Questões sobre falácias indutivas
Fernando estava animado com as eleições para a presidência do Grêmio estudantil de sua escola. Como aluno engajado e interessado na política escolar, ele queria ter uma boa ideia de como as coisas estavam indo para as chapas concorrentes. Durante o intervalo, Fernando aproveitava cada oportunidade para conversar com seus colegas de sala e conhecidos sobre em quem pretendiam votar.
Depois de alguns dias de conversas, Fernando notou um padrão: praticamente todas as pessoas com quem falava afirmavam que iam votar na Chapa 1, liderada por sua amiga Luísa. Alguns mencionavam que gostavam das ideias dela para melhorar as atividades extracurriculares; outros simplesmente diziam que achavam que Luísa era a pessoa certa para representar os estudantes.
Convencido de que a Chapa 1 tinha o apoio majoritário, Fernando concluiu que não havia mais dúvida: "A Chapa 1 vai ganhar com certeza. Todo mundo que eu conheço vai votar nela!". Algumas semanas depois, ele percebeu que estava certo. De fato, a Chapa 1 ganhou a eleição.
O instituto de pesquisa Datafolha é conhecido por suas pesquisas nacionais de intenção de voto para presidente do Brasil. Para realizar essas pesquisas, o Datafolha utiliza uma amostra que varia entre 2.000 e 2.500 pessoas entrevistadas em diversas regiões do país. Apesar do tamanho do eleitorado brasileiro, que conta com milhões de eleitores, essa amostra relativamente pequena é selecionada de maneira a ser representativa da população como um todo, levando em consideração fatores como idade, gênero, classe social, escolaridade e região.
Sandro, engenheiro renomado e morador do bairro do Anil, em São Luís-MA, vai ao Socorrão II visitar um amigo doente. Ele normalmente não fica doente e, por isso mesmo não precisou frequentar hospitais antes. Ocorre que, enquanto esteve nas dependências do hospital de urgência e emergência, Sandro não viu nenhum médico, mas reparou na permanência de muitos doentes nas enfermarias e tantos outros espalhados pelos corredores. Após a visita, já em casa, comentou com seus familiares “Por isso que não vou a hospitais me tratar. Os médicos nunca estão lá quando precisamos”.
Lucas - Todos deveriam correr todos os dias para manter a saúde em dia. Correr é um dos melhores exercícios e faz bem para o corpo e para a mente.
Mariana - Lucas, nem todo mundo pode correr todos os dias. Eu, por exemplo, tenho problema nos joelhos, posso me machucar mais se seguir essa recomendação.
Lucas - Mesmo assim, correr é saudável, você deveria correr. Quem não corre só está perdendo uma oportunidade de cuidar da própria saúde.
Fernanda - Eu acho que as redes sociais são prejudiciais para a autoestima dos jovens. Muitos estudos mostram que há uma correlação entre o uso intensivo de redes sociais e sentimentos de depressão e ansiedade e, consequentemente, de autoestima.
Bianca - Não penso assim, a minha irmã passa o dia inteiro no Instagram e ela é uma das pessoas mais confiantes que conheço. Não são as redes sociais que afetam a autoestima.
Fernanda - Mas Bianca, só porque sua irmã se sente confiante, não significa que isso seja verdade para todos os jovens. Existem muitos fatores que influenciam a autoestima.
Bianca - Mas não é só a minha irmã, outras pessoas que conheço e que usam bastante as redes também não apresentam qualquer problema. Você está exagerando os efeitos negativos das redes sociais.
Matheus tem observado atentamente o noticiário sobre política e notou que praticamente todos envolvem corrupção e mentira. Com isso, ficou bastante desiludido e passou a pensar que a maioria dos políticos roubam e mentem.