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Questões sobre utilitarismo
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De acordo com o utilitarismo, qual é o objetivo fundamental da moralidade?
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Maximizar a felicidade ou o prazer e minimizar o sofrimento ou a dor.Esta está correta. O utilitarismo, conforme proposto por filósofos como Jeremy Bentham e John Stuart Mill, busca maximizar a felicidade ou o prazer ao mesmo tempo em que minimiza o sofrimento ou a dor. Este critério é conhecido como 'o princípio da maior felicidade'.
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Alcançar a perfeição moral pessoal.Incorreta, pois o foco do utilitarismo não é alcançar a perfeição moral pessoal, mas sim promover o bem-estar coletivo. O utilitarismo se preocupa com as consequências das ações em termos de felicidade ou sofrimento para todos envolvidos, e não com a perfeição moral individual.
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Seguir um conjunto fixo de regras morais.Também está incorreta. O utilitarismo não se baseia em seguir regras fixas, mas sim em analisar as consequências das ações para maximizar a felicidade geral. Um sistema de regras fixas não considera as circunstâncias variáveis que impactam o resultado das ações.
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Proteger os direitos e interesses individuais.Esta alternativa está incorreta. O utilitarismo foca no resultado das ações e não nos direitos ou interesses individuais. Sua abordagem é avaliar o que traz a maior felicidade ou menor sofrimento para o maior número de pessoas, e não garantir a proteção dos interesses de indivíduos específicos.
O utilitarismo recebeu várias críticas de pessoas que pensavam que essa teoria não interpretava corretamente a moralidade. Uma dessas críticas foi elaborada pelo filósofo contemporâneo Robert Nozick.
O experimento mental criado por Robert Nozick, chamado de Máquina de experiências, foi pensado para criticar
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as pessoas que só se preocupam com os prazeres imediatos em suas vidas.Essa alternativa está incorreta. Embora possa parecer que o experimento critique a busca por prazeres imediatos, o ponto central de Nozick é mais profundo. Ele nos convida a considerar aspectos da vida que são mais importantes do que o mero prazer, como a autenticidade das experiências, e não apenas criticar uma vida focada no prazer imediato.
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a ideia utilitarista de que devemos tratar as pessoas de forma imparcial ao julgar a moralidade de uma ação.Essa alternativa está incorreta. A crítica de Nozick com a Máquina de Experiências não tem como alvo a imparcialidade preconizada pelo utilitarismo. A imparcialidade se refere à questão de tratar todos igualmente sem favorecer ninguém, o que não é o foco do argumento de Nozick, que se concentra na natureza do prazer e sua autenticidade.
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a ideia utilitarista de que devemos levar em consideração as consequências de uma ação ao avaliar se está certa ou errada.Essa alternativa está incorreta. O experimento da Máquina de Experiências não foca principalmente nas consequências como critério de avaliação moral, mas sim no conceito de prazer como o bem maior. A crítica de Nozick vai além das simples consequências das ações e nos leva a questionar se queremos apenas situações prazerosas, independentemente da realidade ou autenticidade dessas experiências.
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a ideia utilitarista de que uma ação moral deve maximizar o prazer dos envolvidos na ação.Essa alternativa está correta. O experimento mental da Máquina de Experiências proposto por Robert Nozick é de fato uma crítica à ideia utilitarista de que a maximização do prazer é o princípio fundamental da moralidade. Nozick questiona se a vida realmente vale a pena ser vivida apenas por causa do prazer, ao propor que as pessoas poderiam escolher entre viver a realidade ou estar permanentemente numa máquina que simula experiências prazerosas. A crítica sugere que valoramos mais do que apenas o prazer, como a autenticidade e a realidade.
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a teoria de acordo com a qual todo devem ter direitos iguais.Essa alternativa está incorreta. A Máquina de Experiências não critica diretamente a igualdade de direitos, mas sim a prioridade que o utilitarismo dá ao cálculo de prazer e dor. O argumento de Nozick aponta que temos interesses que vão além de apenas somas de prazer ou dor.
Nem sempre há consenso em uma sociedade plural, diversificada, sobre se uma ação é certa ou errada, moral ou imoral. Um bom exemplo disso é o caso do aborto. Considere o caso de um aborto de um feto com menos de 1 mês de idade, quando ele ainda não tem estrutura cerebral suficiente para que seja capaz de sentir dor ou ter outras sensações, num caso em que a gravidez ocorreu por descuido. Algumas pessoas consideram uma ação imoral, enquanto outras pensam que se trata de uma ação moral.
Diante dessa questão, como o utilitarismo raciocinaria para chegar a uma resposta?
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O utilitarismo iria avaliar as consequências do aborto, buscando maximizar o bem-estar das pessoas impactadas por ele, como a mãe, o pai, o feto e a sociedade em geral.Essa alternativa está quase correta, pois descreve como o utilitarismo pensa. O utilitarismo realmente foca em avaliar as consequências de uma ação para todas as partes envolvidas, buscando maximizar o bem-estar geral. Isso significa considerar o impacto na mãe, no pai, e potencialmente na sociedade como um todo. Essa é uma abordagem característica do utilitarismo, que tenta maximizar o bem-estar ou felicidade agregada. No entanto, a alternativa não menciona explicitamente que o feto não seria considerado devido à sua incapacidade de sentir, o que é um detalhe importante no contexto dado.
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O utilitarismo iria ignorar completamente as questões éticas e morais, baseando-se apenas em cálculos utilitários frios e impessoais.Essa alternativa está incorreta. É um mal-entendido comum considerar o utilitarismo como indiferente às questões éticas e morais. Na verdade, o utilitarismo está profundamente preocupado com ética, tentando aumentar o bem-estar geral. Embora calcule efeitos de maneira racional, esses cálculos não são "frios" pelo sentido de desprezar aspectos éticos, mas sim uma tentativa metodológica de considerar todas as implicações de uma ação para aumentar o bem-estar e reduzir o sofrimento. Portanto, ele não ignora questões éticas, mas sim usa um método que é, de fato, ético dentro do seu paradigma.
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O utilitarismo iria ponderar a maximização da felicidade das pessoas impactadas pelo aborto com a preservação do direito à vida do feto, buscando encontrar um equilíbrio entre esses valores.Essa alternativa adiciona a ideia de equilíbrio entre valores, o que está incorreto dentro da perspectiva utilitarista. O utilitarismo clássico não lida com valores fixos ou intrínsecos, como o "direito à vida" do feto. Em vez disso, ele se concentra exclusivamente nas consequências e na maximização do bem-estar. Portanto, esta explicação mistura conceitos de outras teorias éticas, como o deontologismo, que pode considerar os direitos de forma independente das consequências, o que não é próprio do utilitarismo.
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O utilitarismo iria avaliar as consequências do aborto para a família e a sociedade em geral, mas não consideraria as consequências para o feto, uma vez que ele não é capaz de sentir prazer ou dor.Esta é a alternativa correta. Em contexto, o utilitarismo consideraria a falta de capacidade do feto de sentir prazer ou dor como um fator na avaliação das consequências do aborto. Se o feto não tem a capacidade de sofrer ou sentir prazer, um utilitarista poderia argumentar que suas "necessidades" ou "direitos" não devem ser considerados da mesma forma que aqueles de indivíduos que podem realmente experimentar as consequências da ação. Assim, as consequências para o feto seriam vistas como neutras ou inexistentes no cálculo utilitarista.
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O utilitarismo iria prioriza a felicidade individual em detrimento do bem-estar coletivo, mesmo que isso signifique a perpetuação de desigualdades e injustiças sociais.Essa alternativa está errada. O utilitarismo não prioriza a felicidade individual em detrimento do bem-estar coletivo. Na verdade, a premissa básica do utilitarismo é justamente o oposto: maximizar o bem-estar coletivo. Ele visa o maior bem para o maior número de pessoas, o que pode, em alguns casos, exigir que a felicidade ou o interesse individual sejam sacrificados em favor de um maior benefício coletivo.
Assinale a alternativa que contenha apenas nomes de filósofos utilitaristas.
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Stuart Mill e Bentham.Stuart Mill e Bentham são dois principais nomes no desenvolvimento do utilitarismo. Jeremy Bentham é frequentemente considerado o pai do utilitarismo moderno, suas ideias se baseavam na máxima "o maior bem para o maior número". John Stuart Mill aprimorou as ideias de Bentham, introduzindo reflexões sobre a qualidade dos prazeres, além da quantidade. Portanto, essa alternativa está correta, pois ambos são, sem dúvida, filósofos utilitaristas.
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Kant e Platão.Kant é conhecido por sua filosofia moral deontológica, ou kantianismo, que é bastante diferente do utilitarismo. Enquanto o utilitarismo é uma ética consequencialista (foca nos resultados das ações), o kantianismo foca no cumprimento do dever e no respeito a princípios morais universais. Platão, como já mencionado, é um filósofo clássico cuja filosofia não se relaciona com o utilitarismo. Em suma, nenhum dos dois é utilitarista.
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Sócrates e Aristóteles.Sócrates e Aristóteles são filósofos gregos clássicos. Sócrates é conhecido por sua contribuição ao desenvolvimento do método socrático de indagação; Aristóteles, por sua vez, é famoso por seu trabalho lógico e metafísico, entre outros. Nenhum dos dois é associado ao utilitarismo. O utilitarismo é uma corrente ética moderna que tem Jeremy Bentham e John Stuart Mill como seus principais representantes.
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Kant e Bentham.Kant, como discutido anteriormente, é associado ao kantianismo, uma ética baseada no dever, e não às consequências, como é o caso do utilitarismo. Já Jeremy Bentham é um dos fundadores do utilitarismo, mas a presença de Kant nesta alternativa a torna incorreta em relação à pergunta, pois Kant não é um filósofo utilitarista.
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Platão e Stuart Mill.Platão, assim como Sócrates e Aristóteles, é um filósofo da Grécia Antiga, e suas ideias não estão relacionadas ao utilitarismo. John Stuart Mill, por outro lado, é um dos maiores expoentes do utilitarismo. Utilitarismo é uma doutrina ética que defende a maximização da felicidade ou utilidade geral, e Stuart Mill contribuiu significativamente para o desenvolvimento dessa teoria. Assim, enquanto Stuart Mill é utilitarista, Platão definitivamente não é.
O dilema do trem é uma situação hipotética que apresenta um conflito moral entre escolher entre duas opções negativas, ambas com consequências fatais. No cenário clássico, um trem está desgovernado em alta velocidade em uma via, e se continuar seu curso, atropelará e matará cinco pessoas presas em seu caminho. O indivíduo que observa essa situação tem como única opção de desviar o trem para outra via, onde há apenas uma pessoa presa, mas isso ainda resultará na morte dessa única pessoa.
De acordo com o utilitarismo, qual a decisão moralmente correta a ser tomada?
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O utilitarismo argumentaria que a decisão correta seria permitir que o trem continuasse em seu caminho original, resultando na morte de cinco pessoas.Esta opção está incorreta. O utilitarismo é uma teoria ética que busca maximizar o bem-estar geral, considerando o maior benefício para o maior número de pessoas. No cenário do dilema do trem, o utilitarismo sugeriria a ação que resulta na menor quantidade de sofrimento ou perda de vidas. Portanto, deixar o trem seguir o seu curso, resultando na morte de cinco pessoas, não seria a escolha moralmente correta de acordo com essa filosofia.
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O utilitarismo argumentaria que a decisão correta seria sacrificar a própria vida para salvar as cinco pessoas presas na via original.Esta alternativa está incorreta no contexto do dilema descrito, pois não é uma opção prática apresentada para o espectador. O utilitarismo se concentra em ações que maximizam o bem-estar geral, e sacrificar a própria vida para salvar outras não foi oferecido como uma escolha viável dentro desse dilema específico, que se limita a decidir entre as consequências de manter o curso atual do trem ou mudá-lo para uma outra linha.
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O utilitarismo argumentaria que a decisão correta seria desviar o trem para a outra via, salvando cinco vidas e causando a morte de uma.Esta alternativa está correta. O utilitarismo se concentra em maximizar o bem-estar e minimizar o sofrimento. No contexto do dilema do trem, isso significa tomar a decisão que leva à menor perda de vidas. Desviar o trem para a via onde apenas uma pessoa morrerá, resultando na sobrevivência de cinco, geraria um resultado considerado moralmente preferível segundo o utilitarismo, pois minimiza o dano total.
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O utilitarismo argumentaria que a decisão correta seria não tomar nenhuma ação e permitir que o trem seguisse seu curso original, deixando que o acaso decidisse.Esta opção está incorreta. O utilitarismo exige que se tome ação para maximizar o bem-estar e minimizar o sofrimento. Apenas deixar o trem seguir seu curso sem tomar nenhuma ação, resultando na morte de cinco pessoas, não estaria alinhado com o princípio utilitarista de reduzir o dano de forma ativa. Assim, a ideia de inação como uma abordagem justa não encontra suporte aqui.
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