Questões sobre apelo à ignorância

O que significa "apelo à ignorância"?

Utilizar uma posição de autoridade para intimidar alguém e forçar a aceitação de um argumento sem discutir as evidências.

A primeira opção descreve uma falácia conhecida como 'apelo à autoridade', que é quando se usa a posição de poder de alguém como substituto para evidências em um argumento. Esta não é a descrição correta do 'apelo à ignorância'. Portanto, essa alternativa está incorreta.
Argumentar que uma ideia é válida porque está de acordo com as opiniões de pessoas ignorantes no assunto.

A quarta alternativa talvez esteja tentando se referir a uma situação onde pessoas despreparadas em determinado assunto são usadas como base para validar uma ideia. No entanto, isso não se alinha com o 'apelo à ignorância'. Essa alternativa é incorreta.
Afirmar que uma proposição é verdadeira porque muitas pessoas acreditam nela, independentemente de evidências concretas.

A terceira opção descreve outra falácia, chamada 'argumentum ad populum', ou o 'apelo ao povo'. Essa falácia se baseia no argumento de que, se muitas pessoas acreditam em algo, isso deve ser verdade, independente das evidências reais. Portanto, essa alternativa está incorreta.
Argumentar que algo é verdadeiro ou falso com base no fato de que não há provas ou evidências suficientes que comprovem o contrário.

A segunda opção está correta. "Apelo à ignorância" é uma falácia lógica que ocorre quando alguém afirma que uma proposição é verdadeira ou falsa com base na falta de provas do contrário. É como dizer "ninguém provou que alienígenas não existem, então eles devem existir". Essa falta de evidência contrária é usada incorretamente como uma prova em favor da afirmação.

Qual das alternativas a seguir mostra um exemplo de apelo à ignorância?

"Apesar de não termos respostas para tudo, a ciência continua avançando em sua compreensão do universo."

Esta opção não é um apelo à ignorância. Aqui, é afirmado que, mesmo sem ter todas as respostas, a ciência está sempre em progresso. Isso não é usado como prova de um ponto específico, mas sim uma característica do método científico, que admite suas limitações e tem como objetivo continuar aprendendo.
"Já que ninguém provou até hoje, apesar de muitas tentativas, que Deus não existe, só nos resta concluir que Ele existe."

Esta é a opção que exemplifica um apelo à ignorância. Um apelo à ignorância ocorre quando alguém afirma ser verdade algo apenas porque não se provou o contrário. Neste caso, a ideia é que como não se provou a inexistência de Deus, isso seria uma prova de que Deus existe, o que é uma falácia.
"Mesmo que ainda faltem dados sobre o funcionamento das células, os cientistas continuam desenvolvendo novas técnicas para estudá-las."

Aqui, a afirmação deixa claro que, embora os cientistas ainda não tenham todas as informações sobre as células, eles estão tentando resolver isso desenvolvendo novas técnicas. Esta não é uma falácia, mas uma expressão do esforço contínuo da ciência em superar suas limitações.
"Ainda que não possamos observar diretamente o interior das estrelas, modelos matemáticos ajudam a prever seus comportamentos."

Nesta alternativa, a falta de observação direta do interior das estrelas não é usada como prova de que algo específico é verdade. Pelo contrário, ela menciona que existem maneiras indiretas, como modelos matemáticos, para compreender esses fenômenos. Isso está mais alinhado com o raciocínio científico válido, não com um apelo à ignorância.

Em uma discussão sobre quem venceria em um duelo, Luke Skywalker diz a Darth Vader:
"Você não pode me derrotar, Vader. Ninguém jamais provou que a Força pode ser superada por pura força física. Então é impossível que você, com sua armadura e força bruta, me vença."

Considerando o contexto da conversa entre Luke Skywalker e Darth Vader, por que o argumento de Luke é um apelo à ignorância?

Porque Luke está apelando para sua superioridade como Jedi, o que implica que ele não pode ser derrotado por alguém sem habilidade com a Força.

Esta alternativa está incorreta. Aqui, a interpretação é que Luke estaria afirmando sua superioridade como Jedi, o que não é exatamente o mesmo que um apelo à ignorância. A superioridade baseado em ser um Jedi não é uma questão de ausência de provas sobre a capacidade da Força, mas sim de uma confiança pessoal em suas habilidades específicas, que não se baseia numa falácia lógica, mas sim numa percepção relacionada às habilidades dos Jedi.
Porque Luke está usando o desconhecimento de uma prova de que a Força pode ser superada para concluir que ela é invencível, sem oferecer evidências dessa invencibilidade.

Esta alternativa é correta. Um apelo à ignorância ocorre quando alguém afirma que algo é verdadeiro apenas porque não foi provado falso, ou vice-versa. Luke está argumentando que ninguém provou que a Força pode ser superada, logo ela não pode ser vencida. Ele está baseando sua conclusão na ausência de provas em contrário, em vez de fornecer evidências concretas de que a Força é realmente invencível. É um exemplo clássico desse tipo de argumento falacioso.
Porque Luke está baseando sua conclusão na força física de Vader, sugerindo que a Força espiritual é sempre superior à força bruta.

Esta alternativa é incorreta. Luke está argumentando sobre a relação entre a Força e a força bruta, mas o problema não é essa comparação em si. A falácia não está em afirmar que a Força espiritual é superior à força física, mas sim no uso da ausência de contraprovas como justificativa. A questão central é a base lógica da afirmação, não a comparação de poder.
Porque Luke está tentando intimidar Vader, desestabilizando-o psicologicamente, sugerindo que a Força não pode ser vencida,

Esta alternativa está incorreta porque se concentra mais em uma estratégia psicológica, que não caracteriza um apelo à ignorância. O apelo à ignorância diz respeito ao uso da falta de prova como base de um argumento, não à tentativa de desestabilização emocional ou psicológica do oponente.

Zara Blackwood, uma renomada arqueóloga, é acusada de ter roubado um artefato mágico extremamente valioso durante uma expedição nas ruínas da cidade de Azkhar. A promotoria afirma que Zara usou seus conhecimentos de arqueologia para ocultar o roubo e que o artefato desaparecido, o Amuleto das Sombras, jamais foi encontrado desde que ela deixou a expedição. No entanto, ao longo do julgamento, não foi apresentada nenhuma prova concreta de que Zara tenha, de fato, levado o artefato. As testemunhas da expedição não viram Zara com o amuleto, e nenhum rastro dele foi encontrado em sua posse ou em suas residências.

No último dia de julgamento, o advogado de defesa faz sua declaração final ao júri:

"Senhoras e senhores do júri, a promotoria não apresentou uma única prova irrefutável de que Zara Blackwood roubou o Amuleto das Sombras. Não há vídeos, não há testemunhas que a viram com o artefato, e nenhum traço dele foi encontrado com ela ou em sua propriedade. Vocês ouviram semanas de especulações, mas o que importa é que, sem provas, não podemos simplesmente condená-la. A ausência de evidências claras contra minha cliente só pode significar uma coisa: Zara é inocente."

O argumento do advogado de defesa no julgamento de Zara constitui uma falácia de apelo à ignorância?

Não, porque em um julgamento, a ausência de provas é uma justificativa válida para determinar a inocência, com base no princípio jurídico de presunção de inocência.

Esta alternativa está correta. No contexto jurídico, a presunção de inocência é um princípio fundamental que estabelece que uma pessoa deve ser considerada inocente até que se prove a sua culpa. Neste caso, o advogado de defesa está usando a falta de provas ainda não apresentadas como argumentação de que sua cliente deve ser considerada inocente, visto que a promoção da culpa sem provas concretas é injusta. Isso não é um apelo à ignorância, mas sim uma aplicação do princípio jurídico vigente.
Sim, porque o advogado está usando a falta de provas como base para afirmar que Zara é inocente, o que é um apelo à ignorância.

Esta alternativa está incorreta. O apelo à ignorância é uma falácia lógica que acontece quando se assume que uma afirmação é verdadeira simplesmente porque não foi provada falsa ou vice-versa. No contexto de um julgamento, a ausência de provas contra uma pessoa é frequentemente usada para sugerir a inocência dessa pessoa, não porque seja um apelo à ignorância, mas sim porque se alinha ao princípio de presunção de inocência, que é um pilar do sistema jurídico. O advogado da defesa está argumentando a favor da inocência de sua cliente com base na falta de evidências concretas que comprovem a acusação, em vez de fazer uma falácia.
Não, porque o advogado está argumentando que a acusação não cumpriu seu ônus de provar a culpa, o que é essencial em qualquer sistema de justiça.

Esta alternativa está correta. Em um julgamento, o ônus da prova recai sobre a promotoria, que deve apresentar provas suficientes para convencer o júri da culpa do acusado além de qualquer dúvida razoável. O advogado de defesa está correto ao argumentar que, na ausência de tais provas, não se pode considerar Zara culpada. Este argumento se encontra dentro do escopo do sistema de justiça, ao contrário de ser uma falácia de apelo à ignorância.
Sim, porque o advogado tenta manipular a ausência de evidências, sugerindo que, sem provas diretas, a acusação deve ser descartada sem considerar outras possibilidades.

Esta alternativa está incorreta. A afirmação do advogado de defesa não constitui uma falácia de apelo à ignorância. Ele não está manipulando a ausência de evidências para afirmar algo que não pode ser provado. Pelo contrário, ele está destacando que não há provas suficientes para condenar Zara, alinhando-se ao padrão legal de que a culpa deve ser estabelecida além de qualquer dúvida razoável. Sem provas concretas, a defesa tem o direito de argumentar que a acusação não está cumprindo seu ônus de provar a culpa.

Em qual dos seguintes casos ocorre a falácia de apelo à ignorância?

"Ainda não sabemos como funcionam todas as partes do cérebro humano, mas a ciência está fazendo grandes avanços nessa área."

Este caso não é um exemplo de falácia de apelo à ignorância. Ele simplesmente afirma que o conhecimento sobre o cérebro humano ainda está em desenvolvimento, mas que há progresso. Não está usando a falta de conhecimento como justificativa para provar ou refutar algo.
"Não há evidências suficientes para apoiar essa teoria, por isso ela deve ser reconsiderada até que mais provas sejam encontradas."

Esta afirmação não comete a falácia de apelo à ignorância. Está sendo cauteloso e racional, sugerindo que, na ausência de evidências suficientes, uma teoria deve ser revisada. Isso é um exemplo de postura científica cuidadosa, e não de um raciocínio falacioso.
"Como não descobrimos vida em outros planetas, isso prova que somos os únicos seres vivos no universo."

Sim, esta é a falácia de apelo à ignorância. A frase afirma que, como não encontramos vida em outros planetas, isso prova que somos os únicos seres vivos no universo. Esta é uma falácia porque se baseia na ausência de evidência como prova de um ponto, ou seja, está assumindo que algo é verdadeiro apenas porque não foi provado o contrário.
"Mesmo que não tenhamos todas as respostas sobre a origem do universo, isso não significa que não devemos continuar investigando."

Esta alternativa também não exemplifica a falácia de apelo à ignorância. Nesta frase, há apenas uma afirmação sobre a continuidade da investigação científica sobre a origem do universo, apesar de algumas perguntas ainda estarem sem resposta. Está apontando para uma atitude positiva diante das lacunas no conhecimento, sem tirar conclusões precipitadas.

Recursos para ensinar filosofia

Questões sobre apelo à ignorância

Você não está logado

Planos de aula de filosofia