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Questões sobre ética kantiana

Texto I

Isso é liberdade, porque agir moralmente é agir de acordo com o que realmente somos, agentes morais/racionais. A lei da moralidade é ditada pela própria natureza da razão. Ser um agente racional é agir por razões. Por sua própria natureza, as razões são de aplicação geral. Uma coisa não pode ser uma razão para mim agora sem ser uma razão para todos os agentes numa situação relevantemente semelhante. Assim, o agente de fato racional age com base em princípios, razões que são entendidas como gerais em sua aplicação. É isso que Kant quer dizer por agir de acordo com a lei.

Texto II

Na medida em que argumenta que nossos juízos morais são enunciados baseados no que sentimos sobre o agente e/ou seu caráter, Hume tem sido interpretado como alguém que apresenta uma teoria subjetivista, sendo considerado a fonte clássica do pensamento não cognitivista em moral.

De acordo com os textos, qual a diferença entre a forma de Hume e Kant compreenderem os juízos morais?
Segundo Kant, agir de acordo com a lei é respeitar as leis do lugar em que vivemos, já Hume afirma que agir de acordo com a lei é agir "baseados no que sentimos".
De acordo com Kant, a moral é subjetiva porque "agir moralmente é agir de acordo com o que realmente somos", já Hume discorda disso ao afirmar que "nossos juízos morais são enunciados baseados no que sentimentos".
De acordo com Kant, os juízos morais são enunciados baseados na razão, enquanto Hume defende que são baseados nos sentimentos do agente.
Para Kant, a moralidade é baseada nas leis de um determinado local, que devem ser aplicadas com igualdade para todos os cidadãos, já Hume acredita que a aplicação das leis é influenciada pelos sentimentos.
O que é uma lei moral para Kant?
Um regra moral estabelecida pela sociedade que deve ser seguida em todas as circunstâncias, sob pena de ter alguma punição.
Um comando que deve ser seguido por todos os seres racionais, independentemente de suas inclinações pessoais e das circunstâncias.
É uma regra moral que deve ser seguida apenas se levar à felicidade do agente e das pessoas que são afetadas pela ação.
Uma regra estabelecida pelo governo que deve ser seguida em qualquer situação, sob pena de ter alguma punição.
É uma regra imposto pela religião ou pelos costumes culturais, muitas vezes injusta e por isso não necessariamente deve ser seguida.

"O imperativo categórico é, portanto só um único, que é este: Age apenas segundo uma máxima tal que possas ao mesmo tempo querer que ela se torne lei universal."

Segundo essa formulação do imperativo categórico por Kant, uma ação é considerada ética quando:
Quando a ação é permitida por um sistema jurídico ou por uma autoridade religiosa.
Quando a ação é útil para o alcance de um determinado fim, como a felicidade ou o bem-estar.
Quando a ação é aprovada pela sociedade em que o agente está inserido.
Quando a ação está de acordo com os desejos do agente moral.
Quando a ação é universalizável, ou seja, quando poderia se tornar uma lei que todas as pessoas devem seguir.

Um menino, a pedido de sua mãe, foi de manhã à padaria para comprar pães de queijo. Como estivesse em dificuldades financeiras, o comerciante cobrou-lhe trinta centavos a mais pela mercadoria, considerando que este dinheiro por certo não faria falta a uma criança da aparência tão saudável.

De acordo com Kant, porque a ação acima viola a fórmula da lei universal do imperativo categórico?
Porque o menino não deveria ter ido à padaria sozinho, pois isso pode ser perigoso
Porque o comerciante certamente não gostaria que essa ação se tornasse uma regra a ser seguida por todas as pessoas.
Porque a mãe do menino não deveria ter pedido que ele comprasse algo que não poderiam pagar
Porque o menino não deveria ter comprado pão de queijo, já que esse alimento não é saudável.
Porque o comerciante não deveria ter cobrado um preço diferente para a mesma mercadoria com base na aparência do comprador.

O dilema do trem é uma situação hipotética que apresenta um conflito moral entre escolher entre duas opções negativas, ambas com consequências fatais. No cenário clássico, um trem está desgovernado em alta velocidade em uma via, e se continuar seu curso, atropelará e matará cinco pessoas presas em seu caminho. O indivíduo que observa essa situação tem como única opção de desviar o trem para outra via, onde há apenas uma pessoa presa, mas isso ainda resultará na morte dessa única pessoa.

De acordo com a ética kantiana, qual a decisão moralmente correta a ser tomada?
Deve-se escolher desviar o trem, porque agir de acordo com as consequências esperadas é a única maneira de determinar a ação moralmente correta.
Deve-se escolher não desviar o trem, porque a decisão de matar uma pessoa para salvar outras cinco não passaria no teste de universalização da fórmula da lei universal do imperativo categórico.
Deve-se escolher desviar o trem, já que isso maximiza o bem-estar do maior número de pessoas envolvidas na situação.
Deve-se escolher não desviar o trem, pois a decisão de matar uma pessoa para salvar outras cinco viola a fórmula do fim em si do imperativo categórico.
Deve-se escolher não desviar o trem, já que a decisão de sacrificar uma pessoa faz com que o agente possa ser considerado um assassino.