Questões sobre ladeira escorregadia

Por que a frase "se legalizarmos a eutanásia agora, ele acabará levando a eutanásia forçada de idosos no futuro" é considerada uma falácia ladeira escorregadia?

Porque aponta para um problema ético significativo que deve ser controlado imediatamente.

Essa alternativa está incorreta em relação ao conceito de falácia da ladeira escorregadia. Embora seja verdade que a eutanásia envolve questões éticas profundas que demandam cuidado e regulamentação, a alternativa não aborda a estrutura lógica da falácia em questão. A frase da questão é um exemplo de previsão alarmista e não se centra em evidências que mostrem a necessidade de controle imediato, mas sim em uma cadeia especulativa de eventos negativos.
Porque enfatiza o potencial de abuso no sistema de saúde se a eutanásia for permitida.

Essa alternativa está incorreta quando aplicada ao conceito de falácia da ladeira escorregadia. O argumento presente na frase não se limita a enfatizar o potencial de abuso, mas prevê uma cadeia de eventos negativos inevitáveis e especulativos. A falácia da ladeira escorregadia se caracteriza por essa especulação sem provas e não pela mera menção de possíveis abusos.
Porque é baseada em dados históricos que mostram um aumento em práticas antiéticas após concessões iniciais.

Essa alternativa está incorreta. A afirmativa de que a frase é baseada em dados históricos é incorreta no contexto de uma falácia da ladeira escorregadia. A falácia ocorre justamente porque não há base suficiente de dados concretos para afirmar que um evento inevitavelmente levará a outros eventos negativos. A afirmação é especulativa e não apoiada por provas históricas no exemplo dado.
Porque presume uma sequência inevitável de eventos ruins sem evidência para sustentar essa previsão.

Essa alternativa está correta. A falácia da ladeira escorregadia ocorre quando se afirma que um evento inevitavelmente levará a uma sequência de outros eventos negativos, sem que haja evidências suficientes para confirmar que essa sequência realmente acontecerá. No caso mencionado, a frase pressupõe que legalizar a eutanásia agora levará inevitavelmente à eutanásia forçada de idosos no futuro, mas não apresenta provas ou argumentos sólidos que sustentar essa cadeia de eventos. É uma suposição alarmista que se apoia no medo do futuro, em vez de em fatos concretos.

Se permitirmos o aborto em casos de anencefalia, estaremos abrindo um precedente perigoso: o de aceitar o aborto para alcançar algum benefício específico, como evitar o sofrimento dos pais. Isso pode levar, em seguida, à permissão do aborto em fetos com deficiências graves, depois em casos de doenças genéticas, e, eventualmente, ao aborto em qualquer situação onde a gravidez seja considerada indesejável. Ao abrir mão da proteção absoluta da vida, corremos o risco de desvalorizar completamente a vida intrauterina.

No argumento apresentado, quais são os elementos da ladeira escorregadia?

O ponto de partida é a permissão do aborto em casos de anencefalia; o precedente é aceitar o aborto para evitar sofrimento; o resultado catastrófico é a desvalorização completa da vida intrauterina.

Essa alternativa está correta. O ponto de partida na ladeira escorregadia do argumento é a permissão do aborto em casos de anencefalia. O precedente estabelecido é aceitar o aborto como meio para evitar o sofrimento dos pais. O resultado catastrófico previsto é a desvalorização total da vida intrauterina, quando se abre mão da proteção absoluta da vida. A sequência está de acordo com a estrutura de uma ladeira escorregadia, onde um passo inicial leva inevitavelmente a consequências mais amplas e indesejadas.
O ponto de partida é a proteção absoluta da vida; o precedente é evitar o sofrimento dos pais; o resultado catastrófico é a permissão do aborto em casos de anencefalia.

Essa alternativa também está incorreta. Na ladeira escorregadia apresentada, o ponto de partida é a permissão do aborto em casos de anencefalia, não a proteção absoluta da vida. O argumento não descreve evitar o sofrimento dos pais como o precedente, mas como parte do raciocínio que leva a aceitar o aborto inicialmente. Além disso, a permissão do aborto em casos de anencefalia é o ponto de partida, não o resultado catastrófico.
O ponto de partida é o aborto em qualquer situação indesejável; o precedente é a permissão do aborto em casos de doenças genéticas; o resultado catastrófico é a aceitação do aborto para evitar sofrimento.

Essa alternativa está incorreta porque inverte alguns dos elementos da ladeira escorregadia. No argumento original, o ponto de partida é a aceitação do aborto em casos de anencefalia, não em qualquer situação indesejável. Além disso, o precedente está na ideia de aceitar o aborto para evitar sofrimento, e o resultado catastrófico é a desvalorização da vida intrauterina, não a simples aceitação do aborto para evitar sofrimento.
O ponto de partida é o sofrimento dos pais; o precedente é a permissão do aborto em fetos com deficiências graves; o resultado catastrófico é a proteção absoluta da vida.

Essa alternativa está incorreta. O ponto de partida não é o sofrimento dos pais, mas sim a permissão do aborto em casos específicos, como a anencefalia. O precedente não é a permissão de aborto em fetos com deficiências graves, este é mais um passo na ladeira escorregadia. E, finalmente, o resultado catastrófico não é a proteção absoluta da vida, e sim o oposto, a desvalorização da vida intrauterina como um todo.

Por que a falácia da ladeira escorregadia tem esse nome?

Porque compara a dificuldade de argumentar contra a falácia com tentar caminhar em uma superfície escorregadia.

Essa alternativa está incorreta. A comparação com a superfície escorregadia tem a ver com o conceito de deslizamento inevitável em direção a um resultado extremo e não com a dificuldade de argumentar contra ela. O foco aqui não é sobre defender-se contra a falácia, mas sobre a progressão inevitável sugerida.
Porque indica que o argumento é difícil de entender, como subir uma ladeira escorregadia.

Essa alternativa está incorreta. A falácia da ladeira escorregadia não está ligada à dificuldade de entender o argumento, mas sim à ideia de que uma ação inicial pode levar a consequências drásticas de forma inevitável. A ladeira escorregadia é uma metáfora para a inevitabilidade de descer após o primeiro passo, e não para a dificuldade de compreensão.
Porque sugere que, dado o primeiro passo, é difícil parar, como se alguém estivesse descendo uma ladeira escorregadia.

Essa alternativa está correta. A falácia da ladeira escorregadia é assim chamada porque, ao argumentar que uma pequena ação levará inevitavelmente a outras ações mais significativas e muitas vezes indesejáveis, é como se se estivesse numa superfície onde ao primeiro passo se escorrega e começa-se a descer sem controle. Assim, essa imagem de estar numa ladeira escorregadia é uma metáfora para a incapacidade de parar depois do começo, levando ao extremo indesejado.
Porque implica que o primeiro evento é tão perigoso que leva a uma queda imediata e irreversível.

Essa alternativa está incorreta. A falácia da ladeira escorregadia não afirma que o primeiro evento leva imediatamente a um resultado irreversível, mas que inicia uma cadeia de eventos que poderia conduzir a uma consequência indesejada. A queda não ocorre imediatamente, mas é a progressão sugerida que se torna inevitável.

Qual das seguintes características é essencial para que um argumento seja considerado uma falácia da ladeira escorregadia?

O argumento identifica corretamente uma cadeia lógica de eventos, cada um decorrendo necessariamente do anterior com base em evidências.

Esse cenário não representa uma falácia da ladeira escorregadia. Se um argumento identifica corretamente uma sequência lógica de eventos com base em evidências sustentáveis, ele não é falacioso, mas sim uma análise coerente e baseada em fatos. A falácia da ladeira escorregadia, por outro lado, carece de tal fundamentação sólida.
O argumento sugere que uma ação levará inevitavelmente a uma série de eventos em cadeia, sem evidências suficientes para suportar tal sequência.

Essa descrição é correta. Uma falácia da ladeira escorregadia ocorre quando alguém argumenta que um evento levará inevitavelmente a uma série de outros eventos, sem fornecer evidências sólidas para cada passo da cadeia. O problema principal aqui é justamente a falta de justificativa razoável para prever que um evento vai desencadear todos os outros de forma inevitável.
O argumento afirma que uma ação tem consequências diretas e imediatas, as quais são facilmente observáveis e comprovadas.

Essa alternativa está incorreta. Na falácia da ladeira escorregadia, a questão é a alegação exagerada sobre o que vai acontecer no futuro sem evidências adequadas. Consequências diretas e imediatamente observáveis normalmente têm evidências mais claras, então esse tipo de afirmação não se encaixa na definição de uma ladeira escorregadia.
O argumento foca em consequências futuras, oferecendo dados concretos e plausíveis para cada passo da sequência apresentada.

Essa alternativa está incorreta. A falácia da ladeira escorregadia é marcada justamente pela ausência de dados sólidos que justifiquem cada passo da sequência. Se um argumento oferece dados concretos e plausíveis, não se trata de uma falácia, mas de uma linha de raciocínio fundamentada.

Um exemplo do uso do argumento do declive escorregadio é atribuído ao Bispo Sullivan e diz respeito à eutanásia voluntária. Ele defendia que, se a eutanásia fosse legalizada, “haveria boas razões para acreditar que, em uma data posterior, o projeto de eutanásia compulsória seria legalizado”, pela “diminuição do respeito à vida”, e que “pessoas inocentes poderiam ser mortas”, como, por exemplo, “pacientes com câncer incurável e os idosos”.

De acordo com o Bispo Sullivan, quais são as possíveis consequências da diminuição do respeito à vida decorrente da legalização da eutanásia voluntária?

Maior aceitação de práticas médicas alternativas e desafios ao sistema de seguridade social.

Esta alternativa menciona "maior aceitação de práticas médicas alternativas" e "desafios ao sistema de seguridade social". Novamente, não há relação direta com o que Bispo Sullivan especificamente argumenta. Seu foco é sobre a moralidade e possíveis abusos éticos, e não sobre mudanças na aceitação de práticas médicas ou impactos econômicos.
A proliferação de debates políticos sobre a moralidade da eutanásia e mudanças nas leis de saúde pública.

Esta alternativa fala sobre "proliferação de debates políticos" e "mudanças nas leis de saúde pública". Enquanto a legalização da eutanásia poderia de fato incitar debates e mudanças legais, isso não se alinha diretamente com a preocupação do Bispo Sullivan sobre a diminuição do respeito à vida e as consequências diretas e específicas que ele teme, como eutanásia compulsória e morte de segmentos vulneráveis da população.
Morte de pacientes com câncer incurável e idosos, e possível legalização da eutanásia compulsória.

Correta! Esta alternativa está de acordo com as preocupações do Bispo Sullivan. Ele acredita que a legalização da eutanásia voluntária poderia conduzir a casos onde pessoas vulneráveis, como pacientes com câncer incurável e os idosos, sejam alvo de eutanásia não consensual ou compulsória devido à redução do respeito geral à vida.
Aumento da discriminação contra pacientes em estado terminal e enfraquecimento do sistema de justiça.

Esta alternativa menciona um "aumento da discriminação contra pacientes em estado terminal" e o "enfraquecimento do sistema de justiça". Enquanto a preocupação do Bispo Sullivan é realmente com a proteção dos vulneráveis, como pessoas em estado terminal, a ideia de "enfraquecimento do sistema de justiça" não é algo que o argumento dele aborda diretamente. O foco dele é mais sobre consequências éticas e sociais, não jurídicas, como sugere este ponto.

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