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Questões sobre diálogo entre Sócrates e Laques

Em sua primeira tentativa de definir coragem, Laques afirma:

"Como sabes, homem de coragem é o que se decide a não abandonar o seu posto no campo de batalha, a fazer face ao inimigo e a não fugir."

Qual o problema apontado por Sócrates em relação à essa definição?
A definição de Laques é muito ampla e não permite distinguir a coragem de outras virtudes.
A definição de Laques sugere que a coragem está presente apenas nos soldados e não nos cidadãos comuns.
A definição de Laques está incorreta porque a coragem não envolve enfrentar o inimigo, mas sim aceitar a derrota.
A definição de Laques é inadequada porque a coragem não é uma virtude importante na sociedade grega.
A definição de Laques só inclui a coragem demonstrada em situações de confronto direto com o inimigo no campo de batalha, mas a coragem pode se manifestar em diferentes contextos e situações.

Em sua segunda tentativa de definir coragem, Laques afirma:

"Se tivesse de referir-me à coragem presente a todas essas situações, diria que é uma espécie de perseverança da alma."

O que ele quer dizer com isso?
Que a coragem é uma qualidade que só pode ser desenvolvida através de repetidas experiências de enfrentamento de situações desafiadoras, sem considerar o papel das características individuais.
Que a coragem é a capacidade de manter a determinação e a resiliência diante de adversidades, desafios ou situações perigosas, independentemente do contexto.
Laques entende a coragem como um aspecto que envolve apenas o enfrentamento de medos pessoais e não como uma virtude aplicável a situações mais amplas, como batalhas ou dilemas éticos.
Que a coragem está relacionada apenas à persistência em atividades físicas, como lutar em batalhas, e não tem relação com a força mental ou emocional.

No diálogo com Laques, Sócrates apresenta o seguinte exemplo:

"Com exceção, talvez, dos lacedemônios, Laques. Conta-se dos lacedemônios que em Platéia, quando se defrontaram com a barreira formada pelas tropas de escudo, não permaneceram em seus postos para lutar, mas puseram-se em fuga; porém, depois que as fileiras dos persas se desmancharam, voltaram-se para eles, à maneira da cavalaria de combate, e ganharam a batalha."

O que o filósofo deseja mostrar com ele no diálogo?
Que a coragem não se limita apenas a permanecer em seu posto no campo de batalha, pois em algumas situações é importante recuar e depois atacar.
A importância da força física e da habilidade em combate como os principais componentes da coragem, destacando o exemplo dos lacedemônios como um modelo a ser seguido.
Que a coragem é apenas uma ilusão e que, na verdade, não existem atos verdadeiramente corajosos em situações de guerra ou de conflito.
Que a coragem é exclusiva dos lacedemônios e que outros povos não são capazes de demonstrar a mesma bravura em situações de batalha.
Que a coragem é uma virtude inata, presente apenas em certas pessoas, como os lacedemônios, e não pode ser aprendida ou desenvolvida.
Ao final do diálogo, Sócrates e Laques chegam a uma definição conclusiva de coragem?
Sim, eles concordam que coragem é a persistência unida à razão.
Não, o diálogo termina sem qualquer progresso na definição de coragem.
Não, o diálogo revela as dificuldades em definir a coragem e a necessidade de uma definição mais precisa.
Sim, eles concordam que coragem é a disposição de enfrentar desafios e perigos.
Por que Sócrates considera insatisfatória a definição de coragem como "uma espécie de perseverança da alma"?
Porque Sócrates acredita que a coragem está relacionada apenas a situações de guerra, e essa definição não se restringe a esse contexto.
Porque Sócrates acha que a coragem é uma qualidade inata, e a definição de Laques sugere que ela pode ser desenvolvida através da perseverança.
Porque a definição não aborda a relação entre a coragem e a justiça, o que é essencial para compreender a virtude.
Porque nem toda perseverança é considerada coragem, especialmente quando está unida à irreflexão, o que pode ser prejudicial.
Porque a definição é muito ampla e não leva em consideração a importância do medo na coragem.