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Questões sobre ad hominem abusivo
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Em um tribunal, a defesa tenta desqualificar a principal testemunha da acusação, dizendo: "A testemunha já foi presa por pequenos furtos no passado. Ela claramente não é uma pessoa honesta e não podemos confiar em seu depoimento."
Esse argumento seria um exemplo de ad hominem abusivo falacioso porque:
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Critica legitimamente a testemunha, já que um histórico de desonestidade pode, em algumas situações, colocar em dúvida sua confiabilidade em qualquer caso.Essa alternativa está incorreta. Embora um histórico de desonestidade possa, em algumas situações, ser uma razão legítima para questionar a confiabilidade de uma testemunha, o ataque aqui não se baseia em como essa desonestidade afeta diretamente o julgamento atual, mas sim em uma tentativa de desacreditar a testemunha com base em eventos passados não necessariamente relevantes para a situação atual.
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Considera corretamente que a testemunha já foi presa anteriormente, o que deve ser levado em consideração para determinar sua confiabilidade em um julgamento.Esta alternativa está incorreta. A lógica ad hominem falaciosa reside precisamente em usar um ataque contra a pessoa, como um histórico anterior de desonestidade, como um motivo para desqualificar a confiabilidade atual. A falácia aqui no abuso é que o histórico passado, sem conexão direta com o caso presente, não é uma base sólida para desacreditar o testemunho atual.
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Ataca o caráter da testemunha de maneira irrelevante para a credibilidade de seu depoimento no caso específico, desviando o foco da discussão.Essa alternativa está correta. O argumento ad hominem abusivo ocorre quando se faz um ataque pessoal, em vez de abordar a questão em discussão. Neste caso, mencionando que a testemunha foi presa no passado, a defesa tenta desqualificar a testemunha com base em algo que não está diretamente relacionado à veracidade de seu depoimento no caso em questão. É um desvio do foco da questão principal, que é a credibilidade específica do testemunho relacionado ao caso que está sendo julgado.
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Foca em aspectos da vida pessoal da testemunha, que podem influenciar a forma como seu depoimento é interpretado, tornando o ataque relevante.Essa alternativa está incorreta. Atacar elementos da vida pessoal de alguém, como um histórico de furtos, pode parecer relevante, mas no contexto de um ad hominem abusivo, o que importa é que o ataque não se concentra no mérito ou na verdade do depoimento atual. Ao invés disso, ele desvia o foco das evidências ou dos argumentos que realmente importam para o caso em questão.
Na semana passada, ressurgiram comentários antigos feitos pelo agora candidato republicano à vice-presidência, JD Vance, sobre pessoas sem filhos, ofendendo grande parte do público americano.
Em uma entrevista em 2021, Vance descreveu o partido democrata como “um bando de mulheres com gatos e sem filhos”, referindo-se diretamente à vice-presidente americana Kamala Harris, que tem dois enteados com seu marido, Doug Emhoff.
O comentário gerou críticas de pessoas como a atriz Jennifer Aniston e Meghan McCain, filha do falecido senador republicano John McCain. Muitos críticos apontaram também para a bilionária Taylor Swif, que tem 34 anos, não é casada, não tem filhos e é famosa pela dedicação a seus três gatos.
https://theconversation.com/kamala-harris-nao-tem-filhos-biologicos-mas-por-que-as-criticas-a-ela-sao-tao-irritantes-235745
Em uma entrevista em 2021, Vance descreveu o partido democrata como “um bando de mulheres com gatos e sem filhos”, referindo-se diretamente à vice-presidente americana Kamala Harris, que tem dois enteados com seu marido, Doug Emhoff.
O comentário gerou críticas de pessoas como a atriz Jennifer Aniston e Meghan McCain, filha do falecido senador republicano John McCain. Muitos críticos apontaram também para a bilionária Taylor Swif, que tem 34 anos, não é casada, não tem filhos e é famosa pela dedicação a seus três gatos.
https://theconversation.com/kamala-harris-nao-tem-filhos-biologicos-mas-por-que-as-criticas-a-ela-sao-tao-irritantes-235745
O ataque de JD Vance pode ser considerado um ad hominem abusivo falacioso?
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Sim, porque o ataque foca em características pessoais irrelevantes, como o fato de Kamala Harris não ter filhos, desviando o debate de questões políticas.Esta alternativa está correta. Um ataque ad hominem abusivo se caracteriza quando se critica a pessoa de forma a desacreditar suas ideias sem relevância para o assunto debatido. Focar o ataque no fato de Kamala Harris não ter filhos é desviar-se das questões políticas relevantes e visar afetar de forma negativa a percepção do caráter dela, o que torna esse ataque falacioso.
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Não, porque Vance está apenas expressando sua opinião sobre a composição do partido democrata, sem atacar diretamente o caráter de ninguém.Essa alternativa está incorreta. A crítica de Vance, ao se referir a "mulheres com gatos e sem filhos", não é uma simples opinião sobre a composição do partido democrata, mas um desvio do debate político legítimo para ataque pessoal. Isso caracteriza um ad hominem abusivo, pois escolhe um aspecto pessoal irrelevante para desacreditar ou criticar a pessoa, em vez de se discutir questões políticas reais.
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Sim, porque qualquer ataque a figuras públicas pode ser considerado falacioso, já que se deve discutir argumentos e não a pessoal.Essa alternativa está incorreta. Nem todo ataque a figuras públicas é considerado uma falácia ad hominem. A crítica é legítima quando se baseia em argumentos relevantes sobre ideias, políticas ou condutas de figuras públicas em seus papéis políticos. Um ad hominem falacioso ocorre quando críticas pessoais irrelevantes para o debate substantivo são feitas, o que não é uma regra para toda e qualquer crítica a figuras públicas.
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Não, porque JD Vance está criticando figuras políticas influentes, e isso justifica ataques a aspectos pessoais de suas vidas.Essa alternativa está incorreta. O fato de alguém ser uma figura política não justifica ataques pessoais. A falácia ad hominem ocorre exatamente quando, em vez de se debater as ideias ou propostas políticas do indivíduo, ataca-se aspectos pessoais que não têm relevância para a argumentação em questão. Aqui, o fato de Kamala Harris não ter filhos não é relevante para as políticas que ela pode apoiar ou implementar.
Durante uma discussão sobre mudanças climáticas, uma pessoa argumenta que o aumento das temperaturas globais é evidente e apoiado por diversas pesquisas científicas. Em resposta, outro participante diz: "Você não tem credibilidade para falar disso, já que nunca terminou sua graduação."
Esse é um exemplo de ad hominem abusivo porque:
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Ataca diretamente o caráter ou qualificações da pessoa, sem abordar o argumento sobre mudanças climáticas, desviando o foco da questão principal.Esta alternativa está correta porque um argumento ad hominem abusivo ocorre quando uma das partes desvia o foco do argumento em discussão para atacar pessoalmente a outra parte, em vez de abordar o conteúdo ou os méritos do argumento original. No caso apresentado, a pessoa que responde está criticando a outra com base na sua formação educacional, sem tratar diretamente da validade do argumento sobre o aumento das temperaturas globais.
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Considera adequadamente a falta de credenciais da pessoa para discutir um tema tão técnico, o que torna o argumento sobre seu nível de educação relevante.Esta alternativa está incorreta porque o argumento ad hominem pressupõe um desvio do argumento em questão para atacar o interlocutor pessoalmente. No contexto de discussões sobre mudanças climáticas, a falta de credenciais pode ser um elemento para se considerar, mas não é relevante para a evidência científica apresentada. A credibilidade adicional pode trazer mais peso a um argumento, mas a ausência dela não desqualifica automaticamente a validade das pesquisas usadas no argumento.
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Aponta uma falha relevante, já que a falta de formação acadêmica da pessoa realmente pode influenciar a qualidade de suas afirmações.Esta alternativa está incorreta. Apesar da falta de formação acadêmica poder ser um ponto de exame na credibilidade de alguém, neste caso específico, o argumento central é sobre a evidência de aumento das temperaturas globais, que é uma questão separada das qualificações pessoais. Criticar a formação da pessoa não resolve ou aborda o conteúdo do argumento científico em questão.
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Faz uma crítica válida, porque para discutir mudanças climáticas é necessário um nível mínimo de conhecimento acadêmico, o que coloca em dúvida a capacidade da pessoa de falar sobre o tema.Esta alternativa está incorreta. Embora a educação formal em ciência possa fortalecer a habilidade de alguém para discutir tecnicamente sobre mudanças climáticas, tal exigência não é uma desculpa válida para descartar um argumento que se baseia em evidências ou na síntese de pesquisas científicas. O foco deve ser sempre a análise crítica das evidências, independente do mensageiro.
O que caracteriza um argumento ad hominem abusivo como uma falácia?
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Quando o ataque pessoal desvia a discussão do tema, focando em características que são irrelevantes para a questão em debate.Esta alternativa está correta. Um argumento ad hominem abusivo ocorre quando alguém ataca características pessoais irrelevantes do oponente, ao invés de tratar o argumento ou a questão em discussão. Isso desvia a atenção e prejudica um debate racional e focado no conteúdo.
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Quando o comportamento anterior da pessoa é usado para desacreditar tudo o que ela tem a dizer sobre uma questão.Esta alternativa está incorreta. Um argumento ad hominem se torna uma falácia quando implica que características pessoais ou comportamentos passados são relevantes para invalidar argumentos ou opiniões sobre outras questões que não têm ligação direta com tais características. No entanto, nem sempre o comportamento passado é irrelevante — pode haver contexto onde é pertinente considerar antecedentes.
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Quando o ataque pessoal é baseado em boatos e fofocas sobre uma pessoa, que levem o ouvinte a formar uma opinião negativa.Esta alternativa está incorreta porque um argumento ad hominem abusivo não se caracteriza apenas por ser baseado em boatos e fofocas. O que o define é o fato de atacar a pessoa em vez de tratar do argumento que ela apresenta, desviando o foco da discussão. Mesmo que o ataque seja por boatos, o ponto principal é que não trata do mérito do argumento em si.
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Quando o argumento se baseia em críticas ao caráter do oponente, com base em afirmações falsas e que não foram devidamente checadasEsta alternativa está incorreta. Embora ataques ao caráter possam ser injustos e baseados em informações falsas, o que realmente caracteriza a falácia ad hominem abusiva é o desvio do debate do argumento em questão para aspectos pessoais do oponente que não têm relação direta com o argumento apresentado.
Durante um debate sobre políticas ambientais, uma ativista sugere que é urgente reduzir o uso de plástico para proteger os oceanos. Em resposta, outra participante afirma: "Você só está dizendo isso para aparecer, todo mundo sabe que você adora se exibir nas redes sociais."
Qual das alternativas abaixo avalia corretamente a natureza do argumento apresentado pela crítica à ativista?
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Mostra que a ativista não é sincera em suas motivações, o que afeta sua credibilidade no debate.Incorreto. Ainda que a crítica busque mostrar insinceridade, o foco não deveria estar na motivação pessoal, mas sim na ideia em si. Em uma discussão objetiva, a credibilidade no sentido de caráter pessoal não deve afetar a força de um argumento bem sustentado por dados e lógica. O argumento ad hominem procura desviar a atenção da discussão relevante, que nesse caso é a proteção dos oceanos.
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Considera adequadamente que a motivação pessoal da ativista é relevante para avaliar suas ideias sobre o meio ambiente.Incorreto. No contexto de um debate lógico, a motivação pessoal de alguém não deveria influenciar a avaliação das suas ideias. A relevância de uma ideia deve ser discutida com base em evidências e raciocínios apresentados, não nas características ou intenções percebidas da pessoa que defende a ideia. A crítica pessoal não é um critério adequado para se avaliar propostas sobre questões ambientais.
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Ataca a personalidade da ativista, desviando a atenção do problema do uso de plástico, que é a questão principal do debate.Correto. Esta alternativa está descrevendo corretamente o que chamamos de argumento ad hominem. Em vez de discutir o mérito do argumento sobre a redução do uso de plástico, a crítica foca na pessoa da ativista, sugerindo que ela está motivada pelo desejo de aparecer. Este tipo de ataque desvia o foco do verdadeiro problema, que é o impacto do plástico nos oceanos, e busca invalidar o argumento desacreditando a pessoa que o propõe.
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Revela características verdadeiras da ativista, o que justifica a crítica, pois isso influencia suas motivações.Incorreto. Mesmo que as características da ativista mencionadas fossem verdadeiras, isso não justifica o ataque pessoal no contexto do debate. O que está em discussão é a validade do argumento sobre reduzir o uso de plástico, não o caráter ou comportamento pessoal da ativista. No debate racional, uma ideia deve ser julgada por seus próprios méritos e não pelas supostas intenções de quem a defende.
Em qual das seguintes situações abaixo seria relevante usar um ad hominem abusivo, de forma que o argumento não seja uma falácia?
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Um advogado tenta desqualificar o depoimento de uma testemunha, argumentando que ela já mentiu em outros julgamentos no passado.Neste caso, a menção ao histórico da testemunha é relevante para a discussão da sua credibilidade. Em um tribunal, a credibilidade de uma testemunha é crucial, e apresentar o fato de que ela já mentiu anteriormente pode ser uma forma válida de questionar sua confiabilidade. Essa abordagem não se configura como uma falácia, mas como uma análise direta da relevância do testemunho, baseada no histórico da pessoa.
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Durante uma campanha eleitoral, um candidato é atacado por ser solteiro, e o oponente sugere que alguém sem uma família tradicional não está preparado para governar.Atacar um candidato por ser solteiro é um exemplo clássico de um ad hominem abusivo. A situação pessoal de alguém, como ser ou não casado, não é relevante para sua capacidade de governar ou fazer um trabalho político. Este ataque se desvia da discussão das qualidades e propostas do candidato para focar em aspectos pessoais irrelevantes para a questão em pauta.
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Em uma discussão sobre o que é um salário justo, um empresário diz que o oponente não tem autoridade porque falhou em vários empreendimentos no passado.Neste cenário, o argumento falacioso está enfocando as falhas pessoais passadas do oponente. O fato de alguém ter falhado em empreendimentos não invalida automaticamente seu argumento sobre o que é um salário justo. O foco, novamente, deveria estar no conteúdo do argumento, não no histórico pessoal de quem o apresenta.
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Durante um debate sobre política educacional, alguém responde: "Seu argumento não conta, você nem tem filhos para entender a questão."Aqui, o argumento comete a falácia de ad hominem, porque está atacando a pessoa em vez de lidar com o mérito do argumento apresentado sobre política educacional. Ter filhos ou não não necessariamente afeta a validade de um argumento político; o argumento deveria ser analisado por suas méritos ou faltas intrínsecas, não pela situação pessoal de quem o traz à discussão.
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