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Questões sobre lógica aristotélica
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Considerando-se a definição de silogismo, assinale a alternativa que indica sua interpretação correta.
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O silogismo só conduz a conclusões hipotéticas.Essa alternativa está incorreta. O silogismo não está restrito a conduzir apenas a conclusões hipotéticas. De fato, o tipo de silogismo que Aristóteles descreve, como o categórico, trata de proposições que são mais gerais e suas conclusões derivam necessariamente de suas premissas dadas. Embora existam silogismos hipotéticos, que trabalham nesses termos, não são os únicos tipos de silogismos existentes.
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A conclusão é sempre resultado das premissas.Essa alternativa está correta. No contexto da definição de silogismo por Aristóteles, a conclusão necessariamente deriva das premissas. Ou seja, a conclusão é uma consequência lógica das afirmações assumidas como verdadeiras nas premissas. A força do raciocínio dedutivo está justamente em chegar a conclusões que devem ser verdadeiras se as premissas também forem verdadeiras.
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A dedução é inaplicável ao silogismo categórico.Essa afirmação está incorreta. O silogismo categórico é um exemplo clássico de dedução. No silogismo categórico, a conclusão segue necessariamente das premissas, que é exatamente o que caracteriza um raciocínio dedutivo. A dedução está no cerne do funcionamento dos silogismos, pois a conclusão é derivada a partir da relação lógica entre as premissas.
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A conclusão pode contrariar todas as premissas.Esta alternativa está incorreta. No silogismo, a conclusão não pode contrariar todas as premissas. Na verdade, a conclusão deve seguir logicamente das premissas dadas. Se a conclusão contrariasse as premissas, o raciocínio não seria válido dentro da lógica dedutiva. No silogismo, as premissas devem apoiar a conclusão para que esta seja afirmada como logicamente válida.
Considerando estas possibilidades, é correto afirmar que a proposição
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"Algum ser vivo é mortal" é universal e afirmativa.A proposição "Algum ser vivo é mortal" é um exemplo clássico de uma proposição particular porque ela está falando sobre "algum" ser vivo, não sobre "todos" ou "nenhum". Além disso, ela é afirmativa, pois está declarando que há pelo menos um ser vivo que possui a característica de ser mortal.
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"Todos os seres vivos não são organismos" é particular e negativa.A proposição "Todos os seres vivos não são organismos" é um pouco complicada. É apresentada como uma geral com "todos", mas na verdade, ela é uma proposição negativa, pois está negando que seres vivos sejam organismos. Entretanto, a parte mais confusa é que ela é categorizada como particular, o que é incorreto se considerarmos a natureza universal de "todos" na forma como foi usada.
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"Nenhum organismo é mortal" é particular e afirmativa.A proposição "Nenhum organismo é mortal" usa a estrutura "nenhum", que indica uma universalidade englobando todos os organismos. Contudo, ela é negativa porque está dizendo que organismos não são mortais. Dizê-la particular e afirmativa é um erro, porque não está afirmando a mortalidade e nem se referindo a apenas alguns casos.
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"Sócrates é imortal" é universal e afirmativa."Sócrates é imortal" parece ser uma proposição sobre um indivíduo específico ao invés de uma classe universal. Além do mais, ela é afirmativa, pois está dizendo que Sócrates tem a característica de ser imortal. Assim, descrevê-la como universal e afirmativa é incorreto, porque "universal" normalmente refere-se a proposições sobre todos os membros de uma categoria, e não casos individuais.
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"Nenhum ser humano é imortal" é universal e negativa.Esta proposição "Nenhum ser humano é imortal" é considerada universal porque está falando sobre uma classe inteira, todos os seres humanos, e diz que nenhum deles tem a característica de ser imortal. Além disso, é negativa porque está negando que os seres humanos tenham a característica de serem imortais. Isso está correto e padrão, dentro da lógica clássica.
A Aristóteles cabe o mérito de ter iniciado o estudo orgânico das regras da lógica. O mérito principal de Aristóteles é ter fixado, com grande exatidão, as regras da argumentação dedutiva na forma de silogismo. MONDIN, B. Introdução à Filosofia. São Paulo: Edições Paulinas, 1980, p. 13.
O autor faz algumas considerações acerca da filosofia de Aristóteles, com singularidade no âmbito da lógica. Sobre isso, tem-se como CORRETO que
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o tipo de argumento dedutivo faz uso da analogia sem inferência das premissas.Esta afirmação está incorreta. Argumentos dedutivos, como os silogismos, fazem inferências a partir das premissas, diferentemente de argumentos baseados em analogia, que são mais típicos de um raciocínio indutivo. A dedução não usa analogias para chegar a conclusões.
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o silogismo é um tipo de argumento que deve ter um termo maior, nem mais nem menos.Esta afirmativa está incorreta ou pelo menos imprecisa. O silogismo é uma forma de argumento dedutivo que deve ter obrigatoriamente três termos: um termo maior, um termo menor e um termo médio que os conecta. A regra não é que haja um termo maior nem mais nem menos do que esses três, mas sim que haja o termo médio para conectar os outros dois termos.
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a argumentação dedutiva chega à conclusão valendo-se da experiência sensível.Esta afirmação está incorreta. A argumentação dedutiva não se apoia na experiência sensível, mas sim na estrutura lógica das premissas. Na dedução, a verdade da conclusão segue necessariamente da verdade das premissas, independentemente de experiência empírica.
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o silogismo é expresso pela ligação de dois termos por meio de um terceiro.Esta afirmação está correta. No silogismo, dois termos são ligados por um terceiro termo. Por exemplo, no clássico exemplo de silogismo: "Todos os homens são mortais" (premissa maior), "Sócrates é um homem" (premissa menor), e "Portanto, Sócrates é mortal" (conclusão), o termo médio que faz a ligação é homem.
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as regras da argumentação dedutiva chegam a uma conclusão, partindo de dados particulares.Esta afirmação está incorreta, pois os argumentos dedutivos partem de premissas gerais para se chegar a conclusões particulares, não o inverso. Isso quer dizer que, na dedução, começamos com algo mais geral e vamos para algo mais específico, diferente da indução que é o processo que parte do particular para o geral.
Um exemplo de silogismo válido é:
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Curitiba é capital de Estado. São Paulo é capital de Estado. Belém é capital de Estado.Nesta alternativa, as frases não estão configuradas para proporcionar uma conclusão lógica derivada das premissas. Um silogismo válido deveria ter uma conexão lógica clara em suas proposições, mas aqui só temos afirmações sobre diferentes cidades serem capitais de estado, sem uma conclusão derivada disso.
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Todas as plantas são verdes. Todas as árvores são plantas. Todas as árvores são mortais.Esta alternativa não apresenta um silogismo válido. Apesar de ter duas premissas e uma conclusão, as premissas falam sobre a cor e a classificação das plantas e árvores, e a conclusão fala sobre a mortalidade. Não há um nexo lógico óbvio entre as declarações que amarre todo o argumento em uma inferência lógica coesa, portanto, ela é inválida.
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Antes de ontem choveu. Ontem também choveu. Logo, amanhã certamente choverá.Esta alternativa não apresenta um silogismo válido. O silogismo é um tipo específico de argumento lógico no qual a conclusão é derivada das premissas. No exemplo dado, as premissas falam sobre eventos meteorológicos em dias diferentes, mas a conclusão não é uma inferência lógica baseada nas premissas. Não há conexão lógica direta entre o que aconteceu nos dias anteriores e o que vai acontecer amanhã, é apenas uma suposição.
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Todas as aves têm pernas. Os mamíferos têm pernas. Logo, todas as mesas têm pernas.O exemplo dado não constitui um silogismo válido, pois falta conexão lógica entre as premissas e a conclusão. As premissas falam sobre animais (aves e mamíferos) enquanto a conclusão fala sobre móveis (mesas). Não há como chegar logicamente na conclusão dada essas premissas, tornando este um argumento inválido.
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Alguns gatos não têm pelo. Todos os gatos são mamíferos. Alguns mamíferos não têm pelo.Esta alternativa apresenta um silogismo válido. O silogismo é composto por duas premissas: "Alguns gatos não têm pelo" e "Todos os gatos são mamíferos". A conclusão "Alguns mamíferos não têm pelo" é logicamente derivada dessas premissas. Isso acontece porque os gatos que não têm pelo também são mamíferos, logo, pode-se inferir que alguns mamíferos não têm pelo. É uma aplicação correta da lógica silogística.
Para obter um silogismo válido, a conclusão que logicamente se segue de tais premissas é:
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alguns militares não são oficiais do exército.Esta alternativa está incorreta. Com base nas premissas dadas, dizemos que todos os oficiais do exército são militares, então não podemos dizer que alguns militares não sejam oficiais do exército. Isso criaria uma situação contraditória ou inconsistente em relação às premissas. Não podemos inferir negativamente da universalidade das premissas sem informações adicionais.
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todos os militares são oficiais do exército.Esta alternativa está incorreta. Há um erro lógico nesta conclusão. Sabemos das premissas que todos os oficiais do exército são militares, mas não há nenhuma informação que permita inverter isso e afirmar que todos os militares são necessariamente oficiais do exército. Pode haver militares que não sejam oficiais do exército, como soldados que não exercem funções de oficialato. Essa conclusão não segue das premissas dadas.
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alguns oficiais do exército são militares.Esta alternativa está incorreta. Embora alguns oficiais do exército realmente sejam militares de acordo com a segunda premissa, essa conclusão não é a mais lógica e direta possível a partir das premissas fornecidas. Quando fazemos um silogismo, buscamos uma conclusão que se deduza necessariamente das premissas. Aqui, o mais direto seria reconhecer que todos os oficiais do exército são militares, não apenas alguns.
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todos os generais são militares.Esta alternativa está correta. Podemos ver que a primeira premissa nos diz que "todos os generais são oficiais do exército". A segunda premissa afirma que "todos os oficiais do exército são militares". Combinando essas duas informações, fica claro que todos os generais, por serem oficiais do exército, também são militares. Esta é uma conclusão válida que segue de forma lógica do conjunto das premissas.
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nenhum general é oficial do exército.A alternativa está incorreta. A premissa inicial afirma que "todos os generais são oficiais do exército", portanto, não faz sentido afirmar que nenhum general é oficial do exército. Essa interpretação contradiz diretamente a primeira premissa e, portanto, não pode ser a conclusão correta de um silogismo válido.
Assinale a alternativa que apresenta corretamente a conclusão silogística que se pode inferir das seguintes premissas: “Todo brasileiro é cidadão” e “João é brasileiro”.
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Nenhum brasileiro é cidadão.Esta alternativa está incorreta. A premissa "Todo brasileiro é cidadão" afirma que todos os brasileiros têm a cidadania, o que é o oposto do que esta conclusão sugere. Dizer que "nenhum brasileiro é cidadão" contradiz completamente a primeira premissa e, portanto, não pode ser verdadeiro se estivermos aceitando as premissas como verdadeiras.
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Todo cidadão é brasileiro.Essa alternativa está incorreta. A premissa indica que todo brasileiro é cidadão, mas não implica necessariamente que todo cidadão é brasileiro. Em lógica, a relação "todo X é Y" não implica que "todo Y é X", isso seria um erro de reversão indevida. Há cidadãos que não são brasileiros, portanto essa conclusão é inválida.
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Algum cidadão é brasileiro.Essa alternativa está incorreta. As premissas apresentadas apontam que todos os brasileiros são cidadãos e que João é um brasileiro, mas não fazem referência a outros cidadãos. O fato de João ser brasileiro e cidadão não nos permite concluir automaticamente que outros cidadãos são brasileiros, apenas confirma a cidadania dos brasileiros.
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João não é cidadão.Esta alternativa está incorreta. A conclusão "João não é cidadão" contradiz diretamente as premissas dadas. Como sabemos que todo brasileiro é cidadão e João é um brasileiro, é logicamente necessário concluir que João é cidadão, e não o contrário. Rejeitar essa conclusão violaria as premissas originais.
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João é cidadão.Esta alternativa está correta. Quando analisamos as premissas "Todo brasileiro é cidadão" e "João é brasileiro", podemos inferir que João, por ser brasileiro, também é cidadão. Isso acontece porque, de acordo com a lógica, se todos os elementos de um conjunto possuem uma certa característica (no caso, todos os brasileiros serem cidadãos), então qualquer elemento específico pertencente a esse conjunto (como João) compartilhará dessa mesma característica.
Com base na afirmativa anterior, é válido afirmar que
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todo vegetariano é elegante.Essa alternativa está incorreta, pois a afirmação 'todo vegetariano é magro' não implica que todo magro seja elegante ou que todo vegetariano seja elegante. Não há informação suficiente que conecte todos os vegetarianos à elegância.
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alguns vegetarianos são elegantes.Essa alternativa está incorreta. A afirmação não garante que há uma interseção entre vegetarianos e elegantes, apenas que há uma interseção entre magros e elegantes. Apenas sabemos que todos os vegetarianos são magros, mas não necessariamente elegantes.
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alguns magros são vegetarianos.Essa alternativa está correta. O enunciado "alguns magros são elegantes" junto com "todo vegetariano é magro" permite inferir que, como todos os vegetarianos são incluídos na categoria de magros, alguns desses magros (que incluem vegetarianos) podem de fato ser elegantes.
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alguns vegetarianos são magros e elegantes.Essa alternativa está incorreta. A afirmação inicial não assegura que há vegetarians que simultaneamente são magros e elegantes. Apenas podemos afirmar que todos os vegetarianos são magros e que há magros que são elegantes, mas essas informações não se sobrepõem de forma suficiente para uma conclusão.
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