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Questões sobre diálogo entre Sócrates e Trasímaco
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Na conversa com Sócrates, Trasímaco afirma que " a justiça nada mais é do que o interesse do mais forte". O que ele quer dizer com isso?
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A justiça é da a cada um aquilo que é devido, em função das suas necessidades.A afirmação de Trasímaco não está de acordo com a ideia de que a justiça é dar a cada um o que é devido em função das suas necessidades. Essa definição aproxima-se mais das ideias de justiça distributiva, que buscam equilibrar recursos e necessidades entre indivíduos. Trasímaco, por outro lado, descreve a justiça como algo ligado ao poder e aos interesses pessoais dos mais fortes, o que não envolve necessariamente atender às necessidades de cada um.
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A justiça é um conceito universal e imutável, aplicável a todos igualmente.Trasímaco desafia a ideia de que a justiça é um conceito universal e imutável. Ele argumenta que a justiça está sujeita aos interesses dos poderosos, o que implica que é variável e contingente. Sua visão é mais cínica e relativista, criticando a noção de justiça como uma verdade universal que se aplica igualmente a todos.
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A justiça é determinada pelos valentões da sociedade, que têm mais força física e consegue impor sua vontade.Essa interpretação leva o conceito de 'mais forte' de Trasímaco literalmente ao campo da força física, o que não é exatamente o ponto que ele está fazendo. Trasímaco se refere ao poder político e à capacidade de criar e impor leis, não simplesmente à força bruta. Portanto, não é apenas sobre valentões, mas sobre aqueles que controlam a estrutura política e legal que define o que é justo.
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A justiça é um equilíbrio entre os interesses dos governantes e dos governados.Enquanto a ideia de equilíbrio poderia parecer uma forma de justiça, a afirmação de Trasímaco não endossa essa visão. Ele acredita que a justiça serve aos interesses do poderoso, sem qualquer consideração explícita pelo equilíbrio ou bem-estar dos governados. Para Trasímaco, a justiça é uma expressão do poder unilateral dos governantes, não um compromisso entre diferentes interesses.
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A justiça é determinada pelos governantes, que usam seu poder para criar leis que beneficiem a si mesmos.Esta alternativa está correta. Trasímaco sugere que as leis e a definição de justiça são criadas pelos que detêm o poder, normalmente os governantes, para servir aos seus próprios interesses. Isso significa que a justiça, nesse contexto, não é um princípio moral ou ético independente, mas uma ferramenta de controle e manutenção do poder.
No final do diálogo, Trasímaco concorda com Sócrates que
"ninguém que tenha governo, na medida em que é governante, considera ou ordena o que convém a si mesmo, mas sim o que convém ao governado e sujeito à sua arte; e tudo quanto faz ou diz tem em mira unicamente isso."
"ninguém que tenha governo, na medida em que é governante, considera ou ordena o que convém a si mesmo, mas sim o que convém ao governado e sujeito à sua arte; e tudo quanto faz ou diz tem em mira unicamente isso."
Com qual das ideias abaixo Trasímaco concordou que o obrigou a aceitar essa conclusão?
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"Os governantes podem equivocar-se quanto ao seu próprio interesse naquilo que ordenam".Essa afirmação fala sobre a potencial falibilidade dos governantes ao se equivocarem sobre o que é do seu interesse. Embora isso possa parecer relevante, não é a linha de raciocínio que conduz Trasímaco a admitir a posição de Sócrates sobre o governo mirar no interesse dos governados. A conclusão não decorre do reconhecimento de falhas, mas da compreensão do propósito de uma arte ou função.
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"O corpo pode adoecer e necessitar de cura; tem, portanto, interesses a que atende a arte da medicina, e para isso foi ela criada."Esta afirmação indica que o corpo possui necessidades que a medicina visa atender. Embora esta ideia esteja relacionada à função da medicina, não é central para a argumentação de Sócrates em levar Trasímaco a concordar que o objetivo do governo é, de fato, o interesse dos governados. Assim, não é por esta ideia que Trasímaco chega à conclusão que concorda com Sócrates.
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"A medicina não considera o interesse da medicina, mas o do corpo".A afirmação que "a medicina não considera o interesse da medicina, mas o do corpo" é uma metáfora que Sócrates utiliza para argumentar que cada arte ou prática tem como objetivo o interesse do objeto ao qual se aplica, e não a si mesma. Da mesma forma, a medicina visa o bem-estar do corpo, o governo deve visar o bem-estar dos governados. Assim, Trasímaco é levado a aceitar essa lógica comparativa, que o obriga a concordar com a ideia de que um verdadeiro governante busca o interesse dos governados.
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"Não é por navegar que recebe o nome de piloto, mas pela sua arte e pela sua autoridade sobre os marinheiros".Esta afirmação sugere que a autoridade de um piloto ou capitão de um navio é definida pela sua habilidade e responsabilidade sobre os marinheiros. No entanto, não se relaciona especificamente com a argumentação central que leva Trasímaco a concordar com Sócrates, que é sobre o interesse do governante em relação ao governado. Portanto, essa ideia não obriga Trasímaco a aceitar a conclusão de Sócrates.
Como Sócrates leva Trasímaco a perceber que a afirmação de que "justiça é o interesse do mais forte" é insuficiente?
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Sócrates aponta exemplos históricos de governantes benevolentes e justos que colocaram os interesses do povo acima dos próprios interesses.Essa alternativa está incorreta porque, embora seja uma abordagem interessante, ela não reflete a estratégia que Sócrates utiliza no 'República'. Sócrates não apela apenas a exemplos históricos para refutar Trasímaco. Em vez disso, ele se concentra em uma análise lógica e conceitual da definição apresentada por Trasímaco.
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Sócrates afirma que a justiça é uma questão de consenso social e que, por isso, não pode ser reduzida aos interesses dos governantes.Essa alternativa está incorreta, pois Sócrates não argumenta principalmente a partir de um consenso social para refutar Trasímaco. Sua abordagem é mais focada em desmontar a lógica interna da definição de Trasímaco, mostrando suas contradições práticas.
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Sócrates propõe que a verdadeira justiça está no equilíbrio entre os interesses dos governantes e dos governados, e que a visão de Trasímaco é demasiadamente simplista.Essa alternativa está incorreta. Sócrates não defende um equilíbrio entre os interesses como uma resposta ao argumento de Trasímaco. Em vez disso, ele questiona a consistência da ideia de que justiça serve apenas ao interesse dos mais fortes, explorando como essa visão permite que erros aconteçam.
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Sócrates questiona a definição de "mais forte" e discute a ideia de que força e poder são conceitos subjetivos e variáveis.Essa alternativa está incorreta porque Sócrates não baseia seu argumento na variabilidade dos conceitos de força e poder, mas sim em como uma definição baseada puramente na força é falha. Ele analisa em particular as consequências lógicas dessa definição para mostrar suas inconsistências.
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Sócrates argumenta que os governantes erram e que podem promulgar leis que não são benéficas para eles mesmos.Esta alternativa está correta. Sócrates desafia a definição de justiça de Trasímaco ao apontar que os governantes podem cometer erros. Isso significa que, ao fazer leis, eles podem criar regras que vão contra seus próprios interesses, o que contradiz a ideia de que justiça é sempre o interesse do mais forte, pois o mais forte pode não se beneficiar dessas leis.
No diálogo, Trasímaco afirma:
"E as diferentes formas de governo fazem leis democráticas, aristocráticas ou tirânicas tendo em vista os seus respectivos interesses. E ao estabelecer essas leis, os governantes deixam claro que é justo aquilo que lhes convém. Aquelas pessoas desrespeitam as leis são punidas. É isso que quero dizer quando afirmo que em todos os Estados rege o mesmo princípio de justiça: o interesse do governo. E, como quem detém o poder é o governo, a única conclusão que podemos tirar disso é que em toda parte só existe um princípio de justiça: o interesse do mais forte."
"E as diferentes formas de governo fazem leis democráticas, aristocráticas ou tirânicas tendo em vista os seus respectivos interesses. E ao estabelecer essas leis, os governantes deixam claro que é justo aquilo que lhes convém. Aquelas pessoas desrespeitam as leis são punidas. É isso que quero dizer quando afirmo que em todos os Estados rege o mesmo princípio de justiça: o interesse do governo. E, como quem detém o poder é o governo, a única conclusão que podemos tirar disso é que em toda parte só existe um princípio de justiça: o interesse do mais forte."
A partir desse trecho, é possível concluir que
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Trasímaco defende que as leis justas são apenas aquelas criadas para beneficiar igualmente a todos os membros da sociedade.Esta alternativa também está incorreta. Trasímaco não sugere que leis justas são aquelas que beneficiam a todos de forma igualitária. Ele propõe que a justiça é o que serve ao interesse dos governantes, não ao bem comum ou à igualdade entre os membros da sociedade. Assim, as leis poderiam ser consideradas "justas" se favorecessem aqueles no poder, não importando o impacto igualitário.
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Trasímaco argumenta que a justiça varia de acordo com a forma de governo e serve aos interesses dos governantes, pois é quem tem mais influência política.Esta alternativa é incorreta por um detalhe sutil. Embora Trasímaco argumente que a justiça serve aos interesses dos governantes, a menção sobre "influência política" poderia ser vista como desnecessária aqui. O foco é na relação direta entre governantes e a definição de justiça, sem precisar se aprofundar em mecanismos como influência política que não são mencionados explicitamente no trecho dado.
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Trasímaco defende que a justiça é alcançada apenas quando as leis garantem a liberdade e a igualdade entre todos os cidadãos.Essa alternativa está incorreta. Trasímaco, no trecho citado, não está discutindo a justiça enquanto garantia de liberdade e igualdade para todos. Ele sugere que a justiça é vinculada ao interesse dos governantes, sem mencionar princípios como liberdade ou igualdade entre cidadãos.
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Trasímaco argumenta que a justiça varia de acordo com a forma de governo e é aquilo que serve aos interesses dos governantes.Esta alternativa está correta. Trasímaco afirma exatamente isso: que a justiça é definida pelos interesses dos governantes em qualquer forma de governo. Democracias, aristocracias e tiranias fazem leis que lhes são convenientes. Portanto, o conceito de justiça é empregado de acordo com o que beneficia o Estado e os poderosos governantes no comando.
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Trasímaco acredita que a justiça é um ideal absoluto e independente das formas de governo que prevalecem em uma sociedade.Esta alternativa está incorreta. Trasímaco, no trecho apresentado, não está tratando a justiça como um ideal absoluto ou algo inerente por si só. Pelo contrário, ele a descreve como uma ferramenta moldada pelos interesses daqueles que estão no poder. Em vez de um ideal universal, a justiça é relativa às conveniências de governantes em diferentes formas de governo, segundo ele.
Qual é a conclusão do diálogo entre Sócrates e Trasímaco?
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Sócrates demonstra que um governante verdadeiro visa o bem-estar dos governados, e não o seu próprio interesse, levando Trasímaco a reconsiderar sua posição inicial.Essa é a alternativa correta. Durante o diálogo, Sócrates argumenta que um governante, ao fazer leis, deve agir em benefício dos governados, não por interesse próprio. Ele sugere que a verdadeira habilidade dos governantes é a justiça, que tem como obetivo o bem comum. Embora Trasímaco relute, ele é levado a reavaliar sua postura através das perguntas e suposições de Sócrates, mesmo que não admitindo plenamente que foi convencido.
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Trasímaco convence Sócrates de que a justiça é apenas o interesse do mais forte, e Sócrates passa a concordar com essa visão.Essa alternativa está incorreta. No diálogo entre Sócrates e Trasímaco, Sócrates não aceita a definição de que a justiça é apenas o interesse do mais forte. Em "A República" de Platão, que é a fonte da discussão entre os dois, Sócrates desafia essa afirmação crítica de Trasímaco, apresentando objeções que mostram inconsistências na equação da justiça com o mero interesse dos poderosos.
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Sócrates e Trasímaco chegam a um consenso de que a justiça é relativa e varia de acordo com o contexto cultural e político.A alternativa está incorreta. O diálogo não chega a um consenso de que a justiça é relativa. Trasímaco inicialmente propõe que a justiça é o interesse do mais forte, mas Sócrates acaba mostrando que essa visão não é satisfatória através de refutações. A ideia de que a justiça varia conforme contextos culturais e políticos não é a conclusão aceita no diálogo, mas sim uma visão relativista que não é endossada por Sócrates.
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O diálogo termina sem deixar claro se a justiça é ou não o interesse do mais forte, pois os questionamento de Sócrates deixam questões em aberto.A alternativa está incorreta. Embora Sócrates deixe muitas questões no ar, ele refuta a posição de Trasímaco ao longo do diálogo e propõe, com mais clareza, que a justiça não pode ser reduzida ao interesse do mais forte. O diálogo ressalta a visão de Sócrates de que a justiça é uma virtude objetivamente positiva, mais voltada para o bem comum, apesar de Trasímaco não concordar abertamente.
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Trasímaco convence Sócrates de que a justiça é sempre egoísta e, portanto, a ética deve ser baseada no egoísmo.Essa alternativa está incorreta. Trasímaco não convence Sócrates de que a justiça é sempre egoísta. Sócrates, na verdade, segue argumentando contra essa visão e propondo que a verdadeira justiça visa o bem do coletivo. Ele refuta a ligação direta entre justiça e egoísmo, direcionando o diálogo para um entendimento mais altruísta da justiça, mesmo que isso não convença Trasímaco inteiramente.
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