Descrição
Apelo à ignorância são argumentos que usam como justificativa para uma conclusão o fato de ignorarmos a verdade ou falsidade da afirmação contrária. Por exemplo: alguém poderia argumentar que por ninguém ter provado que fantasmas existem, ou seja, pelo fato de ignorarmos a verdade ou falsidade dessa afirmação, devemos concluir que a afirmação contrária – fantasmas não existem – é verdadeira.
Também podemos definir essa falácia dizendo que ocorre quando alguém afirma que uma proposição é falsa porque ninguém até então provou que é verdadeira ou que é verdadeira porque ninguém provou que é falsa.

Embora o apelo à ignorância possa parecer um erro de raciocínio bastante elementar, dependendo da forma como é usada tem um grande poder de persuasão. É comum a encontrarmos em discussões para as quais faltam evidências conclusivas.
Exemplo 1
Analise o exemplo abaixo
Esse é o argumento padrão daqueles que usam a incapacidade da ciência de oferecer respostas para todas as questões como justificativa para acreditar que a proposição “Deus existe” é verdadeira. Nesse caso, o fato de ignorarmos a resposta para uma pergunta é considerada razão suficiente para afirmar que é verdade que “Deus existe”. Mesmo que não exista qualquer evidência disso e Deus seja uma resposta para a origem do universo cheia de problemas.
Exemplo 2
Aqui temos outro exemplo, para mostrar que cientistas também não estão livres de cometerem apelo à ignorância.
A conclusão desse argumento é a afirmação de que o universo começou com o Big Bang e sua idade é o intervalo entre esse evento inicial e o presente. A única razão oferecida nesse argumento para justificar tal conclusão é o fato de os cientistas ignorarem qualquer informação sobre eventos anteriores ao Big Bang. Esse é um raciocínio falacioso, já que essas evidências ainda poderão ser encontradas ou talvez não, porque não restaram evidências desse período.
Créditos
A imagem que aparece no início da página foi retira de Um livro ilustrado de maus argumentos.