Questões sobre o conceito de rei-filósofo
Questão 1
Leia o texto para responder à questão.
Platão:
A massa popular é assimilável por natureza a um animal escravo de suas paixões e de seus interesses passageiros, sensível à lisonja, inconstante em seus amores e seus ódios; confiar-lhe o poder é aceitar a tirania de um ser incapaz da menor reflexão e do menor rigor. Quanto às pretensas discussões na Assembleia, são apenas disputas contrapondo opiniões subjetivas, inconsistentes, cujas contradições e lacunas traduzem bastante bem o seu caráter insuficiente.
Platão:
A massa popular é assimilável por natureza a um animal escravo de suas paixões e de seus interesses passageiros, sensível à lisonja, inconstante em seus amores e seus ódios; confiar-lhe o poder é aceitar a tirania de um ser incapaz da menor reflexão e do menor rigor. Quanto às pretensas discussões na Assembleia, são apenas disputas contrapondo opiniões subjetivas, inconsistentes, cujas contradições e lacunas traduzem bastante bem o seu caráter insuficiente.
(Citado por: CHATELET, F. História das Ideias Políticas. Rio de Janeiro: Zahar, 1997, p. 17)
Os argumentos de Platão, filósofo grego da antiguidade, evidenciam uma forte crítica à:
república.
oligarquia.
democracia.
monarquia.
plutocracia.
Questão 2
Leia o texto para responder à questão.
Platão:
A massa popular é assimilável por natureza a um animal escravo de suas paixões e de seus interesses passageiros, sensível à lisonja, inconstante em seus amores e seus ódios; confiar-lhe o poder é aceitar a tirania de um ser incapaz da menor reflexão e do menor rigor. Quanto às pretensas discussões na Assembleia, são apenas disputas contrapondo opiniões subjetivas, inconsistentes, cujas contradições e lacunas traduzem bastante bem o seu caráter insuficiente.
Platão:
A massa popular é assimilável por natureza a um animal escravo de suas paixões e de seus interesses passageiros, sensível à lisonja, inconstante em seus amores e seus ódios; confiar-lhe o poder é aceitar a tirania de um ser incapaz da menor reflexão e do menor rigor. Quanto às pretensas discussões na Assembleia, são apenas disputas contrapondo opiniões subjetivas, inconsistentes, cujas contradições e lacunas traduzem bastante bem o seu caráter insuficiente.
(Citado por: CHATELET, F. História das Ideias Políticas. Rio de Janeiro: Zahar, 1997, p. 17)
Os argumentos de Platão, filósofo grego da antiguidade, evidenciam uma forte crítica à:
oligarquia.
democracia.
república.
monarquia.
plutocracia.
Questão 3
“O primeiro princípio é o de que os direitos e interesses de todas as pessoas só estão certos de não serem ignorados quando a própria pessoa interessada é capaz de defendê-los e está habitualmente disposta a fazê-lo.”
A citação acima foi retirada do livro Os Princípios do Governo Representativo, de Stuart Mill. Considerando essa afirmação, o que Mill diria da ideia de Rei Filósofo de Platão?
Que o rei filósofo iria governar em benefício de todos, sem ignorar os interesses de ninguém.
Que a visão do Rei Filósofo é limitada, assim como sua vontade, o que faria com que prejudicasse uma parte da sociedade.
Que o Rei Filósofo é uma forma de governo preferível à democracia.
Que concorda com a ideia de Platão, já que também defende uma aristocracia.
Questão 4
O mundo grego no século IV a. C. era marcado por uma estrutura de cidades-Estado dispersas pelo território helênico. Essa fragmentação política levou os filósofos a procurarem estabelecer uma ideia sobre as formas de governo que fossem as mais adequadas.
Entre essas ideias, pode-se destacar
a democracia racional, defendida por Demócrito.
o governo de filósofos, defendido por Platão.
a oligarquia comercial, defendida por Sócrates
a aristocracia rural, defendida por Heráclito.
Questão 5
A República de Platão consiste na busca racional de uma cidade ideal. Sua intenção é pensar a política para além do horizonte da decadência da cidade-Estado no século de Péricles. O esquema acima mostra como se organizam as classes, segundo essa proposta.
Com base na obra de Platão e no esquema, atribua V (verdadeiro) ou F (falso) às afirmativas a seguir.
( ) As três imagens do Bem na cidade justa de Platão, o Anel de Giges, a Imagem da Linha e a da Caverna, correspondem, respectivamente, à organização das três classes da República.
( ) Na cidade imaginária de Platão, em todas as classes se contestam a família nuclear e a propriedade privada, fatores indispensáveis à constituição de uma comunidade ideal.
( ) Na cidade platônica, é dever do filósofo supri-la materialmente com bens duráveis e alimentos, bem como ser responsável pela sua defesa.
( ) O conceito de justiça na cidade platônica estende-se do plano político à tripartição da alma, o que significa que há justiça na República mesmo havendo classes e diferenças entre elas.
( ) Ao filósofo cabe a função de governar a cidade.
( ) As três imagens do Bem na cidade justa de Platão, o Anel de Giges, a Imagem da Linha e a da Caverna, correspondem, respectivamente, à organização das três classes da República.
( ) Na cidade imaginária de Platão, em todas as classes se contestam a família nuclear e a propriedade privada, fatores indispensáveis à constituição de uma comunidade ideal.
( ) Na cidade platônica, é dever do filósofo supri-la materialmente com bens duráveis e alimentos, bem como ser responsável pela sua defesa.
( ) O conceito de justiça na cidade platônica estende-se do plano político à tripartição da alma, o que significa que há justiça na República mesmo havendo classes e diferenças entre elas.
( ) Ao filósofo cabe a função de governar a cidade.
Assinale a alternativa que contém, de cima para baixo, a sequência correta.
F – V – F – V – V
V – V – F – F – F.
V – F – V – V – F.
F – V – V – F – V.
F – F – F – V – V.
Questão 6
“Enquanto não forem, ou os filósofos reis nas cidades, ou os que agora se chamam rei e soberanos filósofos genuínos e capazes, e se dê esta união do poder político com a filosofia, enquanto as numerosas naturezas que atualmente seguem um destes caminhos com exclusão do outro não forem impedidas forçosamente de o fazer, não haverá tréguas dos males, meu caro Gláucon, para as cidades, nem sequer, julgo eu, para o gênero humano.”
Platão. A República, Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1993.
Qual a analogia utilizada por Platão para defender a tese apresentada nesta passagem do livro A República?
Ele utiliza uma analogia chamada de mito da caverna.
Ele afirmava que os filósofos são as pessoas mais qualificadas para governar.
Ele fazia uma analogia com a sociedade das abelhas. Dizia que deveríamos seguir seu exemplo.
Ele acreditava que a sociedade é como uma empresa. Nessa, as pessoas mais qualificadas desempenham funções mais exigentes. Como a função mais exigente de uma sociedade é o governo, os filósofos deveriam governar.
Uma analogia que compara uma sociedade ou cidade a um navio. Assim como queremos uma pessoa qualificada para exercer a função de piloto, deveríamos querer alguém qualificado para nos governar.
Questão 7
“O primeiro princípio é o de que os direitos e interesses de todas as pessoas só estão certos de não serem ignorados quando a própria pessoa interessada é capaz de defendê-los e está habitualmente disposta a fazê-lo.”
Considerando a citação anterior, o que Mill diria da ideia do Rei Filósofo de Platão?
Que concorda, já que também defende um tipo de aristocracia.
Que o rei filósofo iria governar em benefício de todos, sem ignorar os interesses de ninguém.
Que o Rei Filósofo é uma forma de governo preferível à democracia.
Que a visão do Rei Filósofo é limitada, assim como sua vontade, o que faria com que prejudicasse uma parte da sociedade.
Questão 8
Se os filósofos não forem reis nas cidades ou se os que hoje são chamados reis e soberanos não forem filósofos genuínos e capazes e se, numa mesma pessoa, não coincidirem poder político e filosofia e não for barrada agora, sob coerção, a caminhada das diversas naturezas que, em separado buscam uma dessas duas metas, não é possível, caro Glaucon, que haja para as cidades uma trégua de males e, penso, nem para o gênero humano.
PLATÃO. A República. São Paulo: Martins Fontes, 2014.
A tese apresentada pressupõe a necessidade do conhecimento verdadeiro para a
consolidação de uma democracia direta.
superação de entraves dialógicos.
formação de um saber enciclopédico
promoção da igualdade dos cidadãos.
organização de uma sociedade justa.
Questão 9
Em sua obra A República, Platão descreve como seria a organização da cidade ideal, na qual não só uma classe usufruiria de uma felicidade superior, mas toda a cidade seria feliz. A justiça seria garantida pelo cumprimento das funções sociais que caberiam a cada cidadão, além do governo de reis-filósofos. Esses chefes de Estado deveriam realizar uma série de estudos para atingir a ciência, ou seja, o conhecimento das ideias, elevando-se até seu fundamento supremo: a ideia do Bem. Sem a ideia do Bem, o rei não seria justo nem seria responsável pela felicidade dos cidadãos. Para Platão, a certeza só pode advir de uma demonstração racional e, portanto, depois que se penetra na esfera do conhecimento inteligível. É tendo acesso ao plano inteligível que o homem teria acesso à ideia do Bem, que sustenta todas as outras.
Para Platão, os reis adequados para governar deveriam ser aqueles indivíduos que
cumprissem funções legislativas.
possuíssem virtudes superiores.
acumulassem riquezas materiais.
valorizassem sensações físicas.
proporcionassem bem-estar.
Questão 10
(Sócrates) — Nós estabelecemos que cada um deve ocupar-se de uma função na cidade, aquela para qual a sua natureza é mais adequada.
(Sócrates) — Quando um homem for, de acordo com a sua natureza, um artífice ou negociante, e depois, exaltado pela sua riqueza ou qualquer atributo deste gênero, tentar passar para a classe dos guerreiros, um guerreiro para a dos chefes e guardiões, ou quando o mesmo homem tentar exercer estes cargos ao mesmo tempo, nesse caso, penso que também acharás que esta mudança e confusão serão a ruína da cidade.
(Sócrates) — Assim, é isso a injustiça. E agora digamos a inversa: se a classe dos negociantes, auxiliares e guardiões se ocupar das suas próprias tarefas, executando cada um deles o que lhe compete na cidade, não se verificaria o contrário do caso anterior, a existência da justiça na cidade?
(Sócrates) — Quando um homem for, de acordo com a sua natureza, um artífice ou negociante, e depois, exaltado pela sua riqueza ou qualquer atributo deste gênero, tentar passar para a classe dos guerreiros, um guerreiro para a dos chefes e guardiões, ou quando o mesmo homem tentar exercer estes cargos ao mesmo tempo, nesse caso, penso que também acharás que esta mudança e confusão serão a ruína da cidade.
(Sócrates) — Assim, é isso a injustiça. E agora digamos a inversa: se a classe dos negociantes, auxiliares e guardiões se ocupar das suas próprias tarefas, executando cada um deles o que lhe compete na cidade, não se verificaria o contrário do caso anterior, a existência da justiça na cidade?
Conforme o diálogo platônico, a justiça se verifica na cidade quando cada classe social
cumpre as funções específicas de sua estirpe.
questiona as tarefas adequadas à sua essência.
exerce simultaneamente a totalidade das tarefas sociais.
possui mobilidade e alternância nas diversas incumbências.
extrapola as obrigações de cidadania próprias de sua comunidade.
Questão 11
Texto
Exercita-te primeiro, caro amigo, e aprende o que é preciso conhecer para te iniciares na política; antes, não. Então, primeiro precisarás adquirir virtude, tu ou quem quer que se disponha a governar ou a administrar não só a sua pessoa e seus interesses particulares, como a cidade e as coisas a ela pertinentes. Assim, o que precisas alcançar não é o poder absoluto para fazeres o que bem entenderes contigo ou com a cidade, porém justiça e sabedoria.
Exercita-te primeiro, caro amigo, e aprende o que é preciso conhecer para te iniciares na política; antes, não. Então, primeiro precisarás adquirir virtude, tu ou quem quer que se disponha a governar ou a administrar não só a sua pessoa e seus interesses particulares, como a cidade e as coisas a ela pertinentes. Assim, o que precisas alcançar não é o poder absoluto para fazeres o que bem entenderes contigo ou com a cidade, porém justiça e sabedoria.
(PLATÃO, O primeiro Alcebíades. Trad. Carlos Alberto Nunes. Belém: EDUFPA, 2004. p.281-285.)
Com base na tirinha, no texto II e nos conhecimentos sobre a ética e a política em Platão, assinale a alternativa correta.
A virtude individual terá fraca influência sobre o governo da cidade, já que a administração da cidade independe da qualidade de seus cidadãos.
O indivíduo deve possuir a virtude antes de dirigir a cidade, pois assim saberá bem governar e ser justo, já que se autogoverna.
Justiça, sabedoria e virtude resultam da opinião do legislador sobre o que seria melhor para a cidade e para o indivíduo.
Para se iniciar em política, primeiro é necessário o poder absoluto para fazer o bem para a cidade e a si próprio.
Todo conflito desaparece em uma cidade se a virtude fizer parte da administração, mesmo que o dirigente não a possua.
Questão 12
Na concepção política de Platão, é correto afirmar que a
aristocracia é um regime desejável, sempre que houver no poder uma família apta ao discurso filosófico.
democracia é uma forma degenerada porque, por definição, o povo é incapaz de adquirir a ciência política.
timocracia deve ser implementada, já que privilegia o impulso guerreiro em relação ao culto da virtude.
sofocracia é o modelo ideal de poder, por ser confiado aos melhores, aos mais inteligentes.
tirania deve ser estabelecida nos momentos de guerra, para defender as fronteiras da “polis”.