Questões sobre a democracia ateniense

A Grécia Antiga não era um país como a Grécia atual. Era um aglomerado de pequenas cidades, independentes entre si, com suas próprias leis e governo. Por isso essas cidades são chamadas de cidades-Estado.

Na verdade “demos” significa povo e “kratia” significa poder. Por isso “democracia” significa governo do povo. O local onde ocorriam as assembleias em Atenas era a colina da Pnix, diante da Acrópole.

A democracia ateniense excluía muitas pessoas da participação política. Mulheres, filhos de estrangeiros, estrangeiros, escravos em momento algum foram considerados cidadãos e, portanto, estavam excluídos do processo político.

Embora os gregos não tenham criado a astronomia, foram a primeira sociedade grande, com um número expressivo de pessoas, a se governar com a participação de um grande número de pessoas.

As democracia atuais pouco copiaram da democracia grega além do nome. As assembleias participativas e os sorteios, por exemplo, que são uma marca da democracia ateniense, estão praticamente ausentes das democracias atuais.

Existiam outras diferenças entre a democracia ateniense e a atual, como o uso de sorteio para a escolha de magistrados que desempenhavam funções políticas importantes.

Os atenienses conheciam as eleições, mas não usavam por razões políticas. Em alguns casos, como na escolha de generais, as eleições eram usadas.

O motivo que levou os atenienses a adotar o sorteio para a escolha de magistrados é principalmente a preocupação com a igualdade política.

Segundo Aristóteles, o sorteio é próprio de uma democracia, enquanto a eleição é típica de uma oligarquia ou aristocracia.

Os atenienses que acreditavam na democracia olhavam com suspeita para especialistas. Pensavam que nos assuntos do governo qualquer cidadão era suficientemente qualificado para opinar.

Ao adotar o sorteio para a escolha de magistrado, os atenienses não estavam procurando os mais qualificados. Essa ideia não fazia parte de sua concepção de democracia. Em sua visão, todas os cidadãos eram qualificados para desempenhar algumas funções de governo e deveria governar. Para se resguardar contra eventuais incompetências, os cidadãos vigiavam de perto as ações daqueles que eram escolhidos por sorteio.

Na verdade, junto com a democracia, surgiram seus críticos. Filósofos importantes, como Sócrates, Platão e Aristóteles olham com suspeita ou desprezavam completamente essa forma de governo.

A principal crítica feita por Sócrates e Platão é de que a democracia é um governo de incompetentes. Ao dar direito a qualquer pessoa participar do governo, faz com que pessoas que não tem conhecimento tomem as decisões sobre o que é melhor para a sociedade.