Questões sobre apelo à piedade

Durante a reunião de diretoria de uma grande empresa, os executivos estão discutindo a possibilidade de demitir funcionários como medida para cortar custos. Um dos gerentes, ao invés de apresentar dados sobre o desempenho ou a necessidade de manter certos funcionários, afirma:

"Não podemos demitir o Carlos. Ele tem três filhos pequenos e está passando por dificuldades financeiras. E recentemente perdeu sua casa em um incêndio. Seria cruel demiti-lo agora, pois ele realmente precisa desse emprego para sustentar sua família."

Por que o argumento do gerente em defesa de Carlos é um exemplo de apelo à piedade falacioso?

Porque o gerente sugere que a empresa deve ignorar suas metas de redução de custos para ajudar qualquer funcionário em dificuldade financeira.

Esta alternativa aponta que o gerente quer que a empresa ignore suas metas para ajudar funcionários com dificuldades financeiras. É possível interpretar que ele está sugerindo isso indiretamente, mas o foco principal do argumento é a situação emocional do funcionário, não uma política geral para a empresa.
Porque o gerente está afirmando que funcionários com problemas pessoais nunca devem ser demitidos, independentemente das condições da empresa.

Aqui o argumento sugere que o gerente está generalizando ao afirmar que funcionários com problemas pessoais nunca devem ser demitidos. Contudo, o gerente realmente não faz essa afirmação abrangente. Ele foca especificamente no caso de Carlos, utilizando suas dificuldades para sustentar seu ponto de vista.
Porque o gerente está usando circunstâncias emocionais para influenciar a decisão, sem considerar o desempenho profissional.

Esta é a explicação correta. O gerente está usando as desventuras pessoais de Carlos para apelar emocionalmente para os outros executivos, desviando a atenção dos critérios racionais e objetivos que deveriam orientar a decisão, como o desempenho de Carlos ou a situação financeira da empresa. Isso é chamado de apelo à piedade, pois usa fatores emocionais para influenciar a decisão.
Porque o gerente assume que demitir Carlos seria eticamente errado devido às suas desventuras pessoais.

A alternativa destaca que o gerente considera eticamente errado demitir Carlos por conta de suas dificuldades pessoais. Contudo, o argumento é falacioso não porque toca em ética, mas porque se baseia em apelar para as emoções, ignorando outros fatores importantes, como o desempenho profissional e as necessidades da empresa.

Durante um debate público sobre a implementação de um novo sistema de transporte público na cidade, um cidadão toma a palavra e diz:

"Eu imploro que não construam essa nova linha de metrô perto do meu bairro. Minha mãe é idosa e muito doente, e qualquer mudança na rotina dela pode ser extremamente prejudicial. Além disso, temos muitos moradores que já sofrem com o barulho constante das fábricas dos arredores. Seria desumano seguir com esse projeto sabendo do sofrimento que causará a todos nós."

O argumento apresentado pelo cidadão pode ser considerado um apelo à piedade falacioso?

Não, porque ele está exercendo seu direito democrático de expressar preocupações em um debate público.

Não exatamente. Embora o cidadão tenha direito de expressar suas preocupações, o ponto central da questão é sobre o tipo de argumento que ele usa. O exercício do direito democrático é válido, mas isso não impede que o argumento seja falacioso se baseia em apelos emocionais em vez de considerações racionais e globais.
Não, porque ele está apontando preocupações legítimas sobre o impacto do projeto na saúde e bem-estar dos moradores locais.

Este ponto de vista pode não estar correto no contexto da falácia do apelo à piedade. Embora as preocupações dele sejam legítimas e possam ser verdadeiras, o uso de apelos emocionais pessoais para influenciar decisões grandes e complexas pode não ser considerado um argumento sólido. Avaliar o impacto na saúde e bem-estar dos moradores locais é importante, mas precisa ser baseado em dados e estudos ao invés de relatos individuais carregados de emoção.
Sim, porque ele acredita que problemas pessoais devem ser priorizados em decisões públicas, independentemente dos argumentos racionais.

Sim, porque o argumento parece se fundamentar na ideia de que as dificuldades pessoais deveriam pesar mais na decisão pública, o que pode não ser o mais justo ou equilibrado em uma política pública que afeta muitos. A crença de que problemas individuais devem ter um peso maior pode prejudicar a análise objetiva e racional dos benefícios e desvantagens para toda a cidade.
Sim, porque ele está usando situações pessoais emotivas para tentar influenciar a decisão, sem considerar os benefícios gerais do projeto.

Sim, essa afirmação está correta. O cidadão está usando uma situação emotiva e pessoal sobre sua mãe idosa e as dificuldades dos moradores para influenciar o debate, em vez de apresentar argumentos racionais que considerem o impacto geral do novo sistema de transporte para toda a comunidade. Este tipo de argumento apela para a emoção das pessoas, desviando a atenção de uma análise objetiva dos prós e contras do projeto.

Em qual dos seguintes exemplos ocorre a falácia do apelo à piedade?

Uma campanha para arrecadar fundos mostrando imagens fortes de crianças famintas, junto com dados sobre o impacto positivo do programa de ajuda.

Esta alternativa está incorreta. Embora a campanha utilize imagens emotivas para provocar compaixão, ela também apresenta dados concretos sobre o impacto do programa. O importante aqui é que a decisão de doar não é solicitada apenas com base na emoção, mas também em informação objetiva, o que difere de um apelo puramente emocional sem base lógica.
Um estudante que pede ao professor para aumentar sua nota porque precisa da aprovação, em apresentar justificativa sobre o desempenho nas provas.

Esta alternativa está correta. Aqui temos um caso típico da falácia do apelo à piedade, também conhecida como argumentum ad misericordiam. A falácia ocorre quando alguém tenta ganhar a aprovação ou convencimento de outro, não com base em argumentos lógicos ou evidências, mas apelando para a compaixão ou empatia do ouvinte. No exemplo, o estudante está pedindo que o professor aumente sua nota com base em sua necessidade pessoal de aprovação, em vez de fornecer justificativas relacionadas ao seu trabalho ou desempenho acadêmico.
Uma organização ambiental que apela à responsabilidade de proteger a natureza, apresentando evidências científicas sobre a destruição ambiental.

Esta alternativa está incorreta. O apelo à responsabilidade de proteger a natureza é acompanhado de evidências científicas. Isso significa que o argumento vai além de simplesmente apelar para a emoção, baseando-se também em dados para justificar a preocupação ambiental. Portanto, este exemplo não se encaixa na falácia do apelo à piedade.
Um psicólogo que explica como a infância traumática de um acusado de assassinato pode ter influenciado seu comportamento na frente de um júri.

Esta alternativa está incorreta. O psicólogo está apresentando uma explicação de como o comportamento do acusado pode ter sido influenciado por uma infância traumática. Isso não é um apelo à piedade, mas sim uma tentativa de oferecer contexto para o comportamento do indivíduo no tribunal. O objetivo aqui é fornecer uma explicação plausível para a análise dos membros do júri, mesmo que possa suscitar alguma empatia.

Quando o apelo à piedade é considerado legítimo e não uma falácia?

Quando o objetivo do apelo é distrair o ouvinte do ponto principal da discussão.

Essa alternativa está incorreta. Se o objetivo do apelo é distrair do ponto principal, então é claramente uma falácia. Isso ocorre porque o apelo está desvirtuando a atenção da questão que realmente importa, ao invés de contribuir para a discussão de maneira substancial.
Quando a intenção é apenas provocar empatia, sem se preocupar com o impacto das provas no caso.

Essa alternativa está incorreta. Quando a intenção é simplesmente provocar empatia sem considerar as provas ou evidências, isso tende a cair na falácia do apelo à piedade. Em argumentos sólidos, sempre deve haver uma base racional e evidências para sustentar as conclusões, além de qualquer apelo emocional.
Quando se usa emoção para convencer as pessoas de algo sem apresentar justificativa racional sobre o assunto.

Essa alternativa está incorreta. Usar apenas emoção sem justificativa racional é o que caracteriza a falácia do apelo à piedade. Isso ocorre quando se tenta convencer alguém baseando-se apenas em argumentos emocionais, sem apresentar uma base lógica ou evidencial.
Quando o apelo emocional é acompanhado por evidências e argumentos racionais que sustentam a conclusão.

Essa é a alternativa correta. O apelo à piedade não é considerado uma falácia quando é usado em conjunto com evidências e argumentos racionais. Nesse caso, o apelo emocional serve para enriquecer o argumento, mas não é a única base sobre a qual ele se sustenta.

O que caracteriza a falácia do Argumentum ad misericordiam?

Apresentar estatísticas para fortalecer um argumento.

Esta alternativa está incorreta. Apresentar estatísticas é uma tentativa de fortalecer um argumento com dados concretos, enquanto a falácia do Argumentum ad misericordiam apela para a emoção. Embora o uso de estatísticas possa ser manipulado ou enganoso, não é o ponto central desta falácia.
Desviar o assunto para evitar uma conclusão indesejada.

Esta alternativa está incorreta. Desviar o assunto para evitar uma conclusão indesejada é mais relacionado à falácia de red herring, que é uma distração do argumento central. O Argumentum ad misericordiam, por outro lado, foca na manipulação emocional para influenciar a opinião.
Utilizar argumentos lógicos para sustentar uma conclusão.

Esta alternativa está incorreta. Argumentum ad misericordiam é uma falácia que se baseia em apelar para a emoção, especificamente a piedade, ao invés de usar lógica ou razão. Utilizar argumentos lógicos não caracteriza essa falácia, mas sim o oposto dela.
Apelar à piedade para que uma conclusão seja aceita.

Esta alternativa está correta. A falácia Argumentum ad misericordiam ocorre quando alguém apela à piedade ou emoções similares para persuadir o interlocutor a aceitar uma conclusão. Em vez de fornecer razões racionais e evidências, o argumento busca manipular os sentimentos para obter concordância.

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