Como a teoria da escolha racional explica a corrupção e que soluções sugere para o problema
O que é a teoria da escolha racional?
A teoria da escolha racional é uma teoria econômica que sugere que as pessoas tomam decisões de forma racional ao avaliar os custos e benefícios de diferentes opções. Segundo essa teoria, as pessoas tendem a escolher aquela opção que lhes proporciona o maior benefício em relação ao custo envolvido, agindo, assim, de forma racional.
Um exemplo da teoria da escolha racional pode ser o seguinte: suponha que você está planejando viajar para a praia durante o verão. Você tem duas opções: ir de carro ou de avião. O carro é mais barato, mas leva mais tempo para chegar ao destino. Já o avião é mais caro, mas chega mais rápido.
Neste caso, a teoria da escolha racional sugere que você vai avaliar os custos e benefícios de cada opção e escolher aquela que lhe proporciona o maior benefício em relação ao custo. Por exemplo, se você valoriza muito o tempo e não tem problemas com o custo extra, pode optar pelo avião. Caso contrário, pode escolher ir de carro.
Como a teoria da escolha racional ajuda a explicar a corrupção?
Em relação à corrupção, a teoria da escolha racional pode ajudar a compreender como as pessoas podem ser tentadas a agir de forma corrupta se acreditarem que os benefícios superam os custos potenciais.
Por exemplo, se uma pessoa acredita que pode obter ganhos financeiros significativos através da corrupção, mas também acredita que as chances de ser pega e punida são baixas, ela pode optar por agir de forma corrupta, pois isso lhe parecerá a opção mais racional.
A teoria da escolha racional sugere que as pessoas tomam decisões baseadas em suas preferências e em considerações de custo-benefício. A corrupção pode ser entendida como um comportamento que viola as regras e padrões éticos e legais, e que é motivado pelo desejo de obter algum benefício pessoal.
Por exemplo, suponha que um político está responsável por julgar uma licitação para a construção de uma estrada em sua cidade. Duas empresas estão concorrendo ao contrato: a Empresa A e a Empresa B.
A Empresa A oferece um suborno ao político, dizendo que, em troca de favorecê-la na licitação, irá lhe pagar uma quantia significativa de dinheiro. O político avalia a situação e conclui que os benefícios financeiros que receberá superam o risco de ser descoberto e punido. Assim, ele aceita o suborno e favorece a Empresa A na licitação, julgando-a vencedora mesmo que isso não seja justo ou correto.
Neste caso, o político está agindo de forma corrupta, aceitando subornos em troca de favorecer determinadas empresas em licitações. Ele está fazendo o que diz a teoria da escolha racional, avaliando os custos e benefícios de cada opção e escolhendo aquela que lhe proporciona o maior benefício em relação ao custo. No entanto, sua ação é ilegal e ética e pode ter sérias consequências caso seja descoberta.
Que políticas a teoria da escolha racional sugere para combater a corrupção?
A teoria da escolha racional não sugere uma solução específica para o problema da corrupção, mas oferece algumas pistas sobre o que pode ser feito para diminuir ou eliminar o comportamento corrupto.
De acordo com a teoria da escolha racional, as pessoas agem de forma corrupta quando isso é mais vantajoso para elas, portanto, uma maneira de diminuir a corrupção é reduzir as vantagens que a corrupção oferece. Isso pode ser feito, por exemplo, aumentando as penalidades e os riscos para as pessoas que agem de forma corrupta, tornando mais difícil e menos vantajoso agir de forma corrupta.
Um exemplo de lei que aumenta as penalidades e os riscos para as pessoas que agem de forma corrupta, tornando mais difícil e menos vantajoso agir de forma corrupta, é a Lei de Improbidade Administrativa.
A Lei de Improbidade Administrativa é uma lei federal do Brasil que foi criada em 1984 com o objetivo de prevenir e punir a corrupção no setor público. Essa lei estabelece sanções para aquelas pessoas que agem de forma desonesta ou corrupta no exercício de suas funções públicas, como agentes públicos, servidores públicos e membros de conselhos e órgãos públicos.
A Lei de Improbidade Administrativa prevê diversas sanções para aqueles que agem de forma corrupta, como a perda da função pública, a inelegibilidade para cargos públicos, a devolução do dinheiro obtido de forma ilícita, o ressarcimento dos danos causados e até mesmo a prisão em casos mais graves.
Outra maneira de diminuir a corrupção é aumentar as vantagens e os benefícios de agir de forma ética e honesta, fazendo com que as pessoas tenham mais incentivo para agir de forma correta.
Um exemplo de lei que aumenta as vantagens e os benefícios de agir de forma ética e honesta, fazendo com que as pessoas tenham mais incentivo para agir de forma correta, é a Lei Anticorrupção nos Estados Unidos.
A Lei Anticorrupção nos Estados Unidos é uma lei federal que foi criada em 2010 com o objetivo de combater a corrupção no setor privado e no setor público. Essa lei estabelece regras e penalidades para aquelas empresas e pessoas que agem de forma corrupta, como pagamento de subornos, violações de leis antitruste e fraudes em licitações.
A Lei Anticorrupção nos Estados Unidos prevê diversas vantagens e benefícios para aquelas empresas e pessoas que agem de forma ética e honesta, como o direito de concorrer a contratos públicos, o direito de participar de programas de compliance e o direito de receber tratamento diferenciado em caso de investigações ou processos judiciais.
Além disso, a Lei Anticorrupção nos Estados Unidos também prevê incentivos financeiros para aqueles que denunciam casos de corrupção, como o direito de receber uma parte dos valores recuperados pelo governo em caso de condenação.