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Questões sobre o conceito de animal político

Questão 1

É, portanto, evidente que toda Cidade está na natureza e que o homem é naturalmente feito para a sociedade política. Aquele que – por sua natureza, e não por obra do acaso – existisse sem nenhuma pátria seria um indivíduo detestável. Assim, o homem é um animal cívico.
Ao discorrer sobre a formação das primeiras Cidades, Aristóteles apresenta como fundamento a
identificação cultural entre pessoas que viviam em determinadas regiões.
atração entre seres humanos de sexos opostos.
necessidade de sobrevivência diante dos perigos da natureza.
possibilidade de produzir mais riquezas por meio do acúmulo de forças.
inclinação natural do homem para a vida social.

Questão 2

“Toda polis é uma forma de comunidade. […] O homem é, por natureza, um ser vivo político (zoon politikon). […] Além disso, a polis é anterior à família e a cada um de nós, individualmente considerado; é que o todo é, necessariamente, anterior à parte. […] É evidente que a polis é, por natureza, anterior ao indivíduo; como um indivíduo separado não é autossuficiente, ele permanece em relação à cidade como uma parte em relação ao todo. Quem for incapaz de ser em comunidade ou que não sente essa necessidade por causa de sua autossuficiência será um bicho ou um deus; e não faz parte de qualquer polis”.
ARISTÓTELES. Política, 1252a1; 1253a5-30 – Texto adaptado.
Com base na citação acima, é correto afirmar que, para Aristóteles,
a satisfação dos interesses individuais e familiares constituem o fundamento e a finalidade da polis.
a vida comum é o fundamento da vida individual e familiar e só ela pode ser autossuficiente.
a comunidade política tem como fim último impedir a autossuficiência dos indivíduos e das famílias.
embora seja um ser vivo político, o homem pode viver sozinho como os deuses e os bichos.

Questão 3

“O bem do indivíduo é da mesma natureza que o bem da Cidade, mas este é mais belo e mais divino porque se amplia da dimensão do privado para a dimensão do social, para a qual o homem grego era particularmente sensível, porquanto concebia o indivíduo em função da Cidade e não a Cidade em função do indivíduo”.
REALE, Giovanni; ANTISERI, Dario. História da filosofia – v. 1. 3.ed. São Paulo: Paulus, 2003, p. 221.
Em Aristóteles, a primazia da Cidade, apresentada no excerto, reflete-se na ideia de ser humano como animal político. Nesse sentido, Aristóteles entende como sendo cidadãos
homens e mulheres, detentores de riqueza suficiente para pagar os impostos necessários à manutenção da administração da coisa pública, o que inclui os que governam, os que legislam e os que administram a justiça.
todos os que vivem em uma cidade, o que inclui homens e mulheres, escravos e livres, nativos e estrangeiros.
apenas os homens livres, residentes na Cidade, e colonos que habitam a região rural.
todos os indivíduos nascidos na Cidade, homens e mulheres, aos quais se facultava o direito de escolher os seus governantes, legisladores e juízes.
os que participam da administração da coisa pública, ou seja, que fazem parte das assembleias que legislam, governam e administram a justiça na cidade.

Questão 4

“O homem é um animal cívico [político], mais social do que as abelhas e outros animais que vivem juntos. A natureza, que nada faz em vão, concedeu apenas a ele o dom da palavra, que não podemos confundir com os sons da voz. Estes são apenas a expressão de nossas sensações agradáveis ou desagradáveis, de que os outros animais são, como nós, capazes. A natureza deu-lhes um órgão limitado a este único efeito; nós, porém, temos a mais, senão o conhecimento desenvolvido, pelo menos o sentimento obscuro do bem e do mal, do útil e do nocivo, do justo e do injusto, objetos para a manifestação dos quais nos foi principalmente dado o órgão da fala. Esse comércio da palavra é o laço de toda sociedade doméstica e civil [política]”.
Fonte: ARISTÓTELES. A política. São Paulo: Martins Fontes, 1991, p. 4.
Para Aristóteles, no processo de conhecimento e de aplicabilidade da racionalidade, é de extrema importância a estrutura da linguagem, e não apenas as palavras, conforme Gallo (2013, p. 84). No entanto, toda construção linguística demanda, a priori, a palavra como condição de expressão e de manifestação. Nesse sentido, é INCORRETO afirmar:
Pela palavra o homem compartilha a vida em comunidades.
Para Aristóteles, as palavras não necessitam de regras lógicas na constituição de um discurso, pois são meramente convencionais e relativas.
A palavra diferencia o homem de outras espécies de animais.
A palavra garante ao homem uma vida social, já que o faz ser político e sujeito pensante.

Questão 5

Considere o texto a seguir para a questão.
Pelo que foi exposto, torna-se evidente que a cidade pertence às coisas que são por natureza e que o homem, por natureza, é um animal político. Também o que por natureza ou por acaso não tem a sua cidade-estado é inferior ou superior ao homem, como aquele que Homero injuriou: “Sem família, sem lei e sem morada”.
“Com efeito, o que por natureza é isto também deseja a guerra, como peça desgarrada no jogo. É evidente por que razão o homem é animal político mais do que toda a abelha ou mais do que todo o animal gregário. Com efeito, como dizemos, a natureza não faz nada em vão.
E dos animais somente o homem tem a palavra.[…] Com efeito, como o homem, depois de ter alcançado o pleno desenvolvimento, é o melhor dos animais, do mesmo modo, separado da lei e da justiça, será o pior. Com efeito, a injustiça com armas é a pior. O homem, para cultivar a ponderação e a virtude, naturalmente se desenvolve possuindo armas, das quais é possível se servir com vistas a fins contrários àquelas virtudes. Por isso o homem sem virtude é o mais sacrílego e selvagem, e o mais servil aos prazeres do sexo e da gula. O senso de justiça é próprio da cidade-estado. A justiça é a ordem da comunidade dos cidadãos, e o sentido de justiça a capacidade de julgar o que é justo.
(ARISTÓTELES, Política, 1252a-1253b. Tradução de José Veríssimo Teixeira da Mata. In: MARÇAL, Jairo (Org.). Antologia de textos filosóficos. Curitiba: SEED, 2009, p., 73-4)Considere o texto a seguir para a questão.
Com base na passagem e em seus conhecimentos sobre a filosofia política de Aristóteles, é possível afirmar:
I. O homem é um animal político, pois a natureza deu ao homem a palavra capaz de expressar a virtude e a justiça.
II. Fora da cidade-estado, o homem está fora do âmbito da lei e da justiça.
III. Como o homem é, por natureza, um animal político, então, por natureza, o homem é o melhor dos animais.
Assinale a alternativa correta
apenas III.
apenas II.
apenas I e II.
apenas I e III.
apenas II e III.

Questão 6

Sobre o problema político-social, leia o texto a seguir:
O filósofo grego Aristóteles afirmava que o homem é por natureza um ser social, pois, para sobreviver, não pode ficar completamente isolado de seus semelhantes. Constituída por um impulso natural do homem, a sociedade deve ser organizada conforme essa mesma natureza humana.
COTRIM, Gilberto. Fundamentos da Filosofia, 2002, p. 2
Com relação ao problema político-social presente nesse texto, analise os seguintes itens:
I. A política pretende subjugar a violência por meio do debate, do pacto, da busca de uma vontade comum mediante caminhos legais.
II. Quando uma comunidade se organiza para a consecução de fins coletivos, torna-se uma sociedade política. Tal organização denomina-se hoje Estado.
III. Com relação ao problema político-social, o conceito de política se deve à separação entre o público e o privado.
IV. Há, no homem, o que se pode denominar um instinto social, como verdadeira tendência inscrita em sua natureza, que o inclina necessariamente ao convívio com o seu semelhante.
Estão CORRETOS
III e IV.
I, III e IV.
I, II e IV.
II e III
I, II, III e IV.

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