias de Bentham, introduzindo reflexões sobre a qualidade dos prazeres, além da quantidade. Portanto, essa alternativa está correta, pois ambos são, sem dúvida, filósofos utilitaristas.
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Sócrates e Aristóteles.Sócrates e Aristóteles são filósofos gregos clássicos. Sócrates é conhecido por sua contribuição ao desenvolvimento do método socrático de indagação; Aristóteles, por sua vez, é famoso por seu trabalho lógico e metafísico, entre outros. Nenhum dos dois é associado ao utilitarismo. O utilitarismo é uma corrente ética moderna que tem Jeremy Bentham e John Stuart Mill como seus principais representantes.
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Kant e Bentham.Kant, como discutido anteriormente, é associado ao kantianismo, uma ética baseada no dever, e não às consequências, como é o caso do utilitarismo. Já Jeremy Bentham é um dos fundadores do utilitarismo, mas a presença de Kant nesta alternativa a torna incorreta em relação à pergunta, pois Kant não é um filósofo utilitarista.
Nem sempre há consenso em uma sociedade plural, diversificada, sobre se uma ação é certa ou errada, moral ou imoral. Um bom exemplo disso é o caso do aborto. Considere o caso de um aborto de um feto com menos de 1 mês de idade, quando ele ainda não tem estrutura cerebral suficiente para que seja capaz de sentir dor ou ter outras sensações, num caso em que a gravidez ocorreu por descuido. Algumas pessoas consideram uma ação imoral, enquanto outras pensam que se trata de uma ação moral.
Diante dessa questão, como o utilitarismo raciocinaria para chegar a uma resposta?
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O utilitarismo iria ignorar completamente as questões éticas e morais, baseando-se apenas em cálculos utilitários frios e impessoais.Essa alternativa está incorreta. É um mal-entendido comum considerar o utilitarismo como indiferente às questões éticas e morais. Na verdade, o utilitarismo está profundamente preocupado com ética, tentando aumentar o bem-estar geral. Embora calcule efeitos de maneira racional, esses cálculos não são "frios" pelo sentido de desprezar aspectos éticos, mas sim uma tentativa metodológica de considerar todas as implicações de uma ação para aumentar o bem-estar e reduzir o sofrimento. Portanto, ele não ignora questões éticas, mas sim usa um método que é, de fato, ético dentro do seu paradigma.
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O utilitarismo iria prioriza a felicidade individual em detrimento do bem-estar coletivo, mesmo que isso signifique a perpetuação de desigualdades e injustiças sociais.Essa alternativa está errada. O utilitarismo não prioriza a felicidade individual em detrimento do bem-estar coletivo. Na verdade, a premissa básica do utilitarismo é justamente o oposto: maximizar o bem-estar coletivo. Ele visa o maior bem para o maior número de pessoas, o que pode, em alguns casos, exigir que a felicidade ou o interesse individual sejam sacrificados em favor de um maior benefício coletivo.
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O utilitarismo iria ponderar a maximização da felicidade das pessoas impactadas pelo aborto com a preservação do direito à vida do feto, buscando encontrar um equilíbrio entre esses valores.Essa alternativa adiciona a ideia de equilíbrio entre valores, o que está incorreto dentro da perspectiva utilitarista. O utilitarismo clássico não lida com valores fixos ou intrínsecos, como o "direito à vida" do feto. Em vez disso, ele se concentra exclusivamente nas consequências e na maximização do bem-estar. Portanto, esta explicação mistura conceitos de outras teorias éticas, como o deontologismo, que pode considerar os direitos de forma independente das consequências, o que não é próprio do utilitarismo.
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O utilitarismo iria avaliar as consequências do aborto para a família e a sociedade em geral, mas não consideraria as consequências para o feto, uma vez que ele não é capaz de sentir prazer ou dor.Esta é a alternativa correta. Em contexto, o utilitarismo consideraria a falta de capacidade do feto de sentir prazer ou dor como um fator na avaliação das consequências do aborto. Se o feto não tem a capacidade de sofrer ou sentir prazer, um utilitarista poderia argumentar que suas "necessidades" ou "direitos" não devem ser considerados da mesma forma que aqueles de indivíduos que podem realmente experimentar as consequências da ação. Assim, as consequências para o feto seriam vistas como neutras ou inexistentes no cálculo utilitarista.
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O utilitarismo iria avaliar as consequências do aborto, buscando maximizar o bem-estar das pessoas impactadas por ele, como a mãe, o pai, o feto e a sociedade em geral.Essa alternativa está quase correta, pois descreve como o utilitarismo pensa. O utilitarismo realmente foca em avaliar as consequências de uma ação para todas as partes envolvidas, buscando maximizar o bem-estar geral. Isso significa considerar o impacto na mãe, no pai, e potencialmente na sociedade como um todo. Essa é uma abordagem característica do utilitarismo, que tenta maximizar o bem-estar ou felicidade agregada. No entanto, a alternativa não menciona explicitamente que o feto não seria considerado devido à sua incapacidade de sentir, o que é um detalhe importante no contexto dado.
Para contornar algumas críticas, os utilitaristas desenvolveram várias concepções diferentes de utilitarismo. Uma delas é o chamado utilitarismo de preferências.
Qual das afirmações abaixo define de maneira mais exata o utilitarismo de preferências?
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Segundo o utilitarismo de preferências, devemos sempre ajudar aqueles que mais precisam.Essa afirmação parece descrever um princípio mais relacionado a ideias de justiça social ou teorias éticas que focam na necessidade, como algumas formas de ética de cuidado. O utilitarismo de preferências é mais sobre maximizar as preferências individuais, em vez de especificamente ajudar os mais necessitados. Por isso, essa alternativa está incorreta no contexto do utilitarismo de preferências.
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Segundo o utilitarismo de preferências, devemos sempre maximizar o bem-estar dos envolvidos na ação.Essa afirmação parece descrever o utilitarismo clássico, que enfoca a maximização do bem-estar ou felicidade agregada. O utilitarismo de preferências, no entanto, é uma variação que não olha apenas para o bem-estar em termos de prazer ou dor, mas sim em como as preferências ou desejos das pessoas são satisfeitos. Portanto, essa opção está incorreta como descrição do utilitarismo de preferências.
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Segundo o utilitarismo de preferências, devemos sempre agir de modo a querer que nossa ação possa se tornar uma lei universal.Essa afirmação reflete um princípio central do imperativo categórico de Kant, que é uma teoria deontológica e não utilitarista. O utilitarismo, incluindo o de preferências, é uma teoria teleológica, ou seja, foca nas consequências da ação em termos de satisfação de preferências, não nos princípios que poderiam ser universalizados. Dessa forma, essa alternativa é incorreta para descrever o utilitarismo de preferências.
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Segundo o utilitarismo de preferências, devemos sempre agir para maximizar as preferências dos envolvidos na ação.Esta definição é precisa para o utilitarismo de preferências. Diferente do utilitarismo clássico que foca no prazer, o utilitarismo de preferências busca maximizar a satisfação das preferências dos indivíduos afetados pela ação. Isso significa que a "melhor" ação é aquela que mais satisfaz as preferências das pessoas envolvidas, tornando esta a resposta correta.
De acordo com o utilitarismo, qual é o objetivo fundamental da moralidade?
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Seguir um conjunto fixo de regras morais.Também está incorreta. O utilitarismo não se baseia em seguir regras fixas, mas sim em analisar as consequências das ações para maximizar a felicidade geral. Um sistema de regras fixas não considera as circunstâncias variáveis que impactam o resultado das ações.
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Alcançar a perfeição moral pessoal.Incorreta, pois o foco do utilitarismo não é alcançar a perfeição moral pessoal, mas sim promover o bem-estar coletivo. O utilitarismo se preocupa com as consequências das ações em termos de felicidade ou sofrimento para todos envolvidos, e não com a perfeição moral individual.
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Maximizar a felicidade ou o prazer e minimizar o sofrimento ou a dor.Esta está correta. O utilitarismo, conforme proposto por filósofos como Jeremy Bentham e John Stuart Mill, busca maximizar a felicidade ou o prazer ao mesmo tempo em que minimiza o sofrimento ou a dor. Este critério é conhecido como 'o princípio da maior felicidade'.
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Proteger os direitos e interesses individuais.Esta alternativa está incorreta. O utilitarismo foca no resultado das ações e não nos direitos ou interesses individuais. Sua abordagem é avaliar o que traz a maior felicidade ou menor sofrimento para o maior número de pessoas, e não garantir a proteção dos interesses de indivíduos específicos.
Um dos argumentos geralmente utilizados pelos defensores dos direitos dos animais é de que a criação e abate de animais gera uma quantidade muito grande de sofrimento desnecessário. Se considerarmos imparcialmente, por exemplo, o saldo de prazer que temos ao comê-los e o desprazer gerado aos animais para satisfazer esse nosso desejo, concluiremos que usar animais para alimentação é, claramente, uma ação imoral.
Qual teoria moral está por trás desse tipo de raciocínio?
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O contratualismo, que defende que as regras morais são aquelas que poderiam ser aceitas por todos os membros de uma sociedade em uma situação de igualdade. Nesse caso, as regras sobre o tratamento dos animais seriam aquelas que poderiam ser aceitas por todos os membros de uma sociedade.Esta alternativa está incorreta para o argumento apresentado. Contratualismo envolve a criação de regras morais por meio de acordos justos entre partes iguais em uma sociedade. O argumento do utilitarismo está mais focado no balanço de prazeres e sofrimentos, e não na ideia de um contrato ou acordo justo, que é a base do contratualismo.
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O emotivismo, que defende que as ações não possuem valor moral intrínseco, mas sim que as pessoas fazem julgamentos morais baseados em suas emoções e sentimentos. Nesse caso, a decisão de comer ou não carne seria baseada em emoções e sentimentos pessoais, como empatia pelos animais.Esta alternativa está incorreta no contexto deste argumento. Emotivismo sugere que julgamentos morais são baseados em emoções e não em fatos objetivos. O argumento sobre o sofrimento dos animais e o prazer humano ao consumi-los é baseado em um cálculo racional das consequências (típico do utilitarismo), e não apenas em uma reação emocional pessoal.
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O deontologismo, que defende que existem certas ações que são intrinsecamente erradas, independentemente das consequências que geram. Nesse caso, o sofrimento dos animais seria uma violação do dever moral de não causar danos desnecessários.Esta alternativa está incorreta no contexto dado. Deontologismo foca em deveres e direitos intrínsecos, ou seja, algumas ações são certas ou erradas em si mesmas, sem considerar as consequências. Embora o sofrimento animal possa ser relevante para algumas teorias deontológicas, o argumento fornecido se baseia na comparação de resultados em termos de prazer e sofrimento, que é uma abordagem utilitarista.
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O utilitarismo, que defende que as ações corretas são aquelas que maximizam a felicidade e minimizam o sofrimento, levando em consideração o bem-estar de todos os envolvidos, incluindo os animais.Esta alternativa está correta. O argumento apresentado é claramente utilitarista, pois considera o saldo de prazer e sofrimento envolvido na ação de comer carne. O utilitarismo prega que uma ação é moralmente correta se maximiza o prazer e minimiza o sofrimento para o maior número de seres sensíveis, e isso inclui animais. Essa perspectiva leva em consideração os interesses de todos os afetados, independentemente de serem humanos ou não.
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O relativismo moral, que defende que não há verdades morais absolutas, mas sim que cada cultura ou indivíduo deve estabelecer seus próprios padrões morais. Nesse caso, a escolha de comer ou não carne seria baseada na cultura ou preferências individuais.Esta alternativa está incorreta para o argumento presente. Relativismo moral sugere que padrões morais variam de cultura para cultura ou de pessoa para pessoa. O argumento dado, entretanto, se baseia na avaliação objetiva dos prazeres e sofrimentos envolvidos em comer carne, o que não está alinhado com o relativismo, que enfatiza a ausência de verdades morais universais.
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