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Questões sobre diálogo entre Sócrates e Eutífron
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Qual é o principal problema com a afirmação de Eutífron de que "a piedade é aquilo que é agradável aos deuses"?
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Os deuses não se importam com a piedade humana.Incorreto. Esta alternativa sugere que os deuses não se importam com a piedade humana, mas isso não é o principal problema que Sócrates aponta para a afirmação de Eutífron. O diálogo se concentra mais na variabilidade e no potencial conflito de vontades entre os deuses, não na suposta indiferença deles à piedade.
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A piedade não pode ser medida pelos padrões divinos.Incorreto. Embora seja verdade que critérios divinos podem ser misteriosos ou inalcançáveis para os humanos, a crítica de Sócrates no diálogo não é sobre a dificuldade de medir a piedade pelos padrões divinos, mas sobre a inconsistência entre os próprios deuses ao julgar o que é piedoso.
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Os deuses não têm poder para julgar a piedade.Incorreto. A questão não é que os deuses não tenham o poder de julgar a piedade, mas sim que suas diferentes vontades e opiniões podem criar contradições sobre o que é verdadeiramente piedoso. Sócrates questiona a disponibilidade de um critério consistente entre os deuses, não o poder deles em si.
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Nem todos os deuses concordam sobre o que é piedoso.Correto! A principal crítica de Sócrates, que é expressa na obra "Eutífron" de Platão, é que os deuses do panteão grego tradicionalmente têm vontades e humores diversos, e muitas vezes discordam entre si. Assim, algo que agrada a um deus pode desagradar a outro. Isso torna a definição de piedade como algo que é simplesmente agradável aos deuses insuficiente, pois não resolve a questão sobre o que é ou não piedoso de maneira objetiva e universal.
Por que Sócrates considera insatisfatória a definição de Eutífron de que piedade é "perseguir os que cometem injustiças"?
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Porque a definição é muito específica e não aborda a essência da piedade.Essa alternativa está correta. Sócrates critica a definição de Eutífron porque, ao dizer que piedade é "perseguir os que cometem injustiças", Eutífron oferece uma definição muito específica, baseada em um exemplo de ação, sem captar a essência geral do que torna uma ação piedosa. Sócrates está em busca de uma definição universal que possa ser aplicada a todas as ações piedosas, e não apenas a um caso particular.
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Porque a definição não considera as possíveis consequências de perseguir os que cometem injustiças.Essa alternativa está incorreta. A crítica de Sócrates não está focada nas consequências práticas de perseguir os injustos, mas sim na qualidade da definição filosófica da piedade. Sócrates quer entender o que é piedade em um sentido mais amplo e fundamental.
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Porque a definição ignora o papel dos deuses na determinação do que é piedoso.Essa alternativa está incorreta. Embora a relação com os deuses seja frequentemente mencionada nas discussões sobre piedade na época de Sócrates, a crítica principal de Sócrates aqui não é sobre ignorar o papel dos deuses, mas sim a busca pela definição da essência da piedade além de atos específicos.
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Porque acusar o próprio pai de assassinato não pode ser uma ação que agrade a todos os deuses.Essa alternativa está incorreta. Sócrates não rejeita a definição de Eutífron com base no fato de que acusar o próprio pai pode desagradar alguns deuses. A discussão de Sócrates com Eutífron não se centra no fato específico de atingir os deuses, mas sim na busca pela essência universal do conceito de piedade.
Texto I
Cícero, filósofo romano do século I a.C., resumiu a importância de Sócrates:
“Sócrates foi o primeiro a chamar a Filosofia das alturas dos céus, estabelecê-la nas cidades, introduzi-la nas casas das pessoas e forçá-la a investigar a vida cotidiana, a ética, o bem e o mal.”
Texto II
Em um de seus diálogos, Sócrates afirmou:
"Então, Eutífron, você não respondeu à minha pergunta. Eu não perguntei o que é, ao mesmo tempo, piedoso e ímpio, algo que os deuses podem amar e odiar ao mesmo tempo. Você disse que a piedade é o que você está tentando fazer, punindo seu pai. Mas não é surpreendente que isso possa ser amado por Zeus, por um lado, e te fazer inimigo de Cronos e Urano, por outro. Da mesma forma, Hefesto pode amar o que você faz, enquanto Hera pode odiá-lo."
Cícero, filósofo romano do século I a.C., resumiu a importância de Sócrates:
“Sócrates foi o primeiro a chamar a Filosofia das alturas dos céus, estabelecê-la nas cidades, introduzi-la nas casas das pessoas e forçá-la a investigar a vida cotidiana, a ética, o bem e o mal.”
Texto II
Em um de seus diálogos, Sócrates afirmou:
"Então, Eutífron, você não respondeu à minha pergunta. Eu não perguntei o que é, ao mesmo tempo, piedoso e ímpio, algo que os deuses podem amar e odiar ao mesmo tempo. Você disse que a piedade é o que você está tentando fazer, punindo seu pai. Mas não é surpreendente que isso possa ser amado por Zeus, por um lado, e te fazer inimigo de Cronos e Urano, por outro. Da mesma forma, Hefesto pode amar o que você faz, enquanto Hera pode odiá-lo."
A partir dos textos acima, é possível concluir que.
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Sócrates estava preocupado com questões de metafísica e a existência de uma realidade imutável e eterna.Esta alternativa está incorreta. Sócrates não se concentrou na metafísica ou na busca por uma realidade imutável, temas que ficaram mais associados a Platão, seu discípulo, e outros filósofos posteriores. Sócrates, conforme indicado por Cícero e no diálogo com Eutífron, estava mais interessado em questões éticas e em investigar como devemos viver, entender a virtude e o bem.
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Sócrates se concentrou na investigação do conhecimento humano, questionando as crenças e opiniões das pessoas sobre a vida cotidiana, a ética e a moralidade.Esta alternativa está correta. Sócrates é famoso por seus métodos investigativos, como o método socrático, que envolvia questionar constantemente as crenças das pessoas sobre a ética e a moralidade no dia a dia. Ele se preocupava em explorar o conhecimento humano, como destacado nos textos, questionando conceitos para compreender melhor a vida cotidiana.
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Sócrates buscava compreender a moralidade e a ética na vida cotidiana, levando em conta as opiniões divergentes dos deuses.Esta alternativa está parcialmente correta, mas enganosamente formulada. Sócrates realmente se interessava pela moralidade e a ética no cotidiano, como Cícero sugere ao falar sobre ele introduzir a filosofia na vida das pessoas. Contudo, ao mencionar as opiniões divergentes dos deuses, parte-se de uma perspectiva que não era exatamente o foco de Sócrates. No diálogo com Eutífron, é claro que ele usa os deuses para expor a dificuldade em entender o conceito de piedade, mas seu interesse estava em clarificar conceitos humanos e não em divergências divinas.
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Sócrates estava interessado em investigar a natureza e os fenômenos celestes, concentrando-se nas explicações mitológicas dos deuses.Esta alternativa está incorreta. Sócrates é conhecido por ter voltado sua investigação filosófica para questões humanas e éticas, ao invés de se debruçar sobre temas relacionados a fenômenos naturais ou explicações míticas. Cícero destaca que Sócrates trouxe a filosofia para o dia a dia das pessoas, focando em questões de moral e ética, e não em eventos celestes ou mitológicos.
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Sócrates estava interessado em estudar a política e a governança, procurando entender o papel dos deuses na liderança das cidades.Esta alternativa está incorreta. Apesar de Sócrates ter discutido questões políticas em alguns de seus diálogos, seu foco principal não era estudar a política em si, nem entender o papel dos deuses na liderança das cidades. Seu interesse estava mais voltado para questões éticas universais e o entendimento e questionamento das crenças humanas.
Qual foi a primeira definição de piedade apresentada por Eutífron?
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Piedade é fazer o que é moralmente correto.Esta alternativa está incorreta pois Eutífron não define piedade, inicialmente, como fazer o que é moralmente correto. Essa definição é vaga e não corresponde à primeira resposta dada por Eutífron a Sócrates.
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Piedade é perseguir os que cometem injustiças.Eutífron, no diálogo de Platão, inicialmente define piedade como perseguir o que é justo, o que inclui perseguir aqueles que cometem injustiças. Esta é a primeira definição que ele oferece quando Sócrates pergunta sobre o que é a piedade. Portanto, essa alternativa está correta.
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Piedade é respeitar os pais e os deuses.Em nenhum momento inicial do diálogo Eutífron define piedade como respeitar os pais e os deuses. Essa definição não é citada por Eutífron como sua primeira resposta no diálogo, tornando essa alternativa incorreta.
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Piedade é aquilo que é agradável aos deuses.Posteriormente no diálogo, Eutífron menciona que piedade é aquilo que é agradável aos deuses, mas não é a primeira definição que ele apresenta. Essa colocação vem depois que Sócrates pressiona Eutífron para justificar sua primeira definição. Assim, essa alternativa está incorreta como resposta para a primeira definição.
Texto I
"Então, Eutífron, você não respondeu à minha pergunta. Eu não perguntei o que é, ao mesmo tempo, piedoso e ímpio, algo que os deuses podem amar e odiar ao mesmo tempo. Você disse que a piedade é o que você está tentando fazer, punindo seu pai. Mas não é surpreendente que isso possa ser amado por Zeus, por um lado, e te fazer inimigo de Cronos e Urano, por outro. Da mesma forma, Hefesto pode amar o que você faz, enquanto Hera pode odiá-lo."
"Então, Eutífron, você não respondeu à minha pergunta. Eu não perguntei o que é, ao mesmo tempo, piedoso e ímpio, algo que os deuses podem amar e odiar ao mesmo tempo. Você disse que a piedade é o que você está tentando fazer, punindo seu pai. Mas não é surpreendente que isso possa ser amado por Zeus, por um lado, e te fazer inimigo de Cronos e Urano, por outro. Da mesma forma, Hefesto pode amar o que você faz, enquanto Hera pode odiá-lo."
A partir do texto acima, podemos perceber que Sócrates fazia filosofia dialogando com as pessoas para
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entreter e impressionar os espectadores com suas habilidades dialéticas.Essa alternativa está incorreta. Embora Sócrates fosse um excelente orador e usasse muitas vezes seu diálogo como ferramenta, o propósito não era entreter ou impressionar os espectadores. Sua intenção principal era promover a busca pelo conhecimento verdadeiro e desafiá-los a reconsiderar suas próprias convicções.
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estabelecer sua autoridade como líder filosófico e ganhar seguidores.Essa alternativa está incorreta. O objetivo de Sócrates não era estabelecer autoridade ou ganhar seguidores. Afinal, ele era conhecido por dizer que "só sei que nada sei", o que demonstra sua postura de humildade intelectual. Seu método era facilitar a autodescoberta da verdade pelas pessoas, não posicionar-se como uma autoridade com respostas definitivas para questões filosóficas.
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convencer as pessoas a adotarem suas próprias ideias e teorias.Essa alternativa está incorreta. Sócrates não tinha a intenção de convencer as pessoas a adotarem suas ideias. Em vez disso, ele procurava questioná-las para fazer com que revisassem suas próprias crenças. Ele acreditava que a verdade deveria ser descoberta pela pessoa mesma e não apenas aceita de maneira dogmática. Portanto, seu objetivo não era doutrinar, mas estimular o pensamento crítico.
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coletar informações sobre as diferentes crenças religiosas da época.Essa alternativa está incorreta. Embora Sócrates possa ter aprendido sobre crenças religiosas durante seus diálogos, seu objetivo principal não era a coleta de informações. Sua abordagem focava em questionar a validade e a lógica das crenças para que a pessoa refletisse sobre elas e alcançasse um entendimento mais claro e racional, independentemente da área ou do assunto em questão.
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investigar as contradições e inconsistências nas crenças e opiniões delas.Essa alternativa está correta. No texto, Sócrates questiona Eutífron para destacar contradições e inconsistências na sua compreensão do que seja piedade. Sócrates frequentemente usava esse método de questionamento para investigar as crenças das pessoas e ajudá-las a perceber suas próprias falhas de entendimento. Essa técnica é conhecida como "ironia socrática" ou "método socrático", que busca levar a uma reflexão mais profunda e ao reconhecimento da própria ignorância, um primeiro passo para o verdadeiro conhecimento.
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