João: Eu vi na internet que o sol gira em torno da Terra.
Ana: João, isso é uma falácia!
João: Sim, e das grandes! Eles estão enganando todo mundo!
O uso da palavra "falácia" por João e Ana está correto?
Não, porque é uma mentira, enquanto uma falácia é um erro de raciocínio que pode ocorrer mesmo com premissas verdadeiras.
Sim, porque qualquer informação falsa, como dizer que o sol gira em torno da Terra, pode ser chamada de falácia.
Não, porque falácias são apenas erros cometidos em debates, enquanto mentiras são afirmações falsas feitas com intenção de enganar.
Sim, porque falácia e mentira são sinônimos, ambos usados para descrever qualquer tipo de engano proposital.
Marcos - Ontem eu li no meu horóscopo que eu deveria "tomar cuidado com decisões rápidas e evitar distrações". Mais tarde, bati o carro ao voltar do trabalho. Isso não pode ser coincidência, a astrologia realmente funciona.
Clara - Eu sei bem como é! Outro dia o meu horóscopo dizia para eu "ficar atenta a energias tensas ao meu redor". Mais tarde, tive uma discussão com meu irmão. Esses avisos astrológicos fazem muito sentido, sempre acontece algo depois!
Que tipo de falácia Marcos e Clara cometem ao concluir que a astrologia funciona porque eventos ruins aconteceram após lerem seus horóscopos?
Apelo à ignorância, porque eles estão sugerindo que, como ninguém provou que a astrologia não funciona, ela deve ser verdadeira.
Post hoc, porque eles estão assumindo que, só porque um evento aconteceu depois do outro, o primeiro foi a causa do segundo.
Ladeira escorregadia, porque eles estão sugerindo que, se a astrologia funcionou nesses casos, ela sempre preverá eventos futuros.
Generalização apressada, porque eles estão tirando conclusões amplas sobre a astrologia com base em apenas duas experiências pessoais.
Joana: Acho que todos devem seguir as regras de trânsito, independentemente das circunstâncias. Regras são regras.
Lucas: Concordo, mas e se alguém estiver levando uma pessoa ferida ao hospital? Não seria aceitável ultrapassar o limite de velocidade nesse caso?
Joana: Não. Se a lei diz que não pode ultrapassar o limite de velocidade, não importa a situação. Mesmo nesse caso, a pessoa deve respeitar as regras.
Que tipo de falácia Joana comete ao insistir que, mesmo em uma emergência, o limite de velocidade não deve ser ultrapassado?
Falácia do acidente, porque ela está aplicando uma regra geral de forma rígida e inadequada a uma situação excepcional, sem levar em conta o contexto de emergência.
Generalização apressada, porque ela está tirando conclusões amplas sobre as regras de trânsito com base em uma situação específica.
Apelo à autoridade, porque ela está usando a autoridade da lei de forma absoluta, sugerindo que a lei deve ser seguida em qualquer situação, já que é a lei.
Falsa analogia, porque ela está comparando diferentes tipos de infrações de trânsito sem considerar a importância de cada uma no contexto.
Mariana - Eu acho que devemos considerar uma nova abordagem na empresa. Mudar nossas práticas de trabalho pode aumentar a produtividade.
Rafael - Não faz sentido mudar isso, Mariana! Todo mundo na empresa concorda que o jeito que fazemos as coisas atualmente é o melhor. Se a maioria pensa assim, não há necessidade de mudar nada.
Que tipo de falácia Rafael comete ao usar o argumento de que a maioria na empresa concorda com a prática atual?
Apelo ao povo, porque ele está sugerindo que, se a maioria concorda com algo, então isso deve ser correto.
Ad hominem, porque ele está atacando a capacidade de Mariana de propor mudanças na empresa.
Apelo à autoridade, porque ele está mencionando a maioria como uma fonte de autoridade sobre o tema.
Generalização apressada, porque ele está tirando conclusões com base em poucas opiniões.
Durante uma discussão sobre saúde pública, Carlos argumenta: "Permitir o uso de máscaras em locais fechados é o mesmo que permitir que as pessoas andem de capacete dentro de casa. Em ambos os casos, estamos falando de proteção desnecessária em ambientes seguros."
Que tipo de falácia o argumento de Carlos representa?
Generalização apressada, porque ele está assumindo que em todos os ambientes fechados o uso de máscaras é desnecessário, sem considerar os diferentes tipos de locais e situações.
Post hoc, porque ele está sugerindo uma relação de causa e efeito incorreta entre o uso de máscaras e a necessidade de proteção em ambientes que não apresentam riscos.
Falsa analogia, porque ele está comparando duas situações que envolvem contextos e níveis de risco muito diferentes, tornando a comparação inadequada.
Falácia do acidente, porque ele aplica uma regra geral (a ideia de proteção em ambientes fechados) a um caso específico onde a regra pode não ser relevante.
Carla: Nossa, estou tão feliz! Estava com uma gripe horrível, mas comecei a tomar chá de gengibre com alho ontem e hoje já estou me sentindo muito melhor! Esse chá é milagroso!
Rafaela: Sério? Você tomou só o chá e já melhorou?
Carla: Sim! Eu tomei o chá três vezes ontem e hoje acordei super bem. Com certeza foi o chá que me curou!
Rafaela: Mas, será que você não estava começando a melhorar de qualquer jeito? Às vezes a gripe vai embora sozinha depois de alguns dias.
Carla: Ah, não! Tenho certeza que foi o chá. Nunca mais vou ficar sem ele!
Que tipo de falácia Carla está cometendo ao afirmar que o chá foi responsável pela sua melhora?
Generalização apressada, porque ela está tirando conclusões sobre a eficácia do chá com base em uma única experiência pessoal.
Post hoc, porque ela está assumindo que, só porque a melhora veio depois de tomar o chá, isso significa que o chá foi a causa da cura.
Falsa analogia, porque ela está comparando o efeito do chá ao de medicamentos convencionais, sem evidências suficientes de que ambos funcionam da mesma maneira.
Apelo à ignorância, porque ela está dizendo que, como não há prova de que o chá não funciona, isso significa que ele deve funcionar.
Durante uma reunião sobre cortes orçamentários na educação, o professor Marcos defende um aumento de salário para os professores. Ana, uma das participantes, responde: "Claro que você quer isso, você é professor! É óbvio que você vai defender um aumento porque vai se beneficiar diretamente."
Que tipo de falácia Ana comete ao desqualificar o argumento de Marcos?
Ad hominem abusivo, porque ela está atacando a honestidade de Marcos, insinuando que ele está sendo desonesto em seu argumento.
Apelo à autoridade, porque ela está confiando em argumentos de outras pessoas para invalidar o ponto de Marcos.
Ad hominem circunstancial, porque ela está sugerindo que o argumento de Marcos é inválido por causa de seu interesse pessoal.
Envenenar o poço, porque ela está tentando desacreditar qualquer argumento futuro de Marcos ao destacar seu interesse pessoal.
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